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Relatório De Estágio - Formação Docente

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI
GUILHERME CHITOLINA – MATRICULA: 1409969
ESTÁGIO SUPERVISIONADO ll – OBSERVAÇÃO E PRÁTICA:
FORMAÇÃO DOCENTE
 
CURITIBA
2020
CENTRO UNIVERSITARIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI
GUILHERME CHITOLINA – MATRICULA: 1409969
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio Supervisionado – Observação e Prática: Formação Docente apresentado ao Curso de Educação Física Licenciatura do Centro Universitário Leonardo Da Vinci UNIASSELVI.
CURITIBA
2020
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado em Formação Docente possibilita a inserção do futuro professor no contexto profissional, é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação, de modo a compreender dinâmicas de funcionamento das escolas como ambientes educativos, conhecer e aprofundar aspectos da GESTÃO na escola. 
O Estágio Curricular constitui um momento de aquisição e aprimoramento de conhecimentos e de habilidades essenciais ao exercício profissional, que tem como função integrar teoria e prática. Trata-se de uma experiência com dimensões formadora e sócio-política, que proporciona ao estudante a participação em situações reais de vida e de trabalho, consolida a sua profissionalização e explora as competências básicas indispensáveis para uma formação profissional ética e corresponsável pelo desenvolvimento humano e pela melhoria da qualidade de vida bem como da comunidade em que está inserido, como agente transformador da realidade social. 
Estágio é uma importante parte integradora do currículo, a parte em que o licenciando vai assumir pela primeira vez a sua identidade profissional e sentir na pele o compromisso com o aluno, com sua família, com sua comunidade com a instituição escolar, que representa sua inclusão civilizatória, com a produção conjunta de significados em sala de aula, com a democracia, com o sentido de profissionalismo que implique competência - fazer bem o que lhe compete. Poderá refletir e vislumbrar futuras ações pedagógicas, tornando sua formação mais significativa quando essas experiências forem socializadas em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, possibilitando uma reflexão crítica, construindo a sua identidade e lançando, dessa forma, um novo olhar sobre o ensino, a aprendizagem e a função do educador. 
O contexto escolar é parte integrante dos conhecimentos dos professores e inclui, entre outros, conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, seus interesses, necessidades e dificuldades, além de um repertório de técnicas de ensino e de competências de gestão de sala de aula. O Estágio torna-se o eixo articulador da produção do conhecimento como instrumento de integração entre a teoria e a prática, entre o saber e o fazer. É também uma atividade de relacionamento humano comprometida com os aspectos afetivos, sociais, econômicos e, sobretudo, político- cultural, porque requer consciência crítica da realidade e suas articulações. Este processo sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está inserido, possibilita entrar em contato com problemas reais da comunidade, analisando as possibilidades de atuação em sua área de trabalho. Permite assim, fazer uma leitura mais ampla e crítica de diferentes demandas sociais, com base em dados resultantes da experiência direta. Deve ser um espaço de desenvolvimento de habilidades técnicas, como também, de formação de homens e mulheres pensantes e conscientes de seu papel social. Poderá ser um agente contribuidor em que o futuro professor passa a enxergar a educação com outro olhar, procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem. Com essa nova leitura do ambiente (escola, sala de aula, comunidade), procurando meios para intervir positivamente.
O Estágio tem como objetivos de integrar o processo de ensino, pesquisa e aprendizagem podendo aplicar sua teoria e habilidade desenvolvidas durante o curso na atividade prática da sala de aula e aprimorar atitudes profissionais possibilita o confronto entre o conhecimento teórico e a prática adotada bem como a solução de problemas reais adquirindo a segurança para suas futuras atividades profissionais, estimulando o desenvolvimento do espírito científico, através do aperfeiçoamento profissional para o mercado de trabalho e da realidade.
Este Estágio foi realizado nos dias 23 de setembro à 29 de Setembro de 2020, no Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, situado na rua Ignes Lourdes de Macedo, 331 – no bairro Sítio Cercado da cidade de Curitiba – Paraná, pelo aluno Guilherme Chitolina, do Centro Universitário Leonardo Da Vinci – Uniasselvi, portador do RU 1409969. No relatório vou descrever a caracterização estrutural da Escola, as condições estruturais, distribuição de alunos, seus profissionais e sua formação, bem como seu funcionamento, sua concepção de educação pedagógica e o envolvimento da comunidade e o modelo de gestão adotada.
COLÉGIO ESTADUAL INÊZ VICENTE BOROCZ
O Estágio Supervisionado – Observação e Prática: Gestão e Docência foram realizadas no Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz – Ensino Fundamental Anos Finais, Médio por Blocos, localizado à Rua Ignêz de Lourdes Gomes de Macedo, n° 331 – Sítio Cercado – Curitiba Paraná – CEP: 81.920-090 – Telefone/Fax: 41 - 3564-3690, é uma comunidade educativa pertencente à rede estadual mantida pela SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná, jurisdicionada ao NRE – Núcleo Regional de Educação de Curitiba. O Estágio Supervisionado foi realizado no período de 23 de setembro de 2016 a 14 de outubro de 2016, no período noturno, sendo observada a turma do 2º ano do ensino médio na modalidade presencial/anual.
O Colégio Estadual Inez Vicente Borocz – Ensino Fundamental e Médio, em sua organização administrativa é formado por um diretor geral, três diretores auxiliares; equipe pedagógica com 08 pedagogos e uma secretária geral; nove auxiliares administrativos (Agente Educacional II), quinze funcionários de serviços gerais (Agente Educacional I), sendo que três (3) deles exercem a função de inspetores de alunos, com um ocupando, também, a função de caseiro; dois bibliotecários; corpo docente de cinquenta e oito professores, e um grupo de educandos em número de 1700, (hum mil e setecentos), deste total 04 são alunos em processo de inclusão por meio de sala de recursos, divididos em três turnos matutino, vespertino e noturno, sendo o Ensino Fundamental oferecido no diurno e que funciona nos seguintes horários: manhã – 07:30 às 11:55 horas, com 8 (oito) turmas do 8º. Ano e 8 (oito) turmas do 9º. Ano; tarde – 13:00 às 17:25 horas, com 9 (nove) turmas do 6º ano e 8 (oito) turmas do 7º ano e; o Ensino Médio por Blocos no noturno, no horário das 19:00 às 22:45 horas, com 6 (seis) turmas de 1ª séries, 4 (quatro) turmas de 2ª séries e 4 turmas de 3ª séries.
Disponibiliza para os alunos e para a Comunidade o Curso de Língua Estrangeira Moderna “CELEM” - Espanhol Básico, com uma turma de 35 (trinta e cinco) alunos e que funciona no horário das 18:30 às 20:10 horas, nas terças-feiras e quintas-feiras. Oferta ainda a “Sala de Apoio à Aprendizagem” (SAA) para alunos dos 6ºs. e 9ºs. anos com defasagem nos conteúdos de Ensino Fundamental, realizadas no contra turno. 
Utiliza referências de uma Gestão Democrática pela condução do Projeto Político Pedagógico da Escola envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar, sendo eles: conselho escolar, conselho de classe, representantes de turma, grêmio estudantil e APMF. Os gestores escolares devem se preocupar em administrar os recursos financeiros, administrativos, humanos e pedagógicos. Em sua estrutura organizacional possui ainda um Conselho Escolar, órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal. Possui uma Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), órgão colegiado com Estatutoe Regimento próprio.
O conselho escolar é composto por membros dos diversos segmentos civis organizados da sociedade (pais, professores, alunos e funcionários) eleitos em uma assembleia e de grande importância nas tomadas decisões dentro da escola, sendo parceiros norteadores e fiscalizadores de todas as ações planejadas e efetivadas no estabelecimento de ensino de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Leis que norteiam a educação.
Quanto ao espaço físico e técnico conta com 16 salas de aula; uma biblioteca equipada, bem como um laboratório de informática para estudos e pesquisas (PROINFO), um laboratório de ciências (física, química e biologia), um laboratório de informática; uma sala de multiuso equipada com projetor, uma sala de educação física, uma sala de vídeo/cinema, uma cozinha, um amplo refeitório, contando com uma área externa composta de jardim, uma quadra poliesportiva coberta, uma quadra de vôlei aberta, uma quadra de areia, casa do caseiro, sala multiuso para professores e funcionários, sala ao ar livre e ainda em sua estrutura física possui: banheiros para professores, banheiros para alunos, banheiros para portadores de necessidades especiais, sala de professores, sala de arquivo inativo, depósito da merenda escolar, depósito de materiais para limpeza, uma sala da APMF, depósito para a biblioteca, sala de estudos para apoio, salas específicas para a direção, secretaria e equipe pedagógica.
Em sua organização curricular, o estabelecimento de ensino propõe os dias letivos previstos pela legislação vigente. Além de que contém livros didáticos para alunos visando o apoio do trabalho docente, materiais de apoio pedagógico como TV, TV multimídia, DVD, vídeo, rádio, retroprojetor, projetor multimídia, jogos pedagógicos, mapas, globos, material de apoio para o laboratório de ciências físico- químico, materiais desportivos e lúdicos para educação física, entre outros.
A Proposta Pedagógica Curricular de cada área do conhecimento é elaborada em parceria com os professores, visando atender as necessidades educacionais e sociais, em que o professor tem em seu Plano Docente a inserção da Cultura Afro- Brasileira e Indígena, da História do Paraná, Meio Ambiente e Cultura Fiscal, apresentando perspectivas que busquem a realização de um trabalho educativo comprometido com a transformação da sociedade.
O Colégio tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança e do adolescente em seus aspectos: físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e do meio onde convive. 
O Projeto Político Pedagógico está embasado na busca e na construção de uma educação plena, com o envolvimento de educadores, pais, alunos e sociedade como um todo. Está organizada tendo como elemento diretivo o desenvolvimento da aprendizagem e a formação de um cidadão pleno. Pensado na dinâmica da gestão democrático-participativa, aponta um novo rumo, uma nova direção, um novo sentido que renasce explícito em um compromisso estabelecido coletivamente. Ao se constituir em processo participativo de decisões, o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações corporativas e autoritárias propiciar o desenvolvimento de um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, e orientar as famílias desta comunidade escolar numa ação em busca da cidadania.
Nessa perspectiva o papel dos educadores, é o de transmitir conhecimento, mediar e sistematizar o saber, adotando, enfim, uma postura efetiva de educadores, para que possamos formar cidadãos reflexivos e atuantes capazes de construir, conscientemente, um mundo pautado pelos princípios éticos, políticos, estéticos e humanos.
Realidade da Comunidade Escolar é formada em sua maioria de famílias trabalhadoras com pouco poder aquisitivo, proprietários de casas construídas em um loteamento urbano voltado para o proletariado, esta comunidade agrupa uma população bastante heterogênea com uma diversidade cultural característica de uma grande metrópole, porém, com ligação bastante íntima com as regiões do interior do Estado, já que muitas famílias aqui fixadas são de origem destas cidades do interior. Por intermédio da escola estas famílias buscam melhoria em sua qualidade de vida, pois veem na escola oportunidade de crescimento intelectual que possibilitará em nossa sociedade moderna inserção profissional. Atende alunos a partir de 10 anos de idade que vivem em sua maioria nas proximidades do colégio. Seus pais são trabalhadores autônomos e assalariados e, prestam intensa jornada de trabalho passando boa parte do tempo longe dos seus filhos, que sozinhos são muitas vezes responsáveis por si e ainda por seus irmãos menores, e se veem sem nenhuma assistência ou acompanhamento familiar. Estes estudantes, no contra turno a que estudam, fazem cursos diversos, em busca de uma melhor preparação para o mundo do trabalho. Verificam-se à atribuição à escola, muitas vezes, de responsabilidades cabíveis à família, onde a desestruturação familiar expressa em níveis econômicos e sociais, quase sempre, o acesso às manifestações artísticas e culturais.
Segundo a LDB, em seu Artigo 1º, parágrafo 2º – “A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”, para tanto, a escola como parte constitutiva da sociedade deve exercer fundamental importância na formação de sujeitos capazes de se perceberem como agentes intrínsecos ao meio, ou seja, como cidadãos corresponsáveis pela organização social. Sendo que, a maneira que a escola vincular-se-á ao mundo do trabalho, será a da formação e aplicação de um conteúdo comprometido com o desenvolvimento de uma postura crítica, em que o estudante conteste o que a sociedade lhe impõe e exerça sua cidadania estando engajado na sociedade em que vive.
A escola ocupa papel relevante na sociedade, que vai além da transmissão e acumulação de conhecimentos. A educação pode se constituir como afirmadora dos direitos humanos pode ajudar na construção de uma sociedade cidadã e atuar também de forma a negar alguns desses princípios. No entanto, pela diversidade social e pelas contradições socioeconômicas e culturais presentes na sociedade, a escola ora afirma a cidadania, ora nega. É fundamental a escola tomar consciência dessas possibilidades.
Cidadania significa, além do reconhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos, o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade. Por outro lado, tanto o reconhecimento quanto o cumprimento destes direitos e deveres, não devem se restringir à esfera política, isto é, ao direito e ao dever de votar e ser votado. Um outro aspecto importante é que a cidadania tem na igualdade uma condição de existência. Igualdade de direitos, de deveres, de oportunidades. Igualdade, enfim, de participação social e política. A cidadania também se constitui na garantia da democracia.
Gentili e Alencar afirmam que “a cidadania deve ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício não somente se fundamenta no reconhecimento formal dos direitos e deveres que a constituem na vida cotidiana dos indivíduos”. (Gentili e Alencar, 2001, p. 87). Ou seja, não basta que se defina um conceito formalmente. Mais importante que isso é a prática dessa definição
A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.
Na escola, os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir). É papel de a educação respeitaressa diversidade e buscar desenvolver nos alunos, o sentimento de respeito, valorizando e sistematizando os conhecimentos acumulados historicamente.
O trabalho é uma práxis humana e é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve maneiras de organização necessárias para a formação do ser humano, voltado para a formação de intelectuais capazes de recompor nos limites do capitalismo a ruptura entre ciência e trabalho, teoria e prática, reflexão e ação. No trabalho educativo, o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta dimensão se encontra a formação do homem.
As formas concretas de realização do trabalho é que definirão as diferentes concepções e todo o princípio educativo. Por isto, podemos dizer que o trabalho no sentido transformador define a essência humana e a forma pela qual o homem produz a sua existência.
A escola tem a função social de romper com a monopolização do saber. O acesso a todos os saberes científicos produzidos pela humanidade permite o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que os educandos não apenas conheçam, mas saibam interpretar o mundo em que vivem, atuem de maneira consciente e transformadora utilizando-se dos recursos naturais racionalmente, contribuindo na manutenção e na melhoria da qualidade de vida destas e de futuras gerações.
Uma ciência afinada com a filosofia da escola deve ser questionadora e contestadora, que desafie a forma como os conteúdos que lhes são inerentes são colocados, e esteja engajada nos temas atuais de preservação de toda a dinâmica da vida do planeta.
Sobre Conhecimento, é tudo o que o ser humano produz ao longo de sua existência. É histórico e cultural porque se transforma temporal e espacial, ou seja, cada tempo e lugar têm formas próprias de organizar a vida humana. A produção e a apropriação do conhecimento se dão através da interação dos seres humanos entre si, com a natureza e com a cultura. Desta forma, a produção do conhecimento é um processo contínuo que está em permanente movimento.
A escola vem como mediadora entre o conhecimento elaborado historicamente e os alunos e alunas, o que se concretiza através da aprendizagem de conceitos, hábitos, atitudes e procedimentos. É da escola a tarefa de aproximar os aprendizes do conhecimento científico, ao mesmo tempo em que favorece espaço para o desenvolvimento de pensamento. A atitude crítica e reflexiva frente ao conhecimento que a sociedade disponibiliza, colabora para que os educandos exercitem a cidadania no espaço reservado às relações sociais mais amplas e exerçam o direito de se posicionar politicamente acerca dos caminhos escolhidos por um determinado grupo social.
A discussão sobre a função social da escola, a construção de um projeto pedagógico que privilegie práticas heterogêneas e o protagonismo dos professores são vistos como fundamentais para o processo de inclusão nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica promulgada em 2001. As diretrizes destacam, também, a capacitação dos professores, a flexibilização do currículo, a alocação de recursos materiais e humanos para atender as demandas tanto nos aspectos físicos, relacionados às barreiras arquitetônicas, como nos aspectos de comunicação, e os mais diretamente relacionados ao ensino e aprendizagem (LAPLANE, 2006).
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção dos direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
No processo de inclusão escolar das crianças com necessidades educacionais especiais o uso da Tecnologia Assistiva se mostra essencial, mas sabemos que a escola pública ainda não se encontra nesse patamar de conquista. Para tanto, faz-se necessário adequar-se às situações já existentes e buscar formas diferenciadas e individualizadas de aprendizagem.
A educação na ótica da sociedade capitalista é mercadoria, apresentando-se de maneira desigual para a sociedade. Para as famílias com alto poder aquisitivo, surge uma escola de “formação intelectual” que atende aos requisitos de mercado na formação de profissionais liberais e executivos de grandes empresas, mantendo- se o “status quo”. Por outro lado, a escola que servirá à grande maioria da população terá como princípio formador a mão-de-obra razoavelmente qualificada, com recursos limitados do Estado e profissionais desestimulados, tendo em seu caráter formador a busca ao atendimento das necessidades do mercado.
Diante disso, do que se vê cotidianamente nesta sociedade, percebe-se a fragilidade do Estado em estabelecer estruturas sociais justas, sendo assim, faz-se necessário reconstruir o projeto de sociedade e educação vigentes, ou seja, reestruturar a partir do fazer escolar a base política e social para uma sociedade menos injusta. Este projeto deve estar calcado em princípios realmente democráticos onde sejam dadas prioridades aos aspectos humanos, em detrimento dos econômicos, onde todos os indivíduos da sociedade possam ser atendidos por um projeto de educação que possibilite a aquisição de elementos culturais que precisam ser assimilados para que eles se tornem cidadãos conscientes de seus direitos e deveres sociais. A educação escolar, na perspectiva de uma sociedade democrática, tem sua dimensão política reconhecida no compromisso de formar cidadãos críticos capazes de tomar decisões diante da realidade social. 
A escola deve garantir a todos os seus alunos, a instrumentalização e o acesso ao saber sistematizado, repassado por educadores que compreenderam sua razão de ser e de estar nessa função, e que tenham o hábito do constante estudo que sua função exige, para que possam repassar aos seus educandos o ideal da mudança construtiva da sociedade em que estão inseridos.
Para tal educação, devemos considerar o homem no plano físico e intelectual consciente das possibilidades e limitações, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o cerca, devendo considerar seu papel de transformação social como uma sociedade que supere nos dias atuais a economia e a política, buscando solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um”. (Kelma Pamplona,). 
A filosofia do Colégio tem como papel fundamental despertar em nosso educando igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias de concepções pedagógicas; respeito às diferenças e apreço à tolerância; valorização do profissional da educação escolar; garantia de padrões de qualidade; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; gestão democrática e colegiada, valorização da escola publica.
O conselho de classe é a oportunidade em que os docentes das diversas disciplinas se reúnem de um mesmo ano com o objetivo de analisar os processos de ensino e de aprendizagem sob múltiplas perspectivas. Para favorecer aspectos como a análise do currículo, da metodologia adotada e do sistema de avaliação da instituição. Dessa forma, possibilita aos professores uma interessante experiência formativa, permitindo a reavaliação da prática didática. Conta sempre que possível, com a participação do diretor, do coordenador pedagógico, além dos professores - não julga o comportamento dos alunos, mas compreende a relação que eles desenvolvem com o conhecimento e como gerenciam a vida escolar para, quando necessário, propor as intervenções adequadas. 
O Conselho de Classe é conduzido pelo Pedagogo visto que ele pode ajudar a equipea compreender como questões cognitivas, afetivas e sociais afetam a aprendizagem. Juntos, o pedagogo e os docentes devem definir os encaminhamentos que levem à melhoria da qualidade da produção dos estudantes. Nesse sentido, é fundamental o grupo socializar práticas bem-sucedidas que possam ser replicadas - considerando que, muitas vezes, os bons resultados na aprendizagem aparecem apenas após a mudança nas estratégias de ensino. 
Já o encontro do fim do ano tem o objetivo de decidir sobre aprovações ou retenções. O Pedagogo deve definir previamente com o grupo quais alunos apresentam maiores problemas e, por isso, terão as suas produções analisadas. Assim, ao longo dos meses ou das semanas que antecedem o encontro, os professores podem se preparar, observando o trabalho desses estudantes e identificando a natureza de suas dificuldades. Essas são informações preciosas a serem compartilhadas e discutidas com os demais docentes. Posteriormente, cabe ao pedagogo comunicar aos alunos e suas famílias o que foi discutido durante a reunião. 
Tudo isso só será possível se os gestores planejarem um conselho de classe que ajude os docentes a ampliar o olhar sobre o desempenho da turma e a própria prática, propiciando assim a melhoria da qualidade do ensino.
Como uma busca de metas ideais para que uma excelência em educação aconteça precisa ter: uma garantia de participação de professores e funcionários em cursos de Formação Continuada, para que melhorem suas práticas; uma boa remuneração e valorização do profissional para que se qualifique adequadamente e se sinta motivado na irradiação de conhecimento e exemplo; organização da biblioteca do professor com livros de embasamento teórico e assinatura de revistas e jornais; assessoramento metodológico específico nas áreas de deficiências, hiperatividade, drogas, capacidade laborativa, cuidados com a voz, sexualidade, violência na escola; encontros de pais, propiciando momento de troca de experiências entre educadores e família; trabalhar alunos representantes de turmas nos aspectos de liderança e aspectos conceituais do Projeto Político Pedagógico; realização de reuniões trimestrais com educadores não docentes.
Como Plano de Ação: A Educação Física como um elemento de Social Inclusivo, Cognitiva e Autonomia no Jovem de buscar e motiva-lo pra vida. 
A Educação Física é um instrumento de fundamental importância para o jovem, na idade do ensino fundamental e médio, para um despertar da consciência crítica da realidade para sua cidadania, sua liberdade e sua autonomia social.
No Ensino Médio é a fase que o aluno está no período de operações formais ou adolescência, no qual demonstra uma criticidade diante das normas que regem a vida social. Essa é uma etapa na qual o jovem tem os primeiros contatos com o mundo do trabalho e, logo percebe que ele está cada vez mais competitivo devido ao avanço tecnológico e que para manter-se ativo e conquistar seu lugar precisa de qualificação. A Educação Física é um elemento importante nessa etapa da educação, pois através da sua característica de reflexão e investigação dos fatos, que pode ser um ponto de referência para o aluno que está em uma fase de reflexões sobre o sentido da sua própria existência e do seu papel na sociedade.
Portanto, pode-se dizer que a Educação Física Licenciatura é muito importante para o Ensino Médio, porque ela possui os elementos que são necessários para auxiliar o jovem adolescente no seu processo de desenvolvimento moral e educacional para que possa conquistar seu espaço na sociedade e no mercado de trabalho. A Filosofia que pode ajudar a aluno a tirar as correntes do senso comum e conhecer o mundo real, ou seja, deixar os preconceitos e as crenças do senso comum e assumir o senso crítico. Aproveitando a ideia de Platão na Alegoria da Caverna, a Filosofia e a educação não consistem em dar olhos à alma visto que esta já o tem, mas consistem em orientar a visão no caminho certo. A tarefa da Filosofia é orientar o pensamento humano no caminho correto, pensando no reflexo que isso terá na sociedade, motivando a conscientização e a cidadania. 
Uma proposta de trabalho é convidar a Escola, com todas as turmas para uma aula debate, coletando todas as opiniões e informações que norteiam a realidade social de vários núcleos da comunidade e onde isso afeta na realidade. Diante disso mostrar a real necessidade da atividade física na vida cotidiana e nas estruturas da política, mostrando os vários caminhos onde a filosofia possa fazer a diferença acontecer e tornar os alunos conscientes da necessidade do estudo da filosofia como ferramenta transformadora da realidade.
Educação Física não deve ser compreendida como um simples processo de transmissão de conteúdos, daqueles que sabem para aqueles que não sabem, mas um espaço propício para o desenvolvimento do pensar bem. Kant já dizia que não se ensina Filosofia, mas se aprende a filosofar. Nessa perspectiva, o ensino de filosofia na graduação deve ser compreendido como um constante exercício da racionalidade por meio do confronto dialético de idéias e reflexões.
A Educação Física não pode ser compreendida como um saber abstrato, estéril e desvinculado da realidade, mas deve ser, conforme Luckesi, “uma prática de conhecimento que aborda, discute e reflete os fundamentos da prática humana cotidiana”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade é formada por seres humanos que se relacionam através de princípios éticos, morais, religiosos, históricos e afetivos incluindo ideias e conceitos resultantes de suas relações. Estas relações idealizam um modelo de sociedade calcado em princípios de igualdade e solidariedade, onde todos os indivíduos devem ser de fato e de direito, cidadãos, exercendo seus direitos e deveres. Na sociedade ideal o respeito e a tolerância às diferenças individuais, étnicas, religiosas e sociais devem prevalecer sobre atitudes discriminatórias se realmente esta for a sociedade que almejamos. 
Paulo Freire nos diz que “a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados, estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos”. Afirmação tão coerente que nos faz refletir sobre o processo educativo contínuo, como base de uma constante busca pela melhoria da qualidade da formação docente e discente. A ação educativa implica um conceito de homem e de mundo concomitantes, é preciso não apenas estar no mundo e sim estar aberto ao mundo.
A escola não se limita somente ao espaço físico, mas age e transforma em conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram na construção do saber, integrando-os, da origem do próprio saber à sua elaboração. Sendo assim, espaço de produção e socialização de saberes, que auxilia na formação da competência acadêmica, humana e na transformação da sociedade.
A escola como mola propulsora modifica-se rapidamente. Em consequência, deve perceber inovações da ciência e tecnologia, de divisões de classes, de reprodução cultural e social intensas. Percebendo estas transformações sócias- econômico-culturais, deve a escola se propor a estabelecer relações humanizadoras que visem o desenvolvimento da cidadania, numa tentativa de minimizar as desigualdades que são apresentadas, buscando através do estudo dos conteúdos estruturantes inerentes a cada disciplina, trazer de maneira crítica a adequação dos mesmos, para que o educando perceba as questões que favorecem a exclusão de vários segmentos da sociedade e do prevalecimento da classe dominante. Para tanto, far-se-á necessário ao educador consciente favorecer a análise de situações que conduzam o estudante a formar um pensamento de criticidade e de não aceitação passiva. 
Cabe a escola, enquanto instrumento da educação, a tarefa de socializar o saber à cultura, enfim, as bases sociais estabelecidas. É a exigência de apropriação do conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que torna necessária a existência da escola. Devendo ela, “propiciar a aquisição de instrumentos que possibilitem o acesso ao saberelaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber.” (SAVIANI, 1992, p.23).
Após toda abordagem realizada, se torna importante reafirmar que o Estágio Supervisionado, se constitui como subsídio para a atuação na prática educacional daqueles que ainda não possuem experiência na área; assim como para o aperfeiçoamento da práxis dos profissionais que já atuam na mesma.
Assim, vivenciar as atividades no cotidiano do estágio supervisionado foi uma experiência significativa para a formação, enquanto acadêmicos, e um aprendizado gratificante para conduta como professores, permitindo-nos aguçar o que aprendemos na teoria, para melhor contribuirmos com a formação de cidadãos; de forma que estes busquem a transformação na sociedade. E o papel da Educação é criar indivíduos que sejam seres sociais capazes de, mais que conviver em sociedade, constroem uma coletividade de forma ética e responsável.
Dessa forma, se fez necessário uma fundamentação teórica e prática que promoveu uma melhor compreensão acerca do real papel do professor no ambiente escolar. 
O presente Estágio Supervisionado apresentou como ponto positivo o rendimento de experiência em sala de aula, proporcionando um melhor desempenho e enriquecendo nosso conhecimento, para assim, futuramente, sabermos proporcionar aos nossos alunos um significativo aprendizado em sala de aula. E ainda, como ponto positivo, podemos citar a colaboração da escola em nos ajudar em nosso trabalho fornecendo os materiais necessários para a conclusão da pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
- FERREIRA, Nilda Teves. Cidadania: uma questão para a educação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
- GENTIL, Pablo & Chico Alencar, Pedagogia, Educar na Esperança Em Tempos de Desenvolvimento, 2001
- LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, 5ª edição, 2010.
- NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2003.
- PASSERINI, Gislaine Alexandre. O estágio supervisionado na formação inicial de professores de matemática na ótica de estudantes do curso de licenciatura em matemática da UEL. 121f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Ação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina. Londrina: UEL, 2007.	
- SAVIANI, D.; Sobre a natureza e a especificidade da educação; In: SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações; São Paulo; Cortez; Autores Associados; 1992; p.19-23.
Revistas:
- Revista da Educação Especial – Secretaria da Educação Especial. Volume 1, nº. 1 (outubro de 2005), Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2006.
APÊNDICES:
Atividades desenvolvidas durante o estágio foram: 
- Entrevistas; 
- Leituras; 
- Video-aulas; 
- Radio web; 
- Observação Participativa;
- Elaboração de Plano de Ação; 
- Relatório.
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