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Aula 06 - Arquitetura Romana

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PARA FIXAR... 
 
1 - QUAIS ERAM OS RECURSOS ARQUITETÔNICOS UTILIZADOS PELOS 
ROMANOS EM SUAS CONSTRUÇÕES? 
 
2 - O QUE VEM A SER UM PLANEJAMENTO HIPODAMICO? 
 
3 – QUAL A IMPORTÂNCIA DA ROMA ANTIGA NO DESENVOLVIMENTO DO 
URBANISMO? 
 
4 – QUAIS SÃO OS TIPOS DE ARCOS E ABÓBODAS UTILIZADAS NA ROMA 
ANTIGA? REPRESENE-OS GRAFIAMENTE. 
 
5 - DIFERENCIE AS INSULAE, DOMUS E VILLAE 
 
ROMA 
NA ANTIGUIDADE 
Enquanto que para os gregos “as coisas úteis deviam ser belas”, para 
os romanos “até as coisas belas deviam ser úteis”. 
Os romanos, embora marcados pela herança civilizacional grega, tinham um sentido 
mais prático da vida e das artes. 
 
A grandiosidade e o carácter utilitário e duradouro dos seus monumentos são os 
principais aspectos originais dos romanos. 
Os templos, os teatros, anfiteatros e as estátuas denunciam imitação dos gregos; as 
vias, pontes, aquedutos, basílicas e arcos de triunfo são originais dos romanos. 
 
Estas construções repetiram-se ao longo dos séculos durante novos movimentos 
artísticos e ainda hoje perduram. 
Durante séculos, os romanos criaram uma profusão de edifícios de grande 
importância. Revolucionaram as técnicas de construção. A utilização repetida do 
arco, da abóbada e da cúpula mostram-nos, na atualidade, concepções de rara 
beleza com esquemas espaciais grandiosos e imaginativos. 
CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA ROMANA. 
 
• Escala monumental. 
 
• Alta concepção espacial e adaptabilidade 
estrutural – funcional – estética. 
 
• Definição de grandes volumes a partir do espaço 
interior. 
 
• Arquitetura abobadada. 
ROMA ERA UMA CIDADE PLANEJADA 
 
Em sua parte central havia quarteirões inteiramente simétricos, como um tabuleiro de 
xadrez. Com a crescente expansão da população, criaram-se áreas sem nenhum 
planejamento: Bairros mais distantes. Não havia um único padrão de organização, e 
ressaltava as diferenças sociais. 
DA PÓLIS À CIVITA - A RETÍCULA HIPODÂMICA 
 
A CIDADE ROMANA 
 
Hipódamo de Mileto foi arquiteto e filósofo contemporâneo de Péricles que 
viveu em Atenas no século V a.C., e é citado por Aristóteles como criador do 
urbanismo ao projetar uma cidade ideal para ser ocupada por 50.000 mil 
habitantes. 
 
Criou para esta uma TRIPARTIÇÃO DE CLASSES SOCIAIS e outra TRIPARTIÇÃO 
FUNCIONAL PARA O ESPAÇO (sagrado, privado e público). 
 
Geralmente ignorava-se a topografia e buscava-se no esquema de ruas uma 
funcionalidade que para época era algo incomum. 
O “Estudo de Planejamento Urbano para o Porto de Atenas” (451 a.C.), que é considerado 
uma obra de Hipódamo de Mileto, serviu de base para formar as normas de planejamento 
urbano da época e foi usado em muitas cidades-estados coloniais gregas da época clássica, 
o que facilitava a implantação destas. Sua proposta era baseada em traçado de ruas regulares 
ao longo de padrões reticulados (provavelmente inspirado na Babilônia), intercalava praças 
abertas na grelha, e no CENTRO DA RETÍCULA SE ENCONTRAVA A ÁGORA, espaço vetado ao 
trânsito carroçável. 
Contudo, na retícula 
hipodâmica, ainda faltava o 
eixo dominante e a posição 
dos edifícios principais era 
determinada pelo espaço 
circundante. 
A RUA era o que determinava o traçado da cidade de forma mais abstrata e infinita. 
Para isso, os romanos implantam TRAÇADOS REGULARES E GEOMÉTRICOS, ou, se isso não 
fosse possível, incluíam edifícios esplendidos, como é o caso de Roma, exemplo de cidade-
estado com função de CAPUT MUNDI (topo, capital do mundo) de onde emanavam todas as 
diretrizes relacionais, todas as regras ideais - da cidade para o universo – URBI ET ORBIS. 
Basílica Aemília 
Templo de Júlio César 
Basílica Júlia Templo de Saturno 
Tabularium 
Arco de Séptimo 
Severo 
CIDADE ROMANA 
As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido 
 
Do ponto de vista urbanístico, as cidades do Império Romano são herdeiras das helenísticas, 
das quais tomam todos os seus saltos tecnológicos, que possibilitam até hoje que um grande 
número de pessoas coabite um mesmo território – as infraestruturas urbanas: redes de esgoto 
e drenagem, abastecimento de água, implantação e pavimentação de estradas, comércio, lazer 
para as massas, etc. 
 
A esses fundamentos, os romanos acrescentam como PRINCÍPIOS URBANÍSTICOS: 
• O traçado regular, que já havia sido ensaiado por Hipódamo na Grécia. 
• O limite ou delimitação da cidade (as muralhas). 
• A proeminência do sistema viário (a cidade a partir da rua como elemento morfológico). 
• A regularidade das quadras (módulo) - O cardo e o decumano, que se cruzavam em ângulo 
reto. (CARDO NORTE - SUL e DECUMANO LESTE-OESTE) 
O desenvolvimento do conceito monumental de desenho urbano se dá na área central da 
Roma antiga, no Fórum Magnum Republicano, parte monumental da cidade, onde os templos 
e principais edifícios públicos estavam inseridos. Neste: 
O ESPAÇO URBANO É O NOVO PARADIGMA NA ORGANIZAÇÃO DA CIDADE. 
 
2º momento da 
concepção espacial 
romana – entende 
que a melhor 
maneira de 
organizar o espaço 
urbano é PENSAR 
NO CONJUNTO 
EDIFICADO. 
1º momento da concepção espacial romana – pensavam os EDIFÍCIOS MONUMENTAIS 
ISOLADAMENTE. 
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA 
 
1. AS NOVAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS de arcos e abóbadas, que reduzem as 
colunas e arquitraves a motivos decorativos. 
2. A EXPLORAÇÃO DAS POSSIBILIDADES FUNCIONAIS, que revolucionaram não 
apenas a forma de abordar a arquitetura doméstica, mas também multiplicaram 
os conteúdos de lazer e institucionais que a arquitetura pública deve enfrentar. 
3. A EXTREMA CRIATIVIDADE TIPOLÓGICA , que faz de sua obra uma enciclopédia 
morfológica da arquitetura, com uma escala monumental, uma poderosa 
concepção espacial e uma clara definição dos grandes volumes. 
 
FIRMITAS – UTILITAS – VENUSTAS 
 
Essa nova forma de encarar a arquitetura SUPERA O CONCEITO DE ORDEM 
estabelecida pelos gregos como forma de controle, pois exige um conceito mais 
complexo para controlar a produção tectônica (arte de construir edifícios), o de TIPO. 
Marcos Vitrúvio Polião 
 
Foi um engenheiro e arquiteto romano que viveu no séc. I a.C. e deixou como legado a 
sua obra em 10 volumes, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. 40 a.C.) que 
constitui o único tratado europeu do período greco-romano que chegou aos nossos dias 
e serviu de fonte de inspiração a diversos textos sobre construções, obras hidráulicas e 
arquitetônicas desde a época do renascimento. 
 
 "Em toda arquitetura deve-se levar em conta sua solidez, sua utilidade e sua beleza" 
 
Os seus padrões de proporções e os seus princípios arquitetônicos: 
 
FIRMITAS = SOLIDEZ = estabilidade, tecnologias e conforto. 
UTILITAS = UTILIDADE = finalidades funcionais, sociais, pessoais e psicológicas. 
VENUSTAS = BELEZA = forma, proporção e escala. 
 
Esses padrões inauguraram a base teórica da arquitetura clássica. 
FIRMITAS, UTILITAS E VENUSTAS 
 
 Devem estar presentes e integrar-se com equilíbrio no processo 
arquitetônico - A alteração desse equilíbrio produz erros arquitetônicos. 
 
É o equilíbrio correto e a ponderação entre os três componentes da 
época de Vitrúvio, que garante o grande caráter da obra arquitetônica. 
 
Do entendimento desses componentes e de sua integração arquitetônica 
se deriva indiretamente o conceito de tipo. 
 
O CONCEITO DE TIPO 
 
O tipo arquitetônico é o conjunto que combina os três elementos Vitruviano. 
 
Isto é, será tipo arquitetônico toda combinação ou conjunção de uma determinada 
utilitas e uma determinada firmitas, expressada de acordo com uma venustas 
determinada. 
 
TIPO (REGRA IDEAL) ≠ ORDEM (REGRA GERAL) 
 
O TIPO é o objeto a partir do qual podem ser CONCEBIDAS OBRAS DIFERENTES ENTRE SI, 
é uma IDEIA que constitui a uma BASE PARA IMITAÇÃO, cuja essência é um princípio 
elementar, uma espécie de núcleo, que se apresentadiferente em cada cultura. 
A IMITAÇÃO DO TIPO, diferentemente da CÓPIA DE UM MODELO, pode conduzir a 
inúmeras possibilidades de finalização, dependendo do contexto de cada projeto. 
 
O TIPO É A IDEIA GENÉRICA, PLATÔNICA, ARQUETÍPICA, A FORMA BÁSICA DA 
ARQUITETURA. 
 HAVIA EM ROMA DUAS GRANDES TIPOLOGIAS 
 
 
1. Uma, ligada às obras públicas e civis, mais inovadora 
nas formas e técnicas. 
 
 
2. Outra, ligada especialmente à arquitetura religiosa, 
mais tradicional e próxima da arquitetura grega; 
 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
AQUEDUTOS 
Para o funcionamento dos 11 aquedutos, a 
água era sempre proveniente de locais mais 
elevados, o que impulsionava a distribuição 
pelo sistema. A estrutura era construída em 
formas de ARCOS PLENOS . Os condutores 
eram feitos de tijolos e revestidos 
internamente por cimento. 
Esquema em planta 
dos 11 aquedutos 
da Antiga Roma 
AQUEDUTOS 
Obcecados por noções de higiene pessoal, os romanos trouxeram água para o coração 
das cidades e construíram esgotos para remover os dejetos. Desde cedo os romanos se 
deram conta da necessidade de obras hidráulicas para o conforto e saúde do povo e 
saneamento das cidades. Tinham em suas cidades água corrente, trazida de colinas e 
montanhas a mais de 80 quilômetros de distancia por meio de grandes aquedutos. 
Ofereceram banhos e lavatórios públicos, e também sistema de esgoto. 
 Aqueduto de Segóvia 
 
 O Aqueduto de Segóvia foi construído durante os séculos I e II, no reinado 
dos imperadores romanos Vespasiano e Trajano. O aqueduto que resta tem 
29 metros de altura e 728 de longitude total. 167. Foram empregados, 
grosso modo, cerca de 35.000 blocos de granito. 
SISTEMA DE ESGOTO 
 
CLOACA MÁXIMA 
A cidade contava com um sistema de esgoto chamado de CLOACA MÁXIMA. O sistema não 
atendia a toda a cidade, nos bairros mais pobres, acumulavam lixo e detritos de todo o tipo a 
céu aberto, propagando doenças como a malária. Foram construídos aquedutos para 
transportar água e garantir o abastecimento à população. 
A CLOACA MÁXIMA, era destinada ao esgotamento 
subterrâneo de águas estagnadas dos pés da colina do 
Capitólio até o Tibre, ainda hoje em operação, foi 
concluída no governo de Tarquínio Prisco em 514 a.C., 
quinto rei romano de origem etrusca. A galeria possui 
740 m de extensão e diâmetro equivalente de até 4,30 
m. Detalhe do traçado da cloaca máxima em operação 
até hoje. 
 
 
RUAS 
As ruas pavimentadas 
e geralmente 
cercadas de calçadas 
tinham de 6 a 12 
metros de largura e 
possuía uma área 
exclusiva para os 
pedestres, outra para 
os veículos. 
HIGIÊNE 
 
TERMAS 
O sentido utilitário do urbanismo romano revelou-se ainda na construção das termas, 
estabelecimentos de banhos públicos, dotados de salas de temperaturas diferentes, 
vestiários, piscinas de água quente e fria, palestras, salas de descanso, de massagem, de 
reuniões. Prática da mais elementar higiene, o banho era, para os Romanos, um 
momento cultural, permanecendo como uma das facetas mais civilizadas e agradáveis da 
vida quotidiana. Para a tornar possível, as cidades estavam equipadas com aquedutos, 
normalmente obras grandiosas, que conduziam as águas dos reservatórios naturais, 
muitas vezes longe da cidade, até aos fontanários públicos e às casas particulares. Porém, 
o lazer e a distração não foram esquecidos nas cidades romanas 
Os banhos eram estruturas opulentas, com acabamento em mármore e cheios de estátuas, 
fontes e jardins. 
 
As Termas de Caracala, era um grande complexo de lazer, com estádio, ginásio, biblioteca e 
salões de palestras, possuía inúmeras salas com piscinas de diferentes temperaturas, banhos 
individuais e áreas sociais. Podia atender cerca de 2.000 pessoas simultaneamente. O 
edifício principal era decorado com ouro e mármore, e o piso revestido por mosaicos. 
No subterrâneo uma tubulação desviada de um aqueduto trazia ao complexo cerca de 20 
mil litros de água todos os dias 
O CORAÇÃO DA CIDADE 
 
FÓRUM 
E 
 BASÍLICAS 
O Fórum era o coração das cidades romanas, local de reunião, centro da 
vida pública e o principal centro comercial da Roma Imperial. Em geral é 
um praça rodeada de edifícios como templos, basílicas, arcos e colunas, 
onde haviam lojas, praças de mercado e de reunião. 
A BASÍLICA ROMANA era um grande edifício 
público, no fórum, onde assuntos de 
negócios ou jurídicos eram tratados. As 
primeiras basílicas não tinha função 
religiosa. 
A planta em geral era retangular, com uma 
nave central e duas laterais mais baixas, 
cujo desnível servia para iluminar o interior. 
A planta era terminada por um semicírculo 
que servia de tribunal, ou abside para 
abrigar uma estátua. 
Tinha a intenção de expressar a autoridade 
romana ao ignorar a escala humana. 
NAVE CENTRAL NAVES LATERAIS ENTRADA 
E ABSIDE 
A Basílica era o principal lugar público de 
encontro coberto e era usada como tribunal, 
espaço de comércio e sala de reuniões. A 
mais grandiosa foi a Basílica de Constantino, 
com duas naves laterais e uma nave principal 
cobertas com tetos de concreto abobadado. 
A nave principal tinha 80 metros de 
comprimento, 25 de largura e 35 de altura. 
DIVERSÃO EM MASSA 
 
CIRCOS 
TEATROS E 
ANFITEATROS 
 Existem certas semelhanças entre 
 OS CIRCOS, TEATROS E ANFITEATROS 
 da Roma Antiga. 
 
 
 
Todos eles se construíam com os mesmos materiais: 
pedras e argamassa romana, e tinham a finalidade de 
atender ao ócio e diversão dos cidadãos por meio de 
espetáculos. 
O Circo derivava dos 
hipódromos gregos, eram 
longas pistas de corrida 
para carruagens e cavalos, 
uma instalação destinadas 
a divertir o povo. 
 
A arena alongada, era 
dividida em dois pela spina 
formando duas ruas por 
onde corriam as 
carruagens. 
 
Nos circos faziam-se 
batalhas, corridas de 
cavalos e outras diversões. 
O ESPETÁCULO PARA AS MASSAS: 
Teatros, Anfiteatros e Circo. 
 
O TEATRO ROMANO é a ampliação tipológica do teatro grego. Neste, menor valor é concedido 
ao coro na sua função dramática, por isso, A ORQUESTRA DIMINUI DE TAMANHO E SE TORNA 
SEMICIRCULAR. A sua função era servir de espaço para a encenação de peças teatrais. 
O Teatro Romano não é 
mais na colina, mas sim 
um local construído em 
terreno plano. Deriva do 
teatro grego, embora 
seja maior e sua abertura 
tem forma semi-circular. 
A platéia no teatro 
romano era sustentada 
por um sistema de 
abóbodas e arcos e era 
utilizado para as 
encenações de peças 
teatrais. 
 
O teatro de Marcelo. 
O COLISEU ROMANO 
O Coliseu, tinha capacidade para 70.000 expectadores, a sua planta elíptica mede dois eixos 
que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros, a arena (87,5 m por 55 m) 
possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos 
combates , possuia 4 pavimentos que atingiam 54 metros de altura. É construído em 
mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). 
Formado por cinco anéis concêntricos de arcos, o Coliseu representa bem o avanço 
introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de 
cimento natural) revestidos por alvenaria. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com 
colunas dóricas na base, jônicas no meio e coríntias no alto. 
 
Sob a arena existia um nível 
subterrâneo com celas e jaulas. 
Alguns detalhes dessa 
construção, como a cobertura 
removível que poupava os 
espectadores do sol, são bastante 
interessantes, e mostram o 
refinamento atingido pelos 
construtores romanos. 
RELIGIÃO 
 
TEMPLOS 
A arquitetura religiosa 
 
Na arquitetura religiosa, a forma típica 
do templo grego foi mantida, mas a cela 
aumentou de tamanho, absorvendo as 
colunas laterais e da parte posterior do 
edifício. 
 
Características comuns dos templos: 
• Sobre um pódio (estrado em pedra 
maçiça); 
• Carácter frontal(fachada assinalada 
pelo pórtico e pelas escadarias de 
acesso); 
• Geralmente de planta retangular, 
com uma só cella, fechada ; 
• Sem peristilo: eram falsamente 
perípteros pois as colunas laterais 
estavam adossadas às paredes 
exteriores da cella. 
• As colunas e o entablamento eram à 
maneira grega, seguindo as ordens, 
mas tinham uma função meramente 
decorativa. 
Nem todos os templos romanos eram retangulares. Os gregos já haviam 
construído Tholoi circulares, cuja planta baixa circular foi aplicada aos 
templos romanos. Um dos mais impressionantes é o Templo da Sibila 
 
O mais famoso dos templos romanos O PANTEÃO, foi dedicado a todos os 
deuses, e representava a postura sóbria desse povo em relação a vida. 
 
O Panteão é um gigantesco templo com cúpula, um edifício vasto com 
engenharia arrojada, o qual fez uso brilhante do advento do concreto. 
 
Sua cúpula de concreto 
possui 43,2 metros de 
diâmetro, apoiada em 8 
arcos embutidos nas 
espessas paredes com 
cerca de 6 metros. 
O PANTEÃO 
 
construído em Roma durante o reinado do 
Imperador Adriano, foi planejado para reunir a 
grande variedade de deuses existentes em todo o 
Império, nomeadamente os dos povos dominados, 
permitindo a sua integração política. 
Construído em 115 d.C. por um 
arquiteto sírio, Apolodoro de 
Damasco, é praticamente uma 
esfera de cerca de 43 metros de 
diâmetro, que resulta em uma 
cúpula semiesférica. A planta é 
centralizada, no qual o Tholos da 
arquitetura mediterrânea está 
combinado com a cúpula criada 
pelos construtores mesopotâmicos, 
onde, na zenital deixou-se uma 
abertura para captar a luz para o 
interior. 
Para que a cúpula se tornasse 
mais leve os construtores 
moldaram alvéolos no teto que 
serviam para dois propósitos, um 
deles era estético, fazendo parte 
da decoração do edifício e o 
segundo para reduzir a 
quantidade de concreto utilizada 
na cúpula. 
O óculo é uma cavidade de 9 
metros de diâmetro no centro do 
teto, e servia para eliminar a 
tensão do concreto na ponto mais 
fraco da cúpula, e permite a 
entrada de luz natural no interior 
do edifício 
ORDENS CLÁSSICA - ADAPTABILIDADE 
 
GREGAS X ROMANAS 
Enquanto um império pagão, os romanos utilizaram o modelo 
do templo grego para seus próprios templos, adaptando as 
ordens aos seus conceitos arquitetônicos e criando assim, a 
versão romana das ordens clássicas gregas. 
Embora os romanos tenham tido uma preferencia clara por 
ordens mais rebuscadas como a coríntia e a compósita, a ordem 
dórica e a jônica também sofreram adaptação. 
As diferenças são sutis e a maior parte delas está nos 
entablamentos. 
ADAPTABILIDADE DAS ORDENS 
CLÁSSICAS - ORDENS ROMANAS 
 
• A ordem Toscana - A 
arquitetura etrusca deixou uma 
herança representativa para a 
arquitetura romana: arquitetura 
tumular, arcos e abóbadas, 
muralhas e cidades fortificadas, 
são o principal. De maneira que 
os etruscos utilizavam sistemas 
de colunas e essas colunas se 
assemelhavam com as colunas 
da ordem dórica grega. 
Posteriormente, a arquitetura 
romana fez uso da ordem 
toscana em determinados 
projetos, porém, é aqui que 
temos que ter muito cuidado. 
 
O fato da ordem toscana ser 
similar a ordem dórica grega, 
pode gerar comparações, mas 
defini-la com uma origem grega 
seria especulação. 
• A ordem Compósita - Suas origens 
remontam a arquitetura romana. A 
ordem compósita apresenta diversas 
variações e sua identificação leva em 
consideração a existência de pelo menos 
uma fileira de folhas de acanto na base 
do capitel e em seu topo as volutas 
jônica. 
MARCOS E MONUMENTOS 
 
ARCOS ROMANOS 
OS ARCOS E COLUNAS 
O ARCO DO TRIUNFO é um 
tipo de monumento 
introduzido pela arquitetura 
romana, que originalmente 
foi utilizado como um 
símbolo da vitória de uma 
determinada batalha. 
Nem todos os arcos do 
triunfo da Antiguidade 
sobreviveram, mas durante a 
Idade Moderna, 
principalmente com o 
Neoclassicismo, eles foram 
usados como modelo para a 
construção de novos 
monumentos urbanos, em 
um contexto diferente do 
original. Os principais arcos 
do triunfo clássico são: Arco 
de Tito; Arco de Sétimo 
Severo; Arco de Constantino Arco de Constantino 
Arco de Tito 
Arco de Sétimo Severo 
ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 
 
CONCRETO, PEDRAS , ARCOS , 
ABÓBODAS E CÚPULAS 
A CONSTRUÇÃO ROMANA 
 
As formas da construção romana surgem de uma nova linguagem baseada na 
conquista real, e na mudança de paradigma sobre o elemento expressivo específico da 
arquitetura: O ESPAÇO. 
 
Na arquitetura grega: O conceito de espaço se limita a uma articulação plástica de 
superfícies exteriores e de volumes expostos como um objeto puramente decorativo. 
 
NA ARQUITETURA ROMANA: O espaço passa a ser visto como o lugar concreto da 
ação e da experiência humana, ele se torna o objeto mesmo da expressão formal. O 
espaço é definido pelas paredes como invólucros da forma. A arquitetura é uma 
expressão do espaço que se desenvolve através da criação de um interior. 
 
Essa concepção da arquitetura é a expressão privilegiada 
DO USO DO CONCRETO, DO ARCO E DA ABÓBADA COMO PRINCÍPIO CONSTRUTIVO. 
OPUS CAEMENTICIUM 
opus (significa obra). 
 
CIMENTO HIDRÁULICO, derivado de depósitos vulcânicos encontrados originalmente nos 
arredores de Puteoli (atual Pozzuoli) e denominados de POZOLANA. Os romanos 
descobriram que, ao misturar a pozolana com cal, pedregulho e água, obtinham uma 
mistura que sofria reações químicas e enrijecia até chegar a uma consistência semelhante 
à da pedra, inclusive sob a água, nas quais os construtores romanos começaram a 
aproveitar a resistência superior da pozolana. 
Exemplo de Opus Caementicium 
em uma antiga tumba na Via Ápia 
em Roma. 
 
A cobertura original foi removida. 
TRABALHO EM PEDRA. 
 
 
• Opus Incertum: (opus significa obra): 
Tipo de alvenaria feita com pedras 
irregulares e empregada 
principalmente nos últimos anos da 
República Romana. As pedras eram 
assentes como uma boa dose de 
argamassa, e muitas vezes são 
empregadas para compor o 
enchimento do miolo das paredes 
(espécie de concreto). 
 
 
 
 
• Opus Reticulatum: Tipo de alvenaria 
feita com pequenos blocos de pedra 
em forma piramidal (15 cm de lado) 
assente em ângulo. A parte interna 
do bloco era talhada de maneira 
pontiaguda para melhor fixação. 
 
• Opus Latericium e Testaceumopus: é um tipo de alvenaria feita com adobe, tijolo seco 
ao sol, ou denominado OPUS TESTACEUM quando a técnica é feita com tijolo cozido. 
Quando os tijolos são assentes inclinados em “espinha de peixe”, dizemos OPUS 
SPICATUM. 
ABÓBADA DE CANHÃO OU DE BERÇO. 
 
 Os romanos fizeram largo uso da 
abóbada de canhão, que no início era 
implantada como sucessivos arcos plenos 
independentes. 
 
Com a chegada do concreto, a abóbada 
de canhão foi feita mediante arcos 
diretores de pedra, sobre o qual se 
colocavam placas de pedra 
transversalmente. Por cima destas placas 
se vertia o concreto que aumentava de 
espessura na jusante (parte mais baixa) 
do arco. 
A construção em canhão 
mais engenhosa dos 
romanos foi mediante o uso 
de arcos de blocos de barro 
cozido, entrelaçados por 
blocos transversais. 
 
Por cima desta estrutura 
também se vertia o concreto 
(Opus Caementicium). 
 
A abóbada concretada se 
mostrava como uma 
unidade totalmente 
monolítica, e permitia a 
aplicação de decoração na 
parte côncava. 
DIFERNTES TIPOS DE ABOBODAS 
UTILIZADA PLOS ROMANOS 
 A CÚPULA HEMISFÉRICA 
 
A cúpula é uma abóbada de diretriz curva, 
cuja forma é gerada por um arco que gira 
em torno de um eixo, de modo que tenha 
sempre seção horizontal circular. Também 
chamada cúpula hemisférica, abóbada de 
revolução e abóbada esférica. Na maioria 
das vezes as cúpulas são calotas esféricas. 
Muitas vezes tem no seu ponto mais alto 
uma pequena lanterna, propiciando 
iluminaçãozenital e pontual no interior do 
edifício. A superfície que arremata 
externamente a cúpula chama- se zimbório 
ou domo. 
 
 Cúpula do Panteão - Roma 
 
HABITAÇÕES 
ROMA ERA UMA CIDADE DIVIDIDA ENTRE O LUXO E A MISÉRIA. 
 
TIPOS DE HABITAÇÕES DE ROMA 
 
INSULAE - As ínsulas eram prédios habitacionais com vários andares, situados nos 
centros urbanos. Os espaços eram em grande parte comuns e habitados por mais que 
uma família. Construídas em madeira, estas casas não revelavam grandes condições e 
queimavam com facilidade. Eram blocos de apartamentos com 4 ou 5 andares. As casas 
estavam juntas umas às outras, não tinham casa de banho, nem cozinha, nem água 
canalizada, nem sistema de esgotos. Nelas habitavam as camadas mais pobres, as 
classes miseráveis. 
 
DOMUS - localizadas nos centros urbanos, eram habitadas pelos grandes senhores da 
sociedade romana. Estas casas eram espaçosas e bastante luxuosas. Tinha jardins, 
piscina, sistema de esgotos, aquecimento, água canalizada. Algumas tinham banhos 
privativos, jardins interiores e estavam decoradas com pinturas murais e mosaicos. 
 
VILLAE - Estas casas eram bastantes luxuosas: tinham várias divisões, (casa de banho, 
quartos, sala de jantar). A casa organizava-se em torno de um pátio central, tinha 
jardins, piscina, sistema de esgotos, aquecimento, água canalizada. As vilas ou casas de 
campo pertenciam a grandes proprietários rurais. Eram sinónimo de riqueza e bom 
gosto. 
 
As cidades romanas eram grandes e populosas. O grande crescimento da população 
urbana tornou necessária a edificação de células habitacionais, surgia assim a construção 
massificada. 
A maioria dos cidadãos romanos vivia em edificações baratas de madeira e tijolos de 
barro chamadas INSULAE. 
Em virtude da grande 
quantidade de incêndios 
e desabamentos, as 
insulae passaram a ter 
assoalhos e paredes de 
concreto à prova de fogo. 
Chegavam a ter de 6 a 8 
andares 
INSULAE 
INSULAE 
 
Residências multifamiliares que surgiram para resolver o problema da 
densidade populacional. 
Os PISOS TÉRREOS 
eram normalmente 
usados para 
COMÉRCIO e 
DEPÓSITO. O 
abastecimento de 
ÁGUA só chegava no 
PAVIMENTO TÉRREO 
das INSULAS. Eram 
construídas de 
TIJOLOS, NÃO 
possuíam LATRINA, 
COZINHAS, CHAMINÉS 
ou CASAS de BANHO. 
A DOMUS: costuma ter um ou dois 
pavimentos praticamente fechados para o 
exterior e voltados para o interior, 
agrupando seus cômodos de forma axial e 
simétrica ao redor de um átrio, e um ou 
mais pátios peristilo. 
As plantas com átrio seguem o modelo em 
que os principais cômodos da casa ficavam 
diretamente voltados para este pátio 
central, que permitia o acesso à 
iluminação zenital, o recolhimento das 
águas da chuva para uma cisterna e a 
circulação de ar. Essas moradias 
apresentam uma parede cega na fachada 
principal, sem recuos em relação à 
calçada. 
Considerando a evolução 
tipológica da planta, a 
casa passa a ser 
setorizada em espaços 
íntimos e social. 
 
 As fachadas eram planas 
e sem janelas, ou 
reservadas para o 
comercio, com a 
incorporação do uso 
misto entre privado e 
comercial. 
Domus 
 
Casas com pátio interno. 
VILLAE 
 
Edifícios de habitação rural, 
eram pequenas fazendas 
dependentes do trabalho 
familiar ou em grandes lotes 
de escravos ou servos. 
Os recintos eram voltados 
para a paisagem, para 
receber o sol no inverno e a 
sombra no verão (fachada 
norte – a insolação no 
hemisfério norte é oposta a 
do hemisfério sul). 
 
As nobres residências 
imperiais, eram distribuídas em 
vários planos com escadarias, 
numerosos pátios com 
colunatas, templos, bibliotecas, 
salas de banquetes, 
aquartelamentos, jardins com 
fontes e estátuas. 
 
A maior e mais influente foi a 
Villa de Adriano, em Tívoli, 
exigiu 15 anos de trabalho, 
sendo uma sequência de 
edificações em meio a 
paisagem, com teatro, termas, 
bibliotecas, pórticos e um 
palacete que se estendiam por 
quatro quilômetros de jardins. 
VILLAE 
VILLAE 
Teatro Marítimo 
Canopo: é um plano de água de 119 metros de comprimento por 18 metros de largura. 
As grandes termas. O frigidarium conservou parcialmente a sua cúpula. 
A hospitalia, compõe-se por dez quartos distribuidos de ambos os lados de um corredor 
central. Era um alojamento para os soldados de elite da guarda pretoriana. 
O Palácio Imperial de Adriano. 
Este monumento, uma obra-prima da arquitetura romana, representa um dos 
mais significativos testemunhos da arte da época de Augusto, e pretende 
simbolizar o período de paz e prosperidade vivido durante a Pax Romana. 
A Ara Pacis propriamente dita estava dentro de um recinto de mármore, 
finamente decorado com cenas de devoção, nas quais o imperador e sua família 
foram retratados no ato de oferecer sacrifícios aos deuses.

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