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PARA FIXAR... 1 - QUAIS ERAM OS RECURSOS ARQUITETÔNICOS UTILIZADOS PELOS ROMANOS EM SUAS CONSTRUÇÕES? 2 - O QUE VEM A SER UM PLANEJAMENTO HIPODAMICO? 3 – QUAL A IMPORTÂNCIA DA ROMA ANTIGA NO DESENVOLVIMENTO DO URBANISMO? 4 – QUAIS SÃO OS TIPOS DE ARCOS E ABÓBODAS UTILIZADAS NA ROMA ANTIGA? REPRESENE-OS GRAFIAMENTE. 5 - DIFERENCIE AS INSULAE, DOMUS E VILLAE ROMA NA ANTIGUIDADE Enquanto que para os gregos “as coisas úteis deviam ser belas”, para os romanos “até as coisas belas deviam ser úteis”. Os romanos, embora marcados pela herança civilizacional grega, tinham um sentido mais prático da vida e das artes. A grandiosidade e o carácter utilitário e duradouro dos seus monumentos são os principais aspectos originais dos romanos. Os templos, os teatros, anfiteatros e as estátuas denunciam imitação dos gregos; as vias, pontes, aquedutos, basílicas e arcos de triunfo são originais dos romanos. Estas construções repetiram-se ao longo dos séculos durante novos movimentos artísticos e ainda hoje perduram. Durante séculos, os romanos criaram uma profusão de edifícios de grande importância. Revolucionaram as técnicas de construção. A utilização repetida do arco, da abóbada e da cúpula mostram-nos, na atualidade, concepções de rara beleza com esquemas espaciais grandiosos e imaginativos. CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA ROMANA. • Escala monumental. • Alta concepção espacial e adaptabilidade estrutural – funcional – estética. • Definição de grandes volumes a partir do espaço interior. • Arquitetura abobadada. ROMA ERA UMA CIDADE PLANEJADA Em sua parte central havia quarteirões inteiramente simétricos, como um tabuleiro de xadrez. Com a crescente expansão da população, criaram-se áreas sem nenhum planejamento: Bairros mais distantes. Não havia um único padrão de organização, e ressaltava as diferenças sociais. DA PÓLIS À CIVITA - A RETÍCULA HIPODÂMICA A CIDADE ROMANA Hipódamo de Mileto foi arquiteto e filósofo contemporâneo de Péricles que viveu em Atenas no século V a.C., e é citado por Aristóteles como criador do urbanismo ao projetar uma cidade ideal para ser ocupada por 50.000 mil habitantes. Criou para esta uma TRIPARTIÇÃO DE CLASSES SOCIAIS e outra TRIPARTIÇÃO FUNCIONAL PARA O ESPAÇO (sagrado, privado e público). Geralmente ignorava-se a topografia e buscava-se no esquema de ruas uma funcionalidade que para época era algo incomum. O “Estudo de Planejamento Urbano para o Porto de Atenas” (451 a.C.), que é considerado uma obra de Hipódamo de Mileto, serviu de base para formar as normas de planejamento urbano da época e foi usado em muitas cidades-estados coloniais gregas da época clássica, o que facilitava a implantação destas. Sua proposta era baseada em traçado de ruas regulares ao longo de padrões reticulados (provavelmente inspirado na Babilônia), intercalava praças abertas na grelha, e no CENTRO DA RETÍCULA SE ENCONTRAVA A ÁGORA, espaço vetado ao trânsito carroçável. Contudo, na retícula hipodâmica, ainda faltava o eixo dominante e a posição dos edifícios principais era determinada pelo espaço circundante. A RUA era o que determinava o traçado da cidade de forma mais abstrata e infinita. Para isso, os romanos implantam TRAÇADOS REGULARES E GEOMÉTRICOS, ou, se isso não fosse possível, incluíam edifícios esplendidos, como é o caso de Roma, exemplo de cidade- estado com função de CAPUT MUNDI (topo, capital do mundo) de onde emanavam todas as diretrizes relacionais, todas as regras ideais - da cidade para o universo – URBI ET ORBIS. Basílica Aemília Templo de Júlio César Basílica Júlia Templo de Saturno Tabularium Arco de Séptimo Severo CIDADE ROMANA As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido Do ponto de vista urbanístico, as cidades do Império Romano são herdeiras das helenísticas, das quais tomam todos os seus saltos tecnológicos, que possibilitam até hoje que um grande número de pessoas coabite um mesmo território – as infraestruturas urbanas: redes de esgoto e drenagem, abastecimento de água, implantação e pavimentação de estradas, comércio, lazer para as massas, etc. A esses fundamentos, os romanos acrescentam como PRINCÍPIOS URBANÍSTICOS: • O traçado regular, que já havia sido ensaiado por Hipódamo na Grécia. • O limite ou delimitação da cidade (as muralhas). • A proeminência do sistema viário (a cidade a partir da rua como elemento morfológico). • A regularidade das quadras (módulo) - O cardo e o decumano, que se cruzavam em ângulo reto. (CARDO NORTE - SUL e DECUMANO LESTE-OESTE) O desenvolvimento do conceito monumental de desenho urbano se dá na área central da Roma antiga, no Fórum Magnum Republicano, parte monumental da cidade, onde os templos e principais edifícios públicos estavam inseridos. Neste: O ESPAÇO URBANO É O NOVO PARADIGMA NA ORGANIZAÇÃO DA CIDADE. 2º momento da concepção espacial romana – entende que a melhor maneira de organizar o espaço urbano é PENSAR NO CONJUNTO EDIFICADO. 1º momento da concepção espacial romana – pensavam os EDIFÍCIOS MONUMENTAIS ISOLADAMENTE. CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA 1. AS NOVAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS de arcos e abóbadas, que reduzem as colunas e arquitraves a motivos decorativos. 2. A EXPLORAÇÃO DAS POSSIBILIDADES FUNCIONAIS, que revolucionaram não apenas a forma de abordar a arquitetura doméstica, mas também multiplicaram os conteúdos de lazer e institucionais que a arquitetura pública deve enfrentar. 3. A EXTREMA CRIATIVIDADE TIPOLÓGICA , que faz de sua obra uma enciclopédia morfológica da arquitetura, com uma escala monumental, uma poderosa concepção espacial e uma clara definição dos grandes volumes. FIRMITAS – UTILITAS – VENUSTAS Essa nova forma de encarar a arquitetura SUPERA O CONCEITO DE ORDEM estabelecida pelos gregos como forma de controle, pois exige um conceito mais complexo para controlar a produção tectônica (arte de construir edifícios), o de TIPO. Marcos Vitrúvio Polião Foi um engenheiro e arquiteto romano que viveu no séc. I a.C. e deixou como legado a sua obra em 10 volumes, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. 40 a.C.) que constitui o único tratado europeu do período greco-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração a diversos textos sobre construções, obras hidráulicas e arquitetônicas desde a época do renascimento. "Em toda arquitetura deve-se levar em conta sua solidez, sua utilidade e sua beleza" Os seus padrões de proporções e os seus princípios arquitetônicos: FIRMITAS = SOLIDEZ = estabilidade, tecnologias e conforto. UTILITAS = UTILIDADE = finalidades funcionais, sociais, pessoais e psicológicas. VENUSTAS = BELEZA = forma, proporção e escala. Esses padrões inauguraram a base teórica da arquitetura clássica. FIRMITAS, UTILITAS E VENUSTAS Devem estar presentes e integrar-se com equilíbrio no processo arquitetônico - A alteração desse equilíbrio produz erros arquitetônicos. É o equilíbrio correto e a ponderação entre os três componentes da época de Vitrúvio, que garante o grande caráter da obra arquitetônica. Do entendimento desses componentes e de sua integração arquitetônica se deriva indiretamente o conceito de tipo. O CONCEITO DE TIPO O tipo arquitetônico é o conjunto que combina os três elementos Vitruviano. Isto é, será tipo arquitetônico toda combinação ou conjunção de uma determinada utilitas e uma determinada firmitas, expressada de acordo com uma venustas determinada. TIPO (REGRA IDEAL) ≠ ORDEM (REGRA GERAL) O TIPO é o objeto a partir do qual podem ser CONCEBIDAS OBRAS DIFERENTES ENTRE SI, é uma IDEIA que constitui a uma BASE PARA IMITAÇÃO, cuja essência é um princípio elementar, uma espécie de núcleo, que se apresentadiferente em cada cultura. A IMITAÇÃO DO TIPO, diferentemente da CÓPIA DE UM MODELO, pode conduzir a inúmeras possibilidades de finalização, dependendo do contexto de cada projeto. O TIPO É A IDEIA GENÉRICA, PLATÔNICA, ARQUETÍPICA, A FORMA BÁSICA DA ARQUITETURA. HAVIA EM ROMA DUAS GRANDES TIPOLOGIAS 1. Uma, ligada às obras públicas e civis, mais inovadora nas formas e técnicas. 2. Outra, ligada especialmente à arquitetura religiosa, mais tradicional e próxima da arquitetura grega; ABASTECIMENTO DE ÁGUA AQUEDUTOS Para o funcionamento dos 11 aquedutos, a água era sempre proveniente de locais mais elevados, o que impulsionava a distribuição pelo sistema. A estrutura era construída em formas de ARCOS PLENOS . Os condutores eram feitos de tijolos e revestidos internamente por cimento. Esquema em planta dos 11 aquedutos da Antiga Roma AQUEDUTOS Obcecados por noções de higiene pessoal, os romanos trouxeram água para o coração das cidades e construíram esgotos para remover os dejetos. Desde cedo os romanos se deram conta da necessidade de obras hidráulicas para o conforto e saúde do povo e saneamento das cidades. Tinham em suas cidades água corrente, trazida de colinas e montanhas a mais de 80 quilômetros de distancia por meio de grandes aquedutos. Ofereceram banhos e lavatórios públicos, e também sistema de esgoto. Aqueduto de Segóvia O Aqueduto de Segóvia foi construído durante os séculos I e II, no reinado dos imperadores romanos Vespasiano e Trajano. O aqueduto que resta tem 29 metros de altura e 728 de longitude total. 167. Foram empregados, grosso modo, cerca de 35.000 blocos de granito. SISTEMA DE ESGOTO CLOACA MÁXIMA A cidade contava com um sistema de esgoto chamado de CLOACA MÁXIMA. O sistema não atendia a toda a cidade, nos bairros mais pobres, acumulavam lixo e detritos de todo o tipo a céu aberto, propagando doenças como a malária. Foram construídos aquedutos para transportar água e garantir o abastecimento à população. A CLOACA MÁXIMA, era destinada ao esgotamento subterrâneo de águas estagnadas dos pés da colina do Capitólio até o Tibre, ainda hoje em operação, foi concluída no governo de Tarquínio Prisco em 514 a.C., quinto rei romano de origem etrusca. A galeria possui 740 m de extensão e diâmetro equivalente de até 4,30 m. Detalhe do traçado da cloaca máxima em operação até hoje. RUAS As ruas pavimentadas e geralmente cercadas de calçadas tinham de 6 a 12 metros de largura e possuía uma área exclusiva para os pedestres, outra para os veículos. HIGIÊNE TERMAS O sentido utilitário do urbanismo romano revelou-se ainda na construção das termas, estabelecimentos de banhos públicos, dotados de salas de temperaturas diferentes, vestiários, piscinas de água quente e fria, palestras, salas de descanso, de massagem, de reuniões. Prática da mais elementar higiene, o banho era, para os Romanos, um momento cultural, permanecendo como uma das facetas mais civilizadas e agradáveis da vida quotidiana. Para a tornar possível, as cidades estavam equipadas com aquedutos, normalmente obras grandiosas, que conduziam as águas dos reservatórios naturais, muitas vezes longe da cidade, até aos fontanários públicos e às casas particulares. Porém, o lazer e a distração não foram esquecidos nas cidades romanas Os banhos eram estruturas opulentas, com acabamento em mármore e cheios de estátuas, fontes e jardins. As Termas de Caracala, era um grande complexo de lazer, com estádio, ginásio, biblioteca e salões de palestras, possuía inúmeras salas com piscinas de diferentes temperaturas, banhos individuais e áreas sociais. Podia atender cerca de 2.000 pessoas simultaneamente. O edifício principal era decorado com ouro e mármore, e o piso revestido por mosaicos. No subterrâneo uma tubulação desviada de um aqueduto trazia ao complexo cerca de 20 mil litros de água todos os dias O CORAÇÃO DA CIDADE FÓRUM E BASÍLICAS O Fórum era o coração das cidades romanas, local de reunião, centro da vida pública e o principal centro comercial da Roma Imperial. Em geral é um praça rodeada de edifícios como templos, basílicas, arcos e colunas, onde haviam lojas, praças de mercado e de reunião. A BASÍLICA ROMANA era um grande edifício público, no fórum, onde assuntos de negócios ou jurídicos eram tratados. As primeiras basílicas não tinha função religiosa. A planta em geral era retangular, com uma nave central e duas laterais mais baixas, cujo desnível servia para iluminar o interior. A planta era terminada por um semicírculo que servia de tribunal, ou abside para abrigar uma estátua. Tinha a intenção de expressar a autoridade romana ao ignorar a escala humana. NAVE CENTRAL NAVES LATERAIS ENTRADA E ABSIDE A Basílica era o principal lugar público de encontro coberto e era usada como tribunal, espaço de comércio e sala de reuniões. A mais grandiosa foi a Basílica de Constantino, com duas naves laterais e uma nave principal cobertas com tetos de concreto abobadado. A nave principal tinha 80 metros de comprimento, 25 de largura e 35 de altura. DIVERSÃO EM MASSA CIRCOS TEATROS E ANFITEATROS Existem certas semelhanças entre OS CIRCOS, TEATROS E ANFITEATROS da Roma Antiga. Todos eles se construíam com os mesmos materiais: pedras e argamassa romana, e tinham a finalidade de atender ao ócio e diversão dos cidadãos por meio de espetáculos. O Circo derivava dos hipódromos gregos, eram longas pistas de corrida para carruagens e cavalos, uma instalação destinadas a divertir o povo. A arena alongada, era dividida em dois pela spina formando duas ruas por onde corriam as carruagens. Nos circos faziam-se batalhas, corridas de cavalos e outras diversões. O ESPETÁCULO PARA AS MASSAS: Teatros, Anfiteatros e Circo. O TEATRO ROMANO é a ampliação tipológica do teatro grego. Neste, menor valor é concedido ao coro na sua função dramática, por isso, A ORQUESTRA DIMINUI DE TAMANHO E SE TORNA SEMICIRCULAR. A sua função era servir de espaço para a encenação de peças teatrais. O Teatro Romano não é mais na colina, mas sim um local construído em terreno plano. Deriva do teatro grego, embora seja maior e sua abertura tem forma semi-circular. A platéia no teatro romano era sustentada por um sistema de abóbodas e arcos e era utilizado para as encenações de peças teatrais. O teatro de Marcelo. O COLISEU ROMANO O Coliseu, tinha capacidade para 70.000 expectadores, a sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros, a arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates , possuia 4 pavimentos que atingiam 54 metros de altura. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). Formado por cinco anéis concêntricos de arcos, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas na base, jônicas no meio e coríntias no alto. Sob a arena existia um nível subterrâneo com celas e jaulas. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. RELIGIÃO TEMPLOS A arquitetura religiosa Na arquitetura religiosa, a forma típica do templo grego foi mantida, mas a cela aumentou de tamanho, absorvendo as colunas laterais e da parte posterior do edifício. Características comuns dos templos: • Sobre um pódio (estrado em pedra maçiça); • Carácter frontal(fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso); • Geralmente de planta retangular, com uma só cella, fechada ; • Sem peristilo: eram falsamente perípteros pois as colunas laterais estavam adossadas às paredes exteriores da cella. • As colunas e o entablamento eram à maneira grega, seguindo as ordens, mas tinham uma função meramente decorativa. Nem todos os templos romanos eram retangulares. Os gregos já haviam construído Tholoi circulares, cuja planta baixa circular foi aplicada aos templos romanos. Um dos mais impressionantes é o Templo da Sibila O mais famoso dos templos romanos O PANTEÃO, foi dedicado a todos os deuses, e representava a postura sóbria desse povo em relação a vida. O Panteão é um gigantesco templo com cúpula, um edifício vasto com engenharia arrojada, o qual fez uso brilhante do advento do concreto. Sua cúpula de concreto possui 43,2 metros de diâmetro, apoiada em 8 arcos embutidos nas espessas paredes com cerca de 6 metros. O PANTEÃO construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano, foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, nomeadamente os dos povos dominados, permitindo a sua integração política. Construído em 115 d.C. por um arquiteto sírio, Apolodoro de Damasco, é praticamente uma esfera de cerca de 43 metros de diâmetro, que resulta em uma cúpula semiesférica. A planta é centralizada, no qual o Tholos da arquitetura mediterrânea está combinado com a cúpula criada pelos construtores mesopotâmicos, onde, na zenital deixou-se uma abertura para captar a luz para o interior. Para que a cúpula se tornasse mais leve os construtores moldaram alvéolos no teto que serviam para dois propósitos, um deles era estético, fazendo parte da decoração do edifício e o segundo para reduzir a quantidade de concreto utilizada na cúpula. O óculo é uma cavidade de 9 metros de diâmetro no centro do teto, e servia para eliminar a tensão do concreto na ponto mais fraco da cúpula, e permite a entrada de luz natural no interior do edifício ORDENS CLÁSSICA - ADAPTABILIDADE GREGAS X ROMANAS Enquanto um império pagão, os romanos utilizaram o modelo do templo grego para seus próprios templos, adaptando as ordens aos seus conceitos arquitetônicos e criando assim, a versão romana das ordens clássicas gregas. Embora os romanos tenham tido uma preferencia clara por ordens mais rebuscadas como a coríntia e a compósita, a ordem dórica e a jônica também sofreram adaptação. As diferenças são sutis e a maior parte delas está nos entablamentos. ADAPTABILIDADE DAS ORDENS CLÁSSICAS - ORDENS ROMANAS • A ordem Toscana - A arquitetura etrusca deixou uma herança representativa para a arquitetura romana: arquitetura tumular, arcos e abóbadas, muralhas e cidades fortificadas, são o principal. De maneira que os etruscos utilizavam sistemas de colunas e essas colunas se assemelhavam com as colunas da ordem dórica grega. Posteriormente, a arquitetura romana fez uso da ordem toscana em determinados projetos, porém, é aqui que temos que ter muito cuidado. O fato da ordem toscana ser similar a ordem dórica grega, pode gerar comparações, mas defini-la com uma origem grega seria especulação. • A ordem Compósita - Suas origens remontam a arquitetura romana. A ordem compósita apresenta diversas variações e sua identificação leva em consideração a existência de pelo menos uma fileira de folhas de acanto na base do capitel e em seu topo as volutas jônica. MARCOS E MONUMENTOS ARCOS ROMANOS OS ARCOS E COLUNAS O ARCO DO TRIUNFO é um tipo de monumento introduzido pela arquitetura romana, que originalmente foi utilizado como um símbolo da vitória de uma determinada batalha. Nem todos os arcos do triunfo da Antiguidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna, principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como modelo para a construção de novos monumentos urbanos, em um contexto diferente do original. Os principais arcos do triunfo clássico são: Arco de Tito; Arco de Sétimo Severo; Arco de Constantino Arco de Constantino Arco de Tito Arco de Sétimo Severo ELEMENTOS CONSTRUTIVOS CONCRETO, PEDRAS , ARCOS , ABÓBODAS E CÚPULAS A CONSTRUÇÃO ROMANA As formas da construção romana surgem de uma nova linguagem baseada na conquista real, e na mudança de paradigma sobre o elemento expressivo específico da arquitetura: O ESPAÇO. Na arquitetura grega: O conceito de espaço se limita a uma articulação plástica de superfícies exteriores e de volumes expostos como um objeto puramente decorativo. NA ARQUITETURA ROMANA: O espaço passa a ser visto como o lugar concreto da ação e da experiência humana, ele se torna o objeto mesmo da expressão formal. O espaço é definido pelas paredes como invólucros da forma. A arquitetura é uma expressão do espaço que se desenvolve através da criação de um interior. Essa concepção da arquitetura é a expressão privilegiada DO USO DO CONCRETO, DO ARCO E DA ABÓBADA COMO PRINCÍPIO CONSTRUTIVO. OPUS CAEMENTICIUM opus (significa obra). CIMENTO HIDRÁULICO, derivado de depósitos vulcânicos encontrados originalmente nos arredores de Puteoli (atual Pozzuoli) e denominados de POZOLANA. Os romanos descobriram que, ao misturar a pozolana com cal, pedregulho e água, obtinham uma mistura que sofria reações químicas e enrijecia até chegar a uma consistência semelhante à da pedra, inclusive sob a água, nas quais os construtores romanos começaram a aproveitar a resistência superior da pozolana. Exemplo de Opus Caementicium em uma antiga tumba na Via Ápia em Roma. A cobertura original foi removida. TRABALHO EM PEDRA. • Opus Incertum: (opus significa obra): Tipo de alvenaria feita com pedras irregulares e empregada principalmente nos últimos anos da República Romana. As pedras eram assentes como uma boa dose de argamassa, e muitas vezes são empregadas para compor o enchimento do miolo das paredes (espécie de concreto). • Opus Reticulatum: Tipo de alvenaria feita com pequenos blocos de pedra em forma piramidal (15 cm de lado) assente em ângulo. A parte interna do bloco era talhada de maneira pontiaguda para melhor fixação. • Opus Latericium e Testaceumopus: é um tipo de alvenaria feita com adobe, tijolo seco ao sol, ou denominado OPUS TESTACEUM quando a técnica é feita com tijolo cozido. Quando os tijolos são assentes inclinados em “espinha de peixe”, dizemos OPUS SPICATUM. ABÓBADA DE CANHÃO OU DE BERÇO. Os romanos fizeram largo uso da abóbada de canhão, que no início era implantada como sucessivos arcos plenos independentes. Com a chegada do concreto, a abóbada de canhão foi feita mediante arcos diretores de pedra, sobre o qual se colocavam placas de pedra transversalmente. Por cima destas placas se vertia o concreto que aumentava de espessura na jusante (parte mais baixa) do arco. A construção em canhão mais engenhosa dos romanos foi mediante o uso de arcos de blocos de barro cozido, entrelaçados por blocos transversais. Por cima desta estrutura também se vertia o concreto (Opus Caementicium). A abóbada concretada se mostrava como uma unidade totalmente monolítica, e permitia a aplicação de decoração na parte côncava. DIFERNTES TIPOS DE ABOBODAS UTILIZADA PLOS ROMANOS A CÚPULA HEMISFÉRICA A cúpula é uma abóbada de diretriz curva, cuja forma é gerada por um arco que gira em torno de um eixo, de modo que tenha sempre seção horizontal circular. Também chamada cúpula hemisférica, abóbada de revolução e abóbada esférica. Na maioria das vezes as cúpulas são calotas esféricas. Muitas vezes tem no seu ponto mais alto uma pequena lanterna, propiciando iluminaçãozenital e pontual no interior do edifício. A superfície que arremata externamente a cúpula chama- se zimbório ou domo. Cúpula do Panteão - Roma HABITAÇÕES ROMA ERA UMA CIDADE DIVIDIDA ENTRE O LUXO E A MISÉRIA. TIPOS DE HABITAÇÕES DE ROMA INSULAE - As ínsulas eram prédios habitacionais com vários andares, situados nos centros urbanos. Os espaços eram em grande parte comuns e habitados por mais que uma família. Construídas em madeira, estas casas não revelavam grandes condições e queimavam com facilidade. Eram blocos de apartamentos com 4 ou 5 andares. As casas estavam juntas umas às outras, não tinham casa de banho, nem cozinha, nem água canalizada, nem sistema de esgotos. Nelas habitavam as camadas mais pobres, as classes miseráveis. DOMUS - localizadas nos centros urbanos, eram habitadas pelos grandes senhores da sociedade romana. Estas casas eram espaçosas e bastante luxuosas. Tinha jardins, piscina, sistema de esgotos, aquecimento, água canalizada. Algumas tinham banhos privativos, jardins interiores e estavam decoradas com pinturas murais e mosaicos. VILLAE - Estas casas eram bastantes luxuosas: tinham várias divisões, (casa de banho, quartos, sala de jantar). A casa organizava-se em torno de um pátio central, tinha jardins, piscina, sistema de esgotos, aquecimento, água canalizada. As vilas ou casas de campo pertenciam a grandes proprietários rurais. Eram sinónimo de riqueza e bom gosto. As cidades romanas eram grandes e populosas. O grande crescimento da população urbana tornou necessária a edificação de células habitacionais, surgia assim a construção massificada. A maioria dos cidadãos romanos vivia em edificações baratas de madeira e tijolos de barro chamadas INSULAE. Em virtude da grande quantidade de incêndios e desabamentos, as insulae passaram a ter assoalhos e paredes de concreto à prova de fogo. Chegavam a ter de 6 a 8 andares INSULAE INSULAE Residências multifamiliares que surgiram para resolver o problema da densidade populacional. Os PISOS TÉRREOS eram normalmente usados para COMÉRCIO e DEPÓSITO. O abastecimento de ÁGUA só chegava no PAVIMENTO TÉRREO das INSULAS. Eram construídas de TIJOLOS, NÃO possuíam LATRINA, COZINHAS, CHAMINÉS ou CASAS de BANHO. A DOMUS: costuma ter um ou dois pavimentos praticamente fechados para o exterior e voltados para o interior, agrupando seus cômodos de forma axial e simétrica ao redor de um átrio, e um ou mais pátios peristilo. As plantas com átrio seguem o modelo em que os principais cômodos da casa ficavam diretamente voltados para este pátio central, que permitia o acesso à iluminação zenital, o recolhimento das águas da chuva para uma cisterna e a circulação de ar. Essas moradias apresentam uma parede cega na fachada principal, sem recuos em relação à calçada. Considerando a evolução tipológica da planta, a casa passa a ser setorizada em espaços íntimos e social. As fachadas eram planas e sem janelas, ou reservadas para o comercio, com a incorporação do uso misto entre privado e comercial. Domus Casas com pátio interno. VILLAE Edifícios de habitação rural, eram pequenas fazendas dependentes do trabalho familiar ou em grandes lotes de escravos ou servos. Os recintos eram voltados para a paisagem, para receber o sol no inverno e a sombra no verão (fachada norte – a insolação no hemisfério norte é oposta a do hemisfério sul). As nobres residências imperiais, eram distribuídas em vários planos com escadarias, numerosos pátios com colunatas, templos, bibliotecas, salas de banquetes, aquartelamentos, jardins com fontes e estátuas. A maior e mais influente foi a Villa de Adriano, em Tívoli, exigiu 15 anos de trabalho, sendo uma sequência de edificações em meio a paisagem, com teatro, termas, bibliotecas, pórticos e um palacete que se estendiam por quatro quilômetros de jardins. VILLAE VILLAE Teatro Marítimo Canopo: é um plano de água de 119 metros de comprimento por 18 metros de largura. As grandes termas. O frigidarium conservou parcialmente a sua cúpula. A hospitalia, compõe-se por dez quartos distribuidos de ambos os lados de um corredor central. Era um alojamento para os soldados de elite da guarda pretoriana. O Palácio Imperial de Adriano. Este monumento, uma obra-prima da arquitetura romana, representa um dos mais significativos testemunhos da arte da época de Augusto, e pretende simbolizar o período de paz e prosperidade vivido durante a Pax Romana. A Ara Pacis propriamente dita estava dentro de um recinto de mármore, finamente decorado com cenas de devoção, nas quais o imperador e sua família foram retratados no ato de oferecer sacrifícios aos deuses.
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