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RESUMO DE DOENÇAS EXANTEMATICAS

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Thaís Figueiredo de Souza Mazzine / thaisfig@hotmail.com 
 
DOENÇAS EXANTEMATICAS são as doenças que se manifestam com exantema maculo papular, manifestação 
cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas. 
SARAMPO (primeira doença) = NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA! Vírus da família Paramixovírus - trato respiratório: 
gotículas respiratórias, aerossóis (isolamento respiratório). O período de transmissibilidade ocorre de 4 dias antes do 
exantema a 4 dias após seu desaparecimento. Imunidade passiva transitória: bebes até 9 meses estão protegidos se 
a mãe já teve a doença ou foi vacinada – vacinação só aos 12 meses (tríplice viral) e aos 15 meses (tetra viral) – 
imunidade ativa. 
No epitélio respiratório o vírus causa necrose celular, vasculite de pequenos vasos, infiltrado linfocítico e formação 
de células gigantes de Warthin-Finkeldey (patognomonico). O vírus infecta células TCD4, levando a uma 
imunodepressão Th1 – quadros diarreicos e infecções bacterianas secundarias. 
-Período de infecção (7 dias): tem inicio com a fase prodrômica (febre, tosse produtiva, coriza, conjuntivite e 
fotofobia) com o aparecimento de um enantema (pequenas lesões esbranquiçadas com halo avermelhado na 
mucosa oral – Manchas de Koplik: patognomonico). 
-Fase exantemática: (exantema maculopapular avermelhado – com áreas de pele sã permeando – inicialmente em 
região retro auricular, seguindo a linha de implantação capilar e cefalocaudal) – a febre é máxima no pico do 
exantema 
-Período de remissão (do 7º ao 10º dia) 
-Período toxêmico: queda da imunidade e surgimento das complicações – superinfecções bacterianas e virais 
Complicações: 
∟ Otite média aguda (mais comum) 
∟ Pneumonia (mais mata) - pode ser pelo próprio vírus do sarampo (PNM de células gigantes) ou bacteriana 
secundária. 
∟ Encefalite (alta letalidade/ não é comum) – lesão por ação dos mediadores imunológicos e não por ação 
direta do vírus 
Tratamento: 
∟ Sintomáticos para febre e dor 
∟ Limpeza ocular com SF (antimicrobianos tópicos se conjuntivite) 
∟ Isolamento respiratório até 4 dias após início do exantema 
∟ Vitamina A (50mil UI em <6meses, 100mil de 6 a 12 meses e 200mil > 12 meses – aerossol no dia do 
diagnostico e no dia seguinte) 
Profilaxia Pós-contato: 
∟ Vacina de bloqueio até 72h para maiores de 6 meses 
∟ Imunoglobulina padrão: até 6 dias da exposição em grávidas, <6 meses e imunocomprometidos (que sejam 
suscetíveis) 
 
 
 
 
 
 Thaís Figueiredo de Souza Mazzine / thaisfig@hotmail.com 
 
RUBÉOLA (terceira doença) = causada pelo Rubella vírus - Togaviridae. Transmitido por gotículas que penetram pela 
mucosa respiratória. O período de maior transmissibilidade ocorre de 1 semana antes a 1 semana depois do início do 
rash. Tem caráter benigno e autolimitado quando adquirida no período pós-natal, sendo mais grave como rubéola 
congênita, que pode levar a malformações cardíacas, neurológicas, oculares e cocleares, desencadeando retardo 
mental, paralisia cerebral, surdez e deficiência visual. 
Manifesta-se por febre baixa, mal-estar, linfadenopatia (retro auricular, occipital, cervical), anorexia, dor de 
garganta, rash eritematoso-papular coalescente que se inicia na face e pescoço e dura em media 3 dias, 
desaparecendo sem descamar, além de lesões rosadas e petéquias em palato mole e amigdalas (manchas de 
Forcheimer – bem característico). 
Tem como principal complicação a artrite, mais comum em pequenas articulações e em mulheres jovens. 
O dg de certeza depende de exames sorológicos (IgM e IgG), além do isolamento do vírus em secreção nasofaríngea, 
urina, sangue, líquor, etc. O tratamento é feito com sintomáticos (analgésicos e antitérmicos) e deve-se evitar 
contato com gestantes suscetíveis. Corticoides e imunoglobulinas podem ser usados no caso de trombocitopenia 
que não melhora. 
Profilaxia: 
∟ Pré exposição: vacina tríplice viral aos 12 meses e tetra viral aos 15 meses 
∟ Pós exposição: vacina de bloqueio ate 72h após o contato 
VARICELA ZOSTER (catapora) – na primeira infecção o vírus causa doença exantemática maculopapulovesicular 
(varicela - catapora), na maioria das vezes de curso benigno, mas que resulta na latência do vírus nos neurônios dos 
gânglios sensoriais. A reativação do vírus latentes anos depois resulta no herpes zoster. Transmissão pelo contato 
direto com a secreção das vesículas ou gotículas da secreção respiratória. Recém-nascidos, lactentes, adolescentes, 
adultos e imunodeprimidos tem maior chance de complicações bacterianas secundarias (normalmente S. pyogenes e 
S. aureus). 
Os sintomas prodrômicos são inespecíficos e após 2 dias há o início do exantema no couro cabeludo, face e pescoço, 
que se disseminam para tronco e extremidades (rash com concentração centrípeta: mais na face e tronco). 
MÁCULA >> PÁPULA >> VESÍCULA >> PÚSTULA >> CROSTA – acomete mucosas. 
∟ Varicela progressiva = envolvimento visceral. 
∟ Varicela neonatal = até 10 dias de vida – forma mais grave, com disseminação sistêmica e múltiplo 
acometimento orgânico. Gestante com inicio de varicela 5 dias antes do parto ou 2 dias após: suspender 
aleitamento temporariamente + imunoglobulina para o bebê (herpes zoster não, pois não há viremia). Os 
prematuros <28 semanas com mães com varicela ativa e os lactentes que tem complicações ou pegaram na 
comunidade devem também receber aciclovir venoso 10mg/kg/dose 8/8h se aparecerem lesões. 
∟ Síndrome da varicela congênita = resultado da infecção primaria da mãe nas primeiras 20 semanas de gestação 
que causa retardo do crescimento intrauterino, hipoplasia de extremidades, cicatrizes cutâneas, defeitos 
oculares e comprometimento do SNC (retardo mental, convulsões, etc) 
ACICLOVIR: usado VO em adolescentes e adultos saldáveis, uso de corticoide inalatório, uso crônico de AAS e 2º caso 
na família e IV em imunodeprimidos, gravidas e qualquer um com complicações (varicela progressiva). 
Profilaxia: 
∟ Pré exposição: vacina tetra viral aos 15 meses 
∟ Pós exposição: vacina de bloqueio até 5 dias após exposição, além de imunoglobulina até 4 dias para 
imunodeprimidos, gravidas, prematuros de <28 semanas sempre ou mais se a mãe não teve varicela e RN de 
mãe com varicela ativa 5 dias antes ou 2 dias depois do parto 
 Thaís Figueiredo de Souza Mazzine / thaisfig@hotmail.com 
 
 
EXANTEMA SÚBITO (ROSÉOLA OU SEXTA DOENÇA – doença de lactentes) = causado pelo herpes vírus humano 6 ou 
7 (HHV-6 e HHV-7 – saliva de adultos saldáveis portadores). Ocorre principalmente em menores de 3 anos e tem 
caráter benigno, se manifestando com faringite leve, hiperemia conjuntival, leve edema palpebral, linfomegalia e 
febre alta (40º, podendo ocorrer convulsão febril), durante 3 a 5 dias. Pode haver ulceras em palato mole e úvula 
(manchas de Nagayama). Quando a febre some bruscamente (em crise), ocorre rash discreto róseo, não pruriginoso, 
primeiramente em tronco, com disseminação para o pescoço, face e extremidades (centrifugo). Tratamento 
sintomático com uso de ganciclovir (não sensível a aciclovir) somente em imunossuprimidos om doença grave. 
ERITEMA INFECCIOSO (QUINTA DOENÇA – mais comum em escolares) = causado pelo parvovírus B19 (risco para 
quem tem anemia falciforme, pois suas células alvo primarias são os precursores eritroides na medula óssea. Como 
na falciforme sempre apresenta uma hemólise aumentada, causando uma produção aumentada ‘no limite’, então 
qualquer fator que altera a produção causa um maior prejuízo). Seus primeiros sinais são febre baixa, cefaleia e 
sintomas de VAS. O exantema (não tem mais vírus circulante, é imuno-mediado) apresenta 3 estágios: 
1. Exantema na face (aspecto de bofetada) somado a palidez peri oral 
2. Aproximadamente um dia depois ou de forma concomitante,o exantema se dissemina como manchas 
vermelhas, simetricamente distribuídas no tronco e parte proximal das extremidades superiores e inferiores. As 
lesões desaparecem sem descamar. 
3. Alterações cutâneas ressurgem após a melhora clinica (1 a 3 semanas), geralmente por alterações ambientais 
Tratamento: 
∟ Imunoglobulina para os imunodeprimidos 
∟ Crise aplasica: hemotransfusão 
∟ Hidropsia fetal: transfusão intra útero 
ESCARLATINA = Mais comum acima dos 5 anos. É causada pelo Streptococcus do grupo A (S. pyogenes). Ocorre mais 
frequentemente associada à faringite. A doença tem inicio agudo com febre alta, calafrio, vômitos, cefaleia, 
amigdalite e dor abdominal. O exantema surge após 24-48h, com aspecto eritematoso e micropapular, dando à pele 
uma textura áspera, semelhante à lixa. O rash se inicia no tórax e se dissemina para o pescoço e membros, 
poupando palmas e plantas. A região Peri oral se torna pálida. Nas regiões flexurais o exantema é mais intenso (sinal 
de Pastia). O rash começa a desaparecer após aproximadamente 1 semana, deixando uma descamação fina. Ainda 
manifesta faringite com exsudato e petéquias, há língua em morango branco e depois língua em framboesa 
(edemaciada e arroxeada) característica. 
Tratamento: penicilina benzatina por 10 dias (1200000 se >25kg ou 600000 se < 25kg) 
Lembrar da FR (artrite migratória, cardite, coreia e eritema marginado e nódulos subcutâneos). 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA = causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), que pertence a família do herpes vírus. É 
transmitida através do ato sexual ou por secreção oral, sendo conhecida como doença do beijo. Nos adultos e 
adolescentes é comum se manifestar com a tríade clássica: FADIGA, FARINGITE E LINFADENOPATIA. Já em crianças 
pequenas é normalmente assintomática. Há faringoamigdalite (presença de exsudato acinzentado nas amigdalas e 
petéquias no palato), cefaleia, náuseas, dor abdominal, ESPLENOMEGALIA (90%) E HEPATOMEGALIA (diferença da 
faringoamigdalite estreptocócica, que não apresenta essas alterações), adenomegalia generalizada, edema 
palpebral, rash eritemapapular mobiliforme (mais frequente após o uso de ampicilina ou amoxicilina!!!!!!). O tto é 
sintomático e deve se fazer repouso. Se houver obstrução respiratória, faz-se corticoide. 
 Thaís Figueiredo de Souza Mazzine / thaisfig@hotmail.com 
 
DOENÇA DE KAWASAKI (poliarterite nodosa infantil) – é uma vasculite febril que afeta principalmente crianças < 5 
anos. É caracterizada por uma inflamação vascular generalizada que acomete preferencialmente os vasos de calibre 
médio (principalmente coronárias). 
Sua clínica inclui FEBRE remitente (5 dias - diminui, mas não atinge o normal) + 4: CONJUNTIVITE; ALTERAÇÕES 
LÁBIOS/ CAVIDADE ORAL; ADENOMEGALIA; EXANTEMA sem vesículas ou bolhas; ALTERAÇÕES NAS EXTREMIDADES 
(eritema, edema, descamação periungueal). Há miocardite na fase aguda (taquicardia desproporcional à febre) e 
aneurismas de coronárias na subaguda. 
O tto inclui imunoglobulina, AAS em doses antiinflamatorias (100mg/kg/dia), além de terapia trombolítica nos 
pacientes com trombose coronariana. 
 
CITOMEGALOVÍRUS = é causada pelo citomegalovírus humano. É assintomática na maioria das vezes, e o quadro 
clinico varia de acordo com a idade: lactentes e crianças pequenas podem apresentar pneumonite, hepatomegalia, 
hepatite e rash petequial, já crianças maiores e adultos podem apresentar síndrome mononucleose-like, com fadiga, 
mal estar, mialgia, febre, cefaleia, hepatoesplenomegalia, rash, linfocitose atípica. O diagnostico é feito através do 
isolamento viral em urina ou saliva. O tto só está indicado em imunodeprimidos (imunoglobulina e ganciclovir) e em 
infecção congênita sintomática (ganciclovir para prevenir perda auditiva) 
 
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA (síndrome de Ritter) – causada pelo S. aureus a partir da nasofaringe, ocorre 
clivagem da epiderme. Seu tto é feito com oxacilina, vancomicina ou clindamicina 
ENTEROVIROSES – são doenças causadas por vírus cujo sitio primário de invasão é o intestino. A doença MÃO- PÉ – 
BOCA é mais frequentemente causada pelo coxsakievírus A16 e enterovírus 71 e é caracterizada por febre baixa, 
vesículas em lábios, língua, mucosa oral, gengivas, faringe posterior e amigdalas que podem ulcerar, além de 
exantema ou vesículas em mãos, pés e nádegas, que desaparecem em uma semana. O tto é sintomático e 
imunoglobulina nos imunossuprimidos

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