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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO SUPERIOR DE PEDAGOGIA- 2º SEMETRE
 MARCIA DA SILVA NOBRE
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO INDIVIDUAL 
Murici-Al
2016
 MARCIA DA SILVA NOBRE
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO INDIVIDUAL 
Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná das disciplinas Psicologia da Educação, desenvolvimento e aprendizagem; Educação, Sociedade e Práxis Educativa; Políticas Públicas na Educação Básica; Teorias e Práticas do Currículo; Prática Pedagógica Interdisciplinar, escola e sociedade; Seminário Interdisciplinar II, 
Murici-Al 
2016
INTRODUÇÃO:
A pedagogia existe para facilitar a assimilação do aprendizado visando aplicar técnicas e métodos que busquem por facilitar a transmissão dos conhecimentos necessários. Dessa forma, a pedagogia está presente em praticamente todas as áreas da sociedade e do conhecimento científico objetivando garantir aos receptores do conhecimento uma didática que proporcione resolução de problemas fora do ambiente educacional. A proposta de concretizar uma educação transformadora que promova a construção de um sujeito crítico e emancipado está condizente com essa missão da escola atual que necessita rever seus conceitos e perpetuar metas que possam ser cruciais na vida dos alunos para que estes façam essa diferença na sociedade. 
Este trabalho propõe através de análise de observação e entrevista com funcionários desta determinada escola descrever sobre o papel da escola na formação do sujeito, numa perspectiva emancipatória, considerando sua função social nos dias atuais, bem como contextualizar as teorias acadêmicas com a prática do cotidiano escolar, para que possamos ter consciência baseada nas das situações de nossas práticas futuras como profissionais de educação que oportunizam aos sujeitos a apropriação de elementos da cultura que se transformem, na prática social, em instrumentos de luta no enfrentamento das desigualdades sociais.
DESENVOLVIMENTO
A escola onde foi desenvolvida essa pesquisa é a Escola de educação Infantil “ O Semeador”, uma escola de pequeno porte, situada no Bairro Castelo Branco, conta apenas com o número de 60 alunos, e funciona dois turnos: matutino e vespertino, possui um número pequeno de funcionários e busca manter uma relação interpessoal saudável, pois acredita ser esse um dos pilares da educação, apartir da idéia de educar através do exemplo. Segundo a coordenadora que foi entrevistada, a referida escola foi fundada no ano de 2000, atendendo a comunidade local. Para ela a escola está cada vez mais distante de atender e satisfazer a todos de forma igualitária convergindo em mais desigualdades sociais. “A sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação realiza” (Émile Durkheim)
 
 O papel do professor é certamente preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho e na sociedade.
Portanto, a escola sofre reflexos do meio em que está inserida, ou seja, conforme a clientela que atende, os reflexos são visíveis, principalmente quando se trata das camadas populares cuja característica principal da educação para o meio social distingue-se como uma educação insatisfatória pois depende unicamente do indivíduo, como se cada um tivesse a responsabilidade exclusiva de demonstrar suas aptidões e dons e o papel da escola seria apenas moldá-lo. Por outro lado, ainda tem a chamada deficiência cultural pois o fator econômico geralmente impede o indivíduo de ampliar sua bagagem cultural e isso compromete e reflete diretamente no seu desempenho no meio escola. Sendo assim, também pode-se dizer que a escola é o lugar de recepção e de reprodução do conhecimento externo, variando sua eficiência pela maior ou menor capacidade de transpô-lo e reproduzi-lo adequadamente. 
Segundo Paulo Freire Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.
 É preciso deslocar o acento das decisões, das influências e de legitimações exteriores à escola, inserindo o conhecimento por ela produzido no interior de uma cultura escolar.
 No convívio escolar, educandos e educadores estão sempre aprendendo a aprender, a fazer, a ter, a conviver, a empreender e a transformar-se em um indivíduo mais informado e autônomo e a desenvolver também a concepção, execução e avaliação do trabalho pedagógico num contexto participativo no âmbito da escola, dos sistemas de ensino ou outros espaços organizacionais, educacionais e culturais, com diferentes sujeitos sociais.
 O que a sociedade precisa é de profissionais intelectualmente preparados, capazes de atuar de forma competente. Esse preparo será encontrado no conhecimento científico, mas, é através da pratica que ele vai exercitar o seu espírito docente e humano quanto aos problemas e às dificuldades encontradas, fortalecendo-se como educadores, traçando um paralelo entre o conhecer e o saber, o praticável que produza prazer e qualidade educativa. Educar é, em primeiro lugar formar um ser humano, em segundo, um profissional. Quem inverter essa ordem poderá comprometer o futuro da humanidade (CURY, 2011, p. 131).
 O professor competente deve estar pronto para inovar, desenvolver um processo de reflexão na prática educativa e sobre esta prática. É preciso trabalhar com uma aspiração interior, buscando sempre a qualidade da educação.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A escola é espaço privilegiado de atuação profissional, com destaque para a área da educação, em novas identidades são formadas a partir do fornecimento de conhecimento e informações de qualidade. Não basta ensinar a democracia, é preciso viver a democracia. É necessário que a escola adquira uma referência própria e retome a sua valorização em prol do bem comum e do resgate dos indivíduos de suas mazelas sociais. Para tanto, é necessário que o conhecimento seja de fato adquirido e consolidado para que o aluno sobreviva nessa atual sociedade, de forma crítica e cidadã. 
A busca de democratização não se encerra no interior da própria escola. Ela exige a construção de novas relações de poder entre as instituições e os níveis da administração pública, visando à elaboração de sistemas de ensino que reconheçam e respeitem a autonomia das instituições e que valorizem seu papel na elaboração de políticas educacionais universais e democratizantes.
Conforme Vasconcelos (2011), analisar a realidade particular de cada escola, torna-se uma tarefa fundamental no processo de planejamento, pois problemas semelhantes não são necessariamente identificáveis, ou seja, o mesmo problema deve ser pensado de forma diferente, em distintas realidades escolares.
Portanto, a escola como instituição, deve procurar a socialização do saber, da ciência, da técnica e das artes produzidas socialmente, deve estar comprometida politicamente e ser capaz de interpretar as carências reveladas pela sociedade, direcionando essas necessidades em função de princípios educativos capazes de responder às demandas sociais, oportunizando ao aluno se tornar um cidadão crítico, participativo, autônomo, consciente e preparado para promover democracia, justiça e igualdade social, através de um trabalho eficiente, inovador e focado em objetivos coletivos.
Diferentes e diversas instituições são responsáveis pelo processo da formação humana, a escola é a principal responsável em cumprir essa função pois é através dela que o indivíduo desenvolve as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas, por meio de aprendizagem dos conteúdos, que deve acontecer de maneira contextualizada, desenvolvendo em cada indivíduo a capacidade de discutir, analisar e refletir para assim tornar-se um cidadão participativona sociedade em que vive.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRUEL, Ana Lorena de Oliveira. Políticas e legislação básica no Brasil. Curitiba: Ibpex, 2010.
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CHARLOT, Bernard.  Da Relação  Com o Saber: Elementos Para Uma Teoria. Porto Alegre: Arte Médicas Sul , 2000.
COUTO, Adna. Resenha crítica do texto: O planejamento educacional numa perspectiva humana. 20 de setembro de 2007. 
FREIRE, Paulo.  "Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967.
MASSETO, Jorge. O papel do professor formador. Brasília: Saraiva, 2003.
ROSENFIELD, Denis. Democracia e Política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
STERNBERG, R.  Reformar a reforma da escola: observações sobre as inteligências múltiplas: a teoria na prática. In:TCR. v.95, n.4, p. 561-569, 1994.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
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VASCONCELOS, Maria José Lacerda. Gestão Escolar: Planejamento participativo e avaliação. Disponível em: Acesso em 17 de agosto de 2011.

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