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Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo II – GRÉCIA ANTIGA – Antiguidade Clássica: Cidade grega - características e função dos espaços abertos. Prof. Karina Jorge GRÉCIA IDADE BRONZE (c. 2500-1100 a. C.) • Região montanhosa, o que favorecia a ocupação a partir de pequenos principados independentes; • Economia: Intenso comércio Marítimo (Fonte de Riquezas) Cultivadores de Industrias (têxtil, de óleos e perfumes, metalúrgica) Invasões Bárbaros (do Norte) – Início da Idade do Ferro • Regressão a Autarquias (auto suficiente) Neolíticas (semelhante a idade da pedra) • Formação dos Genos liderados pelos Pater Famílias • Organização em Frátrias ( na qual um ajuda o outro na produção e na colheita) Será a estrutura base para formação Polis POLIS ou CIDADES ESTADO GREGAS • Surgimento da Capital: dominava diversos centros urbanos autônomos (Lesbos dominava 5 cidades; Creta dominava 50 cidades; Atenas e Esparta: ainda maiores) • Composição dos Centros Urbanos: Limites cadeias montanhosas Porto afastado (defesa) Comunicação Marítima População reduzida (maiores 40mil, médias 20 mil, ideal 5-10mil) • Principais órgãos de funcionamento: 1. Pritaneu: local simbólico, consagrado ao deus protetor (rituais, sacrifícios, banquetes, abrigo de hospedes estrangeiros) 2. Bulé: conselho dos nobres/funcionários que representam a assembléia dos cidadãos 3. Ágora: a assembléia que se reúne para deliberações, num local ao ar livre preparado para tanto, em uma praça de mercado, conhecido também como ágora. POLIS ou CIDADES ESTADO GREGAS • Organização da Cidade: Inexistência de zonas fechadas, mas sim recintos para estar público Articulação Espaço: áreas privadas, sagradas e públicas; Organismo Artificial + Ambiente Natural: equilíbrio com a natureza • Organização Física: Colina + Planície Vizinha + Cinta murária = organismo único Acrópole: cidade Alta (refúgio + templos) Astus: cidade baixa (comércio e relações civis) - Acrópole: sede dos 1ºs hab, caráter defensivo; - Areopago: tribunal, templos a Dionísio, Zeus. ATENAS (VII-IV a.C.) Crescimento da Cidade: - Areopago - Pnice: reuniões assembleia; - Ágora - Pireu: Porto comercial Militar - Acrópole: área sacra, panateneias (local onde aconteciam festas realizadas em homenagem à deusa grega Atena), templo de Atena Nike; ATENAS (VII-IV a.C.) - Acrópole Templo Atena Nike Propileu Parthenon – Templo à Atenas Estátua de Atenas Templo à Erecteu Encosta Acrópole: Teatro de Dionísio e Odeom ATENAS (VII-IV a.C.) - Acrópole Via Sacra - Portão Dipilon-Ágora-Acrópole ATENAS (VII-IV a.C.) Representação de uma Cidade – Estado (Pólis) TRAÇADO HIPODÂMICO Hipódamo de Mileto Arquiteto que trabalhou pela reconstrução de Mileto (região da atual Turquia - destruída na invasão Persa - considerado pai do planejamento urbano; Cidade: 3 zonas (consagrada aos deuses, pública, propriedade individual) Trama Viária: Grelha Ortogonal Vias Principais: poucas vias, com medida de 5-10m Vias Secundárias: maior quantidade, com medida 3-5m Quarteirões uniformes: 30-35m (1-2 casas) X 50-300m (sequência de casas) Conformidade com obstáculos naturais: ajustava o perímetro dos quarteirões com o limite irregular das cadeias montanhosas Muros População máxima: 10 mil habitantes MILETO (V a.C.) 1 2 4 • Traçado Hipodâmico: Vias Ortogonais, Zoneamento conforme o uso • Acrópole: localizada fora da cidade 1. Quarteirões Residenciais 2. Complexo da Ágora 3. Complexo Lazer (cultural e atlético) 4. Portos Comercial e Militar 1 4 3 3 MILETO (V a.C.) Complexo Ágora Central: 1. Porto 2. Área Porticada (comércio e administração) 3. Buleutério 2 4. Ágora 5. Via Sacra 6. Templo Apolo Delphico (Delphinium) 7. Nymphaion (Monumento - Fonte às Ninfas) 1 3 4 5 6 7 Priene (IV a.C.) 2 1 3 8 6 1. Ágora 2. Teatro 3. Estádio e Ginásio 4. Via Principal 7 Traçado Hipodâmico: Vias Ortogonais 4 5. Templo Atena 6. Templo Zeus 7. Acrópole 8. Entrada 5 Priene (IV a.C.) 7 vias principais (N-S, 7m) 15 vias secundárias (L-O, 4m, degraus) Quarteirões Residenc.: 47x35m, 4 casas Priene (IV a.C.) 2 1 3 5 6 1 24 11 8 12 1-1. Via Principal 2-2. Continuação do grid viário 3. Área Livre Central 4. Hall Porticado 9 10 5. Mercado de Peixe e Carne 6. Via secundária com escada 7. Templo a Atena 8. Stoa Norte (comércio) 9. Buleuterion 10. Pritaneu (reunioes governo) 11. Ginásio 12. Templo a Zeus 7 TIPOLOGIAS ARQUITETÔNICAS – GRÉCIA ANTIGA – Arquitetura Grega - Características Elementos em função dos quais se organizava a arquitetura grega: ÷ Mestria no trabalho em pedra; ÷ Devoção pela matemática – tida como algo místico, um fim e não um meio; ÷ Religião – veneração pelo corpo humano tendo como consequência a elevação da escultura à categoria de arte dominante; Casas Gregas Edifícios Residenciais: Vida privada limitada, vida cotidiana pública e ao ar livre. - estruturas secundárias, - poucas diferenciações hierárquicas, - simplicidade - Átrio cercado cômodos. Casas Gregas Olinto: quarteirões residenciais Quarteirões residenciais Stoa - Bloco edifício alongado, - voltado para a ágora, - com colunata (via porticada) - sequencia de salas ao fundo (comercio ou escritórios administrativos) Buleutério Priene Mileto Abriga as reuniões da Bulé (assembléia); Geralmente na ágora (ou perto) - Fileiras de bancos (cidadão votam) - Antessala com altar devocional - Cobertura (estrutura madeira) Teatro Mileto Priene Abriga apresentações dramáticas, musicais e rituais religiosos Construído em encostas; Descobertos Composto por: theatron: plateia orchestra: palco circular + coro skene: cena / bastidores TEMPLOS • Foram os ediEcios de maior expressão da arquitetura grega. • Eram a morada e abrigo das divindades, locais onde eram colocadas as imagem, à qual os fiéis não Nnham acesso, pois os rituais eram realizados ao ar livre, ao redor do templo. Os fiéis apenas subiam aos templos para entregar oferendas e realizar sacriEcios. Também por esse moNvo havia maior preocupação com a decoração exterior do que com a interior. Sistema Trílico (tri = três / lithos = pedra) Harmonia Estática da Construção Templos Duas estruturas VerNcais Uma estrutura Horizontal de fechamento: Arquitrave TEMPLOS Estrutura planimétrica do templo – elevação CORNIJA FRISO ARQUITRAVE COLUNAS BASE ou EMBASAMENTO ENTABLAMENTO FRONTÃO Templos - Edifícios mais eminentes da cidade: tamanho e refinamento; - Solução constritiva simples X Riqueza ornamental TIPOS DE TEMPLO GREGO CONFORME A DISTRIBUIÇÃO DAS COLUNAS TEMPLO GREGO TEMPLO GREGO TEMPLO GREGO TEMPLO GREGO TIPOS DE TEMPLO GREGO CONFORME O NÚMERO DE FILAS DE COLUNAS TIPOS DE TEMPLO GREGO CONFORME O NÚMERO DE COLUNAS NA FACHADA TEMPLO GREGO CONFORME O INTERCOLUNIO espaço entre colunas estava diretamente ligado à relação com o d i â m e t r o d a s colunas DÓRICA, JÔNICAE CORÍNTIA TEMPLO GREGO – AS ORDENS ARQUITETÔNICAS DÓRICA Sua decoração é quase inexistente; A s s e n t a - s e d i r e t a m e n t e n o estilóbato (último degrau superior) sem base; Aspecto sóbrio, pesado, maciço, t r a d u z i n d o a s s i m a f o r m a masculina; O fuste é robusto e com caneluras em aresta viva e o capitel formado pelo ábaco e equino (ou coxim), extremamente simples e geométrico, com forma almofadada; Ábaco Equino Colarinho Templos Dóricos Partenon – Acrópole Atenas Templo Efesto – Ágora Atenas JÔNICA Difere da ordem anterior nas proporções de todos os elementos e na decoração mais abundante da coluna e do entablamento e pela coluna assentar em uma base; Pela sua dimensão e formas mais esbelta, traduz a forma feminina; Possui um fuste alongado e delgado, com caneluras semi-cilíndricas, sem arestas vivas, e em maior número que na ordem dórica; O capitel possuía um ábaco simples e o equino em forma de volutas enroladas em espiral. Templos Jônicos Templo Atena Nike – Acrópole Atenas Erecteion – Acrópole Antenas CORÍNTIA Possui um capitel com forma de sino invertido, decorado com folhas de acanto, coroadas por volutas jônicas; A base era mais trabalhada e o fuste mas delgado, simboliza a ambição, riqueza, poder, luxo e ostentação. Templos Coríntio Templo Zeus Olímpico – Atenas TEMPLO GREGO - Cariátides Templo de Erecteu – Acrópole de Atenas Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo II – ROMA ANTIGA – Cidade de Roma e as “Castrum”. Forma e função na arquitetura romana. Prof. Karina Jorge Gregos x Romanos O grego era um artista profundamente religioso, o seu maior empreendimento arquitetônico foi o templo – o santuário esculpido. O romano olhava a arquitetura como uma estrutura, absorvendo a envolvência do espaço. As construções com fins utilitários - pontes, estradas, aquedutos – constituíam alguns dos excelentes monumentos do Império Romano e exemplificam as suas melhores qualidades. O templo grego era um santuário isolado, reservado; o templo romano era um elemento característico da rua – um monumento urbano. Gregos: cidade contida – Acrópole isolada, a ágora e rua porticada Romanos: Planejamento urbano tornado arte monumental – cidade capital – eixo principal, arco triunfal, palácio dominante, avenida, fontes, assim como todos os atributos do poder e da vaidade. (inspiração para posteriores: Viena, Paris e Washington) Arquitetura Romana Política do “pão e circo” - pacificação da plebe mediante donativos e diversões: anfiteatro, teatros, arenas, balneários (thermas) Os romanos precisavam de edifícios espaçosos. Apreciavam o que era maciço e duradouro, a pedra, o tijolo, tiveram sorte em possuir cimento Pozzolana, considerado o melhor do mundo. A base da arquitetura era o ARCO DE VOLTA PERFEITA, que foi largamente explorado. Os romanos construíam frequentemente arcos com vãos de cerca de 25m. Arco Romano a. O pórNco com lintel exerce uma descarga direta de cima para baixo; b. O arco de volta perfeita exerce empuxo centrífugo e para baixo; c. Na abóboda de berço exerce uma pressão con`nua, centrífuga e de cima para baixo em todo o seu comprimento; d. Na abóboda de aresta – intersecção de 4 arcos, o empuxo está concentrado nos quatro cantos, assim, os lados podem ser abertos, mas devem ter em sua forma ideal a mesma largura; e. Uma sucessão de abóbodas de aresta, com janelas clerestóricas altas, é possível, se os cantos de cada tramo Nverem contrafortes. Arco Romano Ao conceberem a abóboda de arestas, os Romanos avançaram imensamente no sentido de resolver o problema de um teto altamente arquitetônico sobre uma grande área, subsistindo no entanto, uma limitação: a de que os arcos nos quatro lados do tramo abobadado deveriam ter todos a mesma altura de modo que a base do teto assentasse toda no mesmo plano horizontal, o que implicava que o tramo fosse necessariamente quadrado, o que os obrigava a projetar em função de um módulo quadrado, o que não os impediu de construir de forma monumental. Sistema de Arcos de Cúpula Os romanos também desenvolveram o sistema de arcos na cúpula – Panteão de Roma Panteão de Roma – Templo para abrigar todos os Deuses CASTRO (CASTRUM) Romano - Cidades construídas para impor e manter a autoridade do Império, - Caráter Militar: abrigar campos legionários (bases de abastecimento e sede de tropas); - -Implantação: travessias de rios ou cruzamentos de estradas; - Regras Castramentação: Perímetro quadrado ou retangular; Trama viária em grid ortogonal (Regularidade formal) Vias Principais em cruz: Cardo ou Via Principalis (N-S, próxima a um lado) Decumanus ou Via Praetoria (L-O, divide a cidade na metade) Sobre a localização dos equipamentos na Castrum: Insualae (habitação): quarteirões com perímetro regular (quadrado ou retangular) Fórum: ângulo de cruzamento Cardo-Decumanico (equivalente à Ágora Grega) cercado por colunatas Edifícios públicos: Templo, Teatro, Banho ou Terma (próximos ao fórum) Anfiteatro (terreno inclinado, distante do centro) Fortificações (facultativas) CASTRO (CASTRUM) 1. Principia (sede administrativa - parte do quartel general) Pretório (quartel general) Foro 2. Cardo ou Via Principalis 3. Decumano ou Via Pretoria 4. Porta Pretoria 5. Porta Dextera 6. Porta Decumana 7. Porta Sinistra Aosta (25 a.C.) Timigad (ou Trier , 14 a.C.) 1 2 3 4 5 6 7 C AC. Decumano B. Cardo B A Augustodonum (ou Autun 12 a.C.) 2. Cemiterio 3. Porto 4. Armazéns 5. Ponte de Pedra 6. Cardo ou Via Principalis 7. Templo de Apolo 8. Fórum e Decumano ou Via Praetoria 9. Anfiteatro 10. Teatro Arquitetura Romana Tipologias Domus Romanas Edifícios Residenciais: - Famílias Privilegiadas, - Unifamiliar, - Pátio cercado cômodos, - Fechadas para exterior. Peristilo Casa dos Vettii, Pompeia Insulae Romana Edifícios Residenciais: - Bloco de Apartamentos - Multifamiliar - Apartamentos entorno de átrio, - Abertas para exterior, - Térreo comércios, - Madeira: perigo fogo Estradas Via em Pompéia Via Apia (Roma) Via Apia (Minturno) 3 classes Vias Romanas: Itinera (à pé) Actus (1 carro) Viae (2 carros; 4,5-6,5m) Aquedutos - Aquedutos (Abastecimento Água) 11 Termas 926 Banhos 1212 Fontes (maioria população) Aquedutos Acqua Appia (312 a.C. 1º aqueduto Romano) Acqua Marcia (mais longo, 90km) Anio Novus (Maior Volume) Banhos e Termas Higienização + convício social - Banhos Públicos - Alas Masculinas X Femininas, - Edifício Abobadado (abóbodas de aresta); Termas de Caracala, Roma Basílica - Usos: Administração Justiça, Banqueiros Mercadores (homens de negócios) - Planta Retangular, - Circundado por Colunata. Basílica Julia, Roma Basílica Emília, Roma Basílica Julia, Roma Circus - Uso: Entretenimento Corridas de carros (cavalos) Desfiles oficiais comemorativos - Planta Elíptica alongada: - Acessos abobadados: Sustentação Arquibancadas Circus Maximus, Roma Planta do Circus de Emerita Augusta Anfiteatro - Uso: Entretenimento Disputas de Gladiadores e feras, Simulação Batalhas Históricas,incluindo as Navais - Planta Elíptica; - Acessos abobadados: Sustentação Arquibancadas Anfiteatro de Pompeia Coliseu, Roma Templos Romanos Mais tradicional e próxima da arquitetura grega – a forma típica do templo grego foi mantida, mas a cela aumentou de tamanho, absorvendo as colunas laterais e da parte posterior do edifício Características Comuns dos Templos Romanos Assentados sob um pódio – estrados em pedra maciça; Caráter frontal – fachada assinalada pelo pórtico e escadarias de acesso; Geralmente em planta retangular com uma só cella, fechada; Sem peristilo – falsamente perípteros pois as colunas laterais estavam endossadas nas paredes exteriores da cella; As colunas e o entablamento seguiam à maneira grega – ordens. Planta do Templo Romano Ordens
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