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APNÉIA DA PREMATURIDADE Profº Dr. Ivan Peres Costa ivan.peres@uni9.pro.br Definição Cessação da respiração por um período igual ou superior a 20 segundos ou período menor se apresentar desaturação, bradicardia, palidez, cianose e hipotonia. Respiração periódica movimentos respiratórios de 10 a 15 s, intercalados por pausa respiratória com duração de 5 a 10 s. Incidência Aumenta com a diminuição da idade gestacional, sendo diagnosticada em 54% dos recém- nascidos com 30-31 semanas e aproximadamente em todos com menos de 29 semanas de gestação. Classificação Obstrutiva = o fluxo gasoso é interrompido, porém os movimentos respiratórios persistem. Central = movimentos respiratórios e o fluxo gasoso cessam simultaneamente. Mista = estão presentes o componente central e obstrutivo. Etiopatogenia Imaturidade do centro respiratório Hipotermia Infecção Posicionamento no leito Fisiopatologia A imaturidade do sistema nervoso causa menor números de sinapses entre os neurônios, arborização dendrítica escassa e mielinização incompleta, dificultando a despolarização dos neurônios e conseqüentemente retardo na propagação do estímulo nervoso. Características anatômicas e fisiológicas Fisiopatologia Centro respiratório ( nº conexões sinápticas) Patência das vias aéreas (hiperflexão) Caixa torácica (complacência/distorção) Controle humoral (quimiorreceptores/ PaO2/ PaCO2) Sono Tratamento Inicialmente adequação da temperatura e suporte de oxigênio. Farmacológico: derivados de metilxantinas como a cafeína ( o volume minuto, melhorar a sensibilidade ao CO2, a hipóxia por depressão da respiração, melhorar a atividade diafragmática e a respiração periódica). CPAP – pressão positiva contínua nas vias aéreas obstrução laríngea e faríngea, CRF, melhorando a oxigenação. Mantém a patência das vias aéreas, regulariza o ritmo respiratório por estímulos dos receptores vagais, estabiliza a caixa torácica. Parâmetros indicados: fluxo 7L/min, PEEP de 6 cmH2O e FiO2 entre 21 e 100%. Estimulação vestibular e/ou tátil MMC – método mãe canguru Posição Prona Estimulação olfatória Ventilação Mecânica Estimulação vestibular e tátil Metódo Canguru Posição Prona Ventilação Mecânica Fisioterapia Papel primordial no tratamento e avaliação da apnéia da prematuridade, desde as aplicações das técnicas já citadas como na tentativa de amenizar as conseqüências decorrentes do período de internação. TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO Definição Distúrbio respiratório agudo, autolimitado e geralmente benigno também denominada como dificuldade respiratória, pulmão úmido ou SDR tipo II. Acomete RN a termo ou RNPT limítrofes de parto cesárea. Incidência De 1 a 2% dos RNs vivos, acometendo mais o sexo masculino, e filhos de mãe diabética e/ou asmática. Maior incidência em RN com IG superior a 34 semanas e PN superior a 2.000 grs e os submetidos a asfixia neonatal. Diagnóstico Realizado por exclusão, pois sua semelhança com outras doenças pulmonares confundem o diagnóstico. Sinais e Sintomas Os sinais clínicos surgem precocemente, ao nascimento ou nas primeiras 6 a 8 horas, desaparecendo completamente até o quarto ou quinto dia de vida pós-natal. Etiologia Desconhecida: uma hipótese é o retardo na absorção do líquido pulmonar fetal pelo sistema linfático pulmonar; Parto cesárea & Parto normal; Quadro Clínico Em alguns casos podem evoluir para insuficiência respiratória grave, caracterizado por hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca. Desconforto respiratório precoce (nas 1as horas de vida) Taquipnéia (f superior a 80 rpm) Quadro Radiológico 90% no início do quadro não apresentam nenhuma alteração. Congestão vascular peri-hilar radiada e simétrica; espessamento de cisura interlobares (cisurite), normalmente dos lobos médios e superior direito; Quadro Radiológico hiperinsuflação pulmonar de graus variáveis Aumento do diâmetro antero-posterior do tórax retificação dos arcos costais, inversão da cúpula diafragmática ocasionalmente discreta cardiomegalia e/ou derrame pleural. 6 horas após o nascimento 24 horas após o nascimento Tratamento Cuidados gerais (manipulação mínima, temperatura corpórea entre 36 e 37ºC; pausa oral enquanto o (BSA) for superior a 3; controle hídrico que é extremamente importante para diminuir os riscos de hipertensão pulmonar. Fisioterapia Mobilizar e eliminar as secreções pulmonares; Melhorar a ventilação pulmonar; Melhorar a oxigenação e trocas gasosas; Diminuir o trabalho respiratório; Diminuir o consumo de oxigênio; Prevenir complicações. Oxigenoterapia Halo de oxigênio VMNI CPAP (prong nasal) A atuação da fisioterapia é de forma profilática, pois raramente esses RN apresentam hipersecreção pulmonar, porém apresentam hiperinsuflação, indicando assim manobras e posicionamento adequados visando a melhora do padrão respiratório.
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