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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Natalha Dupont
Contribuições do brincar para A PRÁTICA DOCENTE E O desenvolvimento das crianças na educação infantil 
Passo Fundo
2018
Título: “Contribuições do brincar para a prática docente e o desenvolvimento das crianças na educação infantil”
Palavras-Chave: Brincar. Desenvolvimento Infantil. Educação Infantil
Tema
Contribuições do brincar para a prática docente e o desenvolvimento emocional, cognitivo, social e motor das crianças na educação infantil.
Justificativa
O brincar é um ato inerente ao ser humano, sendo essencial na infância por estar presente em tudo o que a criança faz. Conforme Vigotsky (2007) pelo brincar a criança reorganiza suas experiências e por essa razão oferecer oportunidades para a criança brincar é criar espaço para a reconstrução do conhecimento. Deste modo, o sujeito quando brinca, aprende antes de qualquer coisa a brincar, aprendendo tudo àquilo que se relaciona com o jogo e controlando um universo simbólico particular para posteriormente aplicar as competências adquiridas através da brincadeira em outros terrenos não lúdicos da vida (BROUGÈRE, 2014, p. 23).
Nesse sentido, a brincadeira consiste em uma preparação da criança para a vida adulta, pois é através da imaginação que ela projeta sua vida futura (CHATEAU, 1987). Assim, Kishimoto (2013) destaca que na Educação Infantil, a brincadeira possui um destaque ainda maior, pois, por meio de tarefas lúdicas, os pequenos experimentam diferentes formas de aprender fisicamente, cognitivamente e emocionalmente desenvolvendo-se através da interação com os colegas.
Diante disso, o presente estudo justifica-se pela importância de que as instituições escolares reconheçam o valor do brincar, compreendendo seus propósitos e contribuições para o desenvolvimento e aprendizagem infantil, nos seus diferentes aspectos, a fim de melhor estimular as crianças, sem perder se vista o elemento lúdico que envolve a brincadeira. Assim, considera-se que por meio da identificação das contribuições do brincar na Educação Infantil é possível que os professores propiciem um meio adequado para as brincadeiras, descobertas e crescimento, fazendo com que a criança tenha a oportunidade de passar por um processo educativo espontâneo, aprendendo sem constrangimentos, em interação com seu ambiente.
Objetivos
Objetivo geral
Identificar as contribuições do brincar para o processo ensino-aprendizagem na Educação Infantil
Objetivos específicos
Compreendendo as relações entre o brincar e o desenvolvimento infantil;
Refletindo sobre os benefícios do brincar na evolução social da criança.
Identificando o brincar como uma proposta de intervenção pedagógica da Educação Infantil;
Linha de pesquisa: Docência
De acordo com Libâneo (1984, p. 149) “o trabalho docente consiste na atuação do professor no ato educativo [...], mediando os processos pelos quais o aluno se apropria ou se reapropria do saber de sua cultura e o da cultura dominante, elevando-se do senso comum ao saber cientificamente elaborado”. 
Desse modo, a docência precisa se guiar por diferentes orientações teóricas e metodológicas, com foco principal no ato de ensinar e a aprendizagem, sendo realizada através da interação entre o docente, os seus alunos e o objeto de conhecimento.
Metodologia
Conforme Minayo (2015, p. 14), “entendemos por metodologia o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade”. Assim, de acordo com a autora, tal etapa consiste no caminho a ser percorrido em uma investigação. Desse modo, a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica de autores que abordam sobre o tema investigado. Para tanto, os dados bibliográficos serão coletados por meio de livros, revistas e artigos científicos.
Tendo em vista o tema proposto, o estudo pretende identificar as contribuições do brincar para o processo ensino-aprendizagem na etapa da educação infantil, a fim de proporcionar meios para a criança desenvolver-se de modo alegre e prazeroso.
Inicialmente, será abordado o conceito de brincadeira e suas contribuições no processo de desenvolvimento das crianças, tanto no aspecto cognitivo, quanto nas questões referentes a imaginação e criatividade.
Posteriormente, serão analisados os benefícios da atividade do brincar para o desenvolvimento de capacidades referentes a interação social, com base em estudos de importantes autores que tratam sobre esse tema, de acordo com os pressupostos da teoria histórico-cultural.
Por fim, considerando o brincar como um elemento que constitui a infância e pode ser um elemento relevante para enriquecer as metodologias utilizadas em sala de aula, será discutido sobre as práticas que envolvem o brincar e a ludicidade, identificando sua importância como uma proposta de intervenção pedagógica da Educação Infantil.
Para alcançar os objetivos almejados, o estudo irá se fundamentar nas concepções teóricas dos principais autores que discutem esses temas, como Vigotski, Kishimoto, Brougère, Macedo, Libâneo entre outros.
Estrutura do artigo
A opção por estudar as contribuições do brincar deve-se à relevância do tema no contexto da educação infantil e por acreditar que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber por meio da brincadeira. Brincando aprendemos a conviver, a ganhar ou perder, a esperar nossa vez e lidamos melhor com possíveis frustrações. Desse modo, o brincar consiste em uma prática fundamental para ser utilizada em sala de aula em todas as fases de aprendizagem.
Basei (2008, p. 1) afirma que “a escola infantil [...] é um lugar de descobertas e de ampliação das experiências individuais, culturais, sociais e educativas, através da inserção da criança em ambientes distintos da família”. O brincar faz parte da rotina das crianças na escola, principalmente na etapa de educação infantil, permitindo a aprendizagem por meio da socialização, refletindo também na conduta futura do sujeito como cidadão (MOYLES, 2006). 
De acordo com Vigotski (2014), é na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva. Palangana (2015, p. 157) explica que a criança aprende opondo-se a alguém, identificando-se, imitando, estabelecendo analogias, internalizando símbolos e significados, tudo isso em um ambiente social e historicamente localizado. Desse modo, por meio da interação as pessoas são levadas à ampliação de suas aprendizagens e consequentemente ao avanço dos níveis de desenvolvimento. 
Vigotski (2007) diz ainda ser na troca com os outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. Na brincadeira a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras (OLIVEIRA, 1997, p. 67). Com isso, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca, estabelecendo relações entre as características do papel assumido e suas competências tornando-se aos poucos capaz de generalizar tais aprendizados para outras situações e em diferentes contextos.
Conforme a Oliveira, 
A promoção de atividades que favoreçam o envolvimento da criança em brincadeiras, principalmente aquelas que promovem a criação de situações imaginárias, tem nítida função pedagógica. A escola e, particularmente, a pré-escola poderiam se utilizar deliberadamente desse tipo de situações para atuar no processo de desenvolvimento das crianças (1997, p. 67).
Nesse sentido, pode-se dizer que o brincar permite à criança desenvolver-se imaginando, fantasiando, construindo regras e resolvendo conflitos. Para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma que seja possível atribuir-lhes novos significados e essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginaçãoe a imitação da realidade (VIGOTSKY, 2007). Assim, no ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser, fazendo com que as crianças recriem e repensem os acontecimentos que lhes deram origem, mesmo sabendo que estão brincando, ao mesmo tempo em que estão aprendendo e se desenvolvendo.
Nessa perspectiva, tendo em vista tais considerações, salienta-se que no contexto escolar, os professores necessitam estar preparados para desenvolver atividades adequadas para cada fase de desenvolvimento da criança, contribuindo para sua formação, utilizando de atividades adequadas e coerentes. É preciso planejar as aulas buscando um sentido para propor determinadas atividades, pois “não pode ser uma brincadeira sem sentido e sem objetivo, tendo o educador o papel de planejar e mostrar aos alunos o objetivo das brincadeiras desenvolvidas na sala de aula” (CARVALHO et al., 2015, p. 8).
Por meio do ato de brincar, o professor é capaz de proporcionar o desenvolvimento integral das crianças, uma vez que brincando é possível trabalhar a memória, as emoções, o movimento, desenvolver o relacionamento consigo mesmo e com o outro, bem como trabalhar a sua interação com o mundo (MOYLES, 2006). A esse respeito Fantacholi (2011, p. 3) afirma que,
Do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda proporcionando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
Sendo assim, compreende-se que o brincar é uma ferramenta fundamental para estimular a construção do conhecimento humano, pois constitui-se como um elemento de extrema importância para o desenvolvimento mental e social da criança. Por essa razão, o docente deve atuar como um orientador, organizando as brincadeiras de forma coerente para que não percam o sentido lúdico e contribuam significativamente para o processo ensino-aprendizagem. Com isso, é possível proporcionar momentos de prazer pelo simples ato de brincar, favorecendo o desenvolvimento e trabalhando de forma indireta seus aspectos emocionais, cognitivos, corporais e sociais das crianças, desde o início da sua escolaridade.
Referências
BASEI, A.P. A Educação Física na educação Infantil: a importância do movimentar-se e as contribuições no desenvolvimento da criança. Revista Iberoamericana de Educación, 2008. Disponível em: < http://rieoei.org/2563.htm>. Acesso em: 30 mar. 2018.
BROUGÈRE, Gilles. A criança e a cultura lúdica. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O brincar e suas teorias. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p. 19-32.
CAPUTTI, A. P. C.; BOZZO, F. E. F. (s/d). O papel do professor nos jogos e brincadeiras com crianças de 5 anos. Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/ encontro2007/trabalho/aceitos/PO27269318808.pdf>. Acesso em: 06 mar. 2018.
CARVALHO, D.M.; ARAÚJO, S.C.F; PINHEIRO, F.V.R.; DIAS, L.S. Educação Infantil: desafios e perspectivas. CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 3, 2015, Curitiba. Anais... Curitiba: PUCPR, 2015.
CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. Trad. Guido de Almeida. São Paulo: Summus, 1987.
FANTACHOLI, F.N. O brincar na educação infantil: jogos, brinquedos e brincadeiras – um olhar psicopedagógico. Revista Científica Aprender, Paraná, ano 5, dez. 2011.
LIBÂNEO, J. C. Didática e prática histórico-social: uma introdução aos fundamentos do trabalho docente. In: ______. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1984.
MINAYO, Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 34. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.
MOYLES, J. A excelência do brincar: a importância da brincadeira na transição entre educação infantil e anos iniciais. Porto Alegre: Artmed, 2006.
MACEDO, L.; PETTY, A.L.S.; PASSOS, N.C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005.
OLIVEIRA, M.K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.
VIGOTSKI, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Trad. José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
VIGOTSKII, L.S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: _____; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Trad. Maria da Pena Villalobos. 12. ed. São Paulo: Ícone, 2014.

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