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Alimentação do Lactentes com fórmulas lácteas e Alimentação Complementar

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1
O aleitamento materno é capaz de satisfazer as
necessidades nutricionais da maioria das crianças até o
sexto mês de vida. A alimentação com fórmulas lácteas
são utilizada em situações em que a amamentação é
contra indicada e/ou quando todas as alternativas para
estimular o aleitamento materno falharem.
Riscos à saúde da criança alimentada com fórmulas
lácteas:
Nutricionais:
O leite de vaca é o mais utilizado, pois tem o menor
custo e facilidade de acesso. Resulta em maior carga de
soluto (sódio, cloro e potássio) renal (quantidade de
eliminação de nitrogênio e minerais que devem ser
excretados pelos rins), devido a maiores níveis de
proteínas e solutos, isso associado à baixa filtração
glomerular e baixa capacidade de concentração de solutos
do recém nascido, podendo ocasionar hipernatremia e
acidose.
O leite de vaca, contém quantidades inadequadas de
vitamina E, ferro e ácidos graxos essenciais; e excesso de
proteínas, potássio e sódio, o que aumenta sua carga de
soluto renal (CSR) e eleva a concentração da urina. A CSR
é medida da concentração das partículas que o rim deve
excretar e as principais variáveis nesse processo são: Na,
K, Cl e proteína.
Assim, se uma dieta fornecer quantidades excessivas
desses compostos e o consumo de fluidos for baixo e/ou
se as perdas extrarrenais são altas, a habilidade de
concentração renal pode ser insuficiente para manter o
equilíbrio hidroeletrolítico, sendo utilizado uma elevada
quantidade de água para a excreção, o que pode levar à
DESIDRATAÇÃO.
O consumo de leite de vaca está relacionado à
deficiência de ferro e anemia ferropriva. Essa anemia está
relacionada a perda de sangue oculta pelas fezes.
Crianças amamentadas ao seio possuem níveis
plasmáticos mais elevados de ácido aracdônico e DHA,
enquanto que crianças amamentadas com fórmulas não
suplemntadas com esse AGs não atingem níveis
plasmáticos satisfatórios no segundo semestre de vida.
Crianças amamentadas ao seio também apresentam
níveis plasmáticos de cartotenóides e nucleotídeos
maiores dos que os que recebem fórmulas.
Complicações relacionadas ao consumo de fórmulas
lácteas:
 Alterações respiratórias: Consumo de leite de
vaca aumenta em 17 vezes as chances de infecções
respiratórias (ex. pneumonia).
 Alergias alimentares: As proteínas do leite de
vaca são potentes alérgenos, sendo a história familiar de
atopia e exposição precoce às proteínas do leite de vaca
são fatores de risco para o aparecimento de alergia.No
leite em pó, devido ao processo de desidratação as
proteínas sofrem desnaturação que as torna menos
alergizantes.
 Alterações gastrintestinais: No aleitamento
artificial existe maior risco de contaminação das fórmulas
pelo uso de água e utensílios contaminados, elevando a
ocorrência de infecções do trato gastrointestinal (diarréia).
Outro ponto importante é a formação de uma microbiota
saudável. O intestino de lactentes amamentados com
fórmulas lactente tem predomínio de coliformes e
enterococus em vez de ter bifidobactérias como os
lactentes exclusivamente amamentados. Além disso, o
leite materno tem oligossacarídeos e glicoconjugados que
previnem adesão intestinal de enteropatógenos.
 Alterações no crescimento: Lactentes
amamentados exclusivamente ao seio têm ritmo de
crescimento inferior aos alimentados com fórmulas, devido
a sua auto-regulação de ingestão alimentar e ao menor
consumo energético. Mas não há consequências adversas
associadas ao menor ganho de peso e menor consumo
dietético.
 Desenvolvimento cognitivo: Crianças que
recebem leite de vaca têm menor escore de função
cognitiva. Porém este fator pode ser influenciado pela
educação materna e situação sócio-econômica.
 Econômicos: Implica em maiores gastos
domésticos pelo custo de utensílios, mantimentos e gás e
maior ônus para a saúde.
A primeira conduta frente a mãe que inicia o
aleitamento artificial é de buscar justificativas frente a
situação. Na maioria dos casos, uma técnica de
amamentação inadequada tem sido o principal fator
associado ao desmame precoce. Deve-se observar se
durante a mamada o bebê:
1. Abocanha a aréola
2. O queixo da criança toca o seio
3. É possível ouvir a deglutição do bebê
4. O lábio inferior está virado para fora
5. A criança parece calma e satisfeita após a
mamada
LEITE DE VACA (LV) X LEITE HUMANO (LH)
As fórmulas lácteas utilizadas para alimentação
infantil podem ser elaboradas a partir de LV, leite de cabra,
e extrato de soja e em algumas culturas a paritr de outros
animais (ex. Búfala). A soja é uma leguminosa cuja
qualidade proteica é prejudicada pela falta de metionina.
Entretanto, as fórmulas industrializadas de soja
apresentam adição deste aminoácido.
O leite de vaca tem sido o alimento universalmente
mais utilizado para substituir o AM e pode ser encontrada
em fórmulas em pó e líquido.
A associação americana de pediatria não recomenda
o uso de leite de vaca no 1º ano de vida, pois seu uso
induz a perda sanguínea de ferro pelas fezes.
As principais diferenças entre LV e LM estão
resumidas na tabela abaixo:
ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE
COM FÓRMULAS LÁCTEAS
2
LH LV
Energia (kcal) 68 63
Proteína (g) 1,05 3,2
Caseína:Albumina 40:60 82:18
Lípideos (g) 4,2 3,5
Saturado:insaturado 50:50 -
Carboidrato (g) 7,2 4,6
Krause, 2013: caloria do LH e lV = 20 kcal/ 30 ml
As diferenças mais importantes encontram-se no
elevado teor de proteína e eletrólitos no leite de vaca.
Proteínas:
LH LV
Ptn (g) 1,05
(Krause: 6 a
7%)
3,2
(Krause: 20%)
Ptn do soro (lactoalbumina) 60% 20%
Caseína (Krause) 40% 80%
Caseína:Albumina 40:60 82:18
AA taurina e cistina ↑ ↓
A relação proteína do soro: caseína é 70:30 para o 1º
semestre e 60:40 para o 2º semestre (Dan)
A caseína encontra-se em maior quantidade no LV,
que se precipita no estômago e forma coágulo mais
espessos, difícil de digerir no estômago, torna o processo
de digestão mais lento. Diferente da lactoalbumina que
forma coágulos macios fáceis digerir. A caseína do leite
em pó é alterada pelos processos tecnológicos que passa,
formando coágulos mais brandos no estômago.
Carboidratos:
LH LV
Carboidrato (g) 7,2 4,6
Lactose 42% VET 30% VET
Lipídeos:
LH LV
Lipídeos (g) 4,2 3,5 ()
Lipídeos (Krause) 50% 50%
Saturado:insaturado 50:50 --
Ácido oléico
(predominante)
 
Ácido linoléico 4% da energia 1% da energia
Ácido araquidônico e
ácido docosaexanóico
(DHA)
Presente Ausente
Colesterol 10 a 20 mg/dl 10 a 15 mg/dl
Os lipídeos do leite de vaca são mais difíceis de
serem digeridos e absorvidos pela criança. O leite de
vaca apresenta menor teor de lipídeos e ácidos graxos
poliinsaturados que o LM.
No leite humano há predomínio de ácidos graxos
essenciais poliinsaturados de cadeia longa, ácido
linolênico e linoléico (Chemin). O ácido araquidônico e o
DHA estão associados à cognição acelerada e
desenvolvimento da visão (Krause e Chemin).
O LEITE DESNATADO (e o leite com pouca gordura
- 1 a 2% - Krause): NÃO são indicados para
alimentação da criança < 2 anos, pois tem:
1. MAIOR teor de proteínas, Na+ e K+ (↑ carga de
solutos renais);
2. baixo teor de energia (fundamental para
crescimento); e
3. baixo teor de lipídios (essencial p/ o
desenvolvimento do SNC). Não é indicado nem
mesmo no tratamento de lactentes e pré
escolares obesos.
Vitaminas e Minerais:
Estão mais biodisponíveis no LH, então mesmo
quando estão em menor quantidade que em fórmulas,
estão menos relacionados a deficiências. O LH tem
elevada biodisponibilidade de ferro e zinco (Chemin).
Ferro Quantidade é baixa nos 2 leites, porém
sua biodisponibilidade no LM é maior.
Vitaminas LH LV
Vitamina A (µg) 50 4,6
Vitamina D (mg) 0,06 1,0
Vitamina E (mg) 0,23 0,04
Vitamina K (µg) 0,21 0,1-0,4
Vitamina C (mg) 4.0 3.0
Tiamina (mg) 0,02 0,04
Riboflavina (µg) 35 91
Niacina (µg) 150 166
Ácido pantotênico (mg) 0,18 0,33
Folato (µg) 8,5 6
Vitamina B12 (µg) 0,097 0,43
Mineral LH LV
Ferro (mg) 0,03
(Biodisponibilidade
50%)
0,05
(Biodisponibilidade
10%, Krause <1%)
Cálcio (mg) 8 115
Fósforo (mg) 14 91
Zinco (mg) 0,12 0,4
Magnésio (mg) 3,5 9,6
Sódio (mg) 18 51,5
Cloro(mg) 42 97
Potássio (mg) 52,5 140
Resumo leite de vaca em relação ao leite
materno: ↑ teor de proteínas (caseína) e eletrólitos e ↓
teor de lipídeos, ác graxos poliinsaturados, ácido linoléico
e vitamina E e disponibilidade do ferro.
LEITE A BASE DE SOJA 
 São recomendadas para:
1) crianças de famílias vegetarianas (Krause)
2) crianças com galactosemia ou deficiência de
3
lactase primária ou que esteja se recuperando de uma
intolerância secundária à lactose (Krause)
3) para bebês que podem ser alérgicos ao leite de
vaca mas que ainda não manifestaram sinais clínicos.
NÃO são recomendados para bebês com alergias
conhecidas à proteína, pois àqueles com alergia ao leite
de vaca também podem desenvolver alergia a proteína da
soja (Krause)
4) crianças nascidas a termo cuja necessidade
nutricional não é preenchida pelo leite materno (Dan)
5) parte da dieta vegetariana para crianças
nascidas a termo (Dan)
 Não são recomendadas para (Dan):
1) RN prematuros com peso < 1800g
2) na prevenção de cólicas ou alergias
3) em crianças com enterocolite necrotizante
induzida por leite de vaca
Os bebês que ingerem esta fórmula crescem igual aos
alimentados com fórmulas à base de leite de vaca (Dan),
mas há preocupação pela exposição deles aos
fitoestrógenos e isoflavonas, pois não se sabe seus
efeitos.
Além disso, a soja tem baixo teor de metionina, o que
pode interferir no crescimento adequado da criança, não
sendo indicadas as fórmulas caseiras a base de soja. As
industrializadas já têm adição de metionina, mas tem alto
custo e sabor desagradável.
A lactose não é utilizada nas fórmulas de soja, elas
contêm sacarose e/ou hidrolisado de amido de milho
(Dan).
As fórmulas a base de proteína de soja não são
recomendadas para prematuros, pois pouco se sabe
sobre a absorção e utilização ótima de CHO, PTN e
minerais destas (Dan).
LEITE DE CABRA
Tem composição semelhante a do leite de vaca,
mas com maior teor de Ca2+ e lipídeos, seu custo é
maior, sendo indicado só em casos de alergia à proteína
do leite de vaca, quando tolerado.
Tem maior teor de folato, proteínas, cloretos e
potássio, que levam a maior carga de soluto renal
(339mOsmol/l) e crianças alérgicas ao leite de vaca
podem desenvolver reação cruzada à proteína do leite de
cabra, por isso essa conduta é errada (Dan).
FÓRMULAS INFANTIS MODIFICADAS:
São elaboradas com LV. É a melhor opção de
alimentação para criança que não é amamentada.
 Fórmula infantil de partida: alimentação no
1º semestre de vida
 Fórmula infantil de seguimento: indicadas
para alimentação no 2º semestre de vida
As principais modificações consistem em: redução
do teor de proteínas e eletrólitos, substituição de parte de
lipídeos por óleo vegetal, adição de outros carboidratos
(maltodextrina, sacarose) e adição de vitaminas e
minerais de acordo com o CODEX Alimentarius. E adição
de aminoácidos como a taurina e de ferro (Dan).
Óleos vegetais são adicionados para garantir níveis
de absorção de gordura similares àqueles do leite
materno. Além de melhorar a digestibilidade,
aumentam a concentração de ácidos graxos essenciais
(Dan).
Sua densidade calórica é a mesma que a do LM
(0,67kcal/kg), seu CHO principal também é a lactose, o
teor protéico costuma ser 1 vez e meia superior a do LM,
sua principal PTN é a β lactoalbumina, e a relação
proteína do soro:caseína é de 60:40, e não costuma
conter colesterol (Dan). A academia americana de
pediatria recomenda que a osmolaridade das fórmulas
infantis seja inferior a 460mOsm/kg (Dan).
Cálculo de dieta
PROCEDIMENTOS EXEMPLO: Lactente
45 dias,
peso: 4,1kgCalcular as
necessidades
energéticas
Necessidades energéticas:
110 x 4,1 = 451kcal
Escolher a fórmula NAN: 67kcal/100ml–1 colher
medida/30ml de água
Determinar a capacidade
gástrica da criança
(25 a 30 ml/kg/mamada)
25 x 4,1 = 102ml a 30 x 4,1 =
123ml/ mamada
Deve-se escolher um
múltiplo da colher de
medida (30 ml) = 120 ml
Calcular o valor
Energético da
mamadeira
100ml = 67kcal
Volume escolhido = 120ml
= 80,4kcal
Dividir a necessidade
energética total pelo
valor energético da
mamadeira para obter
número
de mamadeiras/dia
451 kcal/dia
80,4kcal/mamadeir
a = 5,6 = 6
mamadeiras/dia
A criança receberá 6
mamadeiras/dia com 4 col
medida de pó
Indicação (Dan):
1) em substituição ou como suplemento do LM
em crianças cujas mães não amamentam ou não o
fazem exclusivamente
2) em substituição ao LM em casos em que a
amamentação é contra indicada
3) como suplemento, em crianças amamentadas
ao seio com ganho ponderal insuficiente
Se o lactente não ficar satisfeito com o número de
mamadeiras/dia calculado, o volume da mamadeira deve
ser reduzido, aumentando-se o número de
mamadeiras/dia.
Forma de preparo: basta adicionar a quantidade
indicada em pó, utilizando a colher-medida, em água
filtrada e fervida diretamente no local onde vai ser
oferecido ao bebê. Não se deve acrescentar mais nada
(cereais, açúcar).
4
Até 5 meses de idade não precisa introduzir
nenhum outro alimento junto com a fórmula infantil. Após
esta idade a orientação alimentar é idêntica à criança
amamentada.
Presença de constipação, flatulência, agitação,
regurgitação e vômitos podem indicar intolerância à
fórmula, sendo necessária sua troca. A oleína de palma,
adicionada às fórmulas para fornecer ácido palmítico em
níveis semelhantes ao leite materno, é mal absorvida e
pode formar sabão insolúvel com cálcio, interferindo na
consistência das fezes.
Pelo custo elevado das fórmulas infantis é freqüente
o erro de diluição, que pode ocasionar desnutrição, e
acréscimo de açúcar ou cereais aumentando a
osmolaridade da fórmula, além de risco de infecção
digestiva pelo uso de água contaminada para
reconstituição da fórmula.
Fórmulas para crianças em situações especiais (Dan
09):
 Fórmulas para Prematuros: Alta densidade
energética (capacidade gástrica do RNPT é bastante
limitada e suas necessidades energéticas são elevadas);
níveis aumentados de proteínas e minerais, menores
teores de lactose e diferenciado perfil lipídico com 50%
de TCM (mecanismos fisiológicos imaturos para digestão
e absorção da gordura). Ex: Pré-Nan e Aptamil Pré.
 Fórmulas anti-regurgitação (AR): O princípio
dessas fórmulas é a substituição de parte da lactose
(redução de 25% por amido de milho ou de arroz pré-
gelatinizados ou por goma gataí). Esses açúcares
substitutos, ao entrarem em contato com o pH ácido do
estômago, sofrem um processo de gelatinização,
conferindo maior resistência ao conteúdo gástrico e
dificultando o refluxo da fórmula ingerida. Indicação:
Doença RGE e podem ser usadas do nascimento até 12
meses de idade. Ex: Nan AR e Aptamil AR.
 Fórmulas isentas de lactose: Ao invés da
lactose, utiliza-se a maltodextrina como fonte de
carboidratos. Esses oligossacarídeos da glicose sob a
forma de maltodextrina têm a vantagem de fornecer
energia com pouco efeito na osmolalidade, eliminando
complicações como diarreia e má absorção. Além disso,
é menos suscetível à fermentação das bactérias
intestinais e auxiliam na absorção de Ca, Mg eZn. Ex:
Nan sem lactose, Enfamil sem lactose Premium (Mead
Johnson).
 Fórmulas de proteína isolada de soja: São
fórmulas completas e poliméricas, produzidas após
refinado processo de extração da proteína isolada da
soja. São completamente isentas de proteínas de LV e de
lactose. Embora sejam indicadas para crianças alérgicas
à proteína do LV, não são consideradas
hipoalergênicas (reação cruzada). Ex: Nan Soy, Apatamil
de soja (1 e 2), Enfamil ProSobee Premium, Isomil e
Nursoy.
 Fórmulas hipoalergênicas parcialmente
hidrolisadas: São fórmulas de partida completas,
compostas por proteínas de soro de leite parcialmente
hidrolisadas pela ação da tripsina, com posterior
tratamento térmico, oque reduz sua alergenicidade. Ex:
Nan HÁ.
 Hidrolisados proteicos (fórmulas extensamente
hidrolisadas): São fórmulas nutricionalmente completas,
semi elementares e hipoalergênicas nas quais a proteína
encontra-se extensamente hidrolisada em pequenos
peptídeos e aminoácidos livres. Estão disponíveis no
mercado:hidrolisados de caseína, proteínas do soro de
leite e de proteínas da soja. Indicação: alergia simultânea
às proteínas do LV e da soja, nas condições clínicas
disabsortivas graves, na presença de hipoalbuminemia,
na transição da NPT para NE e na realimentação de
pacientes críticos por processo digestivo-absortivo. Ex:
para < 1 ano (Alfaré, Pregomin, Pregestimil) e para> 1
ano (Peptamen Júnior e Vivonex).
 Suspensão de aminoácidos: São fórmulas
completas, elementares ehipoalergênicas, nas quais as
proteínas encontram-se na sua forma mais simples, com
100% de aminoácidos. Indicação: alergias graves
refratária ao uso de fórmulas altamente hidrolisadas, na
realimentação de pacientes críticos. Ex: Neocate,
AminoMed.
Fórmulas lácteas caseiras:
São fórmulas produzidas a partr do leite de vaca. É a
alternativa mais empregada devido a facilidade de acesso
e o baixo custo.
O leite de vaca fluido é encontrado na forma
pasteurizada (em sacos opacos) e na forma esterelizada
(embalagem longa vida). O Ministério da Saúde
recomenda a fervura do leite pausterizado e aquecimento
do esterilizado. No entanto, o processamento térmico
acarreta em perda de nutrientes termolábeis como
vitamina C, B1, B6, B12 e ácido fólico.
O leite de vaca em pó apresenta boa solubilidade e
necessita somente de adição de água. As proteínas do
leite, no processo de desidratação sofrem ação de
desaturação que as torna menos alerginizantes.
Desvantagem destas fórmulas lácteas caseiras: é a
que menos atende as recomendações do CODEX.
O leite de vaca deve ser diluído reduzir o teor de
proteína e eletrólitos a fim de reduzir a carga de soluto
renal e modificar estrutura da caseína, melhorando a sua
digestibilidade. No entanto, quando sofre diluição o LV
tem o seu valor energético bastante reduzido. O segundo
procedimento é então a adição de nutrientes para adequa-
lo as necessidades do lactente.
O Ministério da Saúde recomenda a diluição do
LV adicionando-se para cada 100ml de fórmula: 70ml de
leite + 30ml de água ou 100ml de água + 1 colher de
sobremesa de leite em pó e nenhuma adição de
carboidrato. No entanto, o valor energético dessa fórmula
proposta é de 51 kcal/100ml, muito abaixo do valor
energético do leite humano (70 kcal/100ml).
Accioly, 2009 recomenda a reconstituição do valor
energético do leite com a adição de carboidratos simples
e complexos a fim de tornar-se mais adequado às
necessidades do lactente. Ela recomenda a adição de
carboidratos simples e complexos, na proporção: 3% de
edulcorantes (açúcar refinado ou similar) e 5% de fonte
5
de amido (farinhas de cozimento ou instantâneas). Não
se usa só amido porque os níveis de amilase
pancreática no lactente são baixos, poderia acarretar
intolerância à fórmula. Também não se usa só açúcar
porque elevaria a osmolaridade da fórmula e pelo seu
potencial cariogênico. A indicação do tipo de farinha
deve considerar o hábito intestinal da criança e sua
aceitação. Não é recomendado adição de mel devido ao
risco de contaminação e o chocolate só deve ser oferecido
a crianças maiores que 9 meses.
Accioly
2009
0 – 30 dias 1 a 4
meses
5 meses
em diante
Leite de
vaca fluido
Diluição a
50%
3% açúcar
5% farinha
Diluição a
2/3
3% açúcar
5% farinha
Leite integral
Não
acrescentar
HC
Leite em
pó
Reconstituir
a 6,5%
3% açúcar
5% farinha
Reconstituir
a 8,5%
3% açúcar
5% farinha
Reconstituir
a 13%
Não
acrescentar
HC
Idealmente as mamadeiras devem ser preparadas
imediatamente antes de serem servidas. Quando
prepradas em maior número devem ser conservadas em
geladeira por 24 horas. Não devem ser deixadas em
temperatura ambiente nem reaproveitar seus restos.
Primeira etapa do preparo é esterizar os utensílios.
Em caso de utilização de leite fluido, complementarmente
ao tratamento industrial é necessário ferver, pois
proporcionará coágulo de menor tensão e promoverá
cozimento do cereal e reforçará a esterilização do produto.
Cálculo da dieta:
PROCEDIMENTOS EXEMPLO: lactente 45dias,
peso: 4,1kg
Calcular as necessidades
energéticas
116 x 4,1 = 474 kcal
Determinar a capacidade
gástrica da criança
(25 a 30 ml/kg/mamada)
25 x 4,1 = 105ml a 30 x 4,1 =
126ml/ mamada (utilizaremos
a média = 110ml)
Verificar a fórmula a ser
utilizada em função da idade
Diluição a 2/3
Calcular a composição da
mamadeira
Leite de vaca 70ml= 46 kcal
Água 40 ml = 0 kcal
Açúcar 3% = 3.3g = 13 kcal
Farinha 5% = 5.5g = 20 kcal
ou
Leite em pó 8,5% = 9.4g = 48
kcal
Água 110ml = 0 kcal Açúcar
3% = 3.3g = 13 kcal
Farinha 5% = 5.5g = 20 kcal
TOTAL = 79 kcal/mamadeira
Dividir o VET pelo valor
energético da mamadeira
para obter número de
mamadeiras/dia
474 kcal/dia
79 kcal / mamadeira
= 6 mamadeiras/ dia
Transformar a fórmula em
medidas caseiras
Açúcar = 1 col chá cheia
Farinha de cozimento = 1 col
chá rasa
Guia < 2 anos, 2010: Na impossibilidade de impedir a
utilização do LV na alimentação do lactente, deve-se
realizar a diluição adequada para a idade, corrigir a
deficiência de ácido linoleico com acréscimo de óleo nos
primeiros 4 meses e a suplementação de vitamina C e
ferro. A diluição deve ser de 2/3 (leite líquido) ou 10%
(leite em pó). ATENÇÃO: não há diferença para
menores de 30 dias!! Não é indicada o acréscimo de
farinhas e açúcares em < de 4 meses; a densidade
energética deve ser complementada com a adição de
óleo vegetal à 3% (1 col. chá para cada 100 ml = 27 kcal).
Após completar 4 meses, o leite integral não deve ser
diluído e nem acrescido de óleo, já que nessa idade a
criança receberá outros alimentos.
Volume e nº de refeições lácteas por faixa etária:
Forma de preparo e administração da fórmula:
 Devem ser preparadas antes de ser servidas
 Se armazenadas, no máximo por 24 horas
em geladeira, nunca em temperatura ambiente X
Fórmulas em pó por 24h e fórmulas líquidas por 48h (Dan),
na ausência de geladeira deve ser preparado antes do
consumo
 Os utensílios devem ser esterilizados
(mamadeiras e bicos), seguindo as regras: Ferver
mamadeiras por 10 minutos e bicos por 3 minutos
 Desprezar restos de fórmulas das mamadeiras
X Se o volume de leite não for totalmente consumido,
pode-se guardar a mamadeira na geladeira até a
próxima mamada (Dan)
 Lavar bicos e mamadeiras com água quente
e detergente com auxílio de escovas
 Escorrer os utensílios e guardá-los em
recipientes com tampa
 As panelas e recipientes devem ser de uso
exclusivo para o preparo de fórmulas lácteas
 O leite de vaca fluido precisa ser fervido para
proporcionar coágulos de menor tensão, promoverá o
6
cozimento do cereal e reforçará a esterilização do
produto. O MS recomenda a fervura do leite pasteurizado
e aquecimento do leite esterelizado. Entretanto, o
processamento térmico industrial e caseiro acarreta
perda de vitaminas C, B1, B6, B12 e ácido fólico. O leite
em pó não ferve
 Não é recomendado alterar o tamanho original
do orifício do bico da mamadeira
 Não se recomenda que a criança ingira a
fórmula sozinha no berço, pois há risco de engasgo
A introdução de novos alimentos para o lactente
alimentado com fórmulas lácteas caseiras deve ocorrer
mais precocemente do que para crianças amamentadas
ao seio com fórmulas infantis modificadas.
Accioly 09:
Ministério da Saúde, 2010 (Guia < 2 anos): A partir dos
4 meses, deve-se introduzir: 2 refeições básicas
(almoço e jantar) e duas frutas, além do leite sem
adição de açúcar.
Considerações: Se a criança estiver recebendo
preparação com leite de vaca integral em pó ou fluido,
seguir o seguinte esquema: com 2 meses –
suplementação com vitamina C (30mg/dia) - suco de
fruta ou suplemento medicamentoso; na idade de 2 a 3
meses – suplementação com ferro (1 a 2mg por kg de
peso/dia) até que a alimentação complementar seja
introduzida e supra as necessidades desses minerais.
Legislação e alimentação do lactente (Accioly 09):
Lei n◦ 11265 de 3 de janeiro de 2006: regulamenta a
comercialização de alimentos para latentes e crianças
de primeira infância e também a de produtos de
puericultura correlatos por meio de:
1- Regulamentação da promoção comercial e do
usoapropriado dos alimentos para lactentes e
crianças na primeira infância, bem como o uso de
mamadeiras, bicos e chupetas.
2- Proteção e incentivo ao aleitamento materno
exclusivo nos primeiros 6 meses.
3- Proteção e incentivo a continuidade do
aleitamento materno até os dois anos após a introdução
de novos alimentos na dieta dos lactentes e das crianças
de primeira infância.
Esta lei aplica-se a comercialização e as praticas
correlatas, a qualidade, e as informações dos seguintes
produtos:
1- fórmulas infantis e fórmulas de seguimento
para lactentes.
2- fórmulas infantis de seguimento para crianças
de primeira infância.
3- leites fluidos, leites em pó, leites modificados
e similares de origem vegetal.
4- alimentos de transição e alimentos a base de
cereais indicados para lactentes ou crianças de primeira
infância.
5- fórmulas de nutrientes apresentada ou
indicada para recém nascidos de alto risco.
6- mamadeiras, bicos e chupetas.
É o período em que outros alimentos e líquidos são
oferecidos à criança além do leite materno. Tem o
objetivo de fornecer energia, proteína, vitaminas e sais
minerais quando o leite materno já não atende mais as
necessidades nutricionais do lactente. Inicialmente
complementa-se o leite materno até ser totalmente
substituído pela dieta familiar. Deve-se garantir o
consumo energético adequado, de forma que a proteína
possa ser utilizada em sua totalidade (Chemin).
O Guia Alimentar para crianças brasileiras menores
que 2 anos apresenta uma consolidação dos 10 passos e
destina-se à capacitação técnica de profissionais que
atuam no campo da alimentação infantil.
Os 10 passos para a alimentação saudável são:
1. Dar somente leite materno até os 6 meses, sem
oferecer água, chás, ou qualquer outro alimento.
2. A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e
gradual, outros alimentos, mantendo o aleitamento
materno até 2 anos ou mais de idade.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
(APÓS 6 MESES DE IDADE)
7
3. A partir de 6 meses, dar alimentos
complementares 3 x/dia se a criança receber leite materno
e 5 x/dia se a criança estiver desmamada.
4. A alimentação complementar deve ser oferecida
sem rigidez de horário, respeitando-se a vontade da
criança.
5. A alimentação complementar deve ser espessa
desde o início e oferecida de colher, iniciar com
consistência pastosa (papa/purês) e gradativamente
aumentar a consistência até chegar a alimentação da
família.
6. Oferecer a criança diferentes alimentos ao longo
do dia. Uma alimentação variada é uma alimentação
colorida.
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e
legumes nas refeições.
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras,
refrigerantes, balas, salgadinhos, e outras guloseimas nos
primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
9. Cuidar da higiene no preparo e masueio dos
alimentos, garantir armazenamento e conservação
adequados.
10. Estimular a criança doente e covalescente a se
alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus
alimentos preferido, respeitando sua aceitação.
Segundo Accioly, 2009, uma alimentação
complementar apropriada é:
 Oportuna: os alimentos são introduzidos quando
as necessidades de energia são superiores ao
fornecido pelo LM.
 Adequada: os alimentos fornecem quantidades
adequadas de energia, macro e micronutrientes.
 Segura: os alimentos são armazenados,
preparados e oferecidos de forma higiênica, além de
não serem utilizadas mamadeiras e chupetas.
 Oferecida de forma adequada: os alimentos
devem ser oferecidos respeitando os sinais de fome e
saciedade, e adotando-se uma atitude ativa na oferta
dos alimentos.
 Desmame: É a completa interrupção da oferta
do leite materno.
Pode acontecer por volta de 1 ano de idade para
famílias com situação sócia econômica favorável e 2
anos de idade para aquelas que não podem arcar com
uma alimentação complementar adequada, não há
nenhum impacto negativo no crescimento linear da
criança com esta medida.
Esse prolongamento do aleitamento garante fonte de
proteínas de AVB e boa parte das necessidades
energéticas da criança. No 2º semestre o LH ainda
garante metade das recomendações nutricionais e no 2º
ano de vida 1/3 delas (Chemin).
 Desmame precoce (Chemin): É a introdução de
qualquer líquido ou alimento na dieta do bebê antes do
6º mês de vida, o que aumenta o risco de infecções e
está relacionada com a mortalidade infantil, devido a
diminuição dos fatores protetores do LH, a
contaminação potencial dos utensílios, a possibilidade de
atraso da maturação intestinal, que é estimulada pelo LH e
a interferência na absorção de nutrientes importantes
como o ferro e o zinco.
Fatores determinantes do desmame precoce:
(Vasconcelos, 2009):
A) Demográfica
 Tipo de parto;
 Idade materna;
 Presença paterna na estrutura familiar;
 Número de filhos;
 Experiência com amamentação;
B) Sócio-econômicas
 Renda familiar;
 Escolaridade materna e paterna;
 Tipo de trabalho do chefe da família.
C) Assistência pós-natal imediata e tardia
C.1) Imediata
 Alojamento conjunto;
 Auxílio de profissionais de saúde;
 Dificuldades iniciais da mãe.
C.2) Tardia (após alta hospitalar)
 Estresse e ansiedade materna;
 Uso de medicamentos (mãe ou bebê);
 Introdução precoce de alimentos.
D) Condições biológicas maternas
 Baixa produção de leite;
 Aparecimento de uma nova gestação;
 Doença grave na mãe e/ou na criança que
contra indiquem a amamentação;
 Doenças mamárias (ingurgitamento, fissuras,
rachaduras e traumas mamilares).
Características das mães com menor sucesso no AM
(Desmame Precoce):
- mais jovens (<20 anos), solteiras, primíparas;
- menor condições sócio-econômicas;
- Sem experiência com AM;
- Necessidade de trabalhar fora;
- Deficiente orientação no pré-natal.
 Obs. Chemin:
oAlimento complementar: qualquer alimento ou
líquido que contenha nutrientes, oferecido a criança no
período de alimentação complementar.
oAlimento de transição: quando um alimento
complementar é especificamente preparado para atender
as necessidades nutricionais e fisiológicas da criança.
oAlimentos de família: quando os alimentos
complementares são os mesmos consumidos pelos
outros componentes da família.
O termo “alimentos de desmame” deve ser evitado,
8
Idade Reflexos presentes
5 meses Início de suaves movimentos mastigatórios
permitem consumir alimentos semi-sólidos,
independente do aparecimento de dentes;
8 meses Movimentos laterais com a língua e movimenta
alimentos na direção dos dentes;
12 meses Movimentos de mastigação rotatórios: permitem
mastigação adequada de carnes e vegetais;
Capacidade em sentar sozinho;
Erupção da dentição decídua;
Desaparecimento do reflexo de expulsão (falta
de habilidade de transferir o alimento da ponta
da língua em direção ao palato, resultando em
expulsão do alimento oferecido).
por ter um sentido ambíguo. Pode significar
“acostumar” com novos alimentos, como pode sugerir a
completa interrupção do aleitamento materno.
Início da Alimentação Complementar
O início deve ser com 6 meses e o aleitamento materno
deve ser mantido.
Alguns indicadores orgânicos confirmam que após os 6
meses (entre 4-6 meses – Dan), a criança está apta a
receber novos alimentos:
 Sistema Digestivo:
o aumento progressivo de secreção de ácido
clorídrico;
o melhora da permeabilidade da mucosa intestinal
com menor risco de absorção de proteínas intactas e
desenvolvimento de alergia alimentar;
o aumento dos níveis de amilase pancreática;
o capacidade do estômago aumenta de 10 a 20ml
ao nascimento para 200ml em torno de 1 ano, o que
leva a intervalos menos freqüentes na alimentação;
o Crianças entre 6 a 24 meses possuem uma
capacidade gástrica de 30 a 40 ml/kg (Cozzolino). Por
isso a quantidade das refeições salgadas deve variar
entre 100 e 200g até 12 meses.
 Sistema Excretor:
o O recém nascido tem um rim funcional,
porém imaturo, ele dobra seu peso ao redor de 6
meses e o triplica por volta de 1 ano de idade (Krause);
o Os rins do recém nascido tem baixa filtração
glomerular e baixa capacidade de concentração (700 a
1400 mOsm/L.Têm limitada habilidade de eliminar íons
hidrogênio, aumentando a susceptibilidade à acidose;
o Após 4 meses de vida, a carga de soluto
renal proveniente da introdução dos alimentos
complementares é aceitável.
 Sistema neurológico e muscular:
o Processo de desenvolvimento na criança: aos
4 meses, o bebê é capaz de sentar com apoio, aos 5
meses senta sem apoio e apoia firmemente o pescoço,
dos 6 aos 8 meses engatinha, aos 9 meses fica em pé
com apoio e por volta de 12 meses é capaz de
caminhar livremente.
o Presença de reflexos que facilitam a introdução
de novos alimentos como início dos movimentos
mandibulares que permitem a mastigação 9ª partir de 5
meses), erupção dentária e desaparecimento do reflexo
de protusão.
Riscos associados a alimentação complementar
(Accioly 09):
 O risco de diarreia em populações pobres
quando são oferecidos as crianças alimentos
complementares entre 4 e 6 meses de vida, é 2 a 13
vezes maior do que se estivessem sendo amamentadas
exclusivamente.
 Alergias alimentares.
 Metemoglobinemia Pode ocorrer quando
a alimentação complementar for iniciada antes dos 3
meses de idade. O consumo excessivo de nitrato presente
em água e alimentos, pode se converter em nitrito e
oxidar o ferro da hemoglobina, transformando-a em
metemoglobina. Esta, na criança sadia, representa
pouco mais de 2% do total de hemoglobina, e como é
incapaz de carrear o oxigênio, ocasiona hipóxia se
estiver em quantidade elevada (20%). Outras
manifestações clínicas são: mucosas com tonalidade
amarronzada, irritabilidade e taquipnéia. São fatores que
determinam a metemoglobinemia:
- Lactentes apresentam pH gástrico mais
elevado que crianças maiores e adultos, o que aumenta
proliferação bacteriana intestinal, reduzindo o nitrito para
nitrato. Hemoglobina fetal, que é o tipo de Hb
predominante em lactentes até 3 meses e é mais
facilmente oxidada para metemoglobina.
- Lactentes tem menor atividade da
metemoglobina redutase, que reconverte metemoglobina
em hemoglobina.
- Os alimentos com maior teor de nitrato são:
BETERRABA, CENOURA, ESPINAFRE e FEIJÃO
VERDE, não devendo ser consumidos por menores de
3 meses de idade.
Necessidades nutricionais durante a alimentação
complementar:
A alimentação no 1º ano de vida é condicionada
pelas necessidades nutricionais dos bebês, visando
suprir seu elevado crescimento e desenvolvimento, e
pelo grau de maturidade funcional que determina o tipo
de alimento a ser oferecido (Chemin).
Apresentam quantidades de nutrientes e energia
proporcionalmente maiores que para o adulto (Chemin).
Energia
Densidade energética do leite humano:
Países em desenvolvimento: 0,53 a 0,7 kcal/ml.
Países industrializados: 0,6 a 0,83 kcal/ml.
A densidade mínima de energia recomendada é de
70kcal/100ml para evitar déficit de energia.
Uma criança de 6 a 8 meses consome em média
473kcal/dia proveniente do LH e uma de 9 a 11 meses
379kcal/dia, o restante das calorias ecessárias devem
vir da alimentação complementar.
Energia fornecida pela alimentação complementar
(OMS e UNICEF):
9
6 a 8 meses 9 a 11 meses 12 a 24 meses
250kcal/dia 450 kcal/dia 750 kcal/dia
Necessidades nutricionais nos primeiros anos de vida:
As necessidades nutricionais de uma criança refletem
as taxas de crescimento, a energia gasta em atividades, as
necessidades metabólicas basais e a interação dos
nutrientes consumidos.
Accioly09: FAO/OMS 2004 (kcal/kg/dia)
IDADE
(meses)
Recomendação
0-3 88
3-5 82
6-8 83
9-11 89
Vitolo: Dan: para crianças de 0 a 6 meses é 108kcal/kg.
Krause:
 0 a 6 meses: ♂ - 570 kcal; ♀ - 520 kcal
 6 meses a 1 ano: ♂ - 743 kcal; ♀ - 676 kcal
 1 a 3 anos: ♂ - 1046 kcal; ♀ - 992 kcal
Chemin: As necessidades variam de acordo com a
idade gestacional, o peso ao nascer, o tempo de vida e
com as intercorrências clínicas. São as quantidades
necessárias para equilibrar o gasto ou as perdas e
permitir o crescimento. Nos lactentes saudáveis elas
serão influenciadas pela idade, peso, velocidade de
crescimento, metabolismo, atividade física e pelos
processos infecciosos agudos.
Grupo etário Equação
0-3 EER = (89 x peso em kg - 100) + 175
4-6 EER = (89 x peso em kg - 100) + 56
7-12 EER = (89 x peso em kg - 100) + 22
IDADE
(meses)
MENINOS MENINAS
0-1 113 107
1-2 104 101
2-3 95 94
3-4 82 84
4-5 81 83
5-6 81 82
6-7 79 78
7-8 79 78
8-9 79 78
9-10 80 79
10-11 80 79
11-12 81 79
10
Cozzolino:
Gênero Equação
Masculino EER = 88,5 x idade (anos) + NAF x [26,7
x peso (kg) + 903 x estatura (m)] = 20
kcal de depósito
Feminino EER = 135,3 x idade (anos) + NAF x
[10,0 x peso (kg) + 934 x estatura (m)] =
20 kcal de depósito
Nível de atividade física (NAF):
NAF Feminino Masculino
Sedentário 1,0 1,0
Leve 1,13 1,16
Moderado 1,26 1,31
Intenso 1,42 1,56
Lipídeos:
A recomendação para lactentes com menos de 1 ano
de vida é que consuma um mínimo de 30g/dia.
O óleo vegetal é fonte de ácidos graxos
essenciais e energia, que contribuirão para aumentar a
densidade energética da refeição e melhorar o sabor e a
viscosidade. O consumo para crianças entre 7 e 12
meses de idade deverá cerca de 35% do VET e 32%
para a faixa etária entre 1 e 3 anos de idade (Accioly 09).
O ácido linoléico, que é essencial para o crescimento
e integridade dérmica, deve fornecer 3% do total de Kcal ou:
 4,4 g para crianças com menos de 6 meses;
 4,6 g para crianças de 7 meses a 1 ano.
Corresponde a 5% das Kcal do leite materno e 10%
da maioria das fórmulas (Krause). Ácido α linolênico
(precursor de ácidos graxos n-3 DHA e ácido
eicosapentaenóico – EPA) devem ser incluídas, a
recomendação atual é 0,5 g/dia durante o primeiro ano de
vida. A suplementação com DHA e AA afeta positivamente
a acuidade visual e a psicomotricidade, especialmente em
prematuros.
Krause:
0 – 6
meses
6 – 12
meses
1 a 3
anos
Gordura
total (g)
31 30 ND
n-6 (g) 4,4 4,5 7
n-3 (g) 0,5 0,5 0,7
Proteínas:
As proteínas são necessárias para reparação
tecidual, deposição de massa magra e crescimento.
A necessidade do lactente é maior por kilograma
de peso do que de adultos ou crianças mais velhas. A
proteína é necessária para a reposição tecidual e para
o crescimento.
A histidina é essencial para bebês, mas não
para adultos e a tirosina, a cistina e a taurina podem
ser essenciais para o bebê prematuro.
Chemin: A RDA para crianças de 7 a 12 meses é de
1,5g/kg/dia, mais importante do que a quantidade é a
qualidade. A taurina, por exemplo, vem sendo
considerada essencial para bebês, já que eles não
podem produzí-lo, e ele é necessário para o
desenvolvimento do SNC e para conjugação dos
sais biliares. O importante é fornecer proteínas AVB
na concentração adequada, isso é de 0,7 g/100kcal
para crianças de 6 a 24 meses.
Vitolo:
Krause:
 0 a 6 meses: 9,1 g
 6 meses a 1 ano: 13,5 g
 1 a 3 anos: 13 g
Dan: A recomendação diária de proteínas para
crianças de 0 a 6 meses é de 2,2g/kg/dia.
Carboidratos:
Devem fornecer de 45-60% (Krause: 30 a 60%) da
ingestão de energia durante a infância. Aproximadamente
40% do LM e 40-50% das fórmulas deriva-se da lactose ou
de outros carboidratos.
Cozzolino: de acordo com a IOM
Macronutrientes Percentual de energia1 a 3 anos 4 a 8 anos
Carboidratos 45 a 60 45 a 60
Gorduras totais 30 a 40 25 a 35
Ácido linoleico (n-6) 5 a 10 5 a 10
Ácido linolênico (n-3) 0,6 – 1,2 0,6 a 1,2
Proteínas 5 a 20 10 a 30
Krause:
 0 a 6 meses: 60 g
 6 meses a 1 ano: 95 g
 1 a 3 anos: 130 g
Fibras: 19 g
Água (ml):
A quantidade de água é determinada pela quantidade
perdida através da pele, pulmões, fezes, urina, além da
pequena quantidade necessária para o crescimento.
11
A NRC recomenda ingestão de 1,5ml/kcal/dia, mas
ambientes quentes e úmidos e casos de vômitos e
diarréia podem aumentar a necessidade de água. As
fórmulas não devem ser fervidas para não
concentrarem os solutos. A intoxicação com água
pode causar hiponatremia, inquietação, náusea, vômito,
diarréia, poliúria ou oligúria e convulsões.
Já o déficit de água resulta em desidratação
hipernatrêmica.
Recomendação de acordo com a DRI (toda a água
contida nos alimentos,bebidas e água pura):
 0,7L até 6 meses
 0,8L de 7 meses a 1 ano
Krause:
Idade Necessidade deágua
(ml/kg/dia)
10 dias 125-150
3 meses 140-160
6 meses 130-155
1 ano 120-135
2 anos 115-125
6 anos 90-100
10 anos 70-85
14 anos 50-60
Vitaminas e Minerais:
Para crianças com menos de 1 ano, não há
definição das RDAs (cobre a necessidade de 97 a 98%
dos indivíduos sadios daquele grupo) e sim de AI
(ingestão adequada), que se baseiam na média de
consumo de crianças saudáveis em aleitamento materno,
por ser esse uma fonte relevante de todos os
micronutrientes, exceto de ferro e zinco, sendo esses, os
únicos que possuem RDA determinada dos 7 a 12 meses
de idade (Chemin).
VITAMINA K
A deficiência de vitamina K pode resultar em
sangramentos ou a doença hemorrágica do recém
nascido.
A doença hemorrágica do recém nascido é mais
comum em bebês amamentados, pois o LM contém
apenas 2,5 mcg/L de vitamina K, enquanto que as
fórmulas infantis contém 20 vezes mais (todas as
fórmaulas infantis possuem pelo menos 4 mcg/100kcal).
Recomendação (AI):
 2 mcg/dia 0 a 6 meses
 2,5 mcg/dia 7 a 12 meses
Essa quantidade pode ser fornecida pelo leite
maduro, exceto na primeira semana de vida. Por isso,
todos os bebês devem receber de 0,5 a 1mg de vit K
intramuscular.
VITAMINA D
A quantidade disponível para a criança durante os
6 primeiros meses depende dos depósitos maternos
durante a gravidez e, posteriormente, da ingestão de
vitamina D pela criança e, principalmente, de sua
exposição solar, a qual é a forma mais eficiente de
obtenção da vitamina.
O LM contém aproximandamente 20 UI (0,5 mcg de
colecalciferol).
Os lactentes amamentados ao peito devem
receber suplementação (400 UI, Krause, 2013) em torno
dos 2 meses ou serem expostos a luz solar (30min/sem
com o bebê vestindo fralda ou 2h/sem completamente
vestido) (Chemin). Essa exposição pode ser distribuída
em períodos do dia (5 a 15 min) e deve ser direta sem
vidro na frente (Chemin). Aqueles que recebem fórmula
infantil não necessitam (mais que 500ml ou 1000 ml de
fórmula fortificada, Krause, 2013).
Em nosso meio a recomendação de suplementação
de vitamina D é 400 a 800 UI/dia (ou 10 a 20 µg/dia – UL
= 25 µg/dia). 800 UI pode ser necessária para latentes
com maior risco, tais como bebês prematuros, bebês e
crianças de pele escura, e aqueles que residem em
latitudes mais elevadas.
No entanto, as doses devem ser dadas com cautela,
excesso de vitamina D pode causar: náusea, vômitos,
perda de apetite, sede excessiva, micção excessiva, dor
abdominal, fraqueza muscular, dores musculares e
articulares, confusão, fadiga ou dano nos rins.
VITAMINA A (Chemin)
A sua suplementação se justifica apenas em regiões
de alta prevalência de hipovitaminose A, caso contrário,
a alimentação adequada supre as necessidades.
Programa de Prevenção de Hipovitaminose A -
Recomendação em dose única a cada 4 a 6 meses:
- Crianças de 6 a 11 meses: 100.000UI
- Crianças de 12 a 59 meses: 200.000UI.
12
Sintomas típicos de hipovitaminose A estão
relacionados ao olho: xeroftalmia, cegueira noturna, xerose
da conjuntiva e da córnea, manchas de Bitot e
queratomalácia.
É comum a recomendação de suplementação de
1500 a 2000UI de vit A /dia e de 400 a 800UI de vit D no
1º ano, mas o prudente é avaliar individualmente a
criança.
VITAMINA B12
Pode haver deficiência em bebês de mãe com
dieta vegetariana ou anemia perniciosa.
ZINCO
Os requerimentos são atingidos até 5-6 meses
devido à sua boa disponibilidade no LM, após esse
período existe risco para sua deficiência (Accioly).
Cerca de 86% da necessidade de Zn deve ser
coberto pela alimentação complementar (Accioly, 2009). O
consumo aumentado de carne fornece quantidades
adequadas de Fe e Zn.
A suplementação de zinco como rotina só é
indicada para crianças com desnutrição grave (Chemin).
Os suplementos de zinco apresentam como desvantagem
a impalatabilidade e os efeitos colaterais em doses
elevadas, como náuseas.
CÁLCIO
Lactentes que usam fórmulas de LV
arecomendação é de 400 a 800 mg/dia para cobrir suas
necessidades, pois a retenção é de apenas 25 a 30% da
ingestão.
Crianças amamentadas e que retêm,
aproximadamente 2/3 de seu consumo, a
recomendação é de: AI (ingestão adequada) =
200mg/dia (Krause 2010, 210 mg/dia) para lactentes até 6
meses de idade, e 260mg/dia de 7 a 12 meses (Krause,
2013).
FLÚOR
A importância do flúor na prevenção da cárie tem sido
bem documentada. Contudo fluor em excesso pode causar
fluorose dental.
A suplementação não recomendada para crianças
menores que 6 meses. Após a erupção dentária
recomenda-se que a água fluoretada seja oferecida várias
vezes ao dia para crianças alimentadas com LM, ou LV ou
fórmulas preparadas com água que contenham < 0,3 mg de
flúor/L.
Recomendação:
 0,7 mg/dia 0 a 6 meses
 0,9 mg/dia 7 a 12 meses
FERRO
O conteúdo de ferro no leite materno é baixo, mas
tem alta biodisponibilidade, de forma que sua
utilização é elevada (até 50%), mas a introdução de
outros alimentos sólidos compromete a sua
biodisponibilidade.
O aleitamento exclusivo fornece quantidades
adequadas de ferro até 6 meses de vida. Entretanto, entre
4 e 6 meses, começa a ocorrer um balanço negativo de
ferro e suas reservas podem esgotar por volta dos 6 a 9
meses. Após este período, há risco de anemia e por isso
as grandes refeições do lactente devem conter fontes de
ferro heme e não heme acompanhados de substâncias
para melhorar a biodisponibilidade do Fe e deve-se
desestimular o consumo de leite e derivados, chás e
mate. Desta forma, 97% da necessidade deste mineral
deve ser coberta pela alimentação complementar.
Krause, 2013 (Foco em):
Recomendação quanto a suplementação de vitaminas e
minerais em crianças a termo:
 Vitamina D: 400 UI para todos os bebês
amamentados exclusivamente e que consomem
menos de 1000 ml de fórmula/dia.
 Vitamina K: suplementação logo após o
nascimento para evitar a doença hemorrágica do
recém nascido.
 Flúor: 0,25 mg/dia após 6 meses se água
fluoretada com concentração menor que 0,3 ppm.
 Ferro: bebes amamentados exclusivamente: 1
mg/kg/dia a partir de 4 a 6 meses; bebês
amamentados com fórmulas: uso apenas de
fórmulas fortificadas durante o primeiro ano de
vida
TÉCNICAS DE ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR:
Escolher um alimento de cada um dos seguintes
grupos alimentares a fim de atender as necessidades
nutricionais.
 Energia: Tubérculos, raízes e cereais
 Proteínas, ferro não heme e fibras: Feijão,
lentilha, ervilha, grão de bico, soja.
 Proteínas de AVB, ferro e zinco: Carne,
frango, peixe, ovo, vísceras.
 Vitaminas, minerais e fibras: Frutas e hortaliças.
 Complemento energético: óleo vegetal e açúcar.
Contra indicações:
 Açúcar para crianças eutróficas e obesas
evita obesidade e cáries.
 Leite de vaca no 1º ano de vida associado
a anemia ferropriva, alergias alimentares e interferência
no reflexo de sucção do bebê. Ainda, por
13
apresentar quantidades inadequadas de algumas
vitaminas e ác graxos essenciais pode prejudicar o
crescimento e desenvolvimento do lactente e seu uso
leva a maior predisposição futura a aterosclerose,
obesidade, dor abdominal recorrente e catarata
(Chemin). Mas se o consumo de LM pela criança é
insuficiente para atender as necessidades de cálcio e
proteínas o leite de vaca pode ser considerado. Seu
consumo deve ser limitado a 500 ml/dia dos 6 meses
aos 2 anos de vida (Guia < 2 anos).
 Açúcar refinado (deve ser evitado até os 2
primeiros anos de vida – MS, 2010) Prevenção de
obesidade e cáries dentárias.
Atenção: Especificamente no caso de crianças
desnutridas ou com baixo ganho de peso, o açúcar
pode ser útil p/ ↑ densidade calórica das
preparações, sem contribuir p/ ↑ de volume (Accioly
09).
 Beterraba e espinafre e embutidos (Chemin):
Contêm nitrito (nitrato – Chemin) (oxida o ferro da
hemoglobina formando a metahemoglobina, que é
incapaz de se ligar ao oxigênio, podendo levar a
cianose).
ANVISA: alimentos com beterraba e espinafre na
composição devem trazer uma advertência para não
serem consumidos por crianças menoresde 3 meses.
 Alimentos com alta concentração de agrotóxicos:
morango e tomate (Chemin).
 Alimentos que oferecem maior risco de
contaminação: enlatados, embutidos e mel (Chemin).
 Chocolate: contém ácido oxálico que pode se
combinar com o cálcio formando oxalato de cálcio,
reduzindo sua absorção.
ANVISA: uso de cacau, só em alimentos a serem
consumidos após os 9 meses de idade.
Como o teor de cálcio do leite de vaca é elevado, a
adição de pequena quantidade de achocolatado não
torna a combinação tão prejudicial (Ex: de 250 mg de
cálcio presentes em 01 xícara de leite, cerca de 6 mg se
tornariam insolúveis com a adição de chocolate em pó).
 Clara de ovo (Guia < 2 anos 2010): O ovo inteiro
(gema e clara) pode ser introduzido a partir dos 6 meses
em substituição à fonte protéica.
 Mel e xarope de milho para crianças menores de
1 ano de idade - risco de contaminação por Clostridium
botulinum (botulismo); mas ANVISA não restringe.
 Sal e óleo são acrescentados somente após
alguns dias da oferta da primeira sopa (Dan).
 Alimentos com risco de engasgo (uva inteira,
pipoca, peixe com espinhas, bala dura, embutidos e
amendoim) devem ser evitados. Cachorro quente, uvas e
pães com pasta de amendoim (alimentos com pele ou
casca ou que grudam) podem causar asfixia e não
devem ser oferecidos.
 Para crianças com histórico de atopia: evitar leite
de vaca, ovo, soja, amendoim e peixe (possíveis
alérgenos), no 1º ano de vida.
Comuns entre
os autores
Leite de vaca, ovo, amendoim.
Chemin Mariscos, tomate, chocolate.
Dan Trigo, cítricos e carne de porco,
soja e peixe.
 O peixe pode ser introduzido desde o início. A
possibilidade de alergia na população é menos comum.
Deve-se preconizar a carne de peixe como rotina, a
menos que haja história familiar de alergia a produtos
marinhos.
 Evitar consumo excessivo de sucos (> 240
ml/dia), pois pode interferir no consumo de alimentos
(Accioly 09).
 Evitar bebidas com baixo valor nutricional: café,
chá e refrigerantes (Accioly 09); mate e enlatados
(MS, 2010). Podem também comprometer a digestão e
absorção, além de irritar mucosa gástrica da criança
(MS, 2010).
 O óleo vegetal deve ser acrescentado por ser
fonte de ácidos graxos essenciais e de energia.
Quantidade dos Alimentos:
 Iniciar a oferta em pequenas quantidades e
aumentar progressivamente.
 A quantidade dependerá da ingestão de leite
materno.
 Crianças não aceitam a mesma quantidade de
alimento todos os dias, podendo ocorrer variação do
apetite.
 Geralmente a uma discrepância da quantidade de
alimentos que os pais consideram adequada e do que é
realmente necessária para a criança.
 É importante que os pais percebam sinais de fome.
 Durante doença a criança tende a recusar a
alimentação e na fase de recuperação quantidades
maiores devem ser ofertadas.
Preparo e oferta dos alimentos complementares:
Introduzir um alimento novo a cada dia, a fim de
observar a tolerância, variando-se os grupos. X Deixar o
intervalo de 3 a 4 dias entre a oferta e a introdução de
um outro alimento para verificar a existência de alergia
ou intolerância (Chemin) X Intervalo mínimo de 3 dias
(Dan).
Quanto maior a concentração de proteínas,
amido e gorduras, mais lento vai ser o esvaziamento
gástrico, por isso a quantidade de refeições salgadas
deve variar entre 100 e 200g até 12 meses de idade
(Chemin).
 O tamanho do prato e a quantidade oferecida
devem ser proporcionais a idade.
 Permitir que a criança segure copo e a colher e
use as mãos para manusear os alimentos, mantendo,
contudo, a vigilância a fim de garantir a ingestão do
alimento.
 Inicialmente oferecer os alimentos após as
mamadas, independente do volume do novo alimento
que se consiga aceitar, a quantidade vai dependerdo
apetite e a capacidade gástrica da criança.
 Não oferecer mais do que a capacidade da
criança.
14
Após
completar 6 m
Após
completar 7 m
Após completar 12
meses
LM sob livre
demanda
LM sob livre
demanda
LM e fruta ou cereal /
tubérculo
Papa de fruta Papa de fruta Fruta
Papa salgada Papa salgada Refeição básica da
família
Papa de fruta Papa de fruta Fruta ou pão
simples/tubérculo /
cereal
LM Papa salgada Refeição básica da
família
Capacidade gástrica
Accioly 2009 25 a 30ml/kg/dia
Chemin e
Cozzolino
30 a 40 ml/kg/dia
MS, 2010 20 a 30 ml/kg/dia
 A consistência inicial pode ser pastosa, obtida
com auxílio de garfo ou PENEIRA GROSSA (x NÃO
deve ser usada peneira – Guia < 2 anos), depois os
alimentos podem ser picados ou desfiados em pedaços
pequenos (Accioly).
 Assim é totalmente contraindicado o uso de
liquidificador (Guia < 2 anos, Dan, 2001 e Chemin) e
peneira, uma vez que a criança está aprendendo a
distinguir a consistência, sabores e cores dos novos
alimentos (Guia < 2 anos). Além disso, ocorre diminuição
da palatabilidade, o que dificulta a transição para o sólido
(Dan), uma vez que os alimentos liquidificados não
estimulam a mastigação (Guia < 2anos).
 Omitir todos os líquidos e alimentos 1h e 30
min antes da refeição para garantir a fome.
 Usar colher, prato e copo no lugar da
mamadeira, permitindo que a criança segure-os.
 Se houver recusa não se deve obrigar a
ingestão do novo alimento, visto que a aceitação é uma
aprendizagem relacionada com a repetição da oferta. São
necessária em média 8 a 10 exposições a um novo
alimento para que ele seja aceito pela criança (Chemin,
MS 2010).
 Variar a forma de apresentação e preparo,
prevenindo a monotonia alimentar.
 O horário das refeições deve agradável, mas
não se deve realizar outras atividades ao mesmo tempo.
 A criança deve receber alimentos quando
demonstrar fome. Horários rígidos para a oferta de
alimentos prejudicam a capacidade da criança de
distinguir a sensação de fome e de estar satisfeito após
uma refeição. O intervalo entre as refeições é que
precisa ser regulada (2 a 3h) – Guia < 2 anos.
 Orientar quanto à preservação de nutrientes:
cozinhar em quantidade mínima de água, iniciar o
cozimento a partir da água em ebulição, com panelas
tampadas, oferecer frutas logo após o descasque ou
preparo.
 Acompanhar a evolução da alimentação
complementar através da curva de crescimento.
 Orientar higiene oral após as refeições, inclusive
após as mamadas de leite materno, sendo que o uso
de creme dental comum só é permitido após 2 anos de
idade.
 A introdução de alimentos complementares é mais
fácil em crianças amamentadas, pela exposição precoce
a diferentes sabores e aromas no LH (Chemin).
 Deve-se oferecer água nos intervalos entre as
refeições com a introdução dos alimentos
complementares (Guia < 2 anos).
 Evitar bebidas com baixo valor nutricional: café,
chá e refrigerantes (Accioly 09); mate e enlatados (Guia <
2 anos). Estes tipos de alimentos podem também
comprometer a digestão e absorção, além de irritar
mucosa gástrica da criança (Guia < 2 anos).
 Evitar consumo excessivo de sucos (acima de
240ml/dia), pois podem interferir com o consumo de
alimentos (Accioly 09).
 Deve-se estimular a alimentação ativa, a qual está
associada a um melhor crescimento infantil, e é
caracterizada por: alimentar a criança pequena
diretamente; acompanhar e estimular a alimentação de
crianças maiores; atentar para sinais de fome e
saciedade, alimentar a criança com calma e paciência; o
caso de recusa persistente, experimentar diferentes
combinações, sabores e texturas; minimizar distrações
durante as refeições; olhar e conversar com a criança
(Accioly 09).
 Evitar o uso de açúcar. Porém, especificamente no
caso de crianças desnutridas ou com baixo ganho de
peso, o açúcar pode ser útil para aumentar a densidade
energética das preparações, sem contribuir para o
aumento do volume (Accioly 09).
 Utilizar condimentos naturais e suaves, como
cebola, alho, salsinha e sal de adição em quantidades
mínimas.
Ordem de introdução de novos alimentos:
Accioly 09:
 As recomendações atuais de alimentação
complementar não enfatizam a ordem de introdução de
alimentos, uma vez que o trato gastrointestinal do lactente
já é considerado maduro. Após adaptação do almoço, a introdução do jantar
pode ocorrer em seguida, não sendo necessário esperar
um intervalo maior para iniciá-la. Espera-se que a partir
dos 7 meses a criança já esteja recebndo 2 refeições
salgadas.
Ministério da Saúde – Guia < 2 anos
Esquema alimentar para os 2 primeiros anos de vida de
crianças amamentadas:
15
Esquema alimentar para os 2 primeiros anos de vida de
crianças não amamentadas:
 Oferecer vísceras e miúdos 1x/sem e as carnes
por serem importantes fontes de ferro, sempre que
possível devem estar presentes nas papas salgadas.
 ↑ ingestão de alimentos fonte de vitamina C após
as refeições.
 Os sucos não devem ser utilizados como u ma
refeição ou lanche, por conterem menor densidade
energética que frutas em pedaços.
Chemin:
Não há necessidade de seguir uma ordem exata na
introdução de alimentos, mas deve-se priorizar os
alimentos com alto valor energético, ricos em ferro, zinco e
vitamina A, assim, a refeição de sal deve ser
introduzida inicialmente, contendo 1 cereal, 1 tubérculo, 1
fonte protéica e 1 ou 2 hortaliças.
As frutas devem ser oferecidas nas refeições
intermediárias, complementando vitaminas e minerais x
Guia < 2 anos (2010): 1 cereal ou tubérculo + 1 legumes
e verduras + 1 leguminosas + 1 grupo dos alimentos de
origem animal (frango, boi, peixe, miúdos, ovo).
De maneira geral, uma criança de 6 a 8 meses de
idade necessita de 2 a 3 refeições por dia e entre 9 e 11
meses são necessárias 3 a 4 refeições, para que aos 12
meses ela receba 5 refeições/dia.
Cuidados de higiene:
 Lavar as mãos com água e sabão antes de
iniciar o preparo dos alimentos e antes de servi-lo a
criança.
 Não assoprar os alimentos enquanto estiverem
sendo preparados ou servidos à criança.
 As sobras devem ser cobertas e refrigeradas
imediatamente, podendo ser utilizadas em 24 horas.
 Alimentos em temperatura ambiente por mais de 2
horas devem ser desprezados. X reaquecimento
adequado dos alimentos preparados e estocados à
temperatura ambiente por mais de 2 horas (Chemin).
 Não utilizar mamadeiras e seus respectivos
bicos e sim colher e copo (Chemin).
 Consumir alimentos frescos, crus bem lavados,
usar utensílios limpos, proteger alimentos e utensílios de
poeira e animais e armazenar alimentos perecíveis e
preparados em geladeira (Chemin).
 Higienização das frutas: lavar em água corrente;
colocar de molho por 10 min em solução clorada (200 ppm
= 1 C. Sopa para 1L); e enxaguar em água corrente
(Guia < 2anos).
Orientações para ordenha:
 Antes: lavar recipiente de plástico duro ou vidro
com escova em água quente e detergente, ferver por 5
minutos enxugar bem. Aplicar compressas mornas por 3 a
5 minutos em cada mama; fazer higiene das mãos com
água, sabão e escovação das unhas antes de iniciar o
processo.Secar as mãos e mamas com toalhas limpas.
 Ordenha: desprezar o primeiro jato; alternar as
mamas a cada 5 minutos ou quando diminuir o fluxo.
 Depois: passar leite nos mamilos e deixá-los
secar ao ar; vedar o frasco e identificá-lo com hora, data e
volume. No caso de bebês prematuros ou doentes
colocar o recipiente sob água com gelo por 1-2 min e
guardar na área mais fria do congelador.
 Conservação: tempo: 24hs em refrigerador (x
12hs – MS) e 15 dias em freezer.
 Armazenagem no Freezer ou congelador à7
dias; se pasteurizado por 6 meses (Dan).
Oferta do leite ordenhado:
 Usar sempre o leite mais antigo.
 Descongelar em refrigerador.
16
 Não usar microondas, pois o leite pode tornar-
se extremamente quente e causar queimaduras.
 Não congelar outravez após ser descongelado.
 Usar todo o volume do recipiente, pois as
gorduras separam-se no congelamento.
 Agitar o recipiente em água quente (aquecer em
banho maria – Guia < 2 anos), não fervendo, pois o
calor excessivo destrói enzimas e proteínas.
 Usar em até 24h.
QUESTÕES:
1)A prolactina e ocitocina são, respectivamente,
principais hormônios envolvidos na (AP, 2006):
(A) Produção e liberação do leite materno
(B) Produção e inibição da insulina
(C) Estimulação e liberação do leite materno
(D) Inibição e liberação do leite materno
(E) Liberação e produção do leite materno
2)Do processo de início e manutenção da lactação, além
da inervação do mamilo, fazem parte (AM, 2005):
(A) Hipotálamo, prolactina e ocitocina.
(B) Hipotálamo, estrogênios e progesterona.
(C) Tireóide renina e prolactina
(D) Supra-renal, prolactina e ocitocina.
(E) Supra-renal insulina e cortisol
3)O trabalho em bancos de leites humano (BHL)
necessita de conhecimentos de dos processos
relacionados à lactação e as propriedades do leite
materno. Acerca desse assunto, assinale a opção
incorreta (AC, 2006 – UnB/CESPE):
(A) No período de lactação, os hormônios envolvidos
com a produção e ejeção do leite são, respectivamente,
o estrogênio e a progesterona.
(B) O recém-nascido utiliza os reflexos de busca,
sucção e deglutição no ato da amamentação.
(C) O colostro, rico em proteínas e anticorpos, é o
primeiro leite.
(D) O MS recomenda o aleitamento materno exclusivo
até o 6o mês de vida do bebê
4)Após o nascimento, a principal fonte de energia para
o lactente é (são) (MG, 2005):
(A) A gordura
(B) A proteína
(C) As vitaminas
(D) O carboidrato
5)A importância do leite humano como protetor contra
determinadas doenças é reconhecida há muitos anos,
sendo sua atividade antimicrobiana distribuída entre os
componentes celulares e humorais. É um componente
humoral do leite humano que age contra invasão
bacteriana da mucosa e/ou colonização do intestino
(NITERÓI, 2003):
(A) Linfócitos T;
(B) Linfócitos B;
(C) Macrófagos;
(D) Leucócitos polimorfonucleares
(E) Imunoglobulina
6)A caseína é principal proteína do (MG, 2005):
(A) Leite de soja
(B) Leite de vaca
(C) Leite materno
(D) Ovo de codorna
7)O leite humano apresenta expressivo poder
imunológico. Possui um fator de crescimento que
favorece o desenvolvimento de uma flora intestinal
especifica, tornando o lactente menos susceptível à
infecções do tubo digestivo. Este fator é chamado de
(MG, 2006):
(A) Lactoferrina;
(B) Lactobacilo bifidus
(C) IgA secretória
(D) Lactoalbumina
(E) Lisozima
8)Sobre o Leite materno (LM) é correto afirmar
(CONAB, 2006): (A) O teor de vitaminas no LM não
guarda relação com a dieta materna;
(B) O teor de proteína do leite humano é um dos
maiores entre as espécies de mamíferos;
(C) Dentre os carboidratos do LM a lactose é o
principal constituinte, seguido de maltose e açúcar
invertido;
(D) As concentrações de Ca e Fe sofrem forte influência
da dieta materna;
(E) O perfil de gordura ingerida pela nutriz influencia
no perfil de ácidos graxos no LM
9)Comparado com o leite de vaca, o leite humano
apresenta uma maior quantidade de (Residência –
2003):
a.Ferro
b.Tiamina
c. Colesterol
d.Vitamina K
10) O teor proteico do leite humano e de vaca
é, respectivamente, de (NITERÓI, 2004):
(A) 20% e 6%
(B) 15% e 10%
(C) 10% e 15%
(D) 6% e 20%
11) O processo de lactação é dispendioso
nutricionalmente. A influência da alimentação materna
sobre a composição do leite materno depende, em
parte da história nutricional materna.Assinale a
alternativa correta (SP, 2001):
(A) Fornecimento de proteínas antimicrobianas
independe do estado nutricional da mãe
(B) A energia oferecida pelo leite materno é de
17
aproximadamente 67Kcal/100ml de leite
(C) A subnutrição materna reflete em parte sobre a
quantidade de lípides no leite materno, já que não
há reservas orgânicas.
(D) A concentração de vitamina D no leite materno
está relacionada apenas ao aporte materno desta
vitamina.
12) Durante a lactação, o estímulo para a secreção,
liberação e manutenção da produção de leite
humano deve-se principalmente a 3 fatores.
Respectivamente (UFSC, 2003):
(A) À produção do hormônio ocitocina, estímulo
da sucção, produção do hormônio prolactina;
(B) À queda do nível sangüíneo de
progesterona, estímulo
da sucção, produção do hormônio prolactina.
(C) Ao estímulo da sucção, produção do hormônio
prolactina, redução na produção do hormônio
progesterona;
(D) À produção do hormônio prolactina, produçãodo hormônio ocitocina, estímulo da sucção.
13) O leite de uma lactante, adequadamente
alimentada, fornece todas as vitaminas que um bebê
a termo necessita, exceto a vitamina (MARINHA, 2006):
(A) A
(B) B6
(C) C
(D) D
14) Assinale a opção correta em relação ao
colostro (MARINHA, 2006):
(A) É mais rico em carboidratos e gordura e pobre
em proteína que o leite maduro
(B) É mais rico em proteína e mais pobre
em carboidratos e gordura que o leite maduro
(C) É rico em anticorpos e mais rico em ferro que o
leite de vaca
(D) É pobre em anticorpos, ferro e vitamina C.
(E) Fornece aproximadamente 25 Kcal/ml
15) É correto afirmar que o leite humano em relação
ao leite de vaca (MARINHA, 2005):
(A) Possui maior quantidade de ferro
(B) Possui menor concentração de soro e maior
concentração de caseína
(C) Pode conter mais colesterol
(D) Possui mais lactose e proteínas
(E) Possui menor concentração dos aminoácidos
taurina e cisteína
16) O colostro, em relação ao leite maduro, apresenta
(CONTAGEM, MG):
(A) Maior teor de gorduras e maior de calorias.
(B) Menor teor de gorduras e menor de calorias
(C) Menor teor de gorduras e maior de calorias.
(D) Maior teor de gorduras e menor de calorias.
17) Qual o hormônio que atua, impedindo a ação da
ocitocina sobre os canais lactíferos, por promover a
vasoconstrição mamária, prejudicando dessa forma a
lactação satisfatória (MARINHA, 2004)?
(A) Prolactina
(B) Estrogênio
(C) Noradrenalina
(D) Luteinizante
(E) Folículo estimulante
18) Quanto ao leite materno é incorreto afirmar
que (MARINHA, 2004):
(A) Conteúdo de gordura reflete o padrão de saturação
da dieta materna.
(B) A influência primária sobre o volume do leite
é a frequência da amamentação.
(C) Os níveis de algumas vitaminas do complexo
B hidrossolúveis podem ser alterados pela dieta materna.
(D) A produção média de leite é de 750 ml/semana.
(E) No segundo semestre de lactação, a produção
láctea é geralmente reduzida, quando comparada ao
primeiro semestre.
19) A criança, quando nasce, apresenta, ainda,
imaturidade em diversos sistemas, dentre eles o
digestório. No caso da digestão da gordura ela é
parcialmente realizada devido a (RIO DAS OSTRAS,
2004):
(A) Conjugação de sais biliares com lipases linguais.
(B) Secreção da lipase pancreática e gástrica.
(C) Lipase não especifica do leite humano.
(D) Ação dos sais biliares na hidrolise de triglicerídios.
(E) Lipase pró-ativa do sistema digestório.
20) A imunoglobulina, presente em maior concentração
no leite humano, representando cerca de 90%do total,
e que confere proteção ao intestino imaturo do bebê
contra infecção é (MAGÉ, 2004):
(A) IgA secretória
(B) IgG secretória
(C) IgM secretória
(D) IgE secretória
21) Logo após o parto, o primeiro leite secretado pela
glândula da mãe é denominado colostro. O colostro
difere o leite maduro pelo seu maior teor de (Residência
– 2004):
A) Lactose
B) Lipídios
C) Proteínas
D) Vitaminas
22) O leite humano supre quase todas as necessidades
nutricionais do recém-nascido durante seis meses de
18
vida, com exceção das seguintes vitaminas (Residência –
2004):
A)A e C
B)D e K
C) D e A
D) K e C
23) Os glóbulos de gordura do leite são facilmente
hidrolisados pelo lactente jovem através da ação da
lipase do tipo (Residência – 2003):
A) Lingual
B) Gástrica
C) Pancreática
D) Leite humano
24) A coloração amarela do colostro decorre da
grande quantidade de (Residência – 2003):
A) Retinol
B) Caroteno
C) Tocoferol
D) Colicalciferol
25) Dos problemas abaixo verifique quais são
causados pela utilização do LV pelo lactente (AP, 2006):
I – Hipertensão
II – Hipercalcemia
III – Desnutrição
IV – Deficiência de ferro e microhemorragia intestinal
V – Risco aumentado de alergia
Estão corretas apenas as afirmativas;
(A) I e III (B) II e IV (C) I e II (D) III e V (E) IV e V
26) O mel não é recomendado para crianças menores
de 1 ano porque pode conter (NITERÓI, 2004):
(A) Streptococcus viridans
(B) Clostridium botulinum
(C) Staphylococcus aureus
(D) Mycobacterium tuberculosis
27) A recomendação de consumo energético para
um lactente de 9 a 11 meses é de:
A) 80 Kcal/Kg/dia
B) 89 Kcal/Kg/dia
C) 75 Kcal/Kg/dia
D) 70 Kcal/Kg/dia
E) 82 Kcal/Kg/dia
28) Assinale a alternativa em que a relactação e
a lactação adotiva não são indicadas (FIOCRUZ, 2010).
(A) No caso em que a mãe deseja amamentar, mas
não iniciou a amamentação por doença sua ou do bebê.
(B) No caso em que a mãe suspendeu a
amamentação, por falta de orientação adequada.
(C) No caso em que a mãe adotou filhos.
(D) No caso em que a mãe deseja amamentar em
favor da saúde do bebê ou em razão de doenças e
intolerâncias alimentares geralmente pelo uso de
leites artificiais.
(E) No caso em que a mãe esteja em alojamento
contínuo, permitindo que as mães e bebês
permaneçam juntos por 24 horas.
29) Um lactente de 2 meses do sexo feminino com
bom estado nutricional e saudável, pesando 4.150g,
está impossibilitado de ser amamentado devido à
doença materna. Irá receber formula Láctea
modificada que fornece 67 Kcal/100ml. O numero de
mamadeiras e o volume de formula mais adequado a
este bebê é (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005):
(A) 5 mamadeiras de 110 ml cada
(B) 6 mamadeiras de 120 ml cada
(C) 7 mamadeiras de 140 ml cada
(D) 5 mamadeiras de 150 ml cada
(E) 4 mamadeiras de 180 ml cada
30) Segundo a RDA, 1989, a recomendação de
proteína para os lactentes de 6 a 12 meses, é (MAGÉ,
2004):
(A) 0,8 g/Kg/dia
(B) 1,2 g/Kg/dia
(C) 1,6 g/Kg/dia
(D) 2,2 g/Kg/dia
31) O contato com os alimentos é a primeira etapa
para criança aprender sobre o gosto dos alimentos;
ela é adquirida pela exposição repetida ou mera
exposição dos mesmos durante o primeiro ano. Sobre
o tema, marque a alternativa correta (Uni Rio, 2010).
a.Geralmente sua aceitação ocorre após 2 a 3
apresentações do alimento, e os pais não devem desistir
de oferecer alimentos recusados, mesmo porque é a
exposição repetida que poderá contribuir para redução
da fobia alimentar.
b.Geralmente sua aceitação ocorre após 12 a 15
apresentações do alimento, e os pais não devem desistir
de oferecer alimentos recusados, mesmo porque é a
exposição repetida que poderá contribuir para redução
da neofobia alimentar.
c. Geralmente sua aceitação ocorre após a primeira
apresentação do alimento, e os pais devem desistir de
oferecer alimentos recusados, mesmo porque não é a
exposição repetida que poderá contribuir para redução
da fobia alimentar.
d.Geralmente sua aceitação ocorre após 15 a 20
apresentações do alimento, e os pais não devem desistir
de oferecer alimentos recusados, mesmo porque é a
exposição repetida que poderá contribuir para redução
da repulsa alimentar.
e.Geralmente sua aceitação ocorre após 10
apresentações do alimento, e os pais não devem
desistir de oferecer alimentos recusados, mesmo
porque a criança deve ingerir apesar de não apreciar,
para que se acostume ao gosto.
32) O leite de vaca na alimentação do lactente pode
estar relacionados a problemas como (MARICÁ, 2002):
19
(A) Inadequação da sua composição em relação as
suas necessidades nutricionaIS, tolerância digestiva,
metabólica e excretora da criança;
(B) A forma de preparo das mamadeiras além da
possibilidade de causar intolerância a glicose;
(C) Inadequação da sua composição em relação as
suas necessidades nutricionais alem da possibilidade
de causar intolerância a sacarose;
(D) Hiponatremia, devido à carga metabólica imposta
pela concentração de solutos (Na, K, Cl e PTN) sobre
sua função renal imatura;
(E) Preparo em condições higiênicas inadequadas
33) O leite de vaca fluido, antes de ser oferecido ao
lactente, deve ser diluído com água porque apresenta,
em relação ao leite materno, elevado teor de
(QUEIMADOS, 2001):
(A) Proteínas, eletrólitos e lipídios;
(B) Proteínas, eletrólitos;
(C) Eletrólitos e lipídios;
(D) Proteínas, carboidratos e lipídios;
(E) Proteínas, carboidratos.
34) Um lactente de 2 meses, adotado, pesando 4,8 Kg,
receberá fórmula láctea infantil que fornece 67 Kcal/100
mL (reconstituição de 1 medida de pó para 30 mL de
água). Se a capacidade gástrica da criança é de 25
mL/Kg/mamadae a recomendação de energia é de 116
Kcal/Kg/dia, determine o número de mamadeiras
necessárias para este lactente (QUEIMADOS, 2001):
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8
35) O leite de vaca contém muitos componentes
proteicos. A fração proteica que mais frequentemente
induz à alergia é a (Residência – 2004):
A) Alfa-albumina
B) Beta-lactoglobulina
C) Albumina sérica bovina
D) Globulina sérica bovina
36) As crianças menores de 2 anos são mais
vulneráveis a desnutrição e a deficiências de
micronutrientes. E, embora seja comprovado o efeito
protetor do aleitamento materno para a redução da
morbimortalidade infantil, as taxas de aleitamento
materno exclusivo no Brasil estão abaixo do
recomendado. Hoje, o Ministério da Saúde recomenda
o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros
meses de vida.
Entende-se como aleitamento materno exclusivo a
oferta de (UFRJ, 2012):
a. leite materno associado ao leite não-humano, água
filtrada, ou bebidas à basa de água, com sucos de
frutas e chás;
b. leite materno, água filtrada, ou bebidas à base de
água, como sucos de frutas e chás, e gotas ou
xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos;
c. leite materno associado ao leite não-humano, e gotas
ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos
o leite não-humano, água filtrada, ou bebidas à base
de água, como sucos de frutas e chás;
d.somente leite materno, e nenhum outro líquido ou
sólido, com exceção de gotas ou xaropes de
vitaminas, minerais e/ou medicamentos;
e. leite materno associado aos alimentos líquidos e semi-
sólidos, incluindo o leite não-humano e de gotas ou
xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos.
37) Lactente de 3 meses cuja a alimentação é
predominantemente constituído de leite de vaca
integral, vem apresentando hemorragia perióstea e
inflamação nas gengivas. Estas manifestações podem
ser atribuídas à carência da seguinte vitamina
(Residência, 1998):
A) A
B) B1
C) B2
D) C
E) E
38) O leite de vaca deve ser evitado no primeiro ano
de vida, devido à associação do seu consumo com o
desenvolvimento de (Residência, 2005):
A) Anemia ferropriva
B) Cárie dentária
C) Desnutrição
D) Obesidade
39) Na dieta de desmame, não é recomendado (a)
(AC, 2006 – UnB/CESPE):
(A) Introdução do leite de vaca no 7o mês de vida
(B) Introdução de legumes em papas salgadas a partir
do 6o mês de vida
(C) Introdução de claras de ovo a partir dos 12 meses
de vida
(D) Incentivo ao consumo de alimentos in natura em
relação aos industrializados ou processados
40) Dentre as medicações apresentadas a seguir,
assinale a alternativa que apresenta a que é
compatível com o aleitamento materno (FIOCRUZ
2010):
(A) Sais de ouro.
(B) Ciclosporina.
(C) Vincristina.
(D) Amiodarona.
(E) Lidocaína
41) Conceitua-se por desmame precoce a introdução
de alimentos na dieta do lactente:
(A) Antes do 6o mês de vida
20
(B)Entre o 6º e 8º mês de
vida (C)Antes do 2º de vida
(D) Antes do 4º mês de vida
42) Além da idade do lactente, outros fatores são
determinantes para indicação do inicio do desmame,
entre eles podemos citar:
(A) Enfraquecimento do leite materno
(B) Rachaduras nos mamilos das lactantes
(C) Dispersividade do lactente ao seio
(D) Desaceleração do ganho de peso, quando
descartadas as intercorrências clinicas.
43) Quanto aos componentes protetores do leite
humano e seus efeitos, assinale a afirmativa correta
(FIOCRUZ 2010). A lactoferrina liga-se ao zinco
inibindo a multiplicação bacteriana
(B) O fator bífidus estimula o crescimento de
lactobacillus bifidos que antagonizam as enterobactérias.
(C) A lactoperoxidase destrói os estafilococos e
inibe a duplicação viral intracelular.
(D) A lisozima que lisa os vírus pela destruição da
parede celular.
(E) O interferon torna a vitamina B12 não disponível
para o crescimento bacteriano
44) Uma das razoes para a introdução dos alimentos
sólidos é que no lactente, após 3 ou 4 meses de vida
estão diminuídas as reservas dos seguintes minerais:
(A) Ca
(B) P
(C) I
(D) Fe
45) Crianças com menos de 1 ano de idade não
devem consumir:
( A) Carne bovina
(B) Espinafre
(C) Frango
(D) Mel
46) A Iniciativa hospital amigo da criança tem a
finalidade de promover, proteger e apoiar o aleitamento
materno do recém-nato, por meio dos “Dez passos
para o incentivo do aleitamento materno”. Assinale a
afirmativa que não apresenta um desses passos.
(A) Informar todas as gestantes sobre as vantagens
e o manejo do aleitamento.
(B) Ajudar as mães a iniciar o aleitamento a partir
da segunda hora após o nascimento.
(C) Mostrar às mães como amamentar e como
manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de
seus filhos.
(D) Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento
ou bebida além do leite materno, a não ser quando
tenha indicação médica.
(E) Não fornecer bicos artificiais ou chupetas a
crianças amamentadas ao seio.
47) A beterraba e o espinafre não devem ser
administrados antes do 6o mês de vida, sendo
também indicado o uso controlado dos 6 aos 12
meses, devido ao seu elevado teor de (Residência,
2005):
A) Teobromina
B) Polifenol
C) Nitrito
D) Fitato
48) Em relação a recomendação sobre a introdução de
alimentos complementares pelo MS, é importe
considerar que (Prefeitura RJ 2008):
(A) é recomendada a utilização do termo alimentos
de desmame na orientação à família para referir-se a
alimentos especialmente preparados para crianças
pequenas
(B) nos países em desenvolvimento não há
compensação na velocidade do ganho de peso até os
6 meses de vida em crianças em amamentação
exclusiva com a introdução de alimentos
complementares a partir dos 4 meses de idade
(C) há vantagens no ganho de peso e comprimento
quando são introduzidos alimentos complementares
entre 4 e 6 meses de idade em crianças nascidas
com baixo peso.
(D) crianças amamentadas exclusivamente ao seio
nos primeiros 6 meses, nos países desenvolvidos,
apresentam uma taxa de crescimento similar à de
crianças que receberam alimentos complementares
de forma adequada entre 4 e 6 meses.
49) De acordo com os 10 passos da alimentação
saudável para crianças menores de 2 anos de idade,
a partir dos 6 meses deve-se oferecer de forma
lenta e gradual outros alimentos. Uma das principais
recomendações do guia é (Prefeitura RJ 2008):
(A) a densidade de ferro nos alimentos
complementares recomendada é de 2,4mg/100kcal
dos 6 a 8 meses de idade
(B) uma dieta com 19 a 25% de absorção de ferro
é considerado de biodisponibilidade intermediária
(C) a densidade proteica de alimentos
complementares recomendada é de 0,8g/kcal dos 6
aos 24 meses de idade
(D) os alimentos complementares devem ter uma
densidade energética mínima de 0,7 kcal/ml
50) Com relação ao teor energético, o leite humano
contém (Angra dos Reis 2008):
(A) 70 quilocalorias por 100ml de leite
(B) 80 quilocalorias por 100ml de leite
(C) 100 quilocalorias por 100ml de leite
(D) 120 quilocalorias por 100ml de leite
(E) 50 quilocalorias por 100ml de leite
21
51) Sobre a composição química média do leite
humano maduro (LHM) e leite de vaca pode-se
afirmar (Angra dos Reis 2008):
(A) a relação caseína/albumina é maior no leite de
vaca do que no LHM
(B) o teor de lipídios é maior no leite de vaca do que
no LHM
(C) o teor de proteínas é menor no leite de vaca do
que no LHM
(D) o teor de vitamina A é menor no leite de vaca do
que no LHM
(E)o teor de energia é maior no leite de vaca do que
no LHM
52) O leite humano é qualitativamente superior ao
leite de vaca porque apresenta (Caxias 2008):
(A) menor teor de caseína;
(B) menor teor de gorduras;
(C) maior teor de ferro;
(D) maior teor de cálcio.
53) Os lactentes alimentados exclusivamente com
leite humano até os seis meses de vida estão em
risco de desenvolver um balanço negativo de ferro e
podem esgotar suas reservas em torno de 6 a 9
meses. Sobre essa questão, é CORRETO afirmar que
(Caxias 2008):
(A) a anemia ferropriva é muito frequente aos 4
meses de vida, principalmente entre os bebês que só
se alimentam com leite materno, pois a absorção desse
nutriente é muito baixa;
(B) independente da fonte alimentar, todos os bebês
devem receber suplementação

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