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RESUMO USO E HABITAÇÃO DIREITOS REAIS

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USO 
Conceito: É considerado um usufruto restrito, porque ostenta as mesmas características
de direito real, temporário e resultante do desmembramento da propriedade. Distingue-se
pelo fato de o usufrutuário poder auferir o uso e a fruição da coisa, enquanto ao usuário
não é concedida senão a utilização restrita aos limites das necessidades suas e de sua
família.	
Ao usuário concede-se apenas a faculdade de perceber uma certa porção dos frutos na
quantidade que for suficiente para as suas necessidades e das pessoas da sua família.
Enquanto o usufrutuário aufere toda a fruição da coisa, ao usuário é concedida a
utilização reduzida aos limites das necessidades. Há um caráter assistencial ainda mais
forte.
Ex. se o objeto do uso é uma fazenda de cultura, além de usar a casa e passear no
terreno, o usuário pode colher frutos, mas só aqueles que forem necessários. 
Características
Direito real sobre coisa alheia (art. 1225, V, CC/2002)
Temporário
Indivisível – não pode ser constituído por partes em uma mesma coisa
Incessível – seu exercício não pode ser cedido. Usuário pode extrair frutos naturais da coisa, mas não
pode alugar a coisa. O direito ou exercício não podem ser cedidos a outrem.
Personalíssimo - só se constitui para assegurar ao usuário a utilização imediata do bem conforme suas
próprias necessidades e as de sua família. Se o usuário falecer, o uso não se transmitirá a seus
herdeiros.
Constituição
Pode ser constituído por contrato ou testamento. O nu-proprietário outorga ao usuário um direito mais
restrito que o usufruto. O direito real de uso pode ser constituído de forma gratuita ou onerosa.
 Partes
a) Proprietário
b) Usuário - tem o direito personalíssimo de uso ou utilização
da coisa.
Objeto do uso
O direito real de uso pode ter como objeto tanto as coisas
móveis (não poderá ser fungível nem consumível) quanto
imóveis (deve ser registrado no cartório imobiliário Registro: Recaindo sobre imóvel, o direito real de uso deve ser registrado no
Cartório de Registro de Imóveis (art. 167, I, nº 7, da Lei 6.015/1973).
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o
exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição
social e o lugar onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge,
dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as
disposições relativas ao usufruto. 
HABITAÇÃO 
Assegura ao seu titular o direito de morar e residir gratuitamente na casa
alheia (apenas bens imóveis). Tem destinação específica: servir de moradia
ao beneficiário e sua família. O imóvel não pode ser alugado ou emprestado.
O direito real de habitação constitui o mais restrito dos direitos reais de
fruição, eis que apenas é cedida uma parte do atributo de usar: o direito de
habitar o imóvel.
Partes da habitação:
a) Proprietário - transmite o direito.
b) Habitante - tem o direito de habitar o imóvel a seu favor. 
Registro: é necessário realizar o registro do direito real de
habitação convencional no Cartório de Registro de Imóveis
(Norma que não se aplica ao direito de habitação legal –
art. 1831)
Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula,
serão feitos. I - o registro: 7) do usufruto e do uso sobre
imóveis e da habitação, quando não resultarem do
direito de família; (lei 6015/73) Da Habitação
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular
deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua
família.
Não abrange a percepção dos frutos. Incide apenas sobre bens imóveis e com finalidade
residencial.
Gratuito- Consiste na possibilidade de o habitador utilizar gratuita e temporariamente bem
imóvel alheio para fim exclusivo de sua moradia e de sua família, não podendo alugar ou
emprestar o imóvel.
Temporário – pode ser vitalício ou por prazo determinado
Personalíssimo - sendo o direito real de habitação personalíssimo, é inválida a cessão
onerosa ou gratuita de seu exercício a terceiros, eis que o instituto visa à moradia específica
do beneficiado.
 Instituição: Pode ser constituído por contrato (convencional), por
testamento (convencional) ou pela lei.
Direito real de habitação legal – art. 1831
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens,
será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o
direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da
família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Ainda que o referido imóvel venha a ser atribuído na partilha aos demais
herdeiros, poderá o cônjuge sobrevivente usá-lo para fins de moradia
enquanto viver, por ter direito real sobre coisa alheia. Enunciado 117 do CJF: O direito real de habitação
deve ser estendido ao companheiro, seja por não ter
sido revogada a previsão da Lei n. 9.278/96, seja em
razão da interpretação analógica do art. 1.831,
informado pelo art. 6º, caput, da CF/88.
STJ: O companheiro sobrevivente tem direito real de habitação
sobre o imóvel no qual convivia com o falecido, ainda que silente o
art. 1.831 do atual Código Civil. 
Direito real de habitação simultâneo
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma
pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar
aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem,
querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la.
Em havendo direito real de habitação simultâneo, conferido a mais de
uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar
aluguel à outra, ou às outras, o que ressalta o seu caráter gratuito.
Porém, esse habitante exclusivo não pode as inibir de exercerem,
querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la. 
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não
for contrário à sua natureza, as disposições
relativas ao usufruto.
Ex: formas de extinção previstas pelo art. 1.410 do
CC.

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