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Direito Constitucional : Formação Constitucional Brasileira Prof: Vanessa C. Moreira Carvalho Turma: DN1 A B C Apresentação Direito Constitucional Muitas vezes sentimos dificuldades em apreender a disciplina Direito Constitucional pelo fato de a encararmos como um conjunto de artigos, parágrafos, alíneas, etc. O nosso cotidiano está todo permeado de Direito Constitucional e vice-versa. Então vamos nos despir de qualquer conceito prévio e tentemos absolver esse interessantíssimo ramo do Direito. Entendendo a Constituição Antes de se iniciar o estudo do Direito Constitucional propriamente dito, necessário se faz entender alguns pontos de extrema importância. O que é uma Constituição? Constituição O vocábulo “Constituição” tem no verbo latino constituere sua origem etimológica e sua conformação semântica, vez que o mesmo exterioriza o ideal de constituir, criar, delimitar, abalizar, demarcar. O termo exprime, pois, o intuito de organizar e de conformar seres, entidades, organismos. Constituição É nessa acepção que se pode considerar a Constituição enquanto o conjunto de normas fundamentais e supremas, que podem ser escritas ou não, responsáveis pela criação, estruturação e organização político-jurídica de um Estado. Constituição Constituição é a LEI MAIOR, é a reunião de todos os valores supremos de um Estado, instituída para regular a atuação governamental, as relações jurídicas existentes na sociedade, bem como proteger os indivíduos de abusos do poder público. Constituição Para o autor Alexandre de Moraes: Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Constituição Para Celso de Mello, por sua vez, entende a constituição como: um complexo de regras que dispõem sobre a organização do Estado, a origem e o exercício do Poder, a discriminação das competências estatais e a proclamação das liberdades públicas. Como é feita a Constituição? Uma constituição pode derivar dos trabalhos de uma Assembleia Nacional Constituinte (CF 1988) , de um processo histórico (se formam ao longo do tempo) ou até mesmo revolucionário O poder que institui inicialmente uma constituição é o chamado poder constituinte originário, visto que irá compor o texto constitucional sem se vincular a nenhuma regra, valor ou norma anterior. Como é feita a Constituição? Esse poder tem caráter eminentemente excepcional, dado que sua existência pressupõe derrubar/apagar a constituição anterior, sendo absoluto e ilimitado. Tal poder originário geralmente nasce em virtude de guerras, conflitos graves, revoluções ou no caso de Estados recém-criados, o que não deixa de ser uma mudança drástica no panorama social, político e econômico de uma sociedade. Como é feita a Constituição? O poder constituinte derivado é poder de reformar a constituição e de elaborar constituições estaduais. Esse poder existe, em primeiro lugar, porque o constituinte originário sabe que a constituição não é um documento perfeito, mas sim algo que precisa ser aperfeiçoado e, em segundo lugar, porque a sociedade muda, evolui, devendo, portanto, ser mudada também a constituição. Como é feita a Constituição? No Brasil, o poder constituinte derivado é aquele que o Congresso Nacional ou os órgãos máximos do Poder Legislativo Estadual exercem por meio de emendas à Constituição, pelas revisões constitucionais e pela confecção das Constituições estaduais, sendo em quaisquer casos subordinado e condicionado. Qual a sua importância? Se analisarmos a fundo todas as situações com que nos deparamos em nosso dia-a-dia, perceberemos que em praticamente todas elas existem valores reconhecidos e garantidos pela Constituição. A partir do momento em que a Constituição nos garante, por exemplo, o direito de propriedade, temos aí a garantia institucional de que não nos veremos privados de nossos bens sem o devido processo legal. É obvio que nem por isso deixamos de perder nossos bens de forma arbitrária, como, por exemplo, em um assalto. Qual a sua importância? A Constituição não pode impedir que as pessoas cometam delitos, mas com certeza prevê que, se identificado o autor do crime, deverá este ressarcir o dano causado. Infelizmente, muitas vezes nos questionamos o porquê da existência de uma constituição se, apesar de tudo, continua a haver inúmeras injustiças, cometidas muitas vezes pelos próprios entes governamentais. Qual a sua importância? Será que, por isso, podemos dizer que a Constituição “não funciona”? Qual a sua importância? Acredito que não, já que há uma grande diferença entre o ser e o dever ser. A Carta Magna estipula como deveria ser, e cabe a cada um de nós lutar para que ela seja observada em todos os atos da vida civil. Como se divide? A Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, como qualquer texto normativo, foi dividida seguindo certos parâmetros, com o intuito de facilitar sua consulta e de estabelecer uma sequência temática. Como se divide? Assim, a Carta Magna foi dividida em: • títulos, • capítulos, • seções (essas três primeiras divisões são indicadas por algarismos romanos), • artigos (1º, 2º, 15, etc.), • parágrafos (parágrafo único, § 1º, § 2º, etc.), • incisos (I, II, V, XX, etc.) e, • alíneas (a, b, c, d, etc.) Bibliografia: BARROSO, Luis Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CAPEZ, Fernando. et al. Curso de Direito Constitucional. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. MENDES, Gilmar Ferreira & Paulo Gustavo. Curso de Direito Constitucional. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012. MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 23.ed. São
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