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MAQUINAS ELETRICAS

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ENGENHARIA ELÉTRICA
CONVESÃO ELETROMECÂNICA
MOACIR GOMES
WELLINGTON PEREIRA
RAPHAEL JUSTI
FERNANDO DA SILVA CADOSO
GABRIEL NICOLADELLI
VICTOR MARCOLINO CORREA
DAVI COLLE
KLEOMAR TEIXEIRA
MAQUINA SÍNCRONA
Tubarão 2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................1
2 – CONSTRUÇÃO DE MOTORES SÍNCRONOS......................................................2
2.1 – CARCAÇA..................................................................................................2
2.2 – ESTATOR BOBINADO...............................................................................2
2.2.1 – Excitatriz...................................................................................................2
2.3 – ROTOR................................................................................................................3
2.4 – MANCAIS............................................................................................................4
2.4.1 – Mancais Lubrificados a Graxa.................................................................5
2.4.2 – Mancais Deslizantes Natural...................................................................5
2.4.3 – Lubrificação Forçada...............................................................................6
3 – ARRANQUE DE MOTORES SÍNCONOS.............................................................6
3.1 – PROBLEMAS DO ARRANQUE.................................................................7
3.2 – MÉTODOS DE ARRANQUE......................................................................8
3.2.1 – Com Auxilio de Outro Motor.....................................................................8
3.2.2 –Arranque Síncrono....................................................................................9
4 – SISEMAS DE EXCITAÇÃO DE GEADORES SÍCRONOS...................................9
4.1 – PRINCIPAIS FUNÇÕES.............................................................................9
5 – COMPENSADOR SÍNCRONO............................................................................12
5.1 – REGIME DE FUNCIONAMENTO.............................................................14
5.1.1 – Sub Excitado..........................................................................................14
5.1.2 – Sobre Excitado.......................................................................................14
5.2 – COMPENSADORES DE SE ILHOTA.......................................................15
6 – APLICAÇÕES......................................................................................................16
6.1 – POR QUE O USO DE MOTORES SÍNCRONOS.....................................18
6.2 – PRINCIPAIS VANTAGENS......................................................................18
6.2.1 – Correção do Fator de Potencia..............................................................18
6.2.2 – Velocidade Constante............................................................................19
6.2.3 – Alta Capacidade de Toque.....................................................................19
6.2.4 – Alto Rendimento.....................................................................................19
6.2.5 – Maior Estabilidade com Inversores de Frequencia................................21
6.3 – UTILIZAÇÃO DO MOTOR SÍNCONO COMO CAPACITOR...................21
7 – CONCLUSÃO......................................................................................................22
8 – REFERENCIAS BILIOGRÁFICAS......................................................................23
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1 – INTRODUÇÃO
Como proposto em aula o tema “Máquina Síncronas” obtivemos vastos resultados sobre o assunto, tendo como prioridade o funcionamento destas máquinas como compensador síncrono e motor síncrono, e de uma maneira geral e simplória seu funcionamento como gerador.
2 – CONTRUÇÃO DE MOTORES SÍNCRONOS
	2.1 - CARCAÇA
Sua função principal é apoiar e proteger o motor, alojando também o pacote de chapas e enrolamento do estator. Podem ser construídas nos tipos horizontais e verticais e com grau de proteção de acordo com as necessidades do ambiente. A carcaça é construída em chapas e perfis de aço soldadas, com as junções feitas através de solda tipo MIG , formando um conjunto sólido e robusto que é a base estrutural da máquina. Todo o conjunto da carcaça recebe um tratamento de normalização para alívio de tensões provocadas pela solda. Tal construção proporciona excelente rigidez estrutural de maneira a suportar esforços mecânicos proveniente de eventual curto-circuito e baixas vibrações, capacitando o motor a atender as mais severas solicitações.
2.2 – ESTATOR BOBINADO
 É constituído de partes m a g n é t i c a s estacionárias, incluindo o pacote laminado de chapas de aço silício e o enrolamento do estator, que opera com alimentação de potência em corrente alternada para gerar o campo magnético girante.
2.2.1 - Excitatriz
Sua função é fornecer corrente magnetizante para o bobinado de campo do motor. A excitatriz brushles (sem escovas) é composta pelo rotor, estator, diodos retificadores e circuito de disparo. A excitatriz estática é composta de anéis coletores e escovas e depende de uma fonte externa para alimentação do campo do motor.
 MOTOR COM ESCOVAS
 EXCITATRIZ BRUSHLESS
2.3 - ROTOR
O rotor pode ser construído com pólos lisos ou salientes dependendo das características construtivas do motor e da aplicação. Consiste nas partes ativas giratórias compostas da coroa do rotor, o enrolamento de campo e o enrolamento amortecedor. Os pólos de campo são magnetizados através da corrente direta da excitatriz ou diretamente por anéis coletores e escovas; eles engrenam magneticamente pelo entreferro e giram em sincronismo com o campo girante do estator. O rotor do motor síncrono de pólos salientes compreende em eixo, roda polar e pólos. Os pólos são fabricados com chapas de aço laminado que são fixadas através de barras de aço que são soldadas nas extremidades. As bobinas de campo são feitas de fios de cobre esmaltados ou barras de cobre planas. Após bobinados e impregnados, os pólos são fixados ao eixo ou a roda polar, através de parafusos, por cima ou por baixo do pólo, ou conectados por meio de rabo de andorinha. O enrolamento amortecedor está alojado nos pólos e é feito de barras de cobre ou outro material dependendo do projeto do motor. Após montagem final e impregnação, o rotor completo é balanceado dinamicamente em 2 planos. O rotor do motor síncrono de pólos lisos compreende em eixo, pacote de chapas laminado e enrolamento dos polos. O enrolamento é alojado nas ranhuras do rotor formando os pólos. Eixo – Os eixos são fabricados de aço forjado ou laminado e usinados exatamente conforme as especificações. A ponta de eixo normalmente é cilíndrica ou flangeada. Enrolamento amortecedor - Está alojado em ranhuras localizadas nas sapatas polares do rotor de polos salientes ou a superfície externa do rotor de polos lisos. É constituído de barras que atravessam a ranhura e são curto-circuitas nas extremidades formando uma gaiola.
O enrolamento amortecedor atua na partida do motor síncrono, como também garante estabilidade de velocidade perante as variações bruscas de carga.
2.4 – MANCAIS
Em função da aplicação, os motores síncronos podem ser fornecidos com mancais de rolamentos lubrificados a graxa ou mancais de deslizamento com lubrificação a óleo.
Os mancais de deslizamento podem ter lubrificação natural (auto - lubrificáveis) ou lubrificação forçada (lubrificação externa).
2.4.1 - Mancais de Rolamentos Lubrificados a Graxa
Estes mancais são constituídos de rolamento de esferas ou de rolos cilíndricos, dependendo da rotação e dos esforços axiais e radiais a que são submetidos.Em algumas aplicações podem ser utilizados rolamentos especiais.
2.4.2 - Mancais de deslizamento com lubrificação Natural 
Quando o rotor gira, o óleo lubrificante é recolhido pelo anel pescador interno e transferido diretamente à superfície do eixo criando uma camada de óleo entre o eixo a superfície dos casquilhos do mancal. O aquecimento de fricção é dissipado somente por radiação ou convecção, entretanto, a temperatura ambiente deve ser informada quando da especificação do motor, para que seja garantida a refrigeração natural.			
2.4.3 - Lubrificação Forçada
O óleo lubrificante circula no mancal através um sistema de alimentação externa de óleo e, se necessário é resfriado em uma unidade hidráulica separada. Este sistema torna-se necessário quando a lubrificação natural do mancal, proveniente do anel pescador interno de lubrificação, é insuficiente devido à rotação específica requerida ou altas perdas por atrito.
3 - ARRANQUE DOS MOTORES SÍNCRONOS
Quando o motor síncrono parado é ligado a uma rede elétrica potente, ele não tem a capacidade de desenvolver por si só um binário (força rotacional exercida sobre um eixo, medida em newtons metro) também chamado torque, de arranque. Ele também é incapaz de estabelecer uma sincronização entre valores de fase da rede e os valores gerados pela própria máquina. Consequentemente, um arranque direto de uma máquina síncrona, seria prejudicial tanto para a qualidade do serviço da rede, quanto para a própria maquina. Para resolver esse problema do arranque, alguns métodos foram desenvolvidos ao longo do tempo.
Os problemas de arranque de uma máquina síncrona começaram a ser estudados na década de vinte, quando o uso dessas máquinas como compensadores se tornou frequente; e continuaram a ser sistematizados ao longo do século passado. Atualmente, a escolha do método de arranque de um motor síncrono, esta fundamentada tanto em aspectos técnicos quanto em econômicos, com base principalmente no equipamento auxiliar e na capacidade da rede elétrica.
3.1 – PROBLEMAS DO ARRANQUE
O motor síncrono trifásico, devido a suas características construtivas, apresenta problemas quando precisa passar do estado de repouso para a velocidade de regime, durante o arranque. Durante esse processo, o motor terá de superar o binário resistente da carga mecânica, o binário de atrito e o binário de inércia, para atingir a velocidade desejada. Esse processo deve ocorrer sem que haja avarias ao motor ou ao sistema elétrico, bem como diminuição da qualidade do serviço.
Como o motor síncrono não possui um binário de arranque eficaz é necessário retirá-lo do estado de repouso ligando-o a uma rede elétrica e fazendo uso de um processo especifico para fazê-lo atingir a velocidade de regime. Durante o processo de arranque o motor síncrono passa por fases distintas, cada qual com suas próprias características, problemas e soluções.
A primeira fase é o inicio do arranque (Breakway). Nesse momento o motor precisa vencer o binário de atrito seco sem que haja alteração no funcionamento da rede elétrica. O problema do binário do atrito é facilmente resolvido com métodos específicos de lubrificação. A segunda fase do arranque é a aceleração até a velocidade de sincronismo (Run Up). Para que durante o arranque haja um aumento de velocidade até a sincronização com a rede de alimentação, é necessário que o motor gere um binário de arranque que supere o binário resistente da carga mecânica. Já a terceira etapa é a sincronização com a rede de alimentação (Pull In). Nessa fase ocorre a sincronização dos valores da maquina com os valores da rede elétrica ou de outra máquina. Através de um processo adequado, o motor síncrono é levado a uma velocidade superior ou inferior a de sincronismo. Nesse momento, ligasse a excitação do motor, e ele então passa a funcionar excitado e no modo assíncrono, ou seja, com uma velocidade próxima a de sincronismo; o que faz surgir uma tensão em seus terminais, com amplitude próxima a tensão da rede. Ao ser ligado em paralelo com a rede elétrica, surgira uma corrente na malha formada pela rede e o motor, e um binário mecânico(binário sincronizante). Este binário estabelecerá enfim o sincronismo de fases entre a rede elétrica e o motor trifásico. 
3.2 – MÉTODOS DE ARRANQUE
Vários métodos de arranque do motor elétrico síncrono vêm sendo adotados ao longo do tempo. Os principais métodos de arranque serão listados e explicados a seguir.
3.2.1 - Com Auxílio de Outro Motor
Nesse tipo de arranque outra máquina elétrica é utilizada para levar o motor síncrono até o sincronismo com a rede elétrica. Geralmente é utilizado em motores síncronos de polos indutores folheados e sem enrolamento amortecedor, que não possuem um binário motor suficientemente forte para o arranque.
Os motores auxiliares utilizados são os motores hidráulicos ou térmicos (turbina hidráulica, turbina a vapor), e os motores elétricos (geralmente de indução).
Ao se optar pelo acionamento por meio de uma turbina hidráulica ou térmica para arrancar a máquina síncrona, é preciso levar em conta as perdas em vazio da turbina e a necessidade de manter os equipamentos auxiliares responsáveis pelo funcionamento da turbina alimentados em tensão. Já o motor de indução por sua vez, é a solução mais barata para esse caso. Como se trata de uma maquina assíncrona, ele funciona com velocidade próxima a velocidade de sincronismo. Sendo assim, caso o motor de indução tenha o mesmo número de polos que o motor síncrono e a mesma frequência de alimentação, ele terá a mesma velocidade de sincronismo que o motor síncrono, por isso será capaz somente de levar o motor síncrono a uma velocidade próxima, porém inferior à velocidade de sincronização com a rede. Dessa forma a sincronização do motor síncrono com a rede elétrica é geralmente feita excitando a máquina síncrona até se obter a tensão nominal da rede, e em seguida, quando se constatar o sincronismo, ligando a máquina à rede elétrica.
3.2.2 Arranque Síncrono
No arranque síncrono, ou arranque a frequência variável, uma fonte de alimentação alternada com frequência variável, é utilizada para aumentar a velocidade do motor até a sincronização com a rede elétrica. Durante esse processo de arranque o motor passa por diferentes regimes sendo eles: regime assíncrono excitado com o rotor parado, regime assíncrono com o rotor em movimento e regime síncrono a frequência variável.
Nesse arranque pode ser utilizada como fonte de alimentação uma maquina síncrona auxiliar ou um conversor estático de frequência 
Nesse método de arranque aproveita-se o comportamento do motor síncrono funcionando da mesma forma que o motor de indução (assíncrono). É uma espécie de “auto arranque”, pois o binário motor necessário para movimentar o rotor é gerado na própria maquina síncrona, até que haja a sincronização com a rede. O fenômeno resultante das correntes elétricas que circulam nos enrolamentos fechados devido à força eletromotriz, da corrente de Foucault (que é desenvolvida por indução nas massas metálicas polares), e das correntes que surgem por indução do campo girante, gera o chamado binário assíncrono necessário para esse arranque.
4 - SISTEMAS DE EXCITAÇÃO DE GERADORES SÍNCRONOS
4.1 - PRINCIPAIS FUNÇÕES:
Função de estabelecer a tensão interna do gerador
Responsável pela tensão de saída, pelo fator de potência e 
Magnitude da corrente gerada
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Regulador de tensão no controle de saída da Excitatriz, para que tal tensão gerada e a potência reativa venham da maneira desejada. Para que o operador tenha a tenção de saída desejada, ele regula a tensão e ajusta o reostato de campo da excitatriz, e observar a tensão de saída. Assim, para observar a tensão temos o regulador, que nada mais é que um regulador que paralelamente observa a tensão de saída do gerador e então inicia a ação corretiva através da variação do controle da excitatriz.
Sistemas Clássicos:A figura abaixo mostra a configuração normal de um sistema de excitação com excitatriz de corrente contínua auto excitada.
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O regulador do sistema de tensão mostrado na figura, identifica o nível de tensão, comparando com referência, caso necessário, aciona um dispositivo que pode controlar a resistência do reostato. Em seguida, ao invés de ser auto excitada, passou a ser excitada por uma excitatriz piloto. Com isso a resposta é mais rápida, já que o controle de campo da excitatriz é independente de sua tensão de saída.
Já com o aumento da capacidade nominal dos geradores síncronos, o uso de excitatrizes de corrente contínua começou a revelar algumas inconveniências, tais como:
Correntes Elevadas de excitação para tensão baixa, precisando escovas;
Dificuldades inerentes ao comutador, durante a elevação da carga ocorre faíscas;
Dificuldades em englobar(juntar) máquinas de grande porte com corrente continua no mesmo eixo do gerador, rodando em alta velocidade (turbo-geradores).
Além dos problemas que causavam em operação, apresentavam o inconveniente de pedindo obrigatoriamente a manutenção de escovas e do comutador mais intenso. Citado acima nos dois primeiros pontos. Já no terceiro ponto, a solução encontrada foi reduzir a confiabilidade do sistema excitação com engrenagens de redução. E usasse excitatrizes corrente continua, acopladas no eixo do gerador para geradores até 50 MW e excitatrizes c.c. de baixa velocidade.
A estrutura modular permite a manutenção com o retificador em serviço. Contudo, estudos demonstraram que a ocorrência de defeitos nos retificadores é tão rara que projetos mais recentes abandonaram a estrutura modular, o que permite maior compactação do retificador.
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O sistema de retificação estática, embora elimine o comutador e escovas associados à excitatriz de corrente contínua, ainda tem o inconveniente de manter os anéis deslizantes do gerador, que também apresentam problemas de manutenção.
Sistemas de excitação sem escovas montado no mesmo eixo está um gerador a ímã permanente, cujo sinal de saída é retificado e comparado, no regulador de tensão, com o sinal retificado da tensão terminal, na imagem abaixo. Ou seja, temos um esquema onde sem escovas simplifica um sistema que consiste de uma excitatriz de corrente alternada e um retificador rotativo montado no mesmo eixo do turbo-gerador.
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O valor típico de atraso para este último equipamento é 3.3 ms a 50 Hz. Uma vantagem é a redução do comprimento total da unidade geradora, pois não há excitatrizes piloto ou principal. Isto diminui o problema mecânico de alinhamento de eixos e mancais. Por outro lado, permanecem os problemas inerentes à presença dos anéis deslizantes do rotor do gerador.
Os sistemas de excitação foram muito beneficiados pelo rápido desenvolvimento dos tiristores durante a década de 60. Na figura a seguir mostra um diagrama de blocos do sistema.
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5 - COMPENSADOR SÍNCRONO
Neste resumo sobre compensador síncrono, buscamos abordar não somente um breve conteúdo com o que se acha usualmente na internet e em livros, mas também daremos uma visão mais ampla e prática.
Para este trabalho buscamos informações em uma empresa transmissora de energia elétrica, e assim podemos mostrar de uma forma prática o funcionamento e atuação do compensador síncrono no sistema de transmissão de energia interligado ao (SIN) Sistema Interligado Nacional.
Compensadores síncronos são maquinas elétricas usadas para corrigir o fator de potência de um sistema ao qual eles estiverem ligados.
O nome síncrono é relacionado a velocidade do rotor que funciona em sincronismo com a velocidade do campo girante do estator.
Os compensadores síncronos, assim como os reatores, capacitores e geradores são usados no sistema elétrico para controle de tensão.
Como citado, os geradores também atuam no controle de tensão, e é comum em algumas usinas hidroelétricas, que em certos períodos o gerador funcione somente como compensador para controle de fator de potência.
Compensador síncrono interligado ao Sistema de Transmissão
Agora falando especificamente, de compensadores síncronos que são usados no sistema de transmissão.
Sua aplicação tem como fator positivo a agilidade, tanto em operação normal, quanto em ocorrências operacionais, pode-se mudar sua carga em questão de segundos, evitando assim os limites dos valores de tensão usados nas manobras de reatores e capacitores. O fator negativo é o custo elevado da construção, instalação, montagem e manutenção.
Em relação a manutenção é notório que por se tratar de máquinas girantes o desgaste é bem maior em relação ao uso de equipamentos estacionários.
Nos diferentes horários do dia, há variações na carga, pois quando a carga industrial é muito alta, a corrente fica atrasada em relação à tensão, degradando esta. Durante a noite, finais de semana e feriados ocorre o contrario, pois as cargas industriais estão baixas e o efeito capacitivo causado pelas linhas de transmissão, faz com que a corrente fique adiantada em relação a tensão, elevando estes níveis de tensão. (instrução sobre compensador síncrono - Eletrosul)
Podemos notar que o fator de potência influencia diretamente no valor de tensão do sistema, e para melhorar este nível de tensão usamos os compensadores síncronos. O compensador pode absorver ou fornecer reativo ao sistema.
5.1 – REGIME DE FUNCIONAMENTO
O compensador síncrono corrigindo o fator de potência trabalha de duas formas, sub-excitado ou sobre-excitado.
5.1.1 - Sub-excitado
O compensador trabalha sub-excitado normalmente no momento que a carga industrial(muito indutiva) é baixa. Diminuindo a corrente de excitação, diminui o fluxo magnético no rotor como também a fem induzida no estator.
Neste caso o ângulo de defasagem entre a corrente em atraso em relação a tensão aumenta, assim o compensador fornece reativo indutivo ao sistema, ou seja , tenta anular o efeito capacitivo.
5.1.2 - Sobre-excitado
No momento que a carga industrial é alta (efeito indutivo alto) o compensador trabalha sobre-excitado.
Para isso, é necessário o aumento de excitação, ou seja aumenta o fluxo magnético no rotor, como também a fem induzida no estator.
Isso faz com que a corrente da máquina fique adiantada em relação a tensão, neste caso o compensador fornece retivo capacitivo para o sistema, ou seja tenta anular o efeito capacitivo.
Visão holística do uso de compensadores síncronos no sistema de transmissão. Durante a pesquisa do assunto, tivemos a acesso a estudos e materiais diversos sobre compensadores síncronos no sistema de transmissão, e assim podemos fazer um a analise comparativa entre duas situações bastante distintas.
Na primeira situação temos dois compensadores síncronos de 20 MVAr cada instalados na Subestação da Ilhota em Santa Catarina, que foram alvo de um estudo para analisar a possibilidade de substituição por um banco de capacitores.
E na segunda situação temos noticia da aquisição de dois compensadores de grande porte(110 MVAr) instalados em uma subestação no Rio Grande do Sul, na região de grandes parques de geração eólica.
Diante destas situações podemos questionar, porque em um caso se quer substituir esse sistema, e em outro caso, existe um grande investimento para instalação de novos equipamentos, explicaremos a seguir cada caso, para respondermos a este questionamento.
5.2 - COMPENSADORES DA SE ILHOTA
Sobre os compensadores da subestação da Ilhota podemos, descrevê-los como máquinas antigas que possuem grande despesa de manutenção e operação.
Em algumas empresas do setor elétrico, estes equipamentos têm sido desativados em função destes custos.
De uma maneira geral, os compensadores síncronos da SE Ilhota, trabalham na geração de reativos capacitivos para suprir as deficiências do fator de potência local, desta forma, pode-se concluir que a função básica que vem sendo desempenhada pelos síncronos,pode ser alcançada pela utilização de banco de capacitores. 
Então neste caso existe um estudo que indica pela substituição dos síncronos por banco de capacitores. Compensadores da Subestação Marmeleiro, em Santa Vitória do Palmar (RS)
Para ilustrar melhor este caso anexamos a notícia abaixo:
“Para garantir a robustez necessária ao sistema de transmissão que irá escoar a energia do Complexo Eólico Campos Neutrais, considerado o maior da América Latina – empreendimento da Eletrosul e parceiros, com 583 megawatts de potência, em implantação no extremo Sul gaúcho – estão sendo instalados na Subestação Marmeleiro, em Santa Vitória do Palmar (RS), dois compensadores síncronos rotativos de grande porte. Esses equipamentos permitem controle mais efetivo da tensão na rede, uma vez que a geração eólica tem a peculiaridade de ser intermitente. O investimento total na subestação é superior a R$ 100 milhões.”
(Assessoria de Comunicação Social e Marketing - Eletrosul)
A montagem dos síncronos foi um projeto inédito para a fabricante WEG, considerando as dimensões e potência das máquinas. Cada equipamento tem 11 metros de comprimento e 7 metros de altura, 310 toneladas e 110 mega-volt-amperes reativos de capacidade (MVAr).
Esses são os dois primeiros compensadores síncronos rotativos de grande porte já produzidos no Brasil.
Parques eólicos, tipicamente possuem característica de baixa geração de reativos, por isso necessitam do compensador síncrono próximo às unidades de geração para facilitar a transmissão até os centros consumidores.
Comparados os dois casos podemos concluir, que para o uso de compensadores síncronos no sistema de transmissão é fundamental levar em consideração as características elétricas do ponto no sistema onde se tem a necessidade de regulação de fator de potência, e não apenas os custos relacionados a manutenção e operação.
Um sistema estacionário como o banco de capacitores pode-se tornar mais barato, mas com certeza não pode ser usado, em todos os pontos do sistema, normalmente é usado onde a região aponta para um sistema com carga indutiva, prevalecendo.
Por outro lado o compensador síncrono, apesar de possuir maior custo relacionado, possui uma atuação dinâmica podendo trabalhar tanto na geração de reativo capacitivo, como no caso da necessidade de geração de reativo indutivo sendo indispensável para manter a qualidade da energia elétrica do sistema.
6 - APLICAÇÕES
Motores síncronos costumam ser fabricados especificamente para atender as necessidades de cada aplicação. Isso se da pela por suas características construtivas, em muitos casos um motor com valores de conjugados inferiores ao padrão pode ser utilizado. Isto traz redução vantajosa da corrente de partida do motor o que implica em menor distúrbio no sistema elétrico durante o ciclo de partida e em redução nas tensões mecânicas resultantes nos enrolamentos do motor.
São utilizados em praticamente todos os segmentos da indústria, tais como a tabela abaixo (não esta completa tanto pelas atividades industriais como pelas aplicações apresentadas, mas sugere o grande emprego desses motores).
	Principais Aplicações De Motores Síncronos Por Tipo De Indústria
	 Indústria
	Aplicação
	Aguas e Saneamento
	Estações de Bombeamento
	Papel e Celulose
	Extrusoras, Picadores, Desfibradores, Compressores, Moedores, Descascadores.
	Madeira
	Serras, Bombas, Compressores.
	Têxtil
	Bombas, Compressores, Conjuntos Motor-Gerador.
	Siderurgia
	Conjuntos Motor-Gerador, laminadores, Ventiladores, Bombas, Compressores.
	Transmissão de energia
	Compensadores síncronos
	Construção Civil
	Bombas, Compressores, Ar Condicionado.
	Britagem
	Moinhos de bola, Moinhos de Rolos, Esmagadores.
	Química
	Bombas, Compressores
	Borracha 
	Extrusoras, Moinhos, Misturadores.
	Mineração
	Grupos Motor-Gerador, Escavadeiras, Equipamento para Guindastes, Bombas Compressores, Ventiladores.
	Geração de Energia Elétrica 
	Sopradores, Bombas de fornecimento de água e de resfriamento.
	
6.1 - Por que o uso de Motores Síncronos? 
Aplicação dos motores síncronos na indústria, em grande parte das vezes, resulta em vantagens econômicas e operacionais. 
6.2 - AS PRINCIPAIS VANTAGENS
6.2.1 - Correção do Fator de Potência 
Os sistemas de potência de energia elétrica são baseados não somente em potência ativa em kW gerada, mas também no fator de potência na qual ela é fornecida. Quando este está abaixo de valores especificados, a empresa pode ser penalizada. Estas penalidades (multas) ocorrem devido ao fato de que baixo fator de potência representa um aumento da potência reativa (kVAr).
Para a correção do fator de potencia, além da possibilidade de utilização de bancos de capacitores, os motores síncronos são frequentemente utilizados com esta finalidade.
O fator de potência dos motores síncronos pode ser facilmente controlado devido ao fato de possuírem uma fonte separada de excitação, e desta forma, podem tanto aumentar a potência sem geração de potência reativa (motor com fator de potência unitário), ou também gerar potência reativa necessária (motor com fator de potência 0.8).
Desta forma, o motor síncrono, dependendo da aplicação, pode fornecer a potência útil de acionamento necessária com redução benéfica da potência total do sistema. 
6.2.2 - Velocidade Constante 
Os motores síncronos mantêm a velocidade constante tanto nas situações de sobrecarga como também durante momentos de oscilações de tensão, respeitando-se os limites do conjugado máximo (pull-out). 
6.2.3 - Alta Capacidade de Torque 
Os motores síncronos são projetados com alta capacidade de sobrecarga, mantendo a velocidade constante mesmo em aplicações com grandes variações de carga. 
6.2.4 - Alto Rendimento 
É mais eficiente na conversão de energia elétrica em mecânica, gerando maior economia de energia. O motor síncrono é projetado para operar com alto rendimento e fornecer um melhor aproveitamento de energia para uma grande variedade de carga. 
Quando basicamente se considera o rendimento na escolha do motor, um motor síncrono com FP=1.0 é usualmente a solução. Sendo a potência reativa (kVAr) desnecessária, e aplicável somente a potência real (kW), a corrente de linha é minimizada, resultando em menor perda I2R no enrolamento do estator. Uma vez que a corrente de campo requerida é a mínima praticável, haverá menor perda I2R no enrolamento de campo da mesma forma. Com exceção das situações onde um alto conjugado é requerido, as baixas perdas nos enrolamentos do estator e de campo permitem que o motor síncrono com FP=1.0 seja construído em tamanho inferior aos motores síncronos com FP= 0.8 de mesma potência. Assim, os rendimentos do motor síncrono com FP=1.0 são geralmente superiores aos do motor de indução de mesma potência.
6.2.5 - MAIOR ESTABILIDADE NA UTILIZAÇÃO COM INVERSORES DE FREQUANCIA 
Pode atuar em uma ampla faixa de velocidade, mantendo a estabilidade independente da variação de carga (ex.: laminador, extrusora de plástico, entre outras).
6.3 - UTILIZAÇÃO DO MOTOR SÍNCRONO COMO CAPACITOR.
Característica importante de um motor síncrono é o fato de poder trabalhar movimentando uma carga, e funcionando como se fosse um capacitor para a rede. O motor síncrono pode funcionar absorvendo potência reativa da rede, como é o caso de todos os motores de indução, ou pode funcionar fornecendo potência reativa para a rede ou como simples carga resistiva. O controle da potência reativa de um motor síncrono é realizado pela tensão de alimentação no enrolamento de campo, este controle pode ser de três regimes de excitação.
 A excitação de campo é menor que a nominal, regime subexcitado, no caso o motor esta consumindo potência reativa da rede e “ajudando” a piorar o fator de potência. O fator de potencia neste caso está em atraso ou indutivo.
 Quando a excitação de campo é a nominal, regime normal, o motor nemabsorve nem fornece potência reativa a rede, trabalhando com fator de potência unitário, neste caso o motor síncrono não influi no fator de potência do sistema.
 Com a excitação de campo é maior que a nominal, regime sobrexcitado, neste caso o motor fornece potência reativa a rede contribuindo para o melhoramento do fator de potência do sistema. O fator de potencia neste caso está em avanço ou capacitivo.
Assim o motor síncrono trabalhando com ou sem carga pode ser utilizado em substituição aos motores de indução para melhorar o fator de potencia. Está medida é utilizada quando se apresenta como melhor alternativa que um banco de capacitores por estes serem de custo menor que os motores síncronos.
7 – CONCLUSAO
Com o decorrer do trabalho tivemos oportunidade de absorver alguns conhecimentos sobre as funcionalidades de uma máquina síncrona, suas aplicações e partes construtivas.
Abordamos sobre o assunto de Máquinas Síncronas com base em pesquisas realizadas pela equipe, por meio de livros, apostilas, e na internet, chegamos a conclusão que este tipo de máquina é de suma importância na atualidade devido a sua alta funcionalidade e eficiência na rede elétrica, isso tudo quando feito por um profissional especializado, e de maneira correta.
8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.geindustrial.com.br/download/artigos/nt02.pdf
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-motores-sincronos
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfeFAAK/estacoes-elevatorias
http://professor.ufop.br/sites/default/files/adrielle/files/aula_12-motores_sincronos.pdf
http://www.cpdee.ufmg.br/~gbarbosa/Disciplina%20de%20M%E1quinas%20El%E9tricas/Disciplina%20de%20M%C3%A1quinas%20El%C3%A9tricas/maquinas-sincronas.pdf

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