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EXERCÍCIOS SOBRE ARQUITETURA DE ROMA *OBS: Gabarito no final do arquivo 1- Sobre as características da arquitetura e do urbanismo no Império Romano, assinale a alternativa incorreta: A) A arquitetura era marcada pela monumentalidade, característica que era acentuada pela aglomeração de templos em um único lugar. B) Urbanisticamente, as cidades eram formadas por uma retícula regular composta por um eixo norte-sul (cardo) e leste-oeste (decumanos). C) Existiam 3 tipos de cidades: Colônia e, Municipia e Civitates. D) Havia apenas um tipo de rua, a Viae, e não existiam medidas para controle da circulação. E) Os tipos de habitação eram 2: as Domus e as Insulae. 2- Quais características espaciais e construtivas melhor descrevem estes modelos “aburguesados” da organização social romana ressaltados no parágrafo abaixo? Em contraste diagramático, Roma revela a relação de uma classe dominante exploradora com um proletário deprimido e como Petrônio, o Árbitro bem disse em Satyricon: “A gente humilde vivia pessimamente, pois as mandíbulas das classes superiores estão sempre em festas”. Enquanto um punhado de patrícios, cerca de mil e oitocentas famílias ocupava grandes mansões privadas, não raro com amplos jardins e casa suficientemente grandes para conter todo um agrupamento de servos livres e escravos, muitas das casas sendo verdadeiros palácios [...] Mumford (2004, p.242) A) Habitações distribuídas em edifícios de 3, 4 e até 5 pavimentos construídas em tijolos e precariamente estruturadas em madeira. B) Trata-se de habitações coletivas distribuídas em grandes quadras com térreos utilizados para fins comerciais. Os andares superiores refletem a organizam social da sociedade a medida que o primeiro piso era ocupado por famílias de melhores condições financeiras e o último piso ocupado pelas famílias mais pobres. C) Diz respeito casas ricamente ornamentadas organizadas entre um sistema pátios colunados denominados “peristílo” que têm a função de organizar espaços e circulação do corpo principal da habitação com o entorno formado por jardins e varandas. D) Trata-se de habitação urbana inserida em setores específicos da cidade, enfatizando a segregação social romana organizada em bairros das classes altas e bairros das classes trabalhadoras. E) Diz respeito às mansões dos grandes imperadores construídas a partir do século I a.C. 3- "A arquitetura romana perfilhou a decoração do estilo grego: colunas, frontões, cornijas etc: todavia, as duas arquiteturas expressam os extremos do pensamento humano, tal é a relevância do "estilo" comparado com a cultura" [JORDAN, pg 45]. Em relação às diferenças entre a cultura grega e a romana, assinale a alternativa incorreta: A) O Grego era um artista profundamente religioso. O seu maior empreendimento arquitetônico foi o templo - o santuário esculpido. O Romano, por seu turno, olhava a arquitetura antes de mais como uma estrutura; absorvia-o a envolvência do espaço, de vastas superfícies, com abóbadas ou cúpulas - proezas de engenharia em pedra, tijolo ou cimento; B) O contraste entre o templo grego e o romano revela o caráter de um povo. O templo grego era um santuário, reservado e isolado; o templo romano, tal como algumas igrejas barrocas, era um elemento característico da rua - uma fachada com um grande lanço de escadas que dava acesso a um pórtico de colunas coríntias ricamente esculpidas. O primeiro era um tributo à divindade; o segundo uma expressão do orgulho imperial, um monumento urbano; C) Os Gregos também tinham uma sensibilidade extraordinária para projetar cidades, mas de um tipo diferente - contido e sublime [construções da Acrópole]. Os Romanos levaram à história não apenas a engenharia como base da arquitetura mas também o planeamento urbano tornado propositadamente arte monumental. E inventaram a cidade capital: com o aparecimento da grande capital na história, surgiu também toda uma série de edifícios que constituem uma cidade [palácios, teatros, templos, pátios, bibliotecas, blocos habitacionais - as insulae, moradias]; D) O Romano raramente era sereno, requintado ou exaltado. Na sua arte e arquitetura são outras as qualidades a procurar: estruturas vastas, ousadas e eficazes; decoração prolixa e de todo o gênero. Os gregos da era clássica produziram alguma escultura e alguma arquitetura, dando-lhe expressão mais elevada; Roma imperial produziu enormes quantidades de ambas as coisas, a maior parte de categoria secundária; E) O elemento estrutural que une formalmente a arquitetura grega e a romana é o arco, devido à necessidade de ambas as culturas em relação à criação de edifícios espaçosos. Por isso, o arco de volta perfeita foi largamente explorado: o arco é um modo de utilizar pequenas pedras para cobrir um vão largo. 4- "...O Romano olhava a arquitetura antes de mais nada como uma estrutura; absorvia-o a envolvência do espaço, de vastas superfícies..." [JORDAN, pg 46]. Sob este aspecto, não faz parte da lista de principais invenções e/ou aplicações e progressos romanos: A) Abóbadas de arestas, que consiste na intersecção de duas abóbadas de berço sobre um tramo quadrado, resolvendo-se cinco problemas: o empuxo concentra-se nos quatro cantos do tramo abobadado; passa a ser possível [em teoria] a abolição total da parede, exceto pelos contrafortes nos quatro cantos; permite-se a abertura de grandes janelas, no cimo da parede, por baixo dos arcos das abóbadas [clerestório]; o cimbre de madeira usado para um tramo de abóbada pode ser desmontado e usado de novo para o tramo seguinte, e torna-se possível uma sucessão de tramos quadrados; B) O sistema de arcos na cúpula. Este apresentava um problema essencial: as abóbadas só podem ser erigidas sobre tramos quadrados, o que exigiu uma solução, também encontrada pelos romanos, que foi colocar eficazmente uma cúpula sobre um quadrado através do pendente, um pequeno segmento triangular de cúpula erguendo-se sobre cada canto. A transformação de um quadrado em um círculo foi assim alcançada na construção da famosa cúpula do Panteão [Roma120-124]; C) Uma das maiores cúpulas do mundo, o Panteão [Roma, 120-124], cujas espessas paredes, num nível inferior, são recortadas por nichos e recessos: sua massa ergue-se até a base circular da enorme cúpula com caixotões. O grande óculo aberto, no topo, ilumina o interior, ao mesmo tempo que reduz o peso e, consequentemente, o empuxo da cúpula; D) O arco, que deu-nos monumentos como as termas ou o Panteão. Proporcionou-nos também construções práticas como as pontes e os aquedutos. Os romanos utilizam, de preferência, água fluvial filtrada; canalizam-na num condutor retangular revestido com reboco de tijolos em pó coberto, mas passível de ser inspecionado e arejado, com declive o mais constante possível, de maneira que a água flua livremente. A mais notável provavelmente é a Pont du Gard, no sul da França [14 d.C.]. Tinha 274 m de comprimento e transportava, sobre três séries de arcos, a conduta de água através do vale, a 55 m acima do nível do rio Gard; E) Os teatros e anfiteatros romanos, que podiam ser construídos onde quer que lhes aprouvesse, dispondo os lugares sobre séries de arcos sucessivamente mais altas. O maior anfiteatro era o Coliseu de Roma, que tem a forma de uma enorme elipse e possui um sistema de paredes radiais que sustentavam as bancadas e davam acesso aos corredores e zonas onde se podia deambular. Todas as bancadas de pedra tinham, portanto, de ser construídas sobre uma complexa série de corredores abobadados, uns concêntricos em relação à elipse, outros radiais, e alguns deles incluíam as escadarias. GABARITO: 1 - D 2- C 3- E 4- B
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