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Histologia Clínica Módulo V

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Curso de 
Histologia Clínica 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na bibliografia consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
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MÓDULO V 
 
I. CÉLULAS DO SANGUE E RESPOSTA IMUNE ............................................ 3 
A. Características gerais e composição do sangue...................................... 3 
Plasma ............................................................................................................ 6 
Elementos figurados ....................................................................................... 6 
B. Células sangüíneas ..................................................................................... 7 
Eritrócitos ........................................................................................................ 7 
Leucócitos....................................................................................................... 9 
C. Patologias relacionadas............................................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Módulo V 
I. Células do sangue e resposta imune 
 
A. Características gerais e composição do sangue 
 
O sangue, contido em um compartimento fechado denominado sistema 
circulatório, é um tecido circulante especializado, composto de células suspensas 
em uma substância intercelular líquida. Este tecido apresenta um contraste em 
relação aos outros tecidos, uma vez que as células não mantêm qualquer 
relacionamento espacial permanente uma com as outras, mas movimentam-se 
continuamente de um local para outro. A movimentação do sangue é regular e 
unidirecional, e se deve às contrações rítmicas do coração. Em geral, o volume total 
de sangue para a maioria dos mamíferos é de aproximadamente 7 a 8% do peso 
corporal total. 
 
 
Sistema circulatório humano. 
http://www.anima.g12.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2078 
3 
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Quando se realiza a punção venosa do sangue, e este é tratado com 
substâncias anticoagulantes, como a heparina, e é centrifugado, podem ser 
identificadas várias camadas, que representam a heterogeneidade de sua 
constituição. Este tipo de análise, realizado em tubos de ensaio padronizados, 
recebe o nome de hematócrito. Este exame indica que as hemácias sangüíneas 
ocupam 35-45% do volume do sangue nas mulheres e 40-50% nos homens. 
 
 
Exemplo de hematócrito. http://www.ufrgs.br/hcv/lacvet/hematocrito.htm 
 
O sangue, como tecido circulante, desempenha, sobretudo, a função de 
transportador. Deste modo, suas funções podem assim ser relatadas: a) transporte 
de oxigênio e alimentos dos quais necessitam as células do organismo; b) transporte 
dos excretas celulares para os devidos locais de metabolização; c) estabelecimento 
de relações entre as várias partes do organismo, distribuindo por elas os produtos 
das glândulas de secreção interna; d) auxílio no equilíbrio da temperatura, e do 
conteúdo de água do organismo; e) contribuição para a defesa do organismo. 
O sangue se apresenta viscoso, pouco mais denso que a água (1,060), sabor 
salgado, odor sui generis (típico e peculiar de seu gênero), pH levemente alcalino 
(7,35 a 7,45) e de coloração vermelho vivo (arterial) a vermelho escuro (venoso). 
A estrutura das células sangüíneas pode ser estudada por diversos métodos, 
porém o mais comum é o esfregaço de sangue seco corado. É obtido espalhando-se 
uma gota de sangue fresco na superfície de uma lâmina. O esfregaço é, então, 
secado ao ar e corado com um corante do tipo Romanowsky modificado – são 
4 
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corantes policromáticos, pois representam uma mistura de azul de metileno e eosina 
– sendo que o corante de Wright é o mais comum, sendo que outros como o de 
Leishman e Giemsa também são amplamente utilizados. 
 
 
Realização de esfregaço sangüíneo. http://www.wcs.org/sw-
high_tech_tools/wildlifehealthscience/fvp/168570/guidelinesandpapers/necropsymanualportuguese/16
9013 
 
Conforme já foi mencionado acima, o sangue é composto de células e uma 
substância intercelular líquida. A parte líquida é denominada plasma sangüíneo, e 
representa de 45 a 65% do volume total do sangue. As células também são 
denominadas elementos figurados, e representam 35 a 55% do volume sangüíneo 
total, e incluem diferentes tipos celulares. Assim, as partes componentes do sangue 
serão discutidas separadamente, a seguir. 
 
Modificado de http://www.cmlsociety.org/?q=node/55 
 
 
 
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Plasma 
 
O plasma é uma solução aquosa a qual se apresenta em equilíbrio (através 
das paredes dos capilares) com o líquido intersticial dos tecidos, e que contém 
componentes de pequeno e grande peso molecular, que correspondem a 10% do 
seu volume. Destes 10%, as proteínas plasmáticas correspondem a 7%, os sais 
inorgânicos a 0,9%, sendo o restante formado por compostos orgânicos diversos, 
tais como aminoácidos, vitaminas, hormônios e lipídeos. 
Como os elementos de baixo peso molecular do plasma estão em equilíbrio 
com o líquido intersticial dos tecidos, o plasma é um bom indicador da constituição 
do líquido extracelular. 
Entre as proteínas do plasma, encontramos a albumina – a mais abundante e 
fundamental na manutenção da pressão osmótica do sangue –, as alfa, beta e 
gamaglobulinas (imunoglobulinas) e o fibrinogênio, necessário para a formação da 
fibrina. As alfa e betaglobulinas atuam como transportadores de substâncias 
insolúveis ou pouco solúveis em água, como os lipídeos. 
 
Elementos figurados 
 
 Os constituintes sangüíneos que são incluídos como elementos figurados são 
as hemácias (ou glóbulos vermelhos), os leucócitos (ou glóbulos brancos) e as 
plaquetas. Os glóbulos brancos são, ainda, divididos em granulócitos, que incluem 
os basófilos, os eosinófilos e os neutrófilos, e agranulócitos, que incluem os linfócitos 
e monócitos. A medula vermelha é o local de formação das células sanguíneas, e 
ocupa a cavidade dos ossos esponjosos, sendo conhecida popularmente por 
tutano. Nela são encontradas as células mães ou precursoras que originam os 
elementos figurados do sangue. 
 
 
 
 
 
 
Esquema da maturação das células sangüíneas na medula óssea. 
http://www.lrf.org.uk/en/1/infdispatbmt.html 
 
B. Células sangüíneas 
 
Eritrócitos 
 
Também denominados hemácias ou glóbulos vermelhos, os eritrócitos 
maduros dos mamíferos domésticos são discos bicôncavos anucleados. A 
profundidade e o tamanho da concavidade variam com a espécie. Por exemplo, o 
eritrócito docão é um disco bicôncavo distinto, o do eqüino e do gato possuem uma 
concavidade rasa e o do suíno e dos ruminantes é semelhante a um disco achatado. 
O seu formato deve-se sobretudo à sua composição e está relacionado à 
constituição molecular do composto coloidal homogêneo, do qual o eritrócito é 
composto. 
 
7 
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A B 
A – Hemácias. http://www.hemorio.rj.gov.br/Html/Hematologia_doencas_hematologicas.htm 
B – Hemácias em lâmina histológica, ao microscópio de luz. 
http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Sistema_imunol%C3%B3gico 
 
O tamanho varia com a espécie e tem relação direta com o número total 
dessas células por volume. O maior eritrócito é encontrado no cão (7 micrômetros) e 
o menor no caprino (4,1 micrômetros). O número total de eritrócitos, expresso em 1 
mm3 de sangue, reflete estas diferenças de tamanho. Por exemplo, o cão possui 
aproximadamente 7 milhões/ mm3, enquanto o caprino possui 14 milhões/ mm3. 
A estrutura e composição dos eritrócitos, nas diferentes espécies, são 
relativamente uniformes. Mais da metade (60%) do volume do eritrócito consiste de 
água, o restante (40%) é composto de sólidos. Quase 90% do material sólido é 
proteína conjugada, composta de globina e do pigmento heme. Uma pequena 
quantidade de um complexo lipoprotéico compõe o restante da fração sólida. O 
eritrócito maduro é anucleado, desaparecendo o aparelho de Golgi, os centríolos e a 
maioria das mitocôndrias antes da célula penetrar na corrente sanguínea. 
O complexo protéico no interior dos eritrócitos possui uma disposição 
molecular bem organizada. As lipoproteínas estão mais concentradas próximo da 
superfície, enquanto a proteína conjugada e a hemoglobina compreendem a maior 
parte do interior. As variações acentuadas entre as espécies, na susceptibilidade à 
hemólise, estão relacionadas, em parte, ao tamanho do eritrócito cuja 
susceptibilidade aumenta com os volumes menores desta célula. 
8 
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9 
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Este tipo celular é responsável pelo transporte de oxigênio para as células e 
tecidos do corpo. A ausência de um núcleo, o formato e o teor de hemoglobina 
contribuem para tornar o eritrócito muito eficiente no transporte de oxigênio. A vida 
média de um eritrócito é de 120 dias após o que é removido da circulação sanguínea 
no baço, na medula óssea e no fígado. 
Os eritrócitos podem apresentar formas anormais que são verificadas em 
esfregaços de sangue corados a seco, com também tamanho e coloração anormais, 
o que traduz informações úteis ao clínico veterinário a cerca de algumas doenças. 
Como exemplo dessas modificações, podem ser citadas: a) anisocitose, que são 
eritrócitos com o tamanho modificado, podendo ocorrer macrócitos (que são 
eritrócitos excessivamente grandes) e micrócitos (eritrócitos muito pequenos); b) 
poiquilócitos são formatos bizarros devido a defeitos na estrutura da hemoglobina 
(forma de carrapicho, oval ou esférico); c) hipocromasia, que consiste na redução de 
hemoglobina; d) eritrócitos policromáticos são eritrócitos jovens e apresentam uma 
cor azul barrenta, entre outras. 
 
Leucócitos 
 
São células típicas que possuem um núcleo, citoplasma e outras organelas 
celulares, e todas são móveis até certo ponto, e para realizar suas funções (defesa e 
imunidade do organismo) deixam a circulação sanguínea e se movem para o interior 
dos tecidos. São esféricas, quando no sangue, mas num substrato sólido podem ser 
amebiforme. 
O número total de leucócitos é bem menor que o de eritrócitos e varia nas 
diferentes espécies animais, e até num mesmo animal ocorrem grandes flutuações 
na contagem de leucócitos devido a alguma forma de tensão, influências 
circadianas, exercício, alimentação, idade, etc. 
Os leucócitos são classificados em dois grupos, de acordo com a presença ou 
ausência de grânulos específicos no citoplasma. Os que contêm grânulos 
citoplasmáticos específicos são os granulócitos e os que não possuem são os 
agranulócitos. 
 
 
 
 
 
Os granulócitos são de três tipos, denominados de acordo com a reação do 
corante de seus grânulos, a saber: a) os eosinófilos possuem grânulos acidofílicos 
(coram-se com vermelho pela eosina); b) os basófilos possuem grânulos basofílicos 
(coram-se pela hematoxilina); e c) os neutrófilos possuem grânulos que não são nem 
acidófilos e nem basófilos. 
 
Modificado de http://www.rnceus.com/cbc/cbcwbc.html 
 
Os agranulócitos possuem núcleo esférico, oval ou denteado, e são 
destituídos de grânulos citoplasmáticos específicos, podendo possuir grânulos 
azurofílos não-específicos. Os dois tipos de agranulócitos são: linfócitos e 
monócitos. O sangue do cão, do gato e do eqüino contém uma maior percentagem 
de neutrófilos que de linfócitos, enquanto no sangue dos ruminantes o linfócito 
predomina. 
 
Modificado de http://www.rnceus.com/cbc/cbcwbc.html 
 
Neutrófilos 
 
O neutrófilo maduro possui aproximadamente 10 a 12 micrômetros (mm) de 
diâmetro, apresentando pequenos grânulos citoplasmáticos e um núcleo lobulado. 
Entre os animais domésticos, os neutrófilos dos ovinos apresentam os maiores 
números de lóbulos. As células velhas possuem mais lóbulos nucleares do que as 
células jovens. 
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http://recursos.cnice.mec.es/biosfera/alumno/2bachillerato/inmune/amplianeutro.htm 
 
O “lóbulo nuclear acessório” pode estar presente, em forma de apêndice ou 
raquete, no núcleo de animais do sexo feminino. 
O citoplasma do neutrófilo se cora em azul cinzento claro e contém pequenos 
grânulos cor de rosa, semelhante à poeira. De todos os animais domésticos os 
grânulos neutrófilos do cão são os menores. 
As formas jovens possuem um núcleo não segmentado e em forma de 
bastonete curvo e são denominadas bastonete. O seu aumento na circulação 
sanguínea caracteriza um “desvio para esquerda” de bom prognóstico. Já o aumento 
de células velhas, hipersegmentadas, caracteriza um “desvio para direita” de 
prognóstico fraco. 
São considerados a primeira linha de defesa celular contra a invasão de 
microorganismos, sendo fagócitos ativos de partículas de pequenas dimensões. 
Em resposta à infecção movem-se do sangue para a área afetada e fagocitam 
bactérias e resto de tecidos. Ao mesmo tempo a medula óssea libera mais 
neutrófilos jovens – leucocitose. Seu ciclo de vida na corrente sanguínea é de 
aproximadamente cinco dias. 
São metabolicamente muito ativos e capazes de glicólise aeróbica e 
anaeróbica. A capacidade de sobreviver em meio anaeróbico permite aos neutrófilos 
exercer suas funções mesmo nos tecidos necrosados. 
São normalmente, na maioria dos animais domésticos, as células brancas 
que ocorrem em maior percentual (de 54 a 75% do total). No entanto, nos 
ruminantes e especial nos bovinos os neutrófilos representam apenas 30% do 
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número total dos leucócitos. 
Quando o número total de neutrófilos aumentadiz-se que houve uma 
neutrofilia (que pode com “desvio para esquerda” de bom prognóstico ou “desvio 
para direita” de prognóstico fraco). Se o número de neutrófilos baixar então diz-
se que houve uma 
neutropenia. 
 
Eosinófilos 
 
Representam aproximadamente de 2 a 8% dos leucócitos, medem de 10 a 15 
mm de diâmetro e possuem um núcleo bilobulado (dois lóbulos). A principal 
característica para a sua identificação é a presença de granulações ovóides que se 
coram pela eosina (acidófilos) proeminente. 
 
 
http://www2.uss.cl/Alida_Neftal%ED/microteca.htm 
 
Os dois lobos nucleares nem sempre poderão estar ligados e muitas vezes 
são obscurecidos pelos grânulos. Entre os animais domésticos esses grânulos 
apresentam largas variações em tamanho, formato, reação à coloração e números. 
Esses grânulos específicos eosinófilos são lisossomas. 
A função exata não está completamente compreendida. Mas sabe-se que há 
um aumento do número de eosinófilos nos animais altamente parasitados. Essas 
células limitam e circunscrevem o processo inflamatório e também fagocitam os 
complexos antígeno-anticorpo. 
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Corticosteróides induzem uma queda imediata na concentração dos 
eosinófilos no sangue e nas zonas de inflamação. 
 
Basófilos 
 
Correspondem de 0,5 a 1,5 % do total de leucócitos. Possuem diâmetro de 10 
a 12 mm e um núcleo bilobulado ou irregular. Os grandes grânulos (0,5 a 1,5 mm) 
variam de tonalidade, do azul escuro ao roxo, e muitas vezes obscurecem o núcleo 
corado mais claramente. Os grânulos contêm histamina e heparina que podem ser 
liberadas em determinadas condições alérgicas quando a imunoglobulina IgE torna-
se afixada à superfície do basófilo. 
 
 
http://www2.uss.cl/Alida_Neftal%ED/microteca.htm 
 
Linfócitos 
 
O linfócito apresenta grande heterogeneidade morfológica e funcional, visto 
ser extremamente plástico, e possui considerável capacidade para mudar de 
tamanho e formato, além de ser móvel. 
A maioria dos linfócitos, na corrente sanguínea do eqüino, suíno e carnívoros, 
é do tipo pequeno, normalmente com aproximadamente 6 a 9 mm de diâmetro e um 
grande núcleo denso circundado por uma fina borda de citoplasma azul claro; o 
núcleo freqüentemente apresenta uma pequena concavidade em um lado. 
 
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http://www.bmi2.bmt.tue.nl/image-analysis/Education/Casus/index-english.html 
 
Os linfócitos grandes (de 12 a 15 mm de diâmetro) possuem 
consideravelmente mais citoplasma e o núcleo é menos denso do que o dos 
pequenos linfócitos. No cão e no gato a maior parte dos linfócitos é do tipo pequeno. 
Já no sangue de bovinos linfócitos aparecem em proporções iguais. Os dos ovinos 
ocorrem em vários tamanhos. 
As principais características funcionais dos linfócitos são a capacidade de 
responder a substâncias imunogênicas ao sintetizar e liberar anticorpos na 
circulação e obter respostas imunes envolvendo imunidade celular (reações de 
hipersensibilidade retardada e imunidade ao transplante, bem como algumas 
doenças auto-imunes). Duas outras funções são controversas: atividade trofocítica e 
capacidade de converter-se em qualquer uma das numerosas células 
mesenquimais. 
Há dois tipos de pequenos linfócitos circulantes, morfologicamente 
indistinguíveis nos esfregaços sanguíneos: linfócitos recirculantes de vida longa, 
também chamados de linfócitos T (timo-dependentes) representam cerca de 70% do 
total de linfócitos, têm uma vida média de anos, são formados na medula óssea e 
migram para o timo, sendo responsáveis pela imunidade celular; Os linfócitos de 
vida curta, também chamados de linfócitos B (bursa-dependentes), têm vida curta de 
apenas algumas semanas, se originam na medula óssea e células tronco no tecido 
linfático do trato gastrointestinal. São responsáveis pela imunidade humoral. 
 
 
 
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Monócitos 
 
É o maior de todos os leucócitos, tendo de 15 a 50 mm de diâmetro e 
constituindo de 3 a 9% do total de leucócitos do sangue. O citoplasma do monócito é 
de tonalidade azul/cinza claro, muitas vezes com uma aparência de vidro moído. O 
núcleo pode ser oval, reniforme ou em forma de ferradura. Um ou mais nucléolos 
estão presentes, mas não são visíveis nos esfregaços corados. 
 
 
1) Monócitos; 2) Eritrócitos. http://www.micron.uerj.br/atlas/Sangue/luz.htm 
 
Vivem aproximadamente três dias na corrente sanguínea, atingem sua 
capacidade funcional quando deixam a circulação sanguínea e migram para os 
tecidos, onde se desenvolvem em macrófagos e removem os restos de tecidos e 
substâncias estranhas. 
 
Plaquetas 
 
Também denominadas de trombócitos, são pequenos corpos irregulares de 2 
a 4 mm de diâmetro, derivados da parcela citoplasmática de grandes células da 
medula óssea, denominadas megacariócitos. Existem apenas nos mamíferos. Não 
contém núcleo. Ultra-estruturalmente são circundados por uma membrana trilaminar 
e contém um complexo sistema de microtúbulos, lisossomas, um definido sistema 
canalicular, mitocôndrias e algumas vesículas de Golgi. 
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Seu número total varia de 350.000 a 500.000 por mm3 de sangue. Devido ao 
seu pequeno tamanho e à tendência de se agrupar, é difícil observar, nas plaquetas, 
muitos detalhes ao microscópio óptico. 
A principal função relaciona-se com a capacidade que tem o sangue de 
impedir sua própria saída quando os vasos sanguíneos são lesados 
(vasoconstricção, formação do coágulo e reabsorção do coágulo). Também têm vital 
importância na manutenção da homeostase. Em média, vivem 7 dias e depois são 
fagocitadas pelo macrófagos teciduais. 
 
C. Patologias relacionadas 
 
Anemia: deficiência de hemácias e pode ser causada pela perda rápida ou pela 
produção lenta de hemácias 
Anemia Megaloblástica: Existem duas proteínas, a vitamina B12 e o ácido 
fólico, que são particularmente importantes para a maturação final dos eritrócitos. 
Ambas são essenciais para a síntese de DNA. Sua deficiência resulta em 
diminuição do DNA e, conseqüentemente, em falha na maturação e divisão 
celulares; há a produção lenta de eritrócitos e crescimento excessivo dos mesmos, 
sendo então denominados megaloblastos. 
Anemia hemolítica: defeito genético que resulta em hemácias frágeis que se 
rompem quando passam através dos capilares. Na anemia hemolítica, o número de 
hemácias que se formam é normal ou está acima do normal; no entanto, como 
essas células são muito frágeis, sua vida é muito curta. 
Anemia aplásica: resultado de medula óssea não-funcional. Isso pode ser 
devido a exposição a radiação gama, produtos químicos industriais tóxicos,etc. 
Anemia por perda de sangue: Ocorre após hemorragia significativa. O 
organismo é capaz de repor o plasma dentro de 1 a 3 dias; entretanto, a 
concentração de hemácias continua baixa, necessitando de um período de 3 a 4 
semanas para que essa concentração volte ao normal.Policitemia: É a condição na qual o número de hemácias aumenta devido a hipóxia 
ou aberração genética. A hipóxia, sentida principalmente a nível renal, induz a 
 
 
 
 
 
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liberação do hormônio eritropoietina, que induz a produção de maior número de 
hemácias pela medula óssea. A policitemia aumenta a viscosidade do sangue e, 
como resultado, o fluxo sangüíneo pelos vasos costuma ser lento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Consultadas: 
JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Ed. 
Guanabara Koogan, 10ª ed., 2004. 
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2ª 
ed., 2006. 
JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Ed. 
Guanabara Koogan, 7ª ed., 2000. 
KIERSZENBAUM, A.L. Histologia e Biologia Celular - Uma Introdução á Patologia. 
Ed. Elsevier, 1ª ed., 2004. 
- FIGURAS 
Cada figura utilizada na apostila teve sua fonte indicada junto à própria imagem, 
devido ao grande número de fontes utilizadas. 
 
 
 
 
 ------------------------FIM de CURSO--------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	I. Células do sangue e resposta imune 
	A. Características gerais e composição do sangue 
	 
	 
	B. Células sangüíneas 
	C. Patologias relacionadas

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