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TCC ludicidade

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O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
							Aluna: Elaine Cristina Pereira Gomes
 Matrícula: 202003469947
Orientadora: Marta Teixeira do Amaral Montes
					RESUMO
Este artigo propõe expor a importância da Ludicidade como prática pedagógica de ensino para a Educação Infantil, e dentro desse contexto enaltecer o brincar como propulsor do desenvolvimento integral da criança. Como base teórica sobre o importante uso das práticas lúdicas utilizou-se os pensamentos dos autores Lev Vygotsky (1984), Jean Piaget (1971), Henri Wallon (1975), Tizuco Kishimoto (1995). Além destes, foram citados outros autores que também em sua teses defenderam a ludicidade como recurso pedagógico, entre eles estão Santos, Maluf, Froebel e outros. É imprescindível que a prática educativa lúdica é uma peça fundamental de mediação no processo de ensino e aprendizagem, sendo que seu desenvolvimento se torna importante para a construção e interação social do aluno com o meio e fortalece suas relações interpessoais. Com isso, a base empírica dessa pesquisa bibliográfica foi de maneira exploratória de natureza qualitativa e com dados coletados e analisados, permitiu verificar o papel do educador como mediador, não pode ser espectador, mas precisa participar e ensinar a brincar, brincando. Cabe ao ambiente escolar e todo o corpo docente serem democráticos e inclusivos, pois, a educação é um direito de todos.
Palavras-chave: Ludicidade, Educação Infantil, Lúdico, Ensino-aprendizagem.
1- INTRODUÇÃO
	Este presente artigo de cunho monográfico tem como objeto de estudo a importância da ludicidade como ferramenta de ensino na Educação Infantil para a aprendizagem dos alunos. A escolha deste tema é mostrar a suma importância do lúdico como recurso metodológico a fim de contribuir no desenvolvimento intelectual, emocional, cultural, físico, social e afetivo da criança.
A brincadeira é a principal atividade da criança, sendo assim fundamental para o seu crescimento, pois se sabe que desde cedo ela usa o lúdico para comunicar-se, ali ela interage com o seu meio, desenvolve habilidades, linguagens e movimentos. A brincadeira é algo que já pertence à criança lhe proporcionando a interação, desenvolve suas potencialidades, intensifica a percepção que favorece a aprendizagem ao longo do seu crescimento. Ao se deparar com a escola a criança leva consigo suas linguagens, brincadeiras, moral e peculiaridades. E então, qual a contribuição da escola, a aula e o professor na realização da ludicidade na Educação Infantil, e como a ação pedagógica proporciona para contribuir para ser o espaço integrador e facilitador da aprendizagem?
O objetivo deste trabalho é enfatizar a Ludicidade como atitude pedagógica de ensino do educador de Educação Infantil com o intuito de ampliar os conhecimentos do educando como um sujeito ativo reflexivo do ensino- aprendizagem. De forma mais específica, considerar que o professor pesquise, conheça e evidencie diversas abordagens da ludicidade desenvolvendo assim no educando a percepção, a atenção, a aprendizagem, a memória e a sensação, e compreender que é por meio das atividades lúdicas que as crianças podem desenvolver-se em um ritmo próprio, o aprendizado e conteúdo, que venha trabalhar de forma integrada e sistematizada em diversos campos do conhecimento tornando-o prazeroso, ativo e desafiador. Com isso, para que servirá meu artigo? O eixo principal deste artigo é compreender a importância da prática da ludicidade no contexto diário da escola e das atividades educacionais e servir de base para os educadores verificarem formas de incorporação da ludicidade em sala de aula.
O presente estudo tem como base uma pesquisa bibliográfica e sustentada em procedimentos metodológicos fundamentados nos pensamentos de autores clássicos e contemporâneos para obter coleta de dados, e também será utilizada a pesquisa em sites, livros, artigos e revistas. Será feita a pesquisa exploratória que visa maior compreensão do problema a ser tratado, gerando idéias e mapeando dados, para GIL (2002) a pesquisa exploratória em qualquer investigação fundamenta-se como passo inicial, que contribui para aquisição de embasamento para realizar pesquisas futuras, pela experiência e auxílio que traz. Também ocorrerá a pesquisa descritiva que de acordo com ANDRADE (2009, p. 114) apenas coleta- se os fatos observados, analisados, registrados sem que haja a interferência do pesquisador. Triviños (1987 p. 110) declara que “o estudo descritivo pretende descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade”.
Pela natureza do estudo é adequado o uso da metodologia qualitativa para interpretação, análise de dados e descrever a coleta de informações. Marconi e Lakatos (2010) explicam que a abordagem qualitativa, de idéia inicial refere-se em analisar e interpretar aspectos com mais complexidade e descrever sua profundidade, tais como: hábitos, tendência de comportamentos, atitudes de correntes do uso da ludicidade como meio para facilitar a aprendizagem da criança.
Os autores que serão consultados para qualificar essa pesquisa são Lev Vygotsky (1984), Jean Piaget (1971), Henri Wallon (1975) e Tizuko Kishimoto (1995). Este estudo está baseado na visão desses autores onde norteará o embasamento teórico sobre a importância da Ludicidade na Educação Infantil e a contribuição do corpo docente utilizar esse recurso didático e dinâmico de ensino a fim de garantir mais eficiência para a educação de forma mais criativa e colaboradora.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- A LUDICIDADE E SUA IMPORTÂNCIA
A palavra lúdico vem do latim “ludus” que significa brincar. A ludicidade é o objeto de estudo de várias áreas como a Antropologia, História, Psicologia, Educação e Sociologia. Sua importância na educação é inquestionável. É o elemento essencial usado para motivar principalmente a percepção da criança e desenvolver suas habilidades. Mas, o que vem a ser a atividade lúdica?
Atividade lúdica é toda e qualquer animação que tem como intenção causar prazer e entretenimento em quem a pratica.
São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento. A atividade lúdica pode ser uma brincadeira, ou um jogo ou qualquer outra atividade que vise proporcionar interação. Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como ela é dirigida e vivenciada, e o porquê de sua realização.
Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, gerando um forte interesse em aprender e garantindo o prazer. Podemos verificar através das atividades lúdicas o que a criança: Faz e como organiza esse fazer. (MALUF, 2012, p. 22)
 Kishimoto (1996, p. 24) “diz que através da aula lúdica o aluno é motivado a exercer sua criatividade e não sua produtividade”. Nessa afirmação, destaca-se o valor da motivação do educador com seu educando. Wallon (2007) afirma que “a ludicidade é de fundamental importância para a criança, pois nela se inserem as atividades feitas de forma mais prazerosa e espontânea, que fazem parte da essência do comportamento infantil”. Através das atividades lúdicas as crianças aprendem e desenvolvem suas capacidades por meio das brincadeiras e jogos, mas sem esquecer-se da importância de ser tornar prazerosa. 
Friedrich Froebel foi o primeiro educador a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação do homem, criador também do Jardim de infância, e em seus estudos defendeu a ludicidade como ferramenta essencial para a educação, enfatizou a utilização dos brinquedos que leva a criança a avançar em suas hipóteses. Segundo Ele a ludicidade:
Dá alegria, liberdade, satisfação, repouso interno e externo, paz com o mundo. Uma criança que brinca integralmente, por determinação de sua própria atividade, perseverando até que a fadiga física impeça, será certamente um homem completo e determinado, capaz de auto- sacrifício para a promoção do bem estar de si mesmo e dos outros[...] O brinquedo espontâneo da criança revela a vida interior futura do homem. Os brinquedos da infância são germes de toda vida posterior (apud ANGOTTI, 1994, p. 18-19)
A ludicidade na Educação infantil busca romper o modelo tradicional de ensino, ela está presente nos jogos, brinquedos e brincadeiras, nas atividades musicais, artísticas e contação de histórias tornando um estímulo na construção de conhecimento do aluno.
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da atividade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (BRASIL, 1998. P. 21).
Entende-se que é indispensável o uso das práticas lúdicas não somente na sala de aula, mas em todo o ambiente escolar, como contribuição do desenvolvimento do indivíduo com objetivos e metas educacionais a atingir. Vygotsky (1992) afirma que a criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade do brinquedo. A atividade lúdica precisa ser, essencialmente, uma facilitadora da aprendizagem de maneira espontânea e natural, estimulando a crítica, a criatividade e a socialização da criança e o professor é o mediador desse processo ensino-aprendizagem. Os jogos e brincadeiras são importantes, por quê:
È enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos (VYGOTSKY, 1987, p. 109).
A influência dos jogos e brincadeiras fornece à criança autonomia, constitui o seu eu, auxilia na construção do seu próprio conhecimento e o torna um sujeito ativo, isto é, aprende-se brincando. Para Piaget (1976, p. 48) o jogo é uma atividade que influencia para o exercício da vida social e da atividade em construção da criança. Vygotsky (1988) diz que através da brincadeira, a criança vai adquirindo novos conhecimentos e enfatiza que é como uma fonte, porque desenvolve na criança um comportamento avançado em relação ao seu cotidiano e a criança constrói atividades através do brincar interagindo com seu meio.
2.2- CAMPOS LEGAIS E A LUDICIDADE:
 Houve uma época em que a criança era tratada como um “adulto em miniatura”. Ao atingir os 07 anos de idade, era cobrada com posturas de responsabilidades, vista apenas como algo produtivo para a sociedade que gerava economia para renda familiar, Júnior (2012) relata que até aos 6 anos de idade as crianças eram tratadas como centro das atenções, com autorização para tudo, mas ao completar os 7 anos de idade lhe eram posto responsabilidades comparadas ao adulto. Mas com o passar dos anos, precisamente, a partir do século XVII a infância estava sendo descoberta de modo paulatinamente o “olhar” diferente para a criança, levando em conta todo esse processo pelos meados do século XIX, a criança foi considerada como indivíduo central do contexto familiar, em questão disso o papel do Estado em relação da criança:
No século XIX, o Estado, que se interessa cada vez mais pela criança, vítima, delinqüente, ou simplesmente carente adquire o hábito de vigiar o pai. A cada carência paterna devidamente contatada, o Estado se propõe substituir o faltoso, criando novas instituições. (...) É verdade, não obstante, que a política de assumir e proteger a infância traduziu-se não apenas numa vigilância cada vez mais estreita da família, mas também na substituição do patriarcado familiar por um “patriarcado de Estado”. Até o final do século XIX, a criança foi vista como um instrumento de poder e de domínio exclusivo da igreja (BADINTER, 1985, p. 208-209)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) construída através da Constituição de 1988 reconheceu o direito da criança pequena o acesso a educação infantil como primeira etapa da Educação Básica, colocando-a no lugar de sujeito de direitos, no seu artigo 29, diz:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatiza seis eixos que são eles: o conviver, o brincar, o participar, o explorar, o expressar e o conhecer-se, através deles, norteará para práticas pedagógicas inovadoras e de ricas oportunidades para as crianças levando-as ao aprendizado e desenvolvimento nas instituições infantis, de garantia e de direito. O espírito lúdico precisa ser trabalhado, explorado e vivenciado no meio infantil, sua essência na infância proporciona a interação social consigo e com os outros, a criatividade e a imaginação que contribui para o processo de ensino-aprendizagem. O que a BNCC diz sobre esse aprendizado e desenvolvimento, levando em consideração o brincar: 
“Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais e é nesse ponto que iremos focar” (BRASIL, 2017, p. 36).
A ludicidade está também inserida em outros campos legais como o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), em seu artigo 59:
Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
	É mencionada, também, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNIN), Resolução CEB n° 01, de 07 de abril de 1999 (BRASIL, 1999), onde norteiam propostas pedagógicas na Educação Básica com respeito aos fundamentos e princípios éticos, políticos, estéticos, à criatividade, à ludicidade e às diversidades de manifestações artísticas e culturais. O foco é proporcionar melhores condições para o desenvolvimento e bem estar infantil. No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil está evidenciada sua suma importância com práticas lúdicas das atividades dentro da instituição infantil (BRASIL, 1999, p. 23).
	Entende-se que houve a necessidade de propor leis que amparassem a utilização de jogos e brincadeiras na aprendizagem, visto que, traz o estímulo para criança de interação, socialização e dinamismo. Segundo o autor Kishimoto:
Em meados de década de 1930 que os jogos educativos começaram a ser inseridos nas instituições infantis. Naquela ocasião, o Brasil conheceu personalidades importantes no campo da Psicologia como Claparède, Pierre Janet, Mira e Lopes, André Reis e outros que auxiliaram na disseminação de estudos na área da psicologia infantil, inclusive sobre o jogo. O sentido do jogo era considerado como uma manifestação dos interesses e necessidades das crianças e não apenas como distração. A formação da criança era viabilizada por meio dos brinquedos e dos jogos que ela executava (KISHIMOTO, 1993, p. 23).
	O autor relatou sobre a contribuição de estudiosos do campo da psicologia que perceberam a valorização da atividade lúdica, pois o sentido da utilização dos jogos e brincadeiras influencia no desenvolvimento integral da criança, fazendo a diferença na experiência presente e futura, procurando oferecer autonomia aos alunos, incentivando a auto- avaliação e fortalecendo sua auto- estima.
2.3- O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
Pensar no lúdico como recurso pedagógico é incluir a liberdade de expressão da criança, de maneira que desenvolve as habilidades cognitivas e motoras, quando utilizados tornam as atividadesmais prazerosas, dinâmicas, divertidas e de sucesso. Vale ressaltar, a importância da orientação de atuação do educador com a visão de variar e aumentar o repertório das crianças. Segundo Piaget (1971) através do lúdico a criança desenvolve e estimula o crescimento brincando. As atividades são indispensáveis, uma vez que, estimulam no desenvolvimento global da criança estudando os pontos da linguagem, cognitivo, afetivo, social e motor. Deste modo, o professor tem a chance de tornar sua prática pedagógica inovadora, pois pode proporcionar situações entre os alunos, melhorando a relação entre eles mesmos. Para Kishimoto (2002, p. 139) diz que a brincadeira é uma atividade que vem desde o nascimento adquirido no meio familiar. As crianças na medida em que vão crescendo, trazem para suas brincadeiras o que vêem, escutam, observam e experimentam. Na visão de Kishimoto (1995) com relação ao jogo incluso no recurso pedagógico diz que (...) se quisermos aproveitar o potencial do jogo como recurso para o desenvolvimento infantil, não podemos entrar em oposição a sua natureza, pois busca o prazer, a alegria, a exploração livre e o não constrangimento. O lúdico como ferramenta de ensino contribui para que os alunos tenham uma aprendizagem mais qualitativa e significativa. Brincar é a linguagem universal da criança se tornando um instrumento importante para o progresso pessoal e de alcance de objetivos. 
	Ao utilizar a brincadeira, significa que através dela, o professor de Educação Infantil propicie ao aluno o divertimento, o prazer e aprendizado tornando seu método de ensino mais leve e eficaz “[...] é preciso que os profissionais de educação entendam o real significado do lúdico para aplicá-lo de forma adequada, definindo a relação entre o brincar e o aprender e o aprender a aprender.” (SANTOS, 2001, p.15). A atividade lúdica é usada como meio para compreender, acompanhar e ajudar a criança em seu desenvolvimento, o professor pode criar laços afetivos com a criança, assim, poderá conhecê-la melhor e ajudá-la em sua formação social. Santos afirma:
O brincar é uma ferramenta a mais que o educador pode lançar mão para favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, proporcionando um ambiente escolar planejado e enriquecido, que possibilite a vivência das emoções, os processos de descoberta, a curiosidade e o encantamento, os quais favorecem as bases para a construção do conhecimento. (SANTOS, 2011, p. 17).
	 A brincadeira não é um mero passatempo, embora alguns profissionais a considerem assim, entretanto, é essencial para o desenvolvimento infantil, com o intuito de promover no processo de socialização e descoberta do mundo, a criança por meio da exploração do seu meio, tem mais chances de adquirir habilidades motoras e com facilidades para dominá-las. Piaget (1971) ressalta que o desenvolvimento da criança acontece por intermédio do lúdico, ela precisa brincar para crescer. Na afirmação desse pensamento, percebe-se a importância do universo lúdico na infância, visto que através dele, a criança se satisfaz, realiza seus desejos e explora o mundo ao seu redor.
2.4- AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS DE LEV VYGOTSKY
Lev Vygotsky foi um psicólogo que teve importantes contribuições sobre o desenvolvimento infantil. Na perspectiva Vygotskyana a criança em uma situação imaginária, uma reprodução real, faz da brincadeira muito mais lembrada de algo que lhe ocorreu do que uma situação nova, à medida que a brincadeira vai se desenvolvendo, observa-se um movimento em relação ao seu propósito. Vygotsky afirma:
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança, pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço_ ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer- e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição as regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo (VYGOTSKY, 1998, p. 130).
Vygotsky em seus estudos considerava a importância da interação social para o desenvolvimento intelectual humano, pois através de sua interação com o mundo, a criança, paulatinamente, vai apropriando-se da linguagem em suas relações com os objetos e com o outro. O autor enxergava a criança como um ser em desenvolvimento da qual tem capacidades cognitivas determinadas pelo meio social em que vive, e o adulto (família e professor) como figura essencial do saber, representando como um mediador dessa formação. A brincadeira infantil assume uma posição privilegiada, representa realidades imaginárias, da qual dão vida e prazer ao brincar, e essas relações são mediadas através dos brinquedos, das brincadeiras faz-de-conta, das ferramentas e dos signos, defendidas pelo autor, afim de, contribuir para o desenvolvimento integral do aluno. Enfatizando, na visão de Vygotsky (1998, p. 137) “a essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo e o significado e o campo de percepção visual, ou seja, entre pensamento e a realidade, e essa relações permearão na ludicidade da criança.
	Falando detalhadamente dessa grande contribuição dos estudos de Lev Vygotsky, para compreender melhor a relação desenvolvimento/aprendizagem foi a criação da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), o materialismo histórico e dialético, fundamenta-se em, o homem se produz no meio em que vive, agindo como determinante da história. A ZDP indica ao professor as habilidades próximas a serem alcançadas pelo aluno e sua capacidade para solucioná-las. Segundo o autor a ZDP divide-se em dois níveis: o Nível de Desenvolvimento Real e o Nível de Desenvolvimento Potencial. É no caminho entre esses dois pontos que a criança pode desenvolver-se intelectualmente mediante a interação e a troca de experiências. Afirma o autor que:
A brincadeira cria para as crianças “uma Zona de Desenvolvimento Proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz (VYGOTSKY, 1984, p. 97).
	Olhar para a criança como produtora de cultura e a contribuição dos jogos e brincadeiras tanto no dia a dia como na assimilação dos conteúdos curriculares é relevante para contribuir com o seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, que poderá constatar por si mesma e os avanços que é capaz de realizar e assim fortalece sua auto- estima.
2.5- AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS DE HENRI WALLON
	Henri Wallon trouxe grandes contribuições sobre o desenvolvimento infantil, que destaca comportamentos e pensamentos distintos que assim os caracterizam. Sua teoria fundamentava-se na idéia de que a criança deveria ser compreendida de uma forma holística, como uma “pessoa completa”, e não como uma forma fragmentada (Wallon, 2007, p. 198) que implica em dizer que “é contra a natureza tratar a criança fragmentariamente, pois a cada etapa da idade a criança é original e única em um curso de metamorfoses. Ela é feita de contrastes e conflitos, capaz de experimentar modificações em seu desenvolvimento”. Por conseguinte, os seus estudos levam a abrangência nos aspectos biológico, afetivo, social e intelectual da criança, por isso, era chamada a teoria da Psicogênese da Pessoa Completa. Suas idéias auxiliam na valorização da relação professor-aluno e a escola como elementos fundamentais no processo de desenvolvimento da pessoa completa. O autor afirma que no estudo da criança, o desenvolvimento é visto como uma passagem sucedida da completa imergência social:
O meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá correspondera suas necessidades e as suas aptidões sensório-motoras e, depois, psicomotoras... Não é menos verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas necessidades e de novos recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal... Os meios em que vive a criança e aqueles com que ela sonha constituem a “forma” que amolda sua pessoa. Não se trata de uma marca aceita passivamente. (WALLON, 1975, pp. 164, 165, 167).
Quanto a seus fundamentos, Henri Wallon afirmava que a criança é constituída a partir de três campos funcionais: a dimensão afetiva, a cognitiva e a motora, para ele a afetividade possui um domínio funcional importante na vida do indivíduo, tanto no social quanto no emocional, além de influenciar decisivamente na percepção, memória, pensamento, vontade e ações, agindo assim, como elemento essencial do equilíbrio da personalidade humana. Wallon diz então que (1954, p. 42) “A afetividade seria a primeira forma de interação com o meio ambiente e a causa inicial do movimento [...] As emoções, são também, a base do desenvolvimento do terceiro campo funcional, as inteligências”. Vygotsky e Wallon concordavam na mesma idéia de que, o brincar requer o envolvimento emocional, contato visual, ações, relações cognitivas na expressão e na inteligência das regras das brincadeiras. A criança que brinca, adquire oportunidades de constituir, de expressar seus sentimentos e emoções, só no simples ato de brincar.
Wallon apresenta cinco etapas da psicogênese, classificadas em: 1ª) Impulsiva- Emocional; 2ª) Sensório- motora- projetiva; 3ª) Personalista; 4ª) Categorial; 5ª) Adolescência. A cada uma dessas etapas, o autor explica sua caracterização na qual expõe a percepção, movimento, afetividade, inteligência, pessoa e a predominância funcional. Ele também destaca a utilidade dos jogos que levam ao desenvolvimento da personalidade onde a afetividade está presente no ato de jogar, são eles: 1ª) Jogos funcionais- são os que buscam a exploração dos movimentos corporais, e gerando prazer com isso, passa a repeti-los inúmeras vezes. 2ª) Jogos de ficção- são os que envolvem o “faz de conta”. A imaginação impera, é o jogo da representação e imitação das situações do seu cotidiano. 3ª) Jogos de aquisição- são os que envolvem a capacidade de ouvir, olhar, compreender e de imitar. É onde inicia a reprodução das canções. 4ª) Jogos de fabricação- são os jogos que consistem em agrupamentos de objetos e a criação de novos brinquedos. O papel do adulto educador está presente em todas as fases do desenvolvimento da criança, intervindo apropriadamente no jogo infantil, e através do uso deles a criança confirma diversas experiências vividas como: a memorização, enumeração, socialização, articulações sensoriais, e dentre outras. Wallon classificou o infantil como sinônimo de lúdico, explicando que na fase infantil o que predomina é o lúdico com criatividade de forma mais espontânea.
2.6- AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS DE JEAN PIAGET
Jean Piaget (1978) um grande biólogo e psicólogo suíço, utilizava o termo para conceituar a ação de brincar, que já faz parte da infância e do universo da criança, independente até mesmo do funcionamento da inteligência. O autor descobriu através dos seus estudos que a criança é um ser ativo, dinâmico no seu próprio desenvolvimento do conhecimento mediante sua interação com o meio e pela formação de uma estrutura interna que se encontra em expansão contínua. Piaget (1978) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Não se trata apenas como um entretenimento para envolver as crianças a gastarem energia, porém, são modos de favorecer e enriquecer o desenvolvimento intelectual. O jogo para Piaget:
O jogo começa, com efeito, desde os primórdios de dissociação entre a assimilação e a acomodação. Após haver aprendido a agarrar, a balançar, a lançar, etc. O que importa ao mesmo tempo, um esforço de acomodação a situações novas e um esforço de repetição, reconhecimento e generalização, que constituem os elementos da assimilação, produz mais cedo ou mais tarde[...] o fato de a criança agarrar pelo prazer de agarrar, balançar pelo prazer de conseguir balançar, etc, [...] em resumo, repete suas condutas sem novo esforço de aprendizagem ou de descoberta, mas pela simples alegria de dominá-las, de dar em espetáculo sua própria potência e de a ela submeter o universo. A assimilação dissocia-se assim da acomodação subordinando-a e entendendo a funcionar por si própria [...] (PIAGET, 1978, p. 208).
	Em sua totalidade o jogo é a assimilação que se sobressai à acomodação, sendo que a inteligência leva o equilíbrio dos dois. Para entender melhor o significado de assimilação e acomodação, é, no entanto: Assimilação: é a incorporação de um novo objeto ou esquema, para depois assimilá-los. “A assimilação é uma porta do processo pelo qual o indivíduo intelectualmente, no ambiente se adapta e organiza. Para os adultos os seus esquemas são diferentes do das crianças. Piaget detalha e explica essas modificações pelo processo de acomodação.” (PIAGET, 1972, p. 72). Acomodação: apresenta-se de duas formas, uma é a modificação constante das estruturas cognitivas do sujeito, e a outra é a origem de novos esquemas.
	Em seus estudos, Jean Piaget, dividiu o processo de desenvolvimento cognitivo infantil em quatro estágios: 1) sensório-motor (0 a 2 anos) entende o mundo através das percepções sensoriais e esquemas motores. 2) pré-operatório (2 a 7 anos) entende o mundo através da linguagem oral e de esquemas simbólicos. 3) operatório-concreto (7 a 12 anos) entende o mundo o mundo do pensamento lógico e categorias. 4) Operatório formal (12 anos ou +) entende o mundo através do pensamento hipotético e raciocínio científico. Dentro dessas fases do desenvolvimento da criança, Piaget descreve quatro estruturas básicas dos jogos infantis, e classifica-os em: 1) Jogos exercícios que são a repetição de gestos, movimentos e percepções simples, ocorrendo no período sensório-motor. 2) Jogos simbólicos é a fase do faz-de-conta/ fantasia, é o desenvolvimento da imaginação e resolver conflitos e realizar desejos, ocorrendo no período pré- operatório. 3) Jogos de regra é caracterizado por desenvolver o raciocínio lógico, afetivo e social. 4) Jogos de construção é a transição entre o jogo simbólico e o de regras, caracterizando por uma atividade lúdica e simbólica no qual o desafio que foi aceito pelo jogador é realizá-lo. O Jogo para Piaget, no entanto é, a construção do conhecimento, especialmente, nos períodos sensórios- motor e pré- operatório. Desde pequenas as crianças através dos objetos adquirem seu espaço, tempo e expõem idéias de casualidade até chegar a representação e a lógica (PIAGET, 1994.
Os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras preestabelecidas, elas aprendem a esperarem sua vez e também a ganhar e a perder. É através do ato de brincar que se abrem caminhos de transição para níveis mais elevados de desenvolvimento mental, e permite que cada criança se reestruture, se reinvente com sua forma de compreender, sentir, pensar e interagir com a realidade. Com isso, ressalta-se a importância na intervenção dos educadores que oriente sua atuação, estudar e introduzir pedagogicamente o lúdico em suas atividades visando ao progresso integral da criança.
2.7- COMO O LÚDICO PODE AJUDAR NA APRENDIZAGEM INFANTIL
O lúdico é uma estratégia insubstituível como material pedagógico para ser usada como estímulo na construção do conhecimento e no avanço das habilidades infantis. A brincadeira incentiva aos sentimentos infantis, (Kishimoto, 1992, p. 61) “A brincadeira, na sua teoria, é a expressão dos sentimentos necessidades e interesses da criança e por isso tem um fim em si mesma”. A atividade lúdicainserida em sala de aula, até mesmo em todo o ambiente escolar aproveitando o espaço, prioriza a liberdade de expressão e criação, trabalha na criança a abstração, imaginação e principalmente o prazer em aprender. Santos afirma, que o brinquedo é cultura para a criança:
[...] educacional, porque o brinquedo educa; pessoal, porque a ação de brincar deixa sua marca na vida das pessoas; social, porque ele é “presente” destinado à criança e, por isso tornou-se uma atividade ritualizada entre pais e familiares; psicológica, porque, no brincar as pessoas se revelam como são; filosófica, porque a atividade lúdica faz pensar, refletir e questionar sobre a origem das coisas; mística, porque o brincar tem um caráter mágico; histórico, porque através do brincar das crianças em épocas distantes; econômica, porque é um dos produtos mais vendidos do mundo. (SANTOS, 2011, p. 13).
	Mediante o lúdico tem-se a oportunidade de desenvolver o cognitivo da criança, onde ela experimenta, observa, inventa, assimila e conclui habilidades. Vale ressaltar, que o momento lúdico em sala de aula, pode ou não ser feito com jogos ou brinquedos, pois o lúdico é também um conjunto de atitudes. 
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 1995, p. 41).
	A ludicidade aplicada de forma adequada privilegia a aprendizagem dos discentes, porque proporciona um espaço alegre criativo e motivador e o aluno adquirindo essas experiências se torna ativo e inovador.
2.8- A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA E TODA EQUIPE PEDAGÓGICA
A Educação lúdica contribui para o desenvolvimento das crianças, e por assim dizer, promove no processo de socialização e de descoberta do mundo. Mas, para que isso aconteça, o professor deve planejar suas aulas diárias a partir das ações lúdicas adequadas ao nível de ensino que a criança se encontra, envolvendo jogos, brincadeiras, brinquedos, viabilizando o acesso a aprendizagem do conhecimento. Segundo Kishimoto (1997) o uso do jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para relevância dessa ferramenta que leva para o ambiente do ensino- aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Piaget fala mais sobre a contribuição do professor em adquirir recursos pedagógicos para auxiliar a criança a se reinventar, criar:
Os professores podem guiá-las proporcionando-lhes os materiais apropriados mais o essencial é que, para que uma criança entenda, deva construir ela mesma, deve reinventar. Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma, permanecerá com ela (PIAGET, 1989, p. 53).
	Consequentemente, a partir da intervenção adequada do educador, o aluno torna-se autônomo, reflexivo, criativo, com habilidade metacognitiva que possibilita que ele venha conduzir seu próprio processo de construção do conhecimento e aperfeiçoando ao longo do tempo.
Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos, e companheiros com quem brincar ou jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. (BRASIL, 1998, p. 29).
 O educando da Educação infantil estimulado de forma ampla, por meio da exploração do meio ambiente, tem mais chances de praticar as habilidades motoras e dominá-las com mais facilidade. Segundo Horn, Silva e Pothin (2007, p 62)” o professor, ao elaborar sua proposta de trabalho, deveria refletir sobre as metas a atingir, o valor imposto ao ato de brincar e qual o espaço para esse tal ato se torne significativo”. Com isso, O espaço escolar influencia de forma significativa para o desenvolvimento da criança, sendo um ambiente propício para descobertas e interações sociais (interações com o (a) professor (a), com as crianças, com os brinquedos e materiais, com o ambiente e entre a Instituição e a família). A escola tem como papel importante na preparação de todo o corpo docente para desenvolver conteúdos e estratégias mais prazerosas. 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação pessoal, de se estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (BRASIL, 1998, p. 12).
Educar através da ludicidade enriquece o vocabulário e aumenta o raciocínio. Deste modo, o professor não pode excluir a dimensão lúdica do brincar, visto que, envolvem dupla função: o lúdico e o educativo. O ato de brincar enriquece a dinâmica das relações sociais em sala de aula, fortalecendo a relação entre o ser que ensina e o ser que aprende.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vista aos argumentos apresentados, pode-se perceber o quão é essencial a utilização da ludicidade (brinquedos, jogos, brincadeiras, faz-de-conta, contação de histórias, cantigas e dentre outros), como ferramenta pedagógica na Educação Infantil. Tendo em vista que, ela é o encaixe junto com a educação para trabalhar o interesse e estimular o intelectual do educando, fazendo-o gostar do ambiente escolar e o prazer pelo aprendizado. Através desse estudo pode-se perceber que por meio das atividades lúdicas a criança consegue desenvolver habilidades, competências, linguagem oral, criatividade, imaginação, interação com o mundo e com o próprio eu, além de construir seu próprio conhecimento.
Vale salientar, a importância do profissional de Educação Infantil e das instituições de ensino apresentarem propostas pedagógicas em suas práticas de educar e cuidar, mediando como uma ponte entre o conhecimento e o aluno e exercendo o papel fundamental, ativo e dinâmico desse processo. O educador precisa compreender a criança, conhecer sua realidade, o currículo e a educação para que o seu ensinar contribua de maneira positiva para a sociedade. 
Assim, concluiu-se que o brincar é uma forma diferenciada de ensino e aprendizagem, de fato que quando bem aplicada desperta a curiosidade do educando e torna a aprendizagem espontânea e prazerosa. Com isso, as brincadeiras e os jogos oferecem caminhos amplos para o desenvolvimento das crianças, tornando-as mais críticas, autônomas, inovadoras e felizes, e como resultado: um aprendizado com significação.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF: MEC/ SEF, 1998. V.1.
HORN, Cláudia Inês. Brincar e jogar: atividades com materiais de baixo custo/ Cláudia Inês Horn, Jaqueline Silva da Silva, Juliana Pothin, Porto Alegre: Mediação, 2007.
KISHIMOTO, T. M. (2002). O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira- Thomson Learning.
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MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Atividades Lúdicas para Educação Infantil: conceitos orientações e práticas. 3ª. Ed. Petrópolis RJ: Vozes, 2012.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.
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PIAGET, (J. A Equilibração das Estruturas Cognitivas). Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
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SANTOS, Santa Marli Pires dos. O Brincar na escola: Metodologia Lúdico- vivencial, coletâneas de jogos, brinquedos e dinâmicas. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
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WALLON, A evolução psicológica. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
WALLON (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa.

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