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Sandra Ribeiro Enfermeira Especialista em Enfermagem do Trabalho Gestão em Enfermagem PRINCIPAIS SISTEMAS O corpo humano é formado por diversos sistemas. Funções - garantir o funcionamento adequado do organismo. Esses sistemas, que podem ser definidos como conjuntos de órgãos, apesar de estarem ligados, realizam atividades específicas. Podemos dizer que o corpo humano apresenta doze sistemas principais. São eles: TABELA 1 - SISTEMAS ORGÂNICOS, SEUS PRINCIPAIS ÓRGÃOS E FUNÇÕES SISTEMAS PRINCIPAIS ÓRGÃOS PRINCIPAIS FUNÇÕES TEGUMENTAR (pele e tela subcutânea) Pele, cabelo, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas Protege tecidos subjacentes, regula a temperatura corporal, atua como reserva nutricional, contém terminações sensitivas ESQUELÉTICO Ossos, ligamentos, cartilagens Sustenta e protege as partes moles, serve de fixação aos músculos, produz células do sangue, estoca sais inorgânicos ARTICULAR cartilaginosas e sinoviais Unem peças esqueléticas, fixando-as ou permitindo que ocorra sua movimentação MUSCULAR MÚSCULOS E FÁSCIAS (tecidos conectivos) Produzem movimentos, mantêm a postura, produzem os batimentos cardíacos TABELA 1 - SISTEMAS ORGÂNICOS, SEUS PRINCIPAIS ÓRGÃOS E FUNÇÕES SISTEMAS PRINCIPAIS ÓRGÃOS PRINCIPAIS FUNÇÕES CIRCULATÓRIO - - Sanguíneo Coração, veias, artérias e capilares Move o sangue através dos vasos sangüíneos e distribui substâncias por todo o corpo Linfático Vasos linfáticos, Linfonodos, timo = glândula imuno, baço Traz de volta ao sangue os líquidos tissulares, absorve e transporta estruturas de maior volume, defende o organismo contra infecções NERVOSO Cérebro, medula espinhal, nervos, gânglios, terminações sensitivas Detecta alterações, recebe e interpreta informações, estimula músculos e glândulas SENSORIAL órgãos da visão, audição, equilíbrio, olfação e gustação Fornecem informações complexas, provenientes dos meios externo e interno ao sistema nervoso TABELA 1 - SISTEMAS ORGÂNICOS, SEUS PRINCIPAIS ÓRGÃOS E FUNÇÕES SISTEMAS PRINCIPAIS ÓRGÃOS PRINCIPAIS FUNÇÕES ENDÓCRINO Glândulas que secretam hormônios – São hipófise, tireóide, paratireóide, pâncreas, adrenal, Gônadas (sexuais), pineal Controla as atividades metabólicas do organismo DIGESTIVO Boca, língua, dentes, glândulas salivares, faringe, esôfago, estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, intestinos delgado e grosso Recebe, quebra e absorve os alimentos, elimina o material não absorvido RESPIRATÓRIO Cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios, pulmões Inspira e expira o ar, promove a troca de gases entre o sangue e o ar URINÁRIO Rins, ureteres, bexiga urinária, uretra Remove os resíduos do sangue, mantêm o equilíbrio de água e eletrólitos, armazena e transporta urina TABELA 1 - SISTEMAS ORGÂNICOS, SEUS PRINCIPAIS ÓRGÃOS E FUNÇÕES SISTEMAS PRINCIPAIS ÓRGÃOS PRINCIPAIS FUNÇÕES REPRODUTOR MASCULINO testículo, epidídimo, ducto deferente, vesícula seminal, próstata, glândulas, uretra, bulbo-uretrais, pênis Produz e sustenta os espermatozóides; transfere- os para o sistema reprodutor feminino REPRODUTOR FEMININO ovários, tubas uterinas (Trompas de falópio), útero, vagina, clitóris, vulva Produz e sustenta os óvulos, recebe e transporta os espermatozóides, sustenta o desenvolvimento do embrião, atua no processo de nascimento SISTEMA MUSCULAR Quando os músculos se originam por mais de um tendão apresentam mais de uma cabeça de origem. São os músculos bíceps, tríceps ou quadríceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeças de origem. Exemplos: - bíceps braquial, - tríceps da perna, - quadríceps da coxa. Do mesmo modo, os músculos podem inserir-se por mais de um tendão. Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados entre eles: digástricos - músculos que apresentam dois ventre poligástricos - apresentam maior número de ventres. Músculo agonista Quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento. Na flexão dos dedos, os músculos flexores dos dedos são os agonistas. O músculo braquial quando se contrai é o agente ativo na flexão do antebraço, sendo um agonista. Músculo antagonista Quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista. EX: O músculo tríceps braquial, que opõe-se a este movimento, retardando-o, para que ele não ocorra bruscamente, atua como um antagonista. Músculo sinergista Quando atua no sentido de eliminar algum movimento indesejado que poderia ser produzido pelo agonista. Os músculos que fixam um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos movimentos executados por outros músculos são chamados de fixadores ou posturais, Ex: contração dos músculos abdominais para permitir a flexão do braço contra resistência. Os conceitos são dinâmicos, ou seja, um músculo que em determinado momento é agonista em outro pode ser antagonista ou fixador ou sinergista. O trabalho realizado por um músculo depende da potência do músculo e da amplitude de contração do mesmo. A amplitude de contração depende do comprimento das fibras musculares. No caso da musculatura cardíaca e dos músculos lisos, geralmente situadas nas paredes de vísceras ocas ou tubulares, também se produz um trabalho: A contração da musculatura destes órgãos reduz seu volume ou seu diâmetro e desta forma vai expelir ou impulsionar seu conteúdo. A célula muscular obedece a chamada lei do tudo ou nada, ou seja, ou está completamente contraída ou está totalmente relaxada. Assim, a quantidade de fibras musculares que vai estar envolvida com o trabalho de um músculo, ao mesmo tempo, vai depender de quantas unidades motoras ele possua. Unidade motora - Conjunto de fibras de um músculo supridas pelo mesmo neurônio = célula do sistema nervoso constituída de corpo celular (núcleo e citoplasma)... Desta forma um músculo com poucas unidades motoras é um músculo de movimentos mais grosseiros, enquanto aquele que possui muitas unidades motoras é capaz de movimentos de alta precisão e delicadeza. SISTEMA CIRCULATÓRIO O sistema circulatório é dividido em: sistema circulatório sangüíneo - com as funções de levar oxigênio e nutrientes aos tecidos e deles trazer seus produtos, que serão redistribuídos a outros órgãos e tecidos e seus resíduos, que serão eliminados (detalha o sistema urinário). sistema circulatório linfático - transporta para a circulação sangüínea o excesso de líquido intersticial, bem como substâncias de grande tamanho. Além disto ajuda na defesa do organismo contra o ataque de microrganismos. Formado por vasos linfáticos, linfonodos, tonsilas e tecidos hemopoiéticos e cujo fluido é a linfa. Sistema circulatório sangüíneo Formado por um circuito fechado de tubos (artérias, capilares e veias) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Distribuem-se por praticamente todo o corpo. Inicia por grandes troncos que vão se ramificando. Estes ramos podem ser colaterais ou terminais. Quandouma artéria dá ramos e deixa de existir por causa desta divisão, diz-se que estes ramos são terminais. Quando a artéria emite ramos e continua a existir, estes ramos são chamados de colaterais. ARTÉRIAS ARTÉRIAS As veias são os vasos que transportam o sangue ao coração. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre aumenta à medida que se aproximam do coração. Seu calibre diminui à medida que emitem ramos e se afastam do coração. De acordo com sua localização em relação às camadas do corpo, as veias são classificadas em superficiais e profundas. VEIAS Solitárias - não acompanham artérias. Satélites - mais comuns, quando acompanham as artérias. Neste caso são, geralmente, em número de duas para cada artéria. As veias superficiais possuem trajeto independente do das artérias e se comunicam com as profundas por inúmeras anastomoses (comunicação entre dois vasos). VEIAS As artérias se ramificam e vão se tornando menos calibrosas e com as paredes mais finas, até chegarem aos capilares, que são de dimensões microscópicas e cujas paredes são uma simples camada de células (endotélio). Sua distribuição é quase universal no corpo, sendo rara sua ausência, como ocorre na epiderme, na cartilagem hialina, na região ocular. cartilagem hialina - encontrada em adultos - fossas nasais, traqueia e brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo a superfície dos ossos longos. A epiderme é irrigada por difusão da derme. É ao nível dos capilares, graças a aberturas existentes entre células endoteliais vizinhas (poros capilares), que ocorrem as trocas entre o sangue e os tecidos. CAPILARES O coração, localizado no mediastino torácico (porção mediana do tórax, compreendida entre as cavidades pulmonares) é um órgão muscular oco que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tecido muscular que forma o coração é de tipo especial - tecido muscular estriado cardíaco, o miocárdio. Miocárdio - músculo cardíaco, é a própria parede do coração. Este é revestido internamente por endotélio, o qual é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada interna é o endocárdio (tipo de membrana epitelial que reveste, internamente, as câmaras do coração). Endotélio - tipo de membrana epitelial que reveste, internamente, as câmaras do coração (aurículas e ventrículos), os vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e os vasos linfáticos. Pericárdio Visceral – Membrana serosa externa ao miocárdio. Pericárdio Parietal - membrana serosa que envolve externamente o coração DIVISÃO Divisão das quatro câmaras duas à direita, o átrio e o ventrículo direitos e duas à esquerda, o átrio e o ventrículo esquerdos. O átrio direito se comunica com o ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito, no qual existe um dispositivo direciona o fluxo, chamado válvula tricúspide. O mesmo ocorre à esquerda, através do óstio atrioventricular esquerdo, cujo dispositivo direcionador de fluxo é a valva mitral. As cavidades direitas são separadas das esquerdas pelos septos interatrial e interventricular. DIVISÃO DIVISÃO E FLUXO Grande circulação ou circulação sistêmica: É o trajeto ventrículo esquerdo - aorta – artérias de calibres progressivamente menores - capilares - veias de calibres progressivamente maiores - veias cavas superior e inferior - átrio direito Pequena circulação ou circulação pulmonar: O trajeto ventrículo direito - tronco pulmonar - artérias pulmonares direita e esquerda, com redução progressiva de calibre - apilares pulmonares - veias pulmonares com aumento progressivo de calibre - átrio esquerdo FLUXO Trajeto da circulação sistêmica: coração → corpo humano → coração. Trajeto da circulação pulmonar: coração → pulmões → coração. O sistema linfático é formado por vasos linfáticos e linfonodos (gânglios linfáticos) situados ao longo do trajeto dos vasos. Estes atuam basicamente como um sistema auxiliar de drenagem, pois nem todas as moléculas do líquido tecidual passam para os capilares sangüíneos, em especial as de grande tamanho, que são recolhidas em capilares especiais. Por serem capazes de absorver estruturas de maior calibre, os capilares linfáticos podem captar também restos de células normais ou inflamatórias e bactérias. FORMAÇÃO Para evitar que substâncias estranhas ao organismo penetrem na circulação sangüínea e se disseminem por todo o corpo existem ao longo dos vasos linfáticos estruturas denominadas linfonodos, que atuam como uma barreira ou filtro contra estes agentes agressores. Linfonodos Elementos de defesa do organismo e para tanto produzem glóbulos brancos (leucócitos), principalmente linfócitos. Os linfonodos variam muito em forma, tamanho e coloração, ocorrendo geralmente em grupos, embora possam apresentar-se isolados. Funcionam como filtros da linfa (líquido presente entre as células). Como resposta a uma inflamação, o linfonodo pode intumescer-se e tornar- se doloroso, fenômeno conhecido tecnicamente como linfadenite ou popularmente como íngua. As tonsilas são órgãos linfóides situados, por exemplo, na orofaringe, compostos por linfonodos parcialmente encapsulados. FORMAÇÃO os neurônios pré ganglionares localizam- se na medula torácica e lombar os neurônios pré ganglionares localizam-se no tronco encefálico e medula sacral (S2 a S4), denominado, crânio sacral Composto por neurônios sensoriais e motores que estão submetidos ao controle consciente para gerar ações motoras Medula O mecanismo da luta ou fuga O nome dado a esta reação é estranho, mas é simples de perceber. O mecanismo da luta ou fuga é uma reação fisiológica que ocorre na presença de algo que é aterrorizante ou ameaçador. Ou seja, essa resposta prepara o corpo para lutar ou fugir de uma ameaça. É também importante notar que a resposta pode ser desencadeada devido a ameaças reais ou imaginárias. Linha do tempo Em 1920 o fisiologista americano Walter Cannon percebeu que uma cadeia de reações que ocorrem rapidamente no interior do corpo mobilizam os recursos do organismo para lidar com as circunstâncias ameaçadoras. O mecanismo da luta ou fuga Como acontece O sistema nervoso simpático é ativado devido à súbita libertação de hormônios, que estimula as glândulas supra -renais provocando a libera- ção de catecolaminas que são adrenalina, noradrenalina e dopamina (preparam o corpo para grandes esforços). Resultado - frequência cardíaca acelerada, pressão arterial aumentada e frequência respiratória acelerada. Após a ameaça desaparecer, leva entre 20 a 60 minutos para o corpo a voltar aos seus níveis normais. líquido cefalorraquidiano fornece nutrientes para o cérebro, protegendo as células cerebrais e removendo os produtos da atividade do sistema nervoso As funções orgânicas, bem como a integração ao meio ambiente estão na dependência de um sistema especial denominado sistema nervoso. Isto significa que este sistema não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo como também, ao receber os devidos estímulos, é capaz de interpretá-los e desencadear respostasadequadas a eles. Desta forma, muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade (caminhar, por exemplo, é um ato voluntário) e muitas outras ocorrem sem que se tenha consciência delas (a secreção de saliva, por exemplo, ocorre independentemente da vontade). SISTEMA NERVOSO CENTRAL Formação Encéfalo Medula SISTEMA NERVOSO CENTRAL 1. 2. Medula Espinhal TE Dura máter No cérebro e no cerebelo a estrutura geral é a mesma: Uma massa de substância branca, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta e tendo no centro massas de substância cinzenta constituindo os núcleos (acúmulos de corpos neuronais dentro do SNC). Na medula, a substância cinzenta forma um eixo central contínuo envolvido por substância branca, enquanto no tronco encefálico a substância cinzenta central não é contínua, apresentando-se fragmentada, formando núcleos. A medula espinhal é formada por 31-33 segmentos, cada um dos quais dá origem a um par de nervos espinhais. Ela atua como um caminho pelo qual passam impulsos que vão ou vem do encéfalo para várias partes do corpo. A observação atenta de um corte de qualquer área do SNC permite reconhecer áreas claras e escuras que representam o que se chama de substância branca e substância cinzenta. A primeira camada está constituída, predominantemente, por fibras nervosas mielínicas e a segunda por corpos de neurônios. Composto por terminações nervosas, gânglios e nervos. O sistema nervoso periférico Composto por terminações nervosas, gânglios e nervos. Estes são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm por função levar impulsos ao SNC ou trazê-los de volta. As fibras que levam impulsos ao SNC são chamadas de aferentes ou sensitivas, Fibras que que trazem impulsos do SNC são as eferentes ou motoras. Os nervos são divididos em dois grupos: nervos cranianos e nervos espinhais. O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. Os nervos se conectam à medula O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. Como o nervo espinhal é formado pela fusão destas raízes, ele é sempre misto, ou seja tem fibras aferentes e eferentes. Nervos aferentes - conduzem sinais sensoriais da pele ou dos órgãos dos sentidos para o sistema nervoso central. Nervos eferentes conduzem sinais estimulatórios do sistema nervoso central para os órgãos efetores, como músculos e glândulas. Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois primeiros têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos cranianos são mais complexos que os espinhais, havendo acentuada variação quanto aos seus componentes funcionais. Alguns possuem um gânglio, outros tem mais de um e outros, ainda, não tem nenhum. Também não são obrigatoriamente mistos como os nervos espinhais. Sistema Nervoso Periférico O Sistema Nervoso Periférico constitui-se como um sistema de comunicações ligando o sistema nervoso central com os órgãos receptores e os órgãos efetores: Divide-se em dois subsistemas: Somático e Autônomo O sistema somático é responsável pelos movimentos musculares voluntários e pelas comunicações com o sistema nervoso central através dos nervos sensoriais e os nervos motores O sistema autónomo constitui um mecanismo involuntário de auto- regulação do funcionamento interno do organismo. A seu cargo ficam o controle dos músculos lisos (envolvidos na digestão ou no ritmo cardíaco, p. ex.), vísceras e glândulas sendo composto por duas divisões complementares e antagônicas afetando a maioria dos órgãos: SNA Simpático (luta/fuga) Participa nas resposta do corpo ao stress, excitando e ativando os órgãos necessários a respostas em momentos de tensão Parassimpático (repouso/digestão) Atua na conservação das energias do corpo e nas respostas necessárias a períodos de repouso e relaxamento, mantendo o equilíbrio homeostático As terminações nervosas existem na extremidade das fibras: 1. motoras - Ex: Placas Motoras (localizadas nas fibras musculares 2. sensitivas - As terminações nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Exemplos: - os cones e bastonetes da retina são estimulados somente pelos raios luminosos; - os receptores do ouvido apenas por ondas sonoras; - os sentidos gustativos por substâncias químicas capazes de determinar as sensações de doce, azedo, amargo, etc. Na pele e nas mucosas existem receptores especializados para os agentes causadores de calor, frio, pressão e tato, enquanto as sensações dolorosas são captadas por terminações nervosas livres, isto é, não há uma estrutura especializada para este tipo de estímulo. Enquanto acúmulos de neurônios dentro do SNC são chamados de núcleos, fora do SNC são chamados de gânglios e se apresentam, em geral, como uma dilatação. Do ponto de vista funcional pode-se dividir o sistema nervoso periférico em: SN somático e SN autônomo ou visceral. Este é o conjunto de estruturas nervosas, centrais e periféricas, que se ocupam do controle do meio interno. SN somático - também formado por estruturas centrais e periféricas, têm por função a interação do organismo com o meio externo. Assim, de uma forma geral, pode-se afirmar que o SN somático cuida das atividades voluntárias enquanto o SN visceral o faz das involuntárias. Tanto o SN somático quanto o SN visceral (autônomo) possuem uma parte aferente e outra eferente. Eferente – Termina em músculo estriado esquelético Aferente (sensitiva) e Eferente (motora) Denomina-se sistema nervoso autônomo (SNA) a parte eferente do SN visceral. O SNA por sua vez é dividido em duas partes: sistema simpático sistema parassimpático O simpático estimula as atividades que ocorrem em situações de emergência ou tensão, enquanto o parassimpático é mais ativo nas condições comuns da vida, estimulando atividades que restauram e conservam a energia corporal. O simpático tem origens nas regiões torácica e lombar da medula espinhal, enquanto o parassimpático as tem porções no tronco encefálico e nos segmentos sacrais da medula espinhal. SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO Respiração é o processo pelo qual gases são trocados entre o meio ambiente e as células do corpo. O sistema respiratório contem os tubos que transportam o ar do meio externo aos pulmões e aos alvéolos (sacos aéreos) dos pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas. PULMÃO O nariz - formado por ossos e cartilagens, apresenta duas aberturas, as narinas, que permitem a entrada do ar. A cavidade nasal - o espaço situado posteriormente ao nariz e é dividida medianamente pelo septo nasal. As paredes laterais da cavidade nasal apresentamsaliências, as conchas nasais, que aumentam a superfície de contato entre o ar e a mucosa da cavidade nasal. Esta mucosa filtra, aquece e umidifica o ar inspirado. Os seios paranasais - cavidades existentes em alguns ossos do crânio e que se abrem na cavidade nasal. Seu revestimento é contínuo e idêntico ao da cavidade nasal. Além de reduzirem o peso do crânio, apresentam as mesmas funções da cavidade nasal. A faringe apresenta três partes - naso, oro e laringofaringe. Destas três, a nasofaringe é, exclusivamente, via aérea. A laringofaringe é somente via digestiva e a orofaringe é um caminho comum ao ar e aos alimentos. Da orofaringe o ar inspirado vai para a laringe. Laringe - atua como passagem de ar e ajuda a evitar, através do reflexo da tosse, que corpos estranhos penetrem na traquéia. Contém as pregas vocais (errônea e popularmente chamadas de cordas vocais), saliências músculo-ligamentares em sua luz, que produzem os sons básicos da fala, por vibrarem com a passagem do ar durante a expiração. Orofaringe - parte da garganta logo atrás da boca A movimentação das pregas vocais as leva a maior ou menor tensão (o que regula se os sons serão mais ou menos agudos) e a uma maior ou menor aproximação mediana (o que produz sons mais ou menos intensos). Traquéia - além de servir de passagem de ar também ajuda a aquecê-lo e a umidificá-lo. Termina dividindo-se em brônquios principais direito e esquerdo. Brônquios - se ramificam progressivamente, formando a árvore bronquial, que leva o ar da traquéia aos alvéolos pulmonares. Os pulmões são formados pelo conjunto dos alvéolos, da maior parte da árvore bronquial e de tecidos de sustentação. Alvéolos - são estruturas de pequenas dimensões às quais estão localizadas no final dos bronquíolos, onde se realiza a troca gasosa inspiração - entrada do ar expiração - saída do ar São acompanhadas de alterações dos diâmetros da caixa torácica. Para que a inspiração ocorra é necessário que o tórax se expanda, reduzindo assim a pressão dentro dele, o que vai permitir a expansão dos tecidos pulmonares e a sucção do ar do meio ambiente. Esta expansão do tórax ocorre no diâmetro crânio-podálico as custas da contração e conseqüente abaixamento (em direção ao abdomen) do músculo diafragmático, constituindo o principal movimento inspiratório. INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO SISTEMA DIGESTÓRIO Digestão processo de transformar os alimentos em formas possíveis de serem absorvidas pelo organismo. O sistema digestivo, que realiza esta tarefa, é composto pelo canal alimentar ou tubo digestivo e por várias glândulas anexas. SISTEMA DIGESTÓRIO SISTEMA DIGESTÓRIO ESFÍNCTERES PARASSIMPÁTICOS intestino delgado - composto de três partes (duodeno, jejuno e ílio) mede, no vivo, cerca de 3 a 4 metros de comprimento. Após a morte, pela perda do tônus muscular, pode atingir até 7 metros. Ele recebe o bolo alimentar do estômago, mistura-o com secreções provenientes do pâncreas, da vesícula biliar e dele mesmo e completa o processo de digestão, absorvendo seus produtos e encaminhando seus resíduos ao intestino grosso. intestino grosso - formado pelo ceco, pelos colos ascendente, transverso, descendente e sigmóide, pelo reto e pelo canal anal, recebe os resíduos da digestão vindos do intestino delgado, reabsorve a água e os eletrólitos neles contidos e forma e estoca as fezes. Fezes - consistem de material não digerido, água, eletrólitos, secreções mucosas e bactérias. CANAL ALIMENTAR Glândulas salivares secretam a saliva, a qual umedece os alimentos, facilita a mastigação, possibilita a gustação, inicia a digestão e ajuda a limpar a língua. Existem três pares de glândulas salivares maiores parótida, submandibular e sublingual, Há um número variável de glândulas salivares menores disseminadas pela cavidade oral. GLÂNDULAS ANEXAS GLÂNDULAS ANEXAS Pâncreas - estreitamente relacionado com o duodeno, produz o suco pancreático e tem ações como glândula endócrina, produzindo dois hormônios: a insulina e o glucagon, que atuam no metabolismo dos açucares. Fígado - maior glândula do corpo humano. Além de produzir diversas substâncias fundamentais para a vida, ele atua na digestão através da produção da bile, a qual é armazenada, concentrada e excretada pela vesícula biliar. GLÂNDULAS ANEXAS Insulina - Hormônio responsável pela redução da glicemia, ao promover a entrada de glicose nas células. Glucagon - Hormônio produzido pelo corpo (pelas células alfa do pâncreas) que tem um efeito oposto ao da insulina (produzido pelas células beta do pâncreas), ou seja, aumenta o açúcar no sangue. Ele age no fígado, quebrando o glicogênio (estoque de glicose do fígado) em moléculas de glicose, e essa glicose é levada para o sangue para normalizar a taxa de açúcar no sangue; Ativar a conversão de aminoácidos em glicose (gliconeogênese); Quebrar a gordura armazenada (triglicéridos) em ácidos graxos para uso como combustível pelas células. Baço - componente importante do sistema linfático. Produz linfócitos. SISTEMA URINÁRIO SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário é constituído pelos rins, que removem substâncias do sangue, formam a urina e auxiliam a regulação de diversos processos corporais; pelos ureteres, estruturas tubulares que transportam a urina dos rins até a bexiga. Bexiga - Atua como reservatório de urina. Quando cheia, esvazia- se para o exterior através de um tubo, a uretra. Os rins são órgãos pares, situados um de cada lado da coluna vertebral, na parte mais superior da parede posterior do abdome. Eles atuam removendo resíduos metabólicos do sangue, bem como regulando o volume e a composição dos líquidos corporais. A unidade funcional do rim é o nefron (em cada rim existem cerca de um milhão), de dimensões microscópicas e composto pelo corpúsculo renal (formado pelo glomérulo e pela cápsula do glomérulo) e pelos túbulos renais. glomérulo renal - é formado por um aglomerado de capilares, através dos quais ocorre a filtração do sangue. Este filtrado é recolhido pelos túbulos renais e, a nível destes, ocorre a reabsorção de algumas substâncias, bem como a eliminação de outras. O que fica é a urina. A última parte dos túbulos é o chamado ducto coletor. Estes progressivamente vão confluindo entre si até desaguarem na pelve renal, que se continua no ureter. Os capilares que formam os glomérulos renais tem uma característica própria: eles se interpõem entre duas artérias e não, como é comum, entre uma artéria e uma veia. Isto é necessário para que o sangue após ser filtrado consiga nutrir os tecidos renais. Em resumo, no rim as coisas acontecem assim: artéria capilares - glomerulares - artéria capilares comuns - veia. TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO DOS OSSOS DO CORPO TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNÇÕES NERVO TIPO FUNÇÃO I - OLFATÓRIO Sensitivo Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao sentido do olfato II - ÓPTICO sensitivo Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados à visão III - OCULOMOTOR principalmente motor Fibras motoras transmitem impulsos que elevam as pálpebras, movem os olhos,ajustam a quantidade de luz que penetra no olho e foca o cristalino. Algumas fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados as condições dos músculos IV - TROCLEAR principalmente motor Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos que movem os olhos. Algumas fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados as condições dos músculos TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNÇÕES NERVO TIPO FUNÇÃO V - TRIGÊMEO Misto - Oftálmico Sensitivo Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes dos olhos, glândulas lacrimais, couro cabeludo, fronte e pálpebras superiores Maxilar Sensitivo Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes dos dentes superiores, da gengiva superior, do lábio superior, do palato e da pele da face Mandíbula Misto Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes do couro cabeludo, dos dentes inferiores, da gengiva inferior, do lábio inferior e da pele da mandíbula. Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos da mastigação TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNÇÕES NERVO TIPO FUNÇÃO VI - ABDUCENTE Principalmente Motor Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos que movem os olhos. Algumas fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados as condições dos músculos VII - FACIAL Misto Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados a gustação. Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos da expressão facial e às glândulas lacrimais e salivares TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNÇÕES NERVO TIPO FUNÇÃO VIII - VESTIBULOCOCLEAR Sensitivo - Vestibular Sensitivo Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao equilíbrio Coclear Sensitivo Fibras sensitivas transmitem impulsos relacionados ao sentido da audição IX - GLOSSOFARÍNGEO Misto Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes da faringe, das tonsilas, da língua e das artérias carótidas. Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos da faringe utilizados na deglutição e às glândulas salivares. TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNÇÕES NERVO TIPO FUNÇÃO X - VAGO Misto Fibras sensitivas transmitem impulsos provenientes da faringe, da laringe, do esôfago e das vísceras do tórax e do abdome. Fibras motoras somáticas transmitem impulsos aos músculos associados a fala e a deglutição. Fibras motoras autônomas transmitem impulsos ao coração e aos músculos lisos e glândulas das vísceras torácicas e abdominais. XI - ACESSÓRIO Motor - TABELA 3 - NERVOS CRANIANOS E SUAS FUNÇÕES NERVO TIPO FUNÇÃO XI - ACESSÓRIO Motor Raiz Craniana Motor Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos da faringe, da laringe e do palato mole Raiz Espinhal Motor Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos do pescoço e da nuca XII - HIPOGLOSSO Motor Fibras motoras transmitem impulsos aos músculos que movem a língua. Constituintes morfológicos básicos da Célula: membrana, citoplasma e núcleo. As membranas possuem intensa atividade e traços em comum: - As membranas são organizações moleculares; - Através das membranas realizam-se trocas materiais e energéticas, controladas e seletivas; - As membranas participam de processos energéticos de transporte; - A estrutura das membranas é basicamente fosfolipídeos e proteínas. Passagem da Molécula Fosfolipídeos são as moléculas encarregadas fundamentalmente da estrutura da membrana. Proteínas são as moléculas que desempenham as funções específicas, como: reconhecimentos imunológicos, ação enzimática, transporte específico de corpos através da membrana. A lei de Fick trata do processo de difusão. O processo de difusão está relacionado ao movimento de agitação térmica dos íons numa solução. Os íons colidem com as moléculas do solvente, dando origem a um movimento aleatório sem nenhuma direção preferencial. As drogas sofrem ligação a proteínas plasmáticas. A eficácia de uma droga é afetada pelo grau em que ela se liga a proteínas no plasma sanguíneo. Quanto menos ligante a droga for, mais eficientemente ela pode transpor as membranas celular ou se difundir. As proteínas em que as drogas mais se ligam são a albumina, lipoproteína, glicoproteína e globulinas α, B e γ. Uma droga existe no sangue em duas formas: ligada e não ligada a proteínas. Dependendo da afinidade da droga específica pela proteína plasmática, uma porção da droga pode se tornar ligada a ela, enquanto o restante permanece não-ligado. A albumina é uma proteína intrínseca, ou seja, produzida pelo nosso corpo, que compõe grande parte do plasma sanguíneo A formação de metabólitos polares que tem menor solubilidade lipídica resulta em uma reabsorção tubular renal reduzida, culminando em velocidade maior de excreção da droga. Enzimas responsáveis pela biotransformação de muitos fármacos estão localizadas no retículo endoplasmático liso do fígado (fração microssômica). Tais enzimas também são encontradas em outros órgãos, como rins, pulmões e epitélio gastrointestinal, embora em menor concentração. As reações químicas da biotransformação enzimática são classificadas como reações de Fase I e Fase II. Reações de Fase I do Metabolismo: Convertem o fármaco original em um metabólito mais polar através de reações de oxidação, redução ou hidrólise. O metabólito resultante pode ser farmacologicamente inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original. Quando o próprio metabólito é a forma ativa, o composto original é denominado pró-droga (ex: enalapril). Quando são inativados, se transformam em metabólitos inativos, ocorrendo então a fase II Reações de Hidrólise: Ocorrem no fígado, no plasma, e em muitos tecidos. Ésteres como a procaína e amidas como a lidocaína são hidrolisadas por várias esterases inespecíficas. As proteases hidrolisam os polipeptídeos e proteínas e tem grande importância na aplicação terapêutica. Reações de redução: São mais raras, mas algumas delas são importantes. Como exemplo, o fármaco warfarina é inativa por conversão de um grupo cetônico em um grupo hidroxila. Os glicorticóides ainda são ocasionalmente administrados como cetonas, que tem que ser reduzidas em compostos hidroxila dos para poder agir. Obrigada!
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