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TCC Eduardo Manfe Contencoes

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FACULDADE ASSIS GURGACZ 
EDUARDO FELIPE MANFÉ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE CONTENÇÃO DE 
SOLO USUAIS EM CACAVEL-PR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cascavel - PR 
2013 
 
FACULDADE ASSIS GURGACZ 
EDUARDO FELIPE MANFÉ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE CONTENÇÃO DE 
SOLO USUAIS EM CACAVEL-PR 
 
 
Trabalho apresentado na disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso II, do 
Curso de Engenharia Civil, da Faculdade 
Assis Gurgacz - FAG, como requisito 
parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
Professor Orientador: Engº. Me. Maycon 
A. Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
Cascavel - PR 
 2013
 
 
FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG 
EDUARDO FELIPE MANFÉ 
 
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE CONTENÇÃO DE SOLO 
USUAIS EM CACAVEL-PR 
 
Trabalho apresentado no Curso de Engenharia Civil, da FAG, como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob orientação do 
Professor (a) Maycon A. Almeida 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________________________________ 
 Orientador Profº Me. Maycon Andre Almeida 
Faculdade Assis Gurgacz – FAG 
Engenheiro Civil 
 
 
_________________________________________________ 
 Orientadora Profa. M. Debora Felten 
Faculdade Assis Gurgacz – FAG 
Engenheira Civil 
 
_________________________________________________ 
Professor Guilherme Irineu Venson 
UNIOESTE Cascavel 
Engenheiro Civil 
 
Cascavel, 01 de Outubro de 2013. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus por me iluminar, guiar e tornar esse 
sonho possível. 
Aos meus pais, por todo apoio e dedicação, não medindo esforços para 
que eu conseguisse chegar até aqui. Pela confiança e amor que me fortalece todos 
os dias. 
As minhas irmãs Lediane e Mariele por estarem sempre ao meu lado 
mesmo nos dias difíceis. 
Agradeço ao minha namorada Rafaela, por ter me acompanhado durante 
a elaboração deste trabalho, pelo companheirismo, amor e paciência mesmo nos 
momentos de estresse e por iluminar e tornar meus dias mais felizes. 
Agradeço a meu orientador Maycon Almeida, por estar sempre presente, 
pela compreensão e paciência, me auxiliando da melhor forma possível, 
esclarecendo dúvidas e transmitindo confiança. Agradeço ao Engenheiro João 
Cardoso, por ter fornecido material e também ajudar em esclarecimento de duvidas. 
Agradeço também a todos os meus amigos, que de alguma forma 
contribuíram para esta realização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Devido ao grande e rápido crescimento das áreas urbanas e à necessidade cada 
vez maior de espaço nas edificações para acomodar o crescente aumento da frota 
de veículos dos brasileiros, este trabalho visa a elaboração de uma análise 
comparativa entre os aspectos positivos e negativos dos sistemas de contenção 
mais utilizados em solos argilosos, porosos e lateríticos, característico de Cascavel-
PR, além de apresentar o processo executivo de alguns tipos de contenção , dentre 
os quais destacam-se: contenção composta por estacas escavadas com trado 
mecânico simples, estacas escavadas com trado mecânico utilizando tirantes e 
contenção composta por estacas metálicas cravadas com preenchimento por painel 
pré-moldado de concreto. O principal objetivo deste trabalho foi analisar, comparar e 
fornecer subsídios para auxiliar na escolha do tipo de contenção a se adotar, de 
acordo com as necessidades do empreendimento, levando em consideração vários 
fatores como: tempo de execução, economia e acessibilidade ao local da obra. O 
trabalho foi realizado em três etapas, revisão da literatura e análise comparativa, 
elaboração de projetos e orçamento. Na revisão da literatura foi descrevido o 
processo executivo de cada um dos sistemas, além de compara-los apresentando 
os pontos positivos e negativos de cada tipo de contenção. Foi elaborado o 
dimensionamento de cada um dos tipos de contenção, nos quais considerou-se um 
caso de obra hipotético com três subsolos. Para o dimensionamento foi mantida as 
mesmas características do solo para os três casos, de forma a se comparar qual das 
contenções seria ideal para o caso hipotético. O custo geralmente é o fator mais 
importante na hora da escolha de qual solução a se adotar, mas ressalta-se que 
existem outros fatores a se analisar, como disponibilidade de equipamento, mão de 
obra especializada, tempo de execução , acessibilidade ao local da obra e etc. Desta 
forma foi feito a analise de custo por meio de orçamentos, e para ter uma analise 
melhor dos resultados foi criado um gráfico de modo a comparar os valores obtidos 
pelos orçamentos. Já o outro comparativo, foi por analise de uma tabela entre 
vantagens e desvantagens de cada um dos sistemas, onde abrangeu vários fatores 
que foram citados acima. Diante destas analises concluiu-se que a contenção 
composta por estaca metálica cravada com preenchimento em painel pré-moldado 
de concreto obteve um valor mais viável nos orçamentos em relação aos outros dois 
tipos, já analisando as vantagens e desvantagens dos principais fatores de 
 
 
viabilidade de execução da obra, esse sistema de contenção destacou-se ao lado da 
estaca escavada simples, pois obtiveram mais vantagens em relação aos outros 
tipos de contenções. Desta forma chegou-se a conclusão que para o caso de obra 
hipotético do trabalho, a solução adequada seria a contenção de estaca metálica 
cravada com preenchimento em painel pré-moldado de concreto, pois obteve mais 
vantagens e menor custo quando comparadas a estaca escavada simples e estaca 
escavada simples com atirantamento. 
 
 
 
Palavras-chave: Estaca cortina escavada, estaca cortina metálica cravada e 
tirantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Tipos de empuxos............................................................................................. 16 
Figura 2 - Cortina de estaca escavada............................................................................. 18 
Figura 3 - Trado escavado mecânico em caminhão munck ......................................... 18 
Figura 4 - Trado escavado mecânico em chassi e escavado mecânico em caminhão
 ................................................................................................................................................. 19 
Figura 5 – Armadura Viga de coroamento, intermédio e estacas................................ 21 
Figura 6 – Vista parcial cortina escavada 3 subsolos .................................................... 22 
Figura 7 - Cortina atirantada com níveis de ancoragem................................................ 23 
Figura 8 - Partes construtivas do tirante .......................................................................... 23 
Figura 9 - Corte transversal da armadura de ancoragem ............................................. 24 
Figura 10 - Perfil metálico cravado com preenchimento com painel pré-moldado de 
concreto .................................................................................................................................. 28 
Figura 11 - Concretagem da seção transversal .............................................................. 30 
Figura 12 – Corte do solo ................................................................................................... 32 
Figura 13 – Pré-dimensionamento estaca escavacom atirantamento ....................... 39 
Figura 14 – Pré-dimensionamento estaca metálica com preenchimento com painel
 ................................................................................................................................................. 42 
Figura 15 – Detalhe em planta perfil laminado e placa pré-moldada de concreto .... 42 
Figura 16 – Custo por obra de contenção........................................................................ 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Coeficiente de empuxo .................................................................................... 15 
Tabela 2 - Parametros geotécnicos adotados ................................................................. 34 
Tabela 3 - Dados Cortina Escavada simples .............................................................37 
Tabela 4 - Planilha orçamentaria estaca escavada simples.......................................38 
Tabela 5 - Dados Cortina Escavada com atirantamento ................................................40 
Tabela 6 - Planilha orçamentaria de estaca escavada com atirantamento.................41 
Tabela 7 - Dados de dimensionamento cortina de estaca metálica com 
preenchimento em painel pré-moldado ............................................................................. 44 
Tabela 8 - Planilha orçamentaria estaca cravada metálica com preenchimento em 
painel pré-moldado em concreto.................................................................................44 
Tabela 9 - Analise comparativa entre as vantagens e desvantagens dos sistemas . 45 
Tabela 10 - Características das contenções dimensionadas......................................46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
DETRAN - Departamento de Trânsito do Paraná 
PR – Paraná 
NBR – Norma Brasileira 
Pa – Pascal 
N – Newton 
C’ - Coesão 
E’- Modulo de Elasticidade 
V- Coefieciente de Poisson 
γ - Peso específico 
Ø‘ - Ângulo de Atrito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13 
1.1.1 Objetivo geral............................................................................................................... 13 
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 13 
1.2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................. 13 
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................... 14 
1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ................................................................................... 14 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 15 
2.1 SOLO................................................................................................................................ 15 
2.2 ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO SIMPLES............................ 17 
2.2.1 Processo Executivo .................................................................................................... 18 
2.2.2 Vantagens e Desvantagens ...................................................................................... 20 
2.2.3 Viga de coroamento e de Solidarização intermédia .............................................. 20 
2.3 ESTACAS ESCAVADAS MECANICAMENTE COM ATIRANTAMENTO ............ 22 
2.3.1 Tirantes ......................................................................................................................... 22 
2.3.2 Metodologia Executiva ............................................................................................... 24 
2.3.2.1 Perfuração ................................................................................................................ 24 
2.3.2.2 Instalação dos Tirantes........................................................................................... 25 
2.3.2.3 Injeção de calda de cimento .................................................................................. 25 
2.3.2.4 Protensão .................................................................................................................. 25 
2.3.2.5 Incorporação............................................................................................................. 26 
2.3.2.6 Proteção da cabeça ................................................................................................ 26 
2.3.3 Vantagens e Desvantagens ...................................................................................... 26 
2.4 ESTACAS METÁLICAS CRAVADAS COM PREENCHIMENTO POR PAINEL 
PRÉ-MOLDADO DE CONCRETO ..................................................................................... 27 
2.4.1 Processo Executivo .................................................................................................... 28 
2.4.2 Vantagens e Desvantagens ...................................................................................... 30 
2.5 EXECUÇÃO DE ESCAVAÇÕES ................................................................................. 31 
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 33 
3.1 REVISÃO DA LITERATURA E ANALISE COMPARATIVA .................................... 33 
3.2 ELABORAÇÃO DE PROJETO .................................................................................... 33 
3.3 ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS........................................................................... 35 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 36 
 
 
4.1 ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO SIMPLES............................ 36 
4.2 ESTACAS ESCAVADAS MECANICAMENTE COM ATIRANTAMENTO ............ 39 
4.3 ESTACAS METÁLICAS CRAVADAS COM PREENCHIMENTO POR PAINEL 
PRÉ-MOLDADO DE CONCRETO ..................................................................................... 42 
4.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................. 45 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 48 
6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................... 50 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 51 
ANEXOS ................................................................................................................................ 53 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O grande e intenso crescimento nos centros urbanos e o crescente aumento 
da frota brasileira de veículos no estado do Paraná, que, segundo Detran, foi de 
57,67% nos últimos 6 anos (2007-2013), traz a necessidade de escavações para 
obras subterrâneas, com a finalidade de acomodar esses automóveis, podendo ser 
utilizado o pavimento térreo como edificação de moradia ou comercial. 
 As obras subterrâneas devem ser conduzidas de forma controlada e correta, 
utilizando algum método de estrutura de contenção, para que se possa prover a 
estabilidade de maciços de terra ou rochas.Devido à sobrecarga, as edificações 
vizinhas devem ser estudadas e consideradas no projeto, para que não sofram 
abalos em sua estrutura, desmoronamento ou algum outro tipo de acidente ou 
tragédia. 
 É de suma importância para o engenheiro conhecer o solo em que vai 
trabalhar, pois o mesmo é um material variável e complexo. Também deve-se frisar 
que o comportamento do solo não pode ser previsto com o mesmo grau de certeza 
comparado a outros materiais como aço, concreto, etc. 
 Quando algum tipo de movimentação no solo é realizado, como escavação, 
corte ou aterro, são gerados empuxos ou tensões, que são consequências da 
alteração de equilíbrio do maciço. Esses esforços devem ser contidos por algum tipo 
de estrutura de contenção. 
O presente trabalho analisou, comparou e descreveu o processo executivo de 
alguns tipos de estruturas de contenção, de modo a fornecer subsídios para uma 
escolha correta e adequada de acordo com as necessidades da obra. A composição 
de custos de preço unitário de cada um dos três tipos de sistema de contenção 
utilizados na região de Cascavel-PR será analisada com base no projeto da obra 
"A": contenção composta por estacas escavadas com trado mecânico simples, 
estacas escavadas com trado mecânico utilizando tirantes e contenção composta 
por estacas metálicas cravadas com preenchimento por painel pré-moldado de 
concreto. 
 
 
 
13 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivo geral 
 
O trabalho teve a finalidade de analisar, comparar e fornecer subsídios para 
auxiliar na escolha do tipo de contenção adequada conforme as necessidades do 
empreendimento, levando em consideração o tempo de execução, economia e 
acessibilidade ao local da obra. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos 
 
 Analisar vantagens e desvantagens de cada tipo de contenção; 
 Dimensionar os sistemas de contenção para o caso hipotético. 
 Determinar a composição de preço unitário de material para cada um dos 
sistemas. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Devido ao grande e rápido crescimento dos centros urbanos e aumento da 
frota brasileira de veículos, faz-se necessário que haja cada vez mais espaço nas 
edificações para acomodar os mesmos. Junto a essa necessidade, encontra-se nas 
escavações profundas para subsolo, uma solução frequentemente usada para esse 
fim. 
Por conta das escavações podem ocorrer acidentes naturais, decorrentes de 
chuvas intensas, inesperadas e violentamente rápidas, sendo impossível ter uma 
prevenção perfeita, mas é possível diminuir a sua faixa de atuação, evitando perda 
de materiais e de vida humana. Essa prevenção é feita por algum tipo de estrutura 
de contenção, que tem como propósito promover a estabilidade de maciços de terra 
ou rochas, fornecendo suporte para impedir a ruptura ou escorregamentos. Para a 
definição do tipo de contenção a ser utilizado, é necessário analisar uma série de 
fatores como disponibilidade de equipamentos, tempo de execução, custo, 
acessibilidade do equipamento ao local da obra além de profundo conhecimento do 
solo a se conter. A comparação entre os aspectos positivos e negativos dos tipos de 
14 
 
contenção e o estudo do método de execução de cada tipo são meios eficazes para 
uma escolha adequada, sempre considerando os fatores citados anteriormente. 
O presente trabalho visou atender, de forma breve, aos pesquisadores e 
profissionais da construção civil que necessitem de uma fonte rápida de pesquisa de 
comparação entre alguns tipos de obras de contenção, levando em consideração os 
custos e os benefícios causados, bem como ambiente ocupado e o período de 
execução, com a finalidade de apresentar a proposta mais econômica e viável à 
determinada situação, servindo como base teórica para a possível escolha. 
 
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 
 
As escavações para obras de subsolos estão sendo cada vez mais 
realizadas, em consequência disso, a condição de equilíbrio do solo é alterada, 
tornando-se necessário a utilização de algum tipo de estrutura de contenção com a 
finalidade de se conter os esforços gerados pelo solo. 
 
1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 
 
O presente trabalho irá comparar os pontos positivos e negativos dos 
sistemas de contenção geralmente utilizados em solos argilosos, porosos e 
lateríticos, característicos da cidade de Cascavel-PR 
Para tanto, foram analisados os seguintes sistemas: sistema de contenção 
composta por estacas escavadas com trado mecânico simples, estacas escavadas 
com trado mecânico utilizando tirantes e contenção composta por estacas metálicas 
cravadas com preenchimento por painel pré-moldado de concreto. 
Na sequência, foi apresentado o processo executivo de cada um dos 
sistemas citados acima de modo a fornecer subsidio para uma execução correta. O 
trabalho expôs análises e comparativos a fim de fornecer subsídios para auxiliar na 
escolha do tipo de contenção a se adotar de acordo com as necessidades da obra. 
 
 
 
15 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 SOLO 
 
 Segundo Pinto (1998), todo projeto de fundações e contenções contempla a 
carga aplicada pela obra e a resposta do solo a essas solicitações. Em decorrência 
de tais solicitações, o engenheiro deve estudar o solo, pois cada região pode 
apresentar um tipo de solo, constituído por um material heterogêneo, sendo que 
suas propriedades e características variam ao longo da mesma camada e 
principalmente com a profundidade. Por ser variável e complexo, é de suma 
importância o conhecimento do meio físico chamado "solo" em que se vai trabalhar. 
É extremamente necessário levar em conta o comportamento do solo, sabendo que 
não há como prever suas ações com o mesmo grau de certeza dos demais materiais 
de construção como aço, concreto, madeira etc. 
 Quando o solo é submetido à solicitações externas, por meio de 
carregamentos ou descarregamentos (escavações), as tensões no seu interior se 
alteram, assim o solo se deforma devido a fatores como a compressão das 
partículas, grãos que podem se quebrar, partículas que podem escorregar entre si e 
se rearranjar. O projeto de contenção implica no conhecimento do solo para a 
determinação do tipo de estrutura indicado para sua contenção. A investigação do 
subsolo é necessária para a definição correta do tipo de contenção, pois deve-se 
identificar a natureza das camadas, sua resistência, permeabilidade, presença da 
água e presença de obstruções como matacões. Além da investigação, é necessário 
o conhecimento dos tipos de forças e ações do solo, denominados Empuxo. 
 O Empuxo é definido pela ação horizontal exercida por um maciço de solo 
sobre as obras em contato com ele (Caputo, 1987). Com a determinação dos 
esforços horizontais e verticais podemos definir o coeficiente k, que é o coeficiente 
de empuxo, que varia de solo para solo (areias, argilas) conforme a tabela 1 : 
 
Tabela 1 – Coeficiente de empuxo 
SOLO K0 
Argilas 0 a 1,0 
Areias 0,4 a 0,8 
Solos compactados 0,5 a 1,0 
fonte: (M.VARGAS,1977) 
16 
 
 
A determinação do valor do empuxo é indispensável para a análise e o projeto 
de contenção. Existem três tipos de empuxo que estão representados na Figura 1: 
 Empuxo Passivo (Kp): É a pressão limite exercida entre o solo e o muro 
produzido quando a tendência é a movimentação no sentido de comprimir o 
solo horizontalmente, ou seja, haverá deformação no muro e aumento na 
tensão horizontal (a estrutura se desloca contra o terrapleno). 
 Empuxo Ativo (Ka):: É a pressão limite entre o solo e o muro produzido 
quando a tendência é a movimentação no sentido de expandir o solo 
horizontalmente, ou seja, haverá deformação no muro e decréscimo na 
tensão horizontal(a estrutura se descola para fora do terrapleno). 
 Empuxo em repouso (K0): Não há nenhuma deformação e nenhuma 
mudança nas tensões horizontais, ou seja, existe um equilíbrio perfeito em 
que o maciço de solo se mantém estável. 
 
Figura 1 – Tipos de empuxos 
(fonte: Pinto, 1998) 
. 
 
Segundo Pinto (1998), os métodos de cálculo de empuxo como o de Rankine 
e de Coulomb referem-se apenas ao retroaterro sobre o muro, o qual é considerado 
perfeitamente drenante. No caso em que o muro é impermeável ou está com 
problema no sistema de drenagem, com a ocorrência de chuvas intensas pode 
ocorrer elevação do nível de água no retroaterro, nesses casos, o muro passa a 
suportar também o empuxo hidrostático devido à presença da água. 
O efeito de empuxo provocado pela água do retroaterro sobre o muro é 
sempre o contrário da estabilidade, para a pior situação, pode-se considerar um 
17 
 
muro totalmente impermeável com o nível d'água na superfície do retroaterro, assim 
o valor do empuxo ativo total (solo + água) atuando sobre o muro, pode ser muito 
superior ao caso de um muro permeável com nível d'água profundo, portanto, é de 
fundamental importância que as estruturas de contenção sejam dotadas de 
drenagem adequada, com vistorias frequentes, porque se forem dimensionadas 
como permeáveis e estarem impermeáveis (sem sistema de drenagem ou este 
sistema estar com algum tipo de defeito), o muro não vai suportar os esforços 
solicitados pela água e o solo. 
 
2.2 ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO SIMPLES 
 
 As estacas escavadas com trado mecânico são estacas moldadas in loco por 
meio de concretagem de um furo escavado mecanicamente pela introdução e 
rotação do trado helicoidal. Em sua execução, uma vez atingida a profundidade 
prevista, somente se faz a limpeza do fundo, quando são utilizados diâmetros 
superiores a 70cm. Para contenção, é comum utilizar diâmetros variando de 30 a 
50cm normalmente, não é feita a limpeza. 
A concretagem é feita com o concreto lançado da superfície do terreno com 
auxílio de um funil. A norma NBR 6122 (2010) prescreve que o concreto deve 
apresentar Fck de pelo menos 20 Mpa, ter um consumo mínimo de cimento de 
300kg/m³ e apresentar um abatimento mínimo de 8cm para estacas não armadas e 
12cm para estavas armadas. 
A armadura utilizada atende a ligação com o bloco de coroamento e, se 
necessário, pode ter o comprimento da estaca e resistir a outros esforços das 
estruturas (VELOSO, 2010). Em casos de estacas para contenção, deve-se armar 
em toda extensão, devido aos esforços de momento fletor atuantes oriundos de sua 
utilização. A Figura 2 apresenta uma contenção de estaca escavada simples. 
 
18 
 
 
Figura 2 - Cortina de estaca escavada 
(fonte: autor,2013) 
 
2.2.1 Processo Executivo 
 
 O equipamento de perfuração pode vir acoplado a caminhões ou montados 
sobre chassi metálico, tendo uma grande versatilidade, pois o trado acoplado a um 
caminhão munck conforme Figura 3 pode atingir até 6m de profundidade com 
diâmetros de 0,20 a 0,30m, o que não é recomendado para contenção porque 
apresenta o problema de manter o equipamento em prumo. 
 
Figura 3 - Trado escavado mecânico em caminhão munck 
(fonte: autor, 2013) 
 
Para profundidades medianas, existe o trado montado em chassis metálico, 
conforme Figura 4, para perfurações com diâmetro de 0,25 a 0,50m podendo atingir 
até 10m de profundidade, já para profundidades maiores, existe o trado acoplado a 
caminhão para diâmetros de até 1,5m, conforme Figura 4, e profundidades de até 
19 
 
27m.Assim, de acordo com projeto e disponibilidade do equipamento, usa-se o ideal 
para a execução (FALCONI, 1998). 
 
 
Figura 4 - Trado escavado mecânico em chassi e escavado mecânico em caminhão 
(fonte: autor, 2013) 
 
Após direcionar o equipamento até o local da perfuração, a ponta do trado é 
nivelada e posicionada sobre o piquete de locação, iniciando-se a perfuração. Pelo 
fato de a haste de perfuração ser telescópica (apenas um trecho da haste é 
helicoidal), não é possível fazer a perfuração total (até a cota desejada) apenas de 
uma vez, então, é necessário fazer a perfuração de metro em metro, retirando-se a 
haste e, com auxílio de ajudantes, o solo é retirado ao redor as lâminas. Esse 
processo é repetido várias vezes, até que se alcance a cota desejada em projeto. 
 Atingida a cota prevista em projeto, coloca-se a armação presa à superfície, 
de acordo com a cota de arrasamento da estaca, verificando a centralização da 
ferragem e seu posicionamento em relação a cota de arrasamento. É ideal concretar 
a estaca no mesmo dia da escavação, utilizando um funil que tenha comprimento 
mínimo de 1,5m. Caso a estaca não seja concretada imediatamente após a 
perfuração, a escavação deve ser protegida por uma tampa de material resistente e 
impermeável para evitar a entrada de solo, água, lama etc. (ABEF, 2004). 
 
 
 
 
 
20 
 
2.2.2 Vantagens e Desvantagens 
 
Vantagens 
 
 A estaca escavada apresenta uma série de vantagens, como por exemplo, 
não causa vibração ao terreno, temos o conhecimento imediato e real de todas as 
camadas atravessadas durante a escavação, não há necessidade de espaço para 
se depositar os materiais, visto que é moldada in loco. 
Outro aspecto relevante é que, além de ter um custo baixo em comparação 
aos outros tipos de contenção, possui grande disponibilidade de equipamento no 
mercado, e, por ser moldada in loco, pode ser moldada com as dimensões conforme 
necessidade da obra (SAES, 1998). 
 
Desvantagens 
 
Esse tipo de contenção é definitivo, pode ser executada apenas acima do 
lençol freático, não pode ser executada em locais que existam matacões por não ter 
capacidade de atravessá-los. Comparada a uma estaca pré-fabricada, pode-se não 
ter garantia de dimensões porque nem sempre tem-se o controle do traço do 
concreto. 
Um fator que deve ser levado em consideração é a necessidade do 
empreendimento, por exemplo, em casos em que a estrutura de contenção ficará 
exposta ao público, a estaca escavada pode não se tornar viável, pois após a 
escavação do solo, ela necessita de acabamento (fechamento em alvenaria, 
concreto projetado)(SAES,1998). 
 
2.2.3 Viga de coroamento e de Solidarização intermédia 
 
 A viga de coroamento tem como principal finalidade a distribuição dos 
esforços ao longo das estacas que compõe a cortina, podendo também servir de 
apoio de ancoragens. Normalmente, a viga de coroamento em obras definitivas é 
feita em concreto armado, e no caso de provisórias, em perfil metálico (MATOS, 
2010). 
21 
 
 Esse elemento estrutural é aplicado no topo das estacas, devido ao 
carregamento no sentido horizontal. Possuem normalmente grandes dimensões, 
com concentração das armaduras em suas faces laterais conforme ilustra a figura 5. 
 
 
Figura 5 – Armadura Viga de coroamento, intermédio e estacas 
(fonte: autor, 2013) 
 
 A viga de solidarização intermédia tem a mesma função da viga de 
coroamento, mas é executada em níveis intermediários de três em três metros. 
Segundo Matos (2010), são utilizadas em obras com grande profundidade de 
escavação e dependendo da profundidade a ser escavada, o sistema pode ser 
constituído por uma ou mais vigas intermédias, que juntas fornecerão a estabilidade 
necessária para o sistema. Abaixo um exemplo de uma contenção de estaca 
escavada com 3 subsolos (Figura 6). 
22 
 
 
Figura 6 – Vista parcial cortina escavada 3 subsolos 
(Fonte: autor,2013) 
2.3 ESTACAS ESCAVADAS MECANICAMENTE COM ATIRANTAMENTO 
 
2.3.1 Tirantes 
 
 Os tirantes podem ter ligações diretamente às estacase também entre as 
estacas. Nessa última solução, os esforços transmitidos às estacas são distribuídos 
através de viga de coroamento, ou da viga de solidarização de intermédio. O método 
utilizando vigas para distribuição da carga, apesar de ter um custo superior em 
comparação ao ancorado diretamente nas estacas, é mais prático e correntemente 
utilizado em obra. Os tirantes podem ser posicionados no topo da cortina e, quando 
previstos, em um ou mais níveis intermédios, como mostra Figura 7 (MEIRELES, 
2006). 
23 
 
 
Figura 7 - Cortina atirantada com níveis de ancoragem 
(fonte: MEIRELES, 2006) 
 
 Tirante é um elemento linear capaz de transmitir esforços de tração entre as 
suas extremidades: a extremidade que fica fora do terreno é a cabeça e a 
extremidade que fica enterrada é conhecida por trecho ancorado e designada por 
comprimento ou bulbo de ancoragem. O trecho que liga a cabeça ao bulbo é 
conhecido por trecho livre ou comprimento livre (YASSUDA, 1998). Para uma 
melhor análise de um tirante, a figura 8 demonstra suas partes construtivas: 
 
 
 
Figura 8 - Partes construtivas do tirante 
(fonte: SANTA, 2010) 
 
 A cabeça normalmente escora ou suporta uma estrutura e é em geral 
constituída por peças metálicas que possuem detalhes particulares para prender o 
elemento tracionado, tais como porcas, clavetes, botões ou cunhas (Figura 8). 
24 
 
O bulbo de ancoragem, na grande maioria das vezes, é constituído por calda 
de cimento, que adere ao aço e ao solo. No trecho livre, o aço deve estar livre de 
cimento, ou seja, não deve haver aderência do aço à calda. Para tanto é prática 
usual se revestir o aço com material que o isole da calda, tal como graxa, tubo ou 
mangueira de plástico, bandagem de material flexível etc (Figura 9). Para efeito da 
Norma Brasileira (NBR 5629, 1996), o tirante não pode ter um trecho livre com 
 comprimento inferior a 3,00m (YASSUDA, 1998). 
 
 
Figura 9 - Corte transversal da armadura de ancoragem 
(fonte: SANTA, 2010) 
 
2.3.2 Metodologia Executiva 
 
2.3.2.1 Perfuração 
 
 Antes de iniciar o processo de perfuração é necessário adotar uma série de 
procedimentos para que haja uma execução correta. Para isso, é de suma 
importância que alguns fatores sejam considerados: a conferência de uma locação 
adequada, nivelamento perfeito do terreno para a instalação e ancoragens do 
equipamento, a determinação exata da direção da perfuração, a verificação da 
estanqueidade de toda obra rede de alimentação de água etc. Dispondo dos 
equipamentos perfeitamente instalados, e, tendo o operador recebido instruções e 
informações quanto as características do furo, inicia-se a perfuração. (DIAS, 1998) 
 
 
25 
 
2.3.2.2 Instalação dos Tirantes 
 
 Após o término da perfuração e limpeza do furo feita pelo operador, terá início 
a introdução do tirante no interior da perfuração, devendo ser cuidadosa, para evitar 
qualquer tipo de dano ao tirante, seja por flexão excessiva ou atrito contra as 
paredes do furo. (DIAS, 1998) 
 
2.3.2.3 Injeção de calda de cimento 
 
 Imediatamente após o término da instalação do tirante, terá início a fase de 
injeção denominada "bainha", e que consistirá no preenchimento do furo com calda 
de cimento, sem desenvolvimento de pressão. A injeção inicia-se com a introdução 
de uma coluna de hastes com obturador simples, no interior dos tubos de injeção do 
tirante. Através do obturador faz-se com que a água circule para a remoção de 
eventuais detritos. Em seguida, faz-se a injeção de calda de cimento, até que verta 
através da boca do furo, após um intervalo de tempo, não maior que duas horas, 
faz-se a limpeza do tubo de injeção do tirante até se complete a remoção do cimento 
alojado no interior do mesmo. Observando um intervalo de tempo mínimo de dez 
horas após a aplicação da bainha, pode-se iniciar a fase de injeção com pressão 
controlada conhecida como injeção primária. Os volumes e pressões de injeção 
serão aqueles que garantam a perfeita ancoragem do trecho fixo do tirante ao local. 
Nos casos em que as pressões de injeção não alcancem valores considerados 
satisfatórios, haverá necessidade de aplicação de outras fases (secundária, 
terciária), até atingir a pressão adequada para a injeção (YASSUDA, 1998). 
 
2.3.2.4 Protensão 
 
 De acordo com a Norma Brasileira (NBR 5629), todos os tirantes de uma obra 
devem ser submetidos a ensaios de protensão. A protensão do tirante geralmente é 
feita através de um conjunto de macaco hidráulico, bomba e manômetro. Segundo a 
norma 5629(1996), 10% dos tirantes de obra, aleatoriamente escolhidos, devem ser 
testados até a carga máxima: 175% e 150% da carga de trabalho, podendo ser 
permanentes ou provisórios, sendo que o restante deve ser testado, 
respectivamente a 140% e 120% . 
26 
 
 
2.3.2.5 Incorporação 
 
 A incorporação do tirante à estrutura, somente pode ser procedida de forma 
definitiva após a constatação do bom desempenho do mesmo através do ensaio de 
recebimento. A incorporação provisória deve ser procedida imediatamente após 
atingirem condições estruturais para tal. A incorporação será feita através do 
encunhamento final, das cordoalhas devidamente tensionadas, junto ao aparelho de 
apoio da cabeça do tirante. Dessa forma, a carga aplicada pelo macaco se 
transferirá definitivamente para a contenção (YASSUDA, 1998). 
 
2.3.2.6 Proteção da cabeça 
 
 A parte mais sensível de uma ancoragem está na cabeça e nas extremidades 
do tirante devido à ação das intempéries. É necessário, após a incorporação, 
proceder a limpeza das partes metálicas e fazer a aplicação de tintas à base de 
epóxi. Também pode-se executar uma capa de argamassa forte de cimento e areia 
de forma a garantir um recobrimento de pelo menos 2cm de todas as partes 
metálicas. No caso de tirantes definitivos, é recomendável a utilização de um tubo 
adicional de PVC e incorporado à estrutura, esse tubo deve ser preenchido com 
calda de cimento (YASSUDA,1998). 
2.3.3 Vantagens e Desvantagens 
 
Vantagens 
 
 Redução das estruturas de contenção devido ao reforço empreendido pelo 
tirante; 
 Possibilidade de executar escavações de grandes dimensões (3 subsolos em 
diante) devido à adoção de mais de uma linha de tirantes para reforço 
(YASSUDA, 1998) 
 Simplicidade construtiva, pois a carga de reação deriva do interior do maciço 
de solo e os elementos estruturais usados são simples (fios, cordoalhas, 
chapas de aço, porcas, parafusos) e de fácil manuseio o que o torna o 
canteiro de obras bastante desimpedido, quando comparado a outros tipos 
27 
 
de recursos como pesadas longarinas, estroncas, contraventamentos, após 
intermediários, etc. 
 Tirantes são autoportantes, não necessitando de estudos detalhados de 
fundação, como no caso da construção de contenções com muros de arrimo 
convencionais. 
 Tirantes são funcionais pois trabalham ativamente devido a protensão, isto 
significa que podem suportar esforços com um mínimo de deslocamentos da 
estrutura, em oposição as outras soluções convencionais que necessitam de 
uma movimentação para a contenção começar a funcionar. 
 Todos os tirantes são ensaiados individualmente (ensaios de recebimento) o 
que representa uma garantia de quantidade de 100% dos elementos 
construídos em relação á capacidade de carga. 
 Menor impacto ambiental em comparação com outras técnicas de contenção. 
 Não necessita de nenhuma base estrutura.(Santa, 2010) 
 
Desvantagens 
 
 Pelo fato de que geralmente os tirantes são executados invadindo o terreno 
vizinho, é necessário uma autorização dos vizinhos para a execução dotirante definitivo; 
 Processo executivo lento e que demanda mão-de-obra especializada; 
 Preço relativamente alto para execução do serviço (YASSUDA,1998). 
 Não convém utilizar pregagens quando temos um nível freático elevado, e as 
aguas escoem para a plataforma de trabalho deixando-a sem condições para 
trabalhar. 
 Execução de pregagens requer pessoal e equipamento especializado (Santa, 
2010) . 
 
2.4 ESTACAS METÁLICAS CRAVADAS COM PREENCHIMENTO POR PAINEL 
PRÉ-MOLDADO DE CONCRETO 
 
 Neste tipo de estrutura de contenção, as estacas metálicas tem papel 
preponderante em função da facilidade de cravação, de sua resistência e da 
28 
 
versatilidade de integração com elementos construtivos complementares, como 
preenchimento com painel de pré-moldado de concreto como mostra a Figura 10. 
 
 
Figura 10 - Perfil metálico cravado com preenchimento com 
painel pré-moldado de concreto 
(fonte: autor,2013) 
 
 Estacas metálicas cravadas com preenchimento em painel de concreto são 
escoramentos constituídos por perfis Verticais "I" de aço, cravados ao longo dos 
planos das faces laterais antes do início da escavação. A cravação é feita até atingir 
uma determinada profundidade que possa ser contida pelos perfis verticais. As 
pranchas horizontais de concreto recebem o empuxo do terreno e o transmitem às 
abas dos perfis verticais. 
 É necessário alguns cuidados especiais, como por exemplo, as pranchas 
devem sempre manter contato íntimo com o maciço arrimado, para evitar vazios e 
deslocamentos do maciço, caso não houver esse contato, consequentemente, 
haverá abatimento no terreno do vizinho. (RANZINI, 1998). 
 
2.4.1 Processo Executivo 
 
 Segundo Abef (2004), antes de executar a obra, é preciso estabelecer 
diretrizes básicas de execução, verificação e avaliação de fundações profundas com 
estacas metálicas conforme resistências em projeto. O processo executivo para 
execução do sistema de contenção em estacas metálicas, com preenchimento de 
placas pré-moldadas de concreto é comentado a seguir. 
29 
 
 Antes de iniciar a cravação é necessário fazer algumas conferências, como 
dispor de pontos de energia, verificar a topografia do terreno para movimentação 
dos equipamentos, dispor de espaço adequado e estrategicamente designado para 
estocagem dos materiais, levando em conta a movimentação do bate estacas e o 
içamento dos elementos a serem cravados, tomar ciência da situação das 
construções vizinhas, notificando as alterações preexistentes e analisando possíveis 
consequências que os trabalhos possam ocasionar às mesmas, e, por fim, definir a 
melhor sequência executiva das estacas a serem cravadas, visando otimizar a 
produtividade. 
 Após a conferência das verificações, inicia-se processo para a cravação das 
estacas. Deslocando o bate estacas até a marcação da estaca, faz-se o içamento da 
peça colocando-a em prumo e verificando sua inclinação em dois planos 
perpendiculares. Após o ajustamento da peça, inicia-se os golpes do martelo, 
medindo-se as negas e repiques de acordo com o estabelecido em projeto, e, caso 
haja necessidade, realiza-se a emenda do perfil, que deve seguir o modelo de cada 
perfil conforme especificado em projeto (dimensões das talas, tipo de eletrodo e 
comprimento de cordões de solda). A conferência da inclinação deve ser feita 
durante a cravação, admitindo-se desvios de até 1%. 
 Uma vez cravados os perfis metálicos, a terra é retirada por meio de 
escavação, assim faz-se o preenchimento entre os perfis com placas pré-moldadas 
de concreto duplas e paralelas, unidas por armação treliçada de altura variável. As 
placas são encaixadas nas almas desses perfis, sendo colocadas sobrepostas umas 
às outras, alinhadas e aprumadas, formando-se entre elas um vazio continuo 
transversal, onde é introduzida a ferragem com posterior concretagem como mostra 
a Figura 11. Após a concretagem e o tempo de cura do concreto, acaba se formando 
um conjunto rígido. 
 
30 
 
 
Figura 11 - Concretagem da seção transversal 
(fonte: autor, 2013) 
 
2.4.2 Vantagens e Desvantagens 
 
Vantagens 
 
 Fabricação das estruturas com precisão milimétrica, possibilitando um alto 
controle de qualidade do produto acabado; 
 Garantia nas dimensões e propriedades do material; 
 Possibilidade de execução de obras mais rápidas e limpas, devido ao fato de 
ser um material pré-fabricado, chegando à obra pronto para cravação; 
 Baixo nível de vibração durante sua cravação (LOPES, 2010); 
 Possibilidade de cravação em solos de difícil transposição, como por 
exemplo, argilas rijas a duras, pedregulhos; 
 Baixo impacto ao meio ambiente, devido a não haver necessidade de 
transporte do material para um bota fora, nem a utilização de lama 
bentonítica; 
 Devido ao perfil pré-moldado ser preenchido com um painel de concreto pré-
moldado, em casos de estacionamento de subsolo, não é necessário nenhum 
tipo de acabamento, pois o painel pré-moldado e o perfil metálico podem ficar 
31 
 
como acabamento final. Deste modo, tem-se uma execução ainda mais 
rápida da obra; 
 Eliminação de fôrmas de escoramentos (RANZINI, 1998). 
 
Desvantagens 
 Limitação de execução em fábrica, em função do transporte até o local; 
 Dificuldade de transporte devido ao seu peso e suas grandes dimensões; 
 Uso de guindastes para descarga dos perfis; 
 Dispor de espaço adequado e estrategicamente designado para estocagem 
dos materiais (RANZINI, 1998); 
 Dispor de espaço adequado para o içamento dos perfis metálicos; 
 Em casos onde o perfil não for completamente enterrado, ele precisa de 
tratamento a base de resina epóxi (LOPES, 2010). 
 
2.5 EXECUÇÃO DE ESCAVAÇÕES 
 
 Segundo Martins (2006), a execução da escavação é um processo que pode 
ser efetuado faseadamente, à medida que vão se executando a viga de 
solidarização, intermédia e ancoragens, ou mesmo de uma vez só, caso os 
processos não sejam necessários. 
 A primeira fase da escavação, no intradorso da cortina, é até cerca de 0,60m 
de profundidade, contado o nível de trabalho para a execução do saneamento das 
cabeças das estacas, da viga de coroamento e do primeiro nível de ancoragem caso 
existam. A segunda fase de escavação, também no intradorso da cortina, é até o 
nível da viga de intermédio e do segundo nível de ancoragem. O terceiro nível de 
escavação é feito até o nível inferior previsto para escavação. Caso haja mais vigas 
de intermédio, a escavação vai de viga em viga, até que chegue o ponto de viga e 
cota desejada de escavação. Abaixo uma ilustração (Figura 12) do modo correto a 
se fazer o corte do terreno para casos de estacas escavadas sem atirantamento. 
32 
 
 
Figura 12 – Corte do solo 
(Fonte: autor, 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
3 METODOLOGIA 
 
O trabalho realizado foi desenvolvido em três etapas principais: revisão da 
literatura e analise comparativa, elaboração de projetos e orçamentos. 
 
3.1 REVISÃO DA LITERATURA E ANALISE COMPARATIVA 
 
Este trabalho apresenta alguns tipos de sistema de contenção mais utilizados 
em solos argilosos, porosos e lateriticos, caracteristicos do interior do Paraná, 
descrevendo suas metodologias de projeto e execução. Esta etapa também é 
importante para o entendimento dos esforços gerados pelo solo devido a sua 
movimentação e quando submetido à solicitações externas. 
A análise comparativa foi feita levando-se em consideracão alguns fatores 
como tempo de execução e custo. Embora os custos relativos sejam determinantes 
para a escolha da contenção a se utilizar, deve-se relevar outros fatores como otempo de execução, demanda de áreas e necessidade de escavações. No projeto 
“A” no qual foi feito o comparativo, existe a condição de que se execute qualquer um 
dos tipos de contenção citados, será verificado qual sistema ficará mais viável, 
considerando tempo de execução e custo. 
 
3.2 ELABORAÇÃO DE PROJETO 
 
Nesta etapa foi elaborado um projeto de uma obra de contenção “A” de um 
caso hipotético que terão três subsolos, levando em conta as singularidades de sua 
execução, os projetos serão dimensionados com o auxilio do programa 
CYPECAD2012® que faz a análise de estabilidade de taludes pelo método de 
equilíbrio limite, também conhecido como metodo das fatias, assim podendo utilizar 
uma grande variedade de modelos de solo, condições de pressão e geometria de 
superfície deslizante e a realização da verificação do diâmetro da cortina, das 
armaduras e do espaçamento entre elas, pela norma NBR 6118:2003. 
Foram realizados pré-dimensionamentos das seguintes estruturas: 
- Estaca escavada simples 
- Estaca escavada com atirantamento 
34 
 
- Estaca metálica cravada com preenchimento com painel pré-moldado de 
concreto 
Conforme NBR 11682:2006, os projetos de conteção devem suportar além 
das cargas derivadas do solo, uma sobrecarga acidental de 20kPa uniformemente 
distribuída sobre o terreno. Foi considerada uma situação de um talude de altura de 
9 metros, levando em consideração as caracterisicas do solo de Cascavel -PR 
conforme ilustra o Tabela 02. 
Os dados geotécnicos adotados para a simulação da situação fictícia do solo 
com três subsolos foram retirados de uma sondagem realizada em Cascavel-PR 
(Anexo 4 ). Como pode ser visto na Tabela 02, são apresentadas as 5 camadas em 
que o solo foi dividido. 
 
Tabela 2 - Parametros geotécnicos adotados 
Nspt- 
Consistência 
Profundidade C’ (kPa) E’ V 
γ 
(kN/m3) 
Ø’ (°) 
<2-muito mole 1-2m 10 6000 0,3 13 20° 
3 a 5 – mole 3-4m 10 15000 0,3 15 20° 
6 a 10 – 
média 
5-7m 10 30000 0,3 17 20° 
11 a 19 – Rija 8-13m 50 55000 0,3 19 0° 
>19 Dura 14-20m 100 95000 0,3 21 0° 
fonte: (V.LORENZI, 2012) 
 
Onde: 
C’ = Coesão (kPa) 
E’=Modulo de Elasticidade(kN/m2) 
V= Coefieciente de Poisson 
γ= Peso específico (kN/m3) 
Ø‘= Ângulo de Atrito (°) 
 
O nível freático foi admitido como abaixo das camadas de suporte, sendo 
assim, não foram consideradas poro-pressóes atuantes nesse maciço. 
As dimensões para as obras de contenção deste trabalho foram calculadas, 
mas ressalta-se que cada obra tem suas particularidades e parâmetros, sendo assim 
o autor não se responsabiliza por obras baseadas apenas nas dimensões adotadas 
nos exemplos a seguir. 
 
 
35 
 
3.3 ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS 
 
Os orçamentos serão feitos de acordo com a necessidade do projeto de cada 
um dos tipos de sistema de contenção (diâmetro, perfil, profundidade), sendo que os 
custos presentes nas composições de materiais serão baseados na tabela Sinapi 
(Setembro, 2013), Sicro2 do Dnit (Janeiro, 2013) e TCPO. Os orçamentos foram 
feitos para uma faixa de um metro, multiplicado pela extensão da cortina, adquirindo-
se assim, o valor total da obra de contenção. 
Não foram considerados serviços preliminares como alojamento, placas de 
obras, locações topográficas, investigação do subsolo e coisas do gênero, pois 
esses serviços são comuns a todos os tipos de obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Para o dimensionamento dos projetos de contenção foi considerado um solo 
argiloso, poroso e laterítico característico da cidade de Cascavel-PR conforme ilustra 
o quadro 2, que apresenta cinco camadas de solo, exibindo as profundidades e 
suas características geotécnicas. 
 
4.1 ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO SIMPLES 
 
O dimensionamento feito para a estaca escavada com trado mecânico simples 
está representado na figura 13. 
 
 
Figura 13 – Pré-dimensionamento estaca escavada simples 
(fonte: Cype, 2012) 
 
Para o dimensionamento da cortina de estaca escavada simples foi adotado 
um talude de serviço com objetivo de se criar um empuxo passivo no sistema, este 
talude tem altura de 3,2m, comprimento de 1,5m e ângulo de 45º. O talude deve ser 
mantido até que se execute a laje do 2º subsolo, pois após a execução da laje ela 
exercera o empuxo passivo que o talude estava desempenhando. Nota-se que foi 
considerado uma carga horizontal de 3 toneladas no topo da cortina, que tem como 
efeito dar travamento provisório da mesma, com objetivo de se obter equilibrio na 
37 
 
cortina de estacas. A Figura 14 demostra esse tipo de travamento que é rotineiro 
nos projetos estruturais em cortinas que são compostas apenas por estaca 
escavada. 
 
Figura 14 – Travamento superficial cortina de estacas 
(fonte: autor, 2013) 
 
Como o programa CYPECAD2012® não tem nenhum modulo para o 
dimensionamento da viga de coroamento, as dimensões das vigas foram adotadas 
de acordo com informações passadas por projetistas da região, que segundo eles 
geralmente são utilizadas em obras similares ao caso hipotetico considerado no 
trabalho (escavação de 9 metros).O dimensionamento da Cortina escavada simples 
obteve as características apresentadas na Tabela 3 . 
 
Tabela 3 - Dados Cortina Escavada simples 
 
Carga Acidental 2t/m² 
Diâmetro da estaca 40cm 
Distância entre os eixos 70cm 
Altura total do muro 18m 
Altura da escavação 9m 
Armadura vertical estaca 10Ø 20 
Armadura horizontal estaca Ø6,3c/6 
Cobrimento 7cm 
Dimensão viga de coroamento 40x40cm 
Armadura horizontal viga de 
coroamento 
8 Ø12,5 
Armadura Vertical viga de 
coroamento 
Ø6,3 c/15 
 fonte: CypeCAD, 2012 
38 
 
 
Para o orçamento foi considerado os seguintes serviços : limpeza no terreno, 
escavação de solo com escavadeira hidráulica, perfuração das estacas, aço e 
concreto 20Mpa para estacas e viga de coroamento. A Tabela 4 apresenta o 
orçamento deste tipo de contenção, exibindo suas composições de serviços e 
valores unitarios e totais. 
 
Tabela 4 - Planilha orçamentaria estaca escavada simples 
Item Código Descrição Und Quant. Preço Unit Total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 2,66R$ 
1.1 73948/016 (SINAPI)
LIMPEZA MANUAL DO TERRENO (C/ RASPAGEM 
SUPERFICIAL) M2 1,1 2,42 2,66R$ 
2 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA 119,10R$ 
2.1 73962/024 (SINAPI)
ESCAVACAO DE VALA ESCORADA EM MATERIAL 
IA CATEGORIA, PROFUNDIDADE DE 4,5 A 9M COM 
ESCAVADEIRA HIDRAULICA 105 HP (CAPACIDADE 
DE 0,78M3), SEM ESGOTAMENTO M³ 9,9 12,03 119,10R$ 
3 ESTRUTURAS E INFRAESTRUTURAS 5.738,06R$ 
3.1 72819 (SINAPI)
ESTACA A TRADO (BROCA) DIAMETRO 40CM EM 
CONCRETO MOLDADA I N-LOCO, 20 MPA M 18 75,05 1.350,90R$ 
3.2 74254/002 (SINAPI)
ARMACAO {FORNECIMENTO, CORTE, DOBRA E 
COLOCAÇÃO) ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4 ) À 
12,5MM{1/2 ) KG 218,37 6,54 1.428,14R$ 
3.3 74254/001 (SINAPI)
ARMACAO {FORNECIMENTO, CORTE, DOBRA E 
COLOCAÇÃO) ACO CA-50, DIAM. 16 (5/8 ) À 
25MM(1 )} KG 514,14 5,65 2.904,89R$ 
3.4 74138/002 (SINAPI)
CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=20MPA, 
INCLUSIVE LANCAMENTO E ADENSAMENTO M3 0,176 307,57 54,13R$ 
4 685,80R$ 
4.1 73935/001 (SINAPI)
ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO FURADO 
9x14x24CM, 1/2 VEZ, ASSENTAD O EM 
ARGAMASSA TRACO 1:4 (CIMENTO E 
AREIA),E=1CM M2 9,9 37,94 375,56R$ 
4.2 5974 (SINAPI)
CHAPISCO TRACO 1:4 (CIMENTO E AREIA 
GROSSA), ESPESSURA 0,5CM, PREPARO 
MECANICO DA ARGAMASSA M² 9,9 3,75 37,12R$ 
4.3 73927/010 (SINAPI)
EMBOCO PAULISTA TRACO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E 
AREIA MEDIA),ESPESSURA 3,0CM, PREPARO 
MANUAL DA ARGAMASSA M2 9,9 27,59 273,12R$ 
Total Geral a cada 1,1m 6.545,62R$ 
Total Geral a cada 1m 5.950,56R$ 
ORÇAMENTO ESTACA ESCAVADA SIMPLES POR METRO LINEAR DE OBRA H=9M
FECHAMENTOS
 
 
Conforme planilha orçamentária o custo por metro linear da estaca escavada 
simples para escavação com altura de 9m é de R$ 5.950,56/m, as composições 
abertas estão representados no anexo 1. 
 
39 
 
4.2 ESTACAS ESCAVADAS MECANICAMENTE COM ATIRANTAMENTO 
 
O pré-dimensionamento feito para a estaca escavada mecanicamente com 
atirantamento está representada na figura 13. 
 
 
Figura 13 – Pré-dimensionamento estaca escava com atirantamento 
(fonte: Cype, 2012) 
 
Neste caso da cortina escavada atirantada, não houve a necessidade de 
deixar um talude de serviço no pavimento inferior, pois já apresenta estabilidade no 
sistema devido ao elemento de apoio (tirante). Para dimensionamento do tirante o 
programa CypeCAD2012® necessita que se adote as características do mesmo, 
como comprimento, ângulo, cota de ancoragem e rigidez axial. Inserindo-se essas 
características o programa faz as verificações do sistema de contenção como 
verificação de estabilidade, relação entre empuxo passivo total e empuxo realmente 
mobilizado, verificação ao cortante e flexão composta e etc, deste modo foi 
adotando-se valores de comprimento do tirante, ângulo, rigidez axial e sua cota de 
ancoragem, até que todas as verificações fossem cumpridas. O tirante utilizado teve 
como característica um comprimento de 5m, com ângulo de 30º com uma rigidez 
axial de 1000t/m e sua cota de ancoragem é de -5m em relação ao topo da estaca. 
Como o programa CYPECAD2012® não tem nenhum modulo para o 
dimensionamento da viga de coroamento e intermediária, as dimensões das vigas 
40 
 
foram adotadas de acordo com informações passadas por projetistas da região, que 
segundo eles geralmente são utilizadas em obras similares ao caso hipotetico 
considerado no trabalho (escavação de 9 metros). O dimensionamento da estaca 
escavada com atirantamento obteve as características apresentado na Tabela 5. 
 
Tabela 5 - Dados Cortina Escavada com atirantamento 
 
Carga acidental 2t/m² 
Diâmetro da estaca 30cm 
Distância entre os eixos 70cm 
Altura total do muro 18m 
Altura da escavação 9m 
Armadura vertical 12Ø12,5 
Armadura horizontal Ø6,3 c/8 
Cobrimento 7cm 
Cota do tirante -5m 
Comprimento do tirante 5m 
Ângulo de inclinação do tirante 30º 
Dimensão viga de coroamento 40x40cm 
Armadura horizontal viga de coroamento 8 Ø12,5 
Armadura Vertical viga de coroamento Ø6,3 c/15 
Dimensão viga intermediária 10x30cm 
Armadura horizontal viga intermediária 4Ø6,3 
Armadura Vertical viga intermediária Ø5c/20 
(fonte: CypeCAD, 2012) 
 
 
Para o orçamento foi considerado os seguintes serviços: limpeza no terreno, 
escavação de solo com escavadeira hidráulica, perfuração das estacas, aço e 
concreto 20Mpa para estacas, viga de coroamento e intermediária. A tabela 6 
apresenta o orçamento deste tipo de contenção, exibindo suas composições de 
serviços e valores unitários e totais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
Tabela 6 - Planilha orçamentaria de estaca escavada com atirantamento 
Item Código Descrição Und Quant. Preço Unit Total
1 2,42R$ 
1.1 73948/016 (SINAPI)
LIMPEZA MANUAL DO TERRENO (C/ RASPAGEM 
SUPERFICIAL) M2 1 2,42 2,42R$ 
2 5.026,79R$ 
2.1 72819 (SINAPI)
ESTACA A TRADO (BROCA) DIAMETRO 30CM EM 
CONCRETO MOLDADA I N-LOCO, 20 MPA M 18 65,91 1.186,41R$ 
2.3 74254/002 (SINAPI)
ARMACAO {FORNECIMENTO, CORTE, DOBRA E 
COLOCAÇÃO) ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4 ) À 
12,5MM{1/2 ) KG 419,95 6,54 2.746,47R$ 
2.4 79504/009 (SINAPI)
TIRANTES P/PROTENSAO E ANCORAGEM EM SOLO 
TRECHO ANCOR C/ 6 FIOS A CO DURO 8MM , 
INCLUSIVE PROTECAO ANTICORROSIVA. M 5 77,11 385,55R$ 
2.5 5 S 05 900 01 (SICRO02)
EXECUÇÃO TIRANTE PROTENDIDO CORTINA 
ATIRANTADA M 5 138,91 694,55R$ 
2.6 73771/001 (SINAPI)
PROTENSAO DE TIRANTES DE BARRA DE ACO CA-50 
EXCL MATERIAIS UN 1 13,81 13,81R$ 
2.7 74138/002 (SINAPI)
CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=20MPA, 
INCLUSIVE LANCAMENTO E ADENSAMENTO M3 0,19 307,57 58,44R$ 
3 108,29R$ 
3.1 73962/024 (SINAPI)
ESCAVACAO DE VALA ESCORADA EM MATERIAL IA 
CATEGORIA, PROFUNDIDADE DE 4,5 A 9M COM 
ESCAVADEIRA HIDRAULICA 105 HP (CAPACIDADE DE 
0,78M3) M³ 9 12,03 108,29R$ 
4 623,52R$ 
4.1 73935/001 (SINAPI)
ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO FURADO 
9x14x24CM, 1/2 VEZ, ASSENTAD O EM ARGAMASSA 
TRACO 1:4 (CIMENTO E AREIA),E=1CM M2 9 37,94 341,46R$ 
4.2 5974 (SINAPI)
CHAPISCO TRACO 1:4 (CIMENTO E AREIA GROSSA), 
ESPESSURA 0,5CM, PREPARO MECANICO DA 
ARGAMASSA M² 9 3,75 33,75R$ 
4.3 73927/010 (SINAPI)
EMBOCO PAULISTA TRACO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E 
AREIA MEDIA), ESPESSURA 3,0CM, PREPARO MANUAL 
DA ARGAMASSA M2 9 27,59 248,31R$ 
Total Geral a cada 1m 5.761,02R$ 
FECHAMENTOS
SERVIÇOS PRELIMINARES
ESTRUTURAS E INFRAESTRUTURAS
MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
ORÇAMENTO ESTACA ESCAVADA COM ATIRANTAMENTO POR METRO LINEAR DE OBRA H=9M
 
 
 
Conforme planilha orçamentaria o custo por metro linear da estaca escavada 
com atirantamento para escavação de 9m é de R$ 5.761,02/m, as composições 
abertas estão representadas no anexo 2. 
 
 
 
 
 
42 
 
4.3 ESTACAS METÁLICAS CRAVADAS COM PREENCHIMENTO POR PAINEL 
PRÉ-MOLDADO DE CONCRETO 
 
O pré-dimensionamento feito para a estaca metálica cravada com 
preenchimento em painel pré-moldado de concreto está representada na figura 14 e 
15. 
 
Figura 14 – Pré-dimensionamento estaca metálica com preenchimento com painel 
(fonte: Cype, 2012) 
 
 
Figura 15 – Detalhe em planta perfil laminado e placa pré-moldada de concreto 
(fonte: autor,2013) 
43 
 
 
Para o dimensionamento deste tipo de contenção o programa 
CypeCAD2012® não apresenta um modulo para a entrada das características de 
perfis metálicos laminados, mas há um modulo de cortina de estaca genérica que 
permite a edição das características do material, onde consegue-se introduzir os 
dados dos perfis metálicos laminados, como por exemplo modulo de elasticidade, 
modulo de corte, peso especifico, área transversal, inercia transversal, área 
transversal para deformações por corte, diâmetro, diâmetro entre eixos e etc, 
possibilitando executar o dimensionamento da contenção. 
Já a placa pré-moldada de concreto ela é dimensionada como uma laje 
maciça bi-apoiada com espessura de 15cm. Como o programa dimensiona a 
contenção ele fornece o empuxo máximo do solo, desta forma com o empuxo do 
solo faz-se o dimensionamento da laje bi-apoiada. Para dimensionamento do tirante 
o programa CypeCAD2012® necessita que se adote as características do mesmo, 
como comprimento, ângulo, cota de ancoragem e rigidez axial. Inserindo-se essas 
características o programa faz as verificações do sistema de contenção como 
verificação de estabilidade, relação entre empuxo passivo total e empuxo realmente 
mobilizado, verificação ao cortante e flexão composta e etc, deste modo foi 
adotando-se valores até que todas as verificações fossem cumpridas. O tirante 
utilizado teve como característica um comprimento de 5m, com ângulo de 30º com 
uma rigidez axial de 1000t/m e sua cota de ancoragem é de -5m em relação ao topo 
da estaca. 
Este tipo de contenção não necessita de viga de coroamento e intermediária, 
pois as placas de concreto exercem a função das vigas que tem como principal 
finalidade a distribuição dos esforços ao longo das estacas que compõe a cortina, 
podendo tambémservir de apoio de ancoragens. 
A tabela 7 ilustra os dados de dimensionamento da cortina de estaca cravada 
com preenchimento em painel pré-moldado de concreto. 
 
 
 
 
 
44 
 
Tabela 7 - Dados de dimensionamento cortina de estaca metálica com 
preenchimento em painel pré-moldado 
 
Carga Acidental 2t/m² 
Perfil metálico W250x38,5 
Distância entre os eixos 150cm 
Espessura placa de concreto 15cm 
Altura total do muro 16m 
Altura da escavação 9m 
Armadura vertical placa de concreto Ø6,3 c/13 
Armadura horizontal placa de concreto Ø8 c/11 
Cota do tirante -4m 
Comprimento tirante 5m 
Ângulo de inclinação do tirante 30º 
Rigidez axial tirante 1000 t/m 
(fonte: CypeCAD, 2012) 
 
Para o orçamento foi considerado os seguintes serviços: limpeza no terreno, 
escavação de solo com escavadeira hidráulica, perfil metálico laminado, cravação 
estaca metálica, tirante inclusive execução e aço da placa pré-moldada de concreto 
inclusive concreto 20MPa. A Tabela 8 apresenta o orçamento deste tipo de 
contenção, exibindo suas composições de serviços e valores unitarios e totais. 
 
Tabela 8 - Planilha orçamentaria estaca cravada metálica com preenchimento 
em painel pré-moldado em concreto 
 
45 
 
 
Conforme planilha orçamentaria o custo por metro linear para este tipo de 
contenção é de R$4.805,39/m, as composições abertas e descrição dos materiais 
utilizados estão representados no anexo 3. 
 
 
4.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
Para que se possa fazer uma analise comparativa entre as vantagens e 
desvantagens, a Tabela 9 ilustra os principais fatores para que se análise e compare 
qual tipo de contenção será mais adequado de acordo com as necessidades do 
empreendimento. Para analisar e comparar foi adotado que se marque um X para 
quando for uma vantagem do tipo da contenção e deixe em branco quando for uma 
desvantagem. 
 
Tabela 9 - Analise comparativa entre as vantagens e desvantagens dos sistemas 
Fatores Estaca Metálica 
com Painel pré-
moldado com 
atirantamento 
Estaca 
Escavada 
simples 
Estaca 
Escavada com 
atirantamento 
Tempo de execução X 
Economia X 
Acessibilidade ao local da obra X X X 
Impacto Ambiental X 
Acabamento final da contenção X 
Não necessita de mão de obra especializada X 
Garantia das dimensões e propriedades dos 
materiais 
X 
Não necessita autorização do vizinho para 
execução 
 X 
Não causa Vibração no terreno X X 
Disponibilidade de equipamento na Região X X X 
 
Aplicando o caso hipotético do trabalho e baseando na revisão bibliográfica foi 
preenchido o Quadro 9. Como pode ver a contenção com estaca escavada simples 
e estaca metálica cravada com preenchimento em painel pré-moldado tiveram 6 
vantagens e 4 desvantagens cada uma delas, nota-se que o tipo de contenção de 
estaca escavada com atirantamento obteve menos vantagens (apenas 3) e mais 
desvantagens. 
A Tabela 10 apresenta as características de cada contenção dimensionada, para 
que se possa ter uma analise melhor dos resultados obtidos nos dimensionamentos. 
 
46 
 
Tabela 10 – Características das contenções dimensionadas 
 
 Estaca metálica 
com preenchimento 
em painel pré-
moldado de 
concreto 
Estaca 
escavada 
simples 
Estaca 
escavada 
simples com 
atirantamento 
Carga acidental 2t/m² 2t/m² 2t/m² 
Perfil Metálico W250x38,5 
Diâmetro estacas 40cm 30cm 
Distância entre eixos 150cm 70cm 70cm 
Espessura placa de concreto 15cm 
Altura total do muro 16m 18m 18m 
Altura da escavação 9m 9m 9m 
Armadura vertical 6,3 c/13cm 10 Ø20 12 Ø12,5 
Armadura horizontal Ø8 c/11cm Ø6,3 c/8 Ø 6,3 c/8 
Cobrimento 7cm 7cm 7cm 
Cota do tirante (m) -4m -5m 
Comprimento do tirante 5m 5m 
Angulo de inclinação do 
tirante 
30º 30º 
Dimensão viga de 
coroamento 
 40x40cm 40x40cm 
Armadura horizontal viga de 
coroamento 
 8 Ø12,5 8 Ø12,5 
Armadura vertical viga de 
coroamento 
 Ø6,3c/15cm Ø6,3c/15cm 
Dimensão viga intermediária 10x30cm 
Armadura horizontal viga 
intermediária 
 4 Ø6,3 
Armadura vertical viga 
intermediária 
 Ø5 c/20cm 
 
47 
 
 
Por fim e para ter uma analise melhor dos resultados a partir dos orçamentos, 
segue Figura 16, que apresenta os valores em forma de gráfico para que se possa 
ter uma análise melhor dos custos de cada tipo de estrutura de contenção avaliadas 
no trabalho. 
 
 
Figura 16 – Custo por obra de contenção 
(fonte: autor, 2013) 
 
A partir da análise da Figura 16 percebe-se que a obra que apresentou o 
custo menor para este caso foi á contenção de estaca metálica cravada com 
preenchimento em painel pré-moldado de concreto, enquanto a obra mais cara está 
representada pela obra de contenção de estaca escavada simples custando 23% a 
mais que a solução mais econômica, e com valor intermediário ficou a obra de 
estaca escavada com atirantamento custando 19,9% a mais que a solução mais 
econômica. Nota-se nos orçamentos que esta diferença de valor entre a mais 
econômica em relação aos outros tipos, foi devido a não necessidade de alguns 
serviços, como fechamento em alvenaria, chapisco, emboço paulista, vigas de 
coroamento e intermediária. 
 
 
 
48 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Pode-se concluir que para a situação considerada, a contenção com estaca 
metálica cravada com preenchimento em painel pré-moldado é a opção mais 
econômica. Em contrapartida a cortina de estaca escavada simples apresentou-se 
como a solução mais cara, custando 23% a mais que a opção mais econômica. Com 
valor intermediário ficou a contenção de estaca escavada com atirantamento que 
custou 19,9% a mais que a solução mais econômica. 
Embora o custo relativo da obra seja determinante para a escolha da 
contenção a se utilizar, existem outros critérios que também são relevantes para a 
escolha como rapidez na execução, disponibilidade de mão de obra especializada, 
acessibilidade ao local da obra e etc. Com uma analise comparativa por meio de 
uma tabela entre as vantagens e desvantagens dos sistemas de contenção citados 
no trabalho, chegou-se a conclusão que a contenção com estaca escavada simples 
e estaca metálica cravada com preenchimento em painel pré-moldado tiveram 6 
vantagens e 4 desvantagens cada uma delas, notou-se que o tipo de contenção de 
estaca escavada com atirantamento obteve menos vantagens (apenas 3) e mais 
desvantagens. 
É importante lembrar que os custos são referentes a cada metro linear de 
construção, deste modo as diferenças de valores tendem a ser maiores quando 
multiplicados pela extensão de uma determinada obra. Portanto quanto maior a 
obra, maior será a economia no caso da escolha correta ou maior o prejuízo no caso 
de uma escolha incorreta. 
Deste modo antes de qualquer projeto é de suma importância a elaboração 
de estudos de viabilidade e de custos a fim de se desenvolver critérios para a 
escolha adequada para a situação. 
Concluiu-se que para o caso hipotético de três subsolos que foi considerado, 
a escolha adequada seria a obra de contenção de estaca metálica cravada com 
preenchimento em painel pré-moldado de concreto, pois conforme orçamentos foi o 
tipo de obra dos três tipos orçados que ficou economicamente mais viável, nota-se 
que esta diferença de valor foi devido a não precisar de alguns serviços como, 
fechamento em alvenaria, chapisco e emboço paulista, pois com as pré-moldadas 
49 
 
de concreto se obtêm acabamento final, além disto ela não necessita de vigas de 
coroamento e intermediária pois as placas de concreto exercem a função das vigas, 
que tem como principal finalidadea distribuição dos esforços ao longo das estacas 
que compõe a cortina, podendo também servir de apoio de ancoragens . Além do 
custo, por meio de análise comparativa entre as vantagens e desvantagens dos 
principais fatores de viabilidade de execução da obra, esse sistema de contenção 
destacou-se ao lado da estaca escavada simples, pois obtiveram mais vantagens 
em relação aos outros tipos de contenções citados no trabalho. Desta forma tendo 
melhor preço e sendo considerada após estudo e análise o tipo de contenção mais 
viável para a obra, conclui-se que é a escolha correta e adequada para o caso 
hipotético do sistema de contenção do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 
 
- Análise de deslocamento de cortina de estaca 
- Análise comparativa entre outros tipos de contenção não citados no trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS .NBR 5629: Execução de 
tirantes ancorados no terreno – Rio de Janeiro, 1996 
 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6118: Projeto de 
estruturas de concreto – Rio de Janeiro , 2003 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6122: Projeto e 
execução de Fundações – Rio de Janeiro,2010 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR11682: Estabilidade em 
encosta – Rio de Janeiro,2006 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE ENGENHARIA E FUNDAÇÕES E 
GEOTECNIA – ABEF. Manual de especificações de produtos e procedimentos. 
3 ed. São Paulo,Pini 2004. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE ENGENHARIA E FUNDAÇÕES E 
GEOTECNIA – ABEF. Manual de especificações de produtos e procedimentos. 
3 ed. São Paulo, Pini 2012. 
 
CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e suas aplicações, Rio de Janeiro 1987 
 
LORENZI, V. Avaliação do desempenho de estacas escavadas com o método de 
alargamento de fuste, Rio de Janeiro, 2012 Dissertação (Mestrado em engenharia 
Civil) Instituto Alberto Coimbra de Pós Graduação e pesquisa de Engenharia. 
 
MATOS, S. A. M. Aplicação do método, Juiz de Fora, Jan 2010 Dissertação 
(Mestrado em engenharia Civil) Faculdade de Engenharia do Porto. 
 
MARTINS, G. J. Contenção lateral dos solos, Lisboa, 2005. Dissertação (Mestrado 
em engenharia Civil) Faculdade de Engenharia do Porto. 
 
MEIRELES, B. A. Execução de cortinasestacas, Porto, 2006 
 
PINTO, C ; FALCONI, F ; SAES, J; RANZINI, T.M.S. Fundações teoria e pratica 
2ed. São Paulo, 1998. 
 
SANTA, B. B. V., Controlo de qualidade de ancoragens passivas e ativas, 
Lisboa, Set 2010. Dissertação (Mestrado em engenharia civil) UniversidadeTécnica 
DE Lisboa. 
 
VARGAS, M. Introdução a Mecanica dos solos, São Paulo,1977 
 
VELOSSO,D. ; LOPES;F. Fundações: criterios de projeto, investigação do 
subsolo, fundações superficiais, fundações profundas, São Paulo, 2010 
 
52 
 
YASSUDA, C; DIAS, P.H.V. Fundações: teoria e prática. Tirantes. São Paulo, 
ABMS,1998 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
ANEXO 1 
Código Descrição Tipo Unidade Preço Unitário Coeficiente Preço Total
73948/016 (SINAPI) LIMPEZA MANUAL DO TERRENO (C/ RASPAGEM SUPERFICIAL) M2 2,42R$ 
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H 9,7 0,25 2,42R$ 
73962/024 (SINAPI)
ESCAVACAO DE VALA ESCORADA EM MATERIAL IA CATEGORIA, 
PROFUNDIDADE DE 4,5 A 9M COM ESCAVADEIRA HIDRAULICA 
105 HP (CAPACIDADE DE 0,78M3), SEM ESGOTAMENTO M3 12,03R$ 
73566 (SINAPI)
ESCAV.MEC (ESCAV HIDR)VALA ESCOR PROF=4,5 A 6M MAT 1A 
CAT EXCL ES GOTAMENTO E ESCORAMENTO. M3 R$ 12,03 1 R$ 12,03
72819 (SINAPI)
ESTACA A TRADO (BROCA) DIAMETRO 40CM EM CONCRETO 
MOLDADA I N-LOCO, 20 MPA M 75,05R$ 
73972/002 (SINAPI) CONCRETO FCK=20MPA, VIRADO EM BETONEIRA M3 R$ 294,99 0,1256 R$ 37,05
00004750 (SINAPI) PEDREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,36 R$ 4,92
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H R$ 9,70 3,28541 R$ 31,87
00006114 (SINAPI) AJUDANTE DE ARMADOR Mão de Obra H R$ 10,50 0,1152 R$ 1,21
74254/002 (SINAPI)
ARMACAO {FORNECIMENTO, CORTE, DOBRA E COLOCAÇÃO) 
ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4 ) À 12,5MM{1/2 ) KG 6,54R$ 
00000034 (SINAPI) ACO CA-50 3/8" (9,52 MM) Material KG R$ 3,56 1,1 R$ 3,92
00000337 (SINAPI) ARAME RECOZIDO 18 BWG - 1,25MM - 9,60 G/M Material KG R$ 6,95 0,03 R$ 0,21
00000378 (SINAPI) ARMADOR OU FERREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,1 R$ 1,37
00006114 (SINAPI) AJUDANTE DE ARMADOR Mão de Obra H R$ 10,50 0,1 R$ 1,05
74254/001 (SINAPI)
ARMACAO {FORNECIMENTO, CORTE, DOBRA E COLOCAÇÃO) 
ACO CA-50, DIAM. 16 (5/8 ) À 25MM(1 )} KG 5,65R$ 
00000030 (SINAPI) ACO CA-50 3/4" (19,05 MM) Material KG R$ 3,41 1,1 R$ 3,75
00000337 (SINAPI) ARAME RECOZIDO 18 BWG - 1,25MM - 9,60 G/M Material KG R$ 6,95 0,03 R$ 0,21
00000378 (SINAPI) ARMADOR OU FERREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,07 R$ 0,96
00006114 (SINAPI) AJUDANTE DE ARMADOR Mão de Obra H R$ 10,50 0,07 R$ 0,74
74138/002 (SINAPI)
CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK=20MPA, INCLUSIVE 
LANCAMENTO E ADENSAMENTO
6013 (SINAPI)
ARGAMASSA TRACO 1:3 (CIMENTO E AREIA GROSSA NAO 
PENEIRADA), PREP ARO MECANICO M3 R$ 344,72 0,0125 R$ 4,31
73298 (SINAPI)
VIBRADOR DE IMERSAO MOTOR ELETR 2CV (CP) TUBO DE 48X48 
C/MANGOTE DE 5M COMP -EXCL OPERADOR H R$ 1,20 0,23 R$ 0,28
73299 (SINAPI)
VIBRADOR DE IMERSAO MOTOR ELETR 2CV (CI) TUBO 
48X480MM C/MANGOTE DE 5M COMP - EXCL OPERADOR H R$ 0,87 0,39 R$ 0,34
00000378 (SINAPI) ARMADOR OU FERREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,6 R$ 8,21
00001213 (SINAPI) CARPINTEIRO DE FORMA Mão de Obra H R$ 13,68 0,6 R$ 8,21
00001524 (SINAPI) CONCRETO USINADO BOMBEADO FCK = 20,0 MPA Material M³ R$ 250,00 1,05 R$ 262,50
00004750 (SINAPI) PEDREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,6 R$ 8,21
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H R$ 9,70 1,6 R$ 15,52
73935/001 (SINAPI)
ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO FURADO 9x14x24CM, 1/2 
VEZ, ASSENTAD O EM ARGAMASSA TRACO 1:4 (CIMENTO E 
AREIA),E=1CM
73449 (SINAPI) ARGAMASSA CIMENTO/AREIA 1:4 - PREPARO MANUAL - P M3 R$ 327,52 0,01 R$ 3,28
00004750 (SINAPI) PEDREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 1 R$ 13,68
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H R$ 9,70 1 R$ 9,70
00007271 (SINAPI) TIJOLO CERAMICO FURADO 6 FUROS 9x14x24CM Material UN R$ 0,47 24 R$ 11,28
5974 (SINAPI)
CHAPISCO TRACO 1:4 (CIMENTO E AREIA GROSSA), ESPESSURA 
0,5CM, PREPARO MECANICO DA ARGAMASSA
73455 (SINAPI) ARGAMASSA CIMENTO/AREIA 1:4 - PREPARO MECANICO M3 R$ 282,32 0,005 R$ 1,41
00004750 (SINAPI) PEDREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,1 R$ 1,37
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H R$ 9,70 0,1 R$ 0,97
73927/010 (SINAPI)
EMBOCO PAULISTA TRACO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA 
MEDIA), ESPESSURA 3,0CM, PREPARO MANUAL DA 
ARGAMASSA
73546 (SINAPI)
ARGAMASSA TRACO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA SEM 
PENEIRAR), PREPAR O MANUAL M3 R$ 296,14 0,03 R$ 8,88
00004750 (SINAPI) PEDREIRO Mão de Obra H R$ 13,68 0,8 R$ 10,94
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H R$ 9,70 0,8 R$ 7,76
CORTINA DE ESTACA ESCAVADA SIMPLES
 
 
 
 
55 
 
ANEXO 2 
Código Descrição Tipo Unidade Preço Unitário Coeficiente Preço Total
73948/016 (SINAPI)
LIMPEZA MANUAL DO TERRENO (C/ RASPAGEM 
SUPERFICIAL) M2 2,42R$ 
00006111 (SINAPI) SERVENTE OU OPERARIO NAO QUALIFICADO Mão de Obra H 9,7 0,25 2,42R$

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