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Formação de Preços de Venda na Contabilidade

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – 
PUCCAMP 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ VICENTE DE SOUZA FILHO 
 
 
 
 
 
CAMPINAS – SP 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução...................................................................................................2 
Ramos da Contabilidade.............................................................................3 
Contabilidade Financeira............................................................................3 
Contabilidade de Custos.............................................................................4 
Contabilidade Gerencial..............................................................................5 
Esquema Básico e Terminologia da Contabilidade de Custos....................7 
 - Terminologia aplicada em custos.............................................................8 
- Separação entre custos e despesas......................................................10 
 - Apropriação dos custos diretos aos produtos...........................................10 
 - Rateio dos custos indiretos (Departamentalização).................................16 
Objetivos da Apuração de Custos de Produção..........................................22 
Custos Para Fins Contábeis, Fiscais e Controle.........................................22 
Custos Para Fins Contábeis.......................................................................22 
 - Custeio por Absorção..............................................................................22 
Custos Para Fins Fiscais............................................................................23 
 - Avaliação de Estoques............................................................................23 
 - Sistema de Inventário Periódico..............................................................23 
 - Sistema de Inventário Permanente..........................................................23 
Custos Para Controle..................................................................................34 
 -Custo Padrão............................................................................................34 
-Custo Padrao e custo orçado....................................................................35 
-Aplicações do Custeio Padrão...................................................................36 
-Custo Padrão de matéria prima..................................................................38 
-Custo Padrão de mão de obra direta..........................................................39 
-Análise das variações.................................................................................39 
-Custos Indiretos de Fabricação..................................................................42 
Formação do Preço de Venda.....................................................................47 
Formação do Preço baseada em Custos acrescidos da margem de lucro..47 
O fator K ou Mark-up e a determinação do Preço de Venda........................51 
Bibliografia....................................................................................................56 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A abordagem que procuramos dar nesta apostila foi de mostrar, de maneira 
breve, o amplo campo que possui a contabilidade, entre estes ramos, o financeiro, 
custo e o gerencial. A contabilidade financeira é a tradicional que todos já 
conhecemos, que tem por objetivo prestar informações úteis em tempo oportuno para 
quem dela precise. A contabilidade de custos recebe informações da contabilidade 
financeira, e desenvolve os custos dos produtos. Por fim a contabilidade gerencial 
que é derivada da contabilidade financeira e da de custos, promovendo um novo 
dinamismo nas informações para gerir os negócios. 
Para a formação de preço de venda, é necessário o conhecimento mais 
elementar de custos, pois esses representam a base para que o empreendedor possa 
calcular o preço dos produtos ou serviços vendidos. 
O esquema básico da contabilidade de custos, bem como a terminologia 
utilizada, norteará o iniciante em custos, no que diz respeito, às separações entre 
custos e despesas, e o linguajar conceitual de custos até a formação do preço de 
venda. 
RAMOS DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidades para o 
profissional. O estudante que optou por um curso Superior de Contabilidade, terá 
inúmeras alternativas de escolha entre os diversos segmentos que norteiam a 
contabilidade e seus ramos, FINANCEIRA, CUSTOS E GERENCIAL. 
CONTABILIDADE FINANCEIRA. 
Com formação Superior do Ensino Contábil, terá o profissional o titulo de 
Bacharel em Ciências Contábeis, ou seja, Contador, e, terá como função básica, 
produzir informações úteis aos usuários da CONTABILIDADE FINANCEIRA, que é a 
Contabilidade Geral, necessária a toda empresa, fornecendo informações básicas aos 
seus usuários, através dos demonstrativos financeiros, sejam eles o Balanço 
Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido, Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos, e é 
obrigatória para fins fiscais. 
A CONTABILIDADE FINANCEIRA, de acordo com a área ou atividade em que é 
aplicada, recebe várias denominações: Contabilidade Agrícola (aplicada às Empresas 
Agrícolas); Contabilidade Bancária (aplicada aos Bancos); Contabilidade Comercial 
(aplicada às Empresas Comerciais); Contabilidade Industrial (aplicada às Industrias); 
Contabilidade Hospitalar (aplicada aos Hospitais); e mais; Contabilidade Imobiliária, 
Pastoril, Pública, de Seguros, etc... 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Até a Revolução Industrial (séc. XVIII), quase só existia a CONTABILIDADE 
FINANCEIRA (ou Geral), que possuía estrutura para servir às empresas comerciais. 
Para apurar o resultado de cada período, na era Mercantilista, bem como o 
levantamento do Balanço ao final do período, o Contador realizava uma operação 
bastante simples: efetuava o levantamento físico do estoque, e verificando o quanto 
se tinha pago por unidade, valorizava então o estoque. Fazendo o calculo 
basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoque inicial, 
adicionando as compras do período, e comparando com o que tinha sobrado, apurava 
o valor do custo das mercadorias vendidas, na clássica disposição: CMV = EI + C – 
EF 
Onde CMV= CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 
EI = ESTOQUE INICIAL 
C = COMPRAS 
EF = ESTOQUE FINAL 
Porém custos são essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com 
os quais uma organização tem que arcar, a fim de atingir seus objetivos. 
Conseqüentemente são parte muito importante do processo decisorial, e não é 
surpresa que os contadores estejam muito envolvidos com a Coleta e Análise das 
Informações de Custo. 
Com esse envolvimento, que paulatinamente for crescendo, viu-se o Contador da 
Contabilidade Financeira obrigado a desmembrar a sua atividade, surgindo com isso a 
Contabilidade de Custos que vai estar voltada somente para o calculo e interpretação 
dos custos dos bens fabricados ou comercializados, ou dos serviços prestados pela 
Empresa. 
A Contabilidade de Custos nos seus primeiros momentos passou a ser um 
instrumento de mensuração monetária dos estoques, auxiliando com isso aos próprios 
Contadores, Auditores e Fiscais. Não era utilizada como instrumento de 
Administração. Por essa não utilização de todo o seu potencial no campo gerencial, 
deixou a Contabilidade de Custos de ter uma evolução mais acentuada por um longo 
período. 
Devido ao crescimento das empresas, a partir da segunda guerra mundial, e com 
o conseqüente aumento da distância entre o Administradorde ativos e as pessoas 
administradas, passou a Contabilidade de Custos a ser Encarada como uma eficiente 
forma de auxilio no desempenho dessa nova missão, a GERENCIAL. 
É importante salientar que esta nova visão por parte dos usuários de Custos é 
recente, e por essa razão tem muito a ser desenvolvida ainda. 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
A CONTABILIDADE GERENCIAL pode ser caracterizada, superficialmente como 
um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já 
conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira e na Contabilidade de Custos, na 
Análise Financeira de Balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau 
de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação 
diferenciada, de maneira a auxiliar gerentes das entidades em seus processos 
decisórios. 
A CONTABILIDADE GERENCIAL, num sentido mais profundo, está voltada única 
e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações 
que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador. 
A CONTABILIDADE GERENCIAL também se vale, em suas aplicações, de 
outros campos de conhecimento não circunscritos à Contabilidade. Atinge e aproveita 
conceitos da administração, da estrutura organizacional, bem como da administração 
financeira, campo mais amplo, na qual toda a contabilidade empresarial se situa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 1 
ESQUEMA BÁSICO E TERMINOLOGIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
O esquema básico compreende como no gráfico abaixo, a separação entre custo 
e despesa, apropriação dos custos diretos aos produtos e rateio dos custos indiretos 
dos departamentos de serviços aos de produção, para posterior rateio aos produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMINOLOGIA APLICADA EM CUSTOS 
Paralelamente deverá o iniciante em custos ter uma terminologia definida e 
precisa sobre o assunto, pois quando falamos as mesmas coisas, e compreendemos de 
forma equivalente, tudo se torna mais fácil e o trabalho fica mais interessante e 
completo. Para uma melhor definição sobre a terminologia aplicada a custos, 
apresentamos algumas das principais terminologias utilizadas em custos. 
CUSTOS 
INDIRETOS DIRETOS 
RATEIO 
PRODUTO A 
PRODUTO B 
PRODUTO C 
ESTOQUE 
CUSTO PRODUTOS 
VENDIDOS 
R E S U L T A D O 
DESPESAS 
VENDAS 
CUSTO - gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens 
ou serviços. 
GASTO- sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um 
produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de 
entrega futura de ativos (normalmente dinheiro). 
INVESTIMENTO -gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuro (s) período (s). 
DESPESA- Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção 
de receitas. 
DESEMBOLSO -Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
PERDA - Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. 
CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO -É a soma dos custos originados na 
utilização dos bens materiais (matéria-prima, mão de obra, depreciação e de máquinas) 
gastos por uma indústria na elaboração de seus produtos. 
CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA -Ë a soma dos custos contidos na 
produção acabada no período. Pode conter custos de produção também de períodos 
anteriores existentes em unidades que só foram completadas no presente período. 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - É a soma dos custos incorridos na 
fabricação dos bens que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de 
produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em 
diversas épocas diferentes. 
CUSTO DIRETO - São custos que podem ser identificados diretamente com uma 
unidade do produto. É o caso dos custos decorrentes do consumo de matéria prima, 
embalagem e mão de obra (parte do salário pago ao operário que trabalha diretamente 
no produto, segundo o período de tempo gasto com a unidade produzida). 
CUSTO INDIRETO- São custos relacionados com a fabricação e que não podem 
ser economicamente identificados com as unidades que estão sendo produzidas. Por 
exemplo: aluguel das instalações da fábrica, depreciação, mão de obra indireta, 
impostos, seguro, etc. 
CUSTO FIXO - São custos que permanecem inalterados independentemente do 
grau de ocupação da capacidade da empresa, são custos originados pela própria 
existência da empresa, sem se levar em conta se está produzindo ou não. Suas 
principais características são: 
a) em termos de custos fixos totais, quanto maior for o volume de produção 
menor serão os custos fixos por unidade. 
b) em termos de custos fixos totais independem das quantidades produzidas. 
CUSTO VARIÁVEL - É aquele que está diretamente relacionado com o volume 
de produção. Suas principais características são: 
a) em termos de custos totais, quanto maior for o volume de produção, maiores 
serão os custos variáveis totais. 
b) em termos unitários os custos variáveis permanecem constantes. 
PROCEDIMENTOS PARA A APURAÇÃO DE CUSTOS 
1- SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS. 
A principal dificuldade para o iniciante em custos é a separação que devera ser 
efetuada entre custos e despesas. Compreende este trabalho, a separação entre 
custos e despesas, apropriação dos custos diretos aos produtos e o rateio dos custos 
indiretos 
Teoricamente, a separação é fácil: os gastos relativos ao processo de produção 
são custos, e os relativos à administração às vendas e aos financiamentos, são 
despesas. 
Na prática, entretanto uma série de problemas aparece pelo fato de não ser possível a 
separação de forma clara e objetiva. Sendo comum encontrarmos uma única 
administração, sem a separação do que realmente pertence à fábrica; surge com isso a 
prática de se ratear o gasto geral da administração, parte para a despesa e parte para 
o custo, porém o rateio é sempre arbitrário, normalmente é feita em proporcionalidade 
entre numero de pessoas, área ocupada, consumo de energia, ou simplesmente em 
percentagens determinadas pela Diretoria. 
2- APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS AOS PRODUTOS. 
A partir do conhecimento da diferença entre custo e despesa, passa-se à fase 
seguinte que é a apropriação dos custos diretos aos produtos. 
Como custos alocáveis aos produtos, temos os CUSTOS DIRETOS que 
identificamos como sendo matérias-primas e mão de obra, mensuráveis em quantidade 
e qualidade na elaboração do produto. Também identificamos estes custos como 
variáveis no total produzido e fixo por unidade produzida. 
A apropriação dos custos sempre levará em conta a quantidade produzida 
multiplicada pelo valor unitário de cada produto, para o registro dos volumes físicos 
consumido e fabricados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 1 
SEPARAÇÃO DE CUSTO E DESPESAS. APROPRIAÇÃO DO C.I.F. AOS PRODUTOS. 
 
I)A COMPANHIA THOPER DIDO INICIOU SUAS ATIVIDADE EM 01.01.19X9 E, EM 31.12.19X9 O SEU 
BALANCETE ERA FORMADO PELAS SEGUINTES CONTAS E SALDOS: 
 
MÃO DE OBRA DIRETA: $ 9.500 
COMPRAS DE MATÉRIAS PRIMAS: $ 25.000 
DUPLICATAS A RECEBER: $ 9.000 
CAPITAL SOCIAL $ 23.000 
VENDAS: $ 35.000 
MÃO DE OBRA INDIRETA: $ 4.500 
DESPESAS COMERCIAIS: $ 390 
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA VEÍCULOS: $ 180 
MATERIAIS DIVERSOS CONSUMIDOS NA FABRICA: $ 7.000 
DESPESAS FINANCEIRAS: $ 200 
RECEITAS FINANCEIRAS: $ 425 
DESPESAS ADMINISTRATIVAS: $ 610 
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA MAQUINA: $ 900 
VEÍCULOS PARA ENTREGA: $ 900 
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS: $ 9.000 
CAIXA: $ 2.700 
FINANCIAMENTOSA PAGAR ( LP): $ 9.000 
EMPRÉSTIMOS: $ 1.275 
DEPRECIAÇÃO DE MAQUINAS: $ 900 
DEPRECIAÇÃO DE VEÍCULOS: $ 180 
IMPOSTOS A RECUPERAR: $ 510 
FORNECEDORES : $ 610 
 
A EMPRESA FABRICOU OS PRODUTOS ALFA, BETA E GAMA NAS SEGUINTES QUANTIDADES: 
ALFA = 5.000 KG, BETA = 7.500 KG E GAMA = 10.000 KG. A MATÉRIA PRIMA É A MESMA PARA 
CADA PRODUTO. O APONTAMENTO DE MÃO DE OBRA DIRETA MOSTROU QUE SE GASTA O 
MESMO TEMPO PARA PRODUZIR 0,4 KG DE ALFA, COMO 0,5 KG DE BETA OU 1,0 KG DE GAMA. 
OS CUSTOS INDIRETOS SÃO ALOCADOS PROPORCIONALMENTE À MATÉRIA PRIMA: 
DADOS OS AJUSTES: 
A) O ESTOQUE FINAL DE MATÉRIAS-PRIMAS FOI AVALIADO EM $ 3.500 
B) O ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS ERA IGUAL A 30% DO TOTAL FABRICADO DE 
CADA PRODUTO. 
 
PEDE-SE: 
1- DETERMINAR O VALOR DA PRODUÇÃO DE CADA UM DOS PRODUTOS; 
2- DETERMINAR O VALOR DO ESTOQUE FINAL E O LUCRO DE CADA UM DOS TRÊS 
PRODUTOS, SABENDO QUE AS VENDAS FORAM: ALFA = $ 7.500, BETA = $ 12.000 E GAMA = $ 
15.500. 
3- ELABORAR A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO E O BALANÇO 
PATRIMONIAL, SABENDO QUE O IMPOSTO DE RENDA É DE 25% SOBRE O RESULTADO 
OPERACIONAL. 
CÁLCULO DA MATÉRIA PRIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁLCULO DA MÃO DE OBRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RATEIO DOS C.I.F. (CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAPA DE CUSTOS TOTAIS DOS PRODUTOS 
PRODUTO ALFA BETA GAMA TOTAL 
MAT PRIMA 
MÃO DE OBRA 
SUBTOTAL 
DIRETO 
 
CUSTO 
INDIRETO 
 
CUSTO TOTAL 
EST.FINAL 
C.P.V. 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 02 
A Cia. TOKYO & KYOTO iniciou suas atividades em 2-1-Xl; em 31-12-Xl, seu 
primeiro balancete de verificação era constituído pelas seguintes contas (em $ mil): 
1 Caixa 460 
2 Bancos 1.000 
3 Clientes 6.060 
4 Estoque de matéria-prima 5.000 
5 Equipamentos de produção 2.000 
6 Depreciação acumulada de equipamentos de produção 300 
7 Veículos 1.000 
8 Depreciação acumulada de veículos 100 
9 Empréstimos de curto prazo obtidos com encargos prefixados 3.520 
10 Capital social 15.000 
11 Consumo de matéria-prima 7.000 
12 Mão-de-obra direta (inclui encargos sociais) no período 6.000 
13 Energia elétrica consumida na produção 790 
14 Supervisão geral da produção 2.880 
15 Aluguel da fábrica 600 
16 Consumo de lubrificantes nos equipamentos de produção 350 
17 Manutenção preventiva de máquinas comuns de produção 500 
18 Supervisão do almoxarifado de matéria-prima 1.440 
19 Depreciação de equipamentos de produção 300 
20 Seguro dos equipamentos de fábrica 340 
21 Despesas comerciais e administrativas da empresa no período 8.100 
22 Despesas financeiras no período 200 
23 Vendas de produtos acabados 25.100 
 
Outros dados relativos ao ano de Xl: 
1. Produção e vendas no período: 
 Preço médio de Volume de produção Volume de vendas 
Produtos venda/uno (em unidades) (em unidades) 
X $ 0,270 50.000 40.000 
Y $ 0,350 30.000 18.000 
Z $ 0,500 20.000 16.000 
O tempo de produção requerido por unidade de produto é o seguinte: 2. 
Produtos Tempo de MOD Tempo de máquina 
X 1,0 hh 0,60 hm 
y 2,0hh 1,50 hm 
Z 2,5 hh 3,75 hm 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. O custo de supervisão geral de produção apresenta correlação com o de MOD. 
 
3. Com relação aos custos diretos, sabe-se que: 
 
 . A matéria-prima é a mesma para todos os produtos, e o consumo faz-se 
 na mesma proporção: 1kg de MP para cada unidade de produto acabado. 
 . As habilidades e os salários dos operários são aproximadamente iguais para 
 todos os produtos. 
 . O consumo de energia elétrica é o mesmo em termos de kwh, por isso seu 
 custo é diretamente proporcional ao tempo de utilização das máquinas. 
5. Os demais custos indiretos são correlacionados ao tempo de uso de máquinas. 
6. O imposto de renda (IR) é de 30% sobre o lucro. 
Pede-se: 
1. Calcular: 
a) O custo unitário de cada produto. 
b) O custo total de cada produto. 
c) O Custo dos Produtos Vendidos no período. 
d) O valor do Estoque Final de Produtos Acabados. 
2. Elaborar: 
a) Um quadro demonstrando o custo direto total por produto. 
b) Um Mapa de Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação – CIF 
c) Um mapa de Custos Totais de Produtos; 
d) A Demonstração de Resultados do período, considerando 30% de Imposto de 
Renda sobre o lucro. 
e) O Balanço Patrimonial de 31-12-X1. 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 16
MÓDULO 2 
3- RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS (DEPARTAMENTALIZAÇÃO) 
O iniciante em custos necessita agora ter a noção ,que ,em uma empresa 
industrial há dois tipos de Departamentos - o de PRODUÇÃO e o de 
SERVIÇOS. 
O Departamento de Produção é aquele em que ocorre a transformação ou 
processo de fabricação. O Departamento de Serviços é aquele responsável em 
fornecer benefícios aos Departamentos de Produções. Como exemplo de Depto. 
de Serviços temos o de manutenção das máquinas, prédios e instalações, e o 
Departamento de Energia, que é responsável pelo fornecimento de eletricidade 
para a Fábrica e uso do equipamento elétrico. Como os Departamentos de 
Produção são diretamente beneficiados pêlos Departamentos de Serviço, uma 
porção dos custos de operação dos Departamentos de Serviços deve ser 
alocada, através de critérios de rateio , aos Departamentos de Produção, para 
posterior agregação destes custos aos produtos fabricados ou processados pêlos 
Departamentos de Produção. 
No entanto sempre que falamos em critérios de rateio, estes nunca 
passarão de razoáveis, mesmo que no senso comum apareçam perfeitamente 
lógicos. 
A análise de desempenho dos Departamentos de Produção sempre fica 
complicada por causa das cargas de custo recebidas por rateio, de outros 
departamentos. Se um Departamento de Serviço tiver sido ineficiente em 
determinado período e se distribuir custos de acordo com algum critério de 
produção, o centro que produziu mais vai ter de absorver a maior parte da carga 
de ineficiência do Departamento de Serviço. 
Assim, teremos de confiar em critérios. Abaixo damos alguns critérios de 
alocação de custos indiretos de Departamentos de Serviços. 
 
 
 
 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 17
 
CUSTOS BASE DE RATEIO 
1- CUSTOS DO ALMOXARIFADO VOLUME OU VALOR DA MATÉRIA PRIMA 
UTILIZADA NOS DEPARTAMENTOS 
PRODUTIVOS, QUANTIDADE DE REQUISIÇÕES 
DE MATÉRIA PRIMA EMITIDO PÊLO 
DEPARTAMENTOS. ETC... 
2-CUSTOS DE MANUTENÇÃO DE 
EDIFÍCIO 
ÁREA INSTALADA DE CADA DEPARTAMENTO, 
METROS CÚBICOS, ETC. 
3-DESPESAS DE ALUGUEL METROS QUADRADOS OCUPADOS POR CADA 
CENTRO DE CUSTO 
4-DEPARTAMENTO MÉDICO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS DE CADA 
DEPARTAMENTO, NÚMERO DE CONSULTAS, 
ETC. 
5- MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS APROPRIAÇÃO DIRETA EM CADA 
DEPARTAMENTO, NORMALMENTE EM 
QUOTAS NORMAIS DE MANUTENÇÃO 
PREVENTIVA. 
6-ENERGIA ELÉTRICA APROPRIAÇÃO DIRETA EM CADA 
DEPARTAMENTO, ATRAVÉS DE MEDIDORES. 
SE NÃO FOR POSSÍVEL, ATRAVÉS DE ALGUM 
CRITÉRIO QUE LEVE EM CONTA O POTENCIAL 
DE CONSUMO DO DEPARTAMENTO. 
7-IMPOSTOS SOBRE IMÓVEIS ÁREA DE CADA DEPARTAMENTO. 
 
EXERCÍCIO 03 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 18
A EMPRESA GHOTYKCA FABRICA OS PRODUTOS A, B, C. DURANTE O MÊS DE MAIO DE 1996 SUA PRODUÇÃO FOI
A SEGUINTE:
PRODUTO A: 2.000 UN PRODUTO B: 2.000 UN PRODUTO C:3.000 UNIDADES
Seus Departamentos são os seguintes: ADMINISTRAÇÃO, MANUTENÇÃO, ALMOXARIFADO
CORTE, MONTAGEM E ACABAMENTO.
Seus Custos Indiretos de Fabricação foram: mão de obra indireta 400.000,00 
 materiais diversos 50.000,00 
 aluguel 150.000,00 
 energia elétrica 90.000,00 
A mão de obra indireta é rateada em funcão do numero de funcionarios:
ADMINISTRAÇÃO 12 
MANUTENÇÃO 7 
ALMOXARIFADO 5 
CORTE 35 
MONTAGEM 24 
ACABAMENTO 17 
Os materiais diversos são rateados aos departamentos conforme requisições emitidas:
ADMINISTRAÇÃO 15
MANUTENÇÃO 120
CORTE 225
MONTAGEM 130 
ACABAMENTO 220 
O aluguel é rateado segundo a área ocupada:
ADMINISTRAÇÃO 45 m²
MANUTENÇÃO 90 m²
ALMOXARIFADO 200 m²
CORTE 80 m²
MONTAGEM 120 m²
ACABAMENTO 190 m²
A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada:
ADMINISTRAÇÃO 25 kw
MANUTENÇÃO 120 kw
ALMOXARIFADO 15 kw
CORTE 180 kw
MONTAGEM 120 kw
ACABAMENTO 100 kw
APURAR O CUSTO INDIRETO TOTAL DE CADA DEPARTAMENTO E O DE CADA PRODUTO
COM BASE NAS SEGUINTES INFORMAÇÕES:
Os custos da Administração são distribuídos aos demais departamento de acordo com a área
ocupada por cada um deles:
O almoxarifado tem seus custos rateados na seguinte proporção: 19% para a Manutenção, 15%
para o Corte, 23 para a Montagem e 43% para o Acabamento:
A Manutenção é rateada na proporção da produção total de cada departamento produtivo:
O corte produz 20%, a Montagem 40% e o Acabamento 40%.
Os departamentos produtivos tem seus custos rateados aos produtos de acordo com a matéria
prima consumida. O produto C passa apenas pelo Corte e Montagem.
o consumo unitário de cada produto foi: A - 5,0 kg 
B - 2,0 kg
C - 1,50 Kg
Calcule o CUSTO INDIRETO DE FABRICAÇÃO DE CADA PRODUTO.
 
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 19
 
MAPA DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO ATRAVÉS DA 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO 
DEPARTAMENTO ADMINIST ALMOX MANUT CORTE MONT ACAB TOTAL 
DESPESAS 
MÃO DE OBRA 
MATS DIVS 
ALUGUEL 
ENERGIA 
SUBTOTAL 
RATEIO ADM 
SUBTOTAL 
RATEIO ALMOX 
SUBTOTAL 
RATEIO MANUT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCICIO 4 
 
A Cia. Pasteurizadora Genoveva produz leite tipos C e B, conhecidos no mercado pelas marcas 
Genoveva e Genoveva Super, respectivamente. O ambiente de produção é composto por quatro 
departamentos: Pasteurização, Embalagem, Manutenção e Administração da Produção. 
O volume de leite processado em determinado período foi o seguinte, em litros: 
 
Tipo C 489.788 e 
Tipo B 163.262 
 
Sua estrutura de custos, no mesmo período, foi a seguinte (em $): 
 
 1. Custos Diretos referentes aos produtos: 
 Genoveva 87.800 
Genoveva Super 50.400 
 2. Custos Indiretos 
Aluguel 8.500 
 Material 5.200 
Depreciação 4.720 
Outros 6.600 
Energia Elétrica 7.300 
 
Outros dados coletados no período: 
 
 Pasteurização Embalagem Manutenção Administração 
 da fábrica 
Área (m2) 1.100 955 170 275 
energia (kWh) 17.000 14.280 1. 700 1.020 
Horas de MO 24.000 12.000 2.000 2.000 
 
O Aluguel é distribuído aos departamentos de acordo com suas respectivas áreas. 
O número de horas de mão-de-obra utilizada em cada departamento é usado como base de rateio 
para: material, depreciação e outros custos indiretos. 
Os custos da Administração da Produção são distribuídos aos demais departamentos com base no 
 
número de funcionários: 
Departamentos Nº de funcionários 
Pasteurização 12 
Embalagem 12 
Manutenção 6 
 
Conforme observado em períodos anteriores - e espera-se que se mantenha nos próximos - cabe ao 
departamento de Embalagem 1/5 do total dos custos de Manutenção. 
A distribuição dos custos dos departamentos de produção aos produtos é feita em função do volume 
de leite processado. 
Considerando que as quantidades obtidas (em litros) de produtos acabados foram: Genoveva 
448.160,20 Genoveva Super 146.935,80, 
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 21
 pede-se: 
 
 
1. Calcular: 
a) O custo total de cada produto; 
b) O custo unitário de cada produto. 
c) O custo que seria apropriado a cada produto se o rateio fosse feito à base 
dos respectivos custos diretos. 
 
Custos Administração 
indiretos Pasteurização Embalagem Manutenção da produção Total 
Aluguel 
Material 
Energia elétrica 
Depreciação 
Outros 
Total 
Rateio da 
administração - 
Soma - 
Rateio da 
manutenção - - 
Total - - 
XXXXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXX XXXXXX XXXXXXXX 
Genoveva - - 
Genoveva Super - - 
TOTAL - - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO 3 
OBJETIVOS DA APURAÇÃO DE CUSTO DA PRODUÇÃO 
Em atendimento à legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, 
as funções da contabilidade de custos tornaram-se mais abrangentes, pois o 
fisco com base no Decreto-lei 1598/77, passou a exigir, dentro de certas 
características, que a empresa mantenha um sistema de custos integrado e 
coordenado com o restante da escrituração. 
Essa obrigatoriedade exige uma formalização da contabilidade de custos 
no que diz respeito aos seguintes aspectos: 
 Sistemática de análise dos gastos; 
 Classificação e contabilização; e; 
 Geração de relatórios e informações sobre os custos de produção. 
Com isso criam-se duas necessidades: 
1ª gerencial – Controles extracontábeis, sem necessidade de 
atendimento tanto aos princípios fundamentais de contabilidade e 
tampouco ao fisco. 
2ª fiscal e societária – Necessidade de um controle de acordo com as 
exigências feitas pelas autoridades fiscais e pela legislação societária. 
Caso contrário o fisco poderá arbitrar o valor dos estoques, para efeito 
do cálculo do imposto de renda e da contribuição social, 
desconsiderando qualquer escrituração contábil. 
 
CUSTOS PARA FINS CONTÁBEIS, FISCAIS E CONTROLE 
CUSTOS PARA FINS CONTÁBEIS 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
O sistema utilizado no Brasil é o de Custeio por absorção. Ou seja, todos 
os custos diretos e indiretos são absorvidos durante o processo produtivo, e 
como tal atribuídos aos produtos acabados. 
O custo direto é atribuído aos produtos com base em sua utilização 
mensurável. Sabemos o quanto foi utilizado de matéria prima e mão de obra 
direta no produto. O custo indireto de fabricação é atribuído aos produtos com 
base em um rateio. 
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 23
Os custos para fins contábeis oferecem a seguinte abrangência: 
 Separação dos custos e despesas; 
 Apropriação dos custos diretos; 
 Apropriação dos custos indiretos; 
 Produção contínua ou por processo e por encomenda; 
CUSTOS PARA FINS FISCAIS 
AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
A legislação do imposto de renda determina que toda empresa, desde uma 
microempresa a uma megaempresa deve efetuar o levantamento e a avaliação 
dos estoques ao menos por ocasião do encerramento do exercício. Para isso as 
empresas possuem dois tipos de registros de estoques: O Sistema de Inventário 
Periódico e O Sistema de Inventário Permanente. 
SISTEMA DE INVENTÁRIO PERIÓDICONeste sistema os estoques são levantados e valorizados extracontabilmente. 
Mais utilizado em empresas comerciais, de pequeno porte, que não possuem 
recursos informatizados para controle e avaliação de estoques. 
Sua ferramenta principal é dada através da fórmula: CMV=EI + C + EF onde: 
CMV = Custo da mercadoria vendida; 
EI = Estoque inicial; 
C = Compras; 
EF = Estoque Final. 
Ao final ajusta-se o Balanço Patrimonial e o Resultado de acordo com o 
inventário final apurado. 
SISTEMA DE INVENTARIO PERMANENTE 
O sistema de inventário permanente, como o próprio nome indica, é 
efetuado permanentemente, a cada nova entrada ou saída de produtos mantendo 
atualizado o sistema, ao menos em quantidades. 
Neste sistema temos os seguintes métodos de controle de estoque: 
 Método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) ou FIFO 
(first in first out); 
 Método UEPS (último que entra primeiro que sai) ou LIFO 
(last in first out); 
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 24
 Método do PMP (preço médio ponderado) fixo ou móvel. 
 
 
Método PEPS ou FIFO 
Utiliza o preço mais antigo do estoque para valorização do consumo de 
materiais. 
Método UEPS ou LIFO 
Utiliza o preço atual do estoque para valorização do consumo de 
materiais. 
Método PMP–Móvel 
Utiliza o preço médio móvel de estoques para a valorização do consumo 
de materiais. 
Método PMP–Fixo 
Utiliza o preço médio fixo determinado no mês para valorização de todas 
as requisições de um mesmo tipo de material, dentro do período. 
 
 
EXERCÍCIO 5 
Com base nos dados abaixo, elaborar as fichas de controle de 
estoque para os métodos PEPS, UPES, PMP móvel e PMP fixo. 
Saldo inicial de 100 unidades a 1,50 cada 
Dia 2 – compra de 50 unidades a 1,60 cada 
Dia 3 – compra de 50 unidades a 1,70 cada 
Dia 4 – requisição de 170 unidades 
Dia 18 – compra de 80 unidades a 1,80 cada 
Dia 27 – requisição de 95 unidades 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 EXERCICIO 6 
 
Com base nos dados abaixo, elaborar as fichas de controle de estoque para os métodos 
PEPS, UPES, PMP móvel e PMP fixo. 
Saldo inicial de 200 unidades a 15,00 cada 
Dia 2 – compra de 120 unidades a 16,00 cada 
Dia 3 – compra de 150 unidades a 17,00 cada 
Dia 4 – requisição de 390 unidades 
Dia 5 – compra de 170 unidades a 18,00 cada 
Dia 6 - devolução de 45 unidades da requisição de 04 
Dia 18 – compra de 80 unidades a 19,00 cada 
Dia 27 – requisição de 195 unidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – ATRAVÉS DO MÉTODO _____________ 
ENTRADA SAÍDA SALDO CONTROLE 
DATA OCORRÊNCIA Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL Q VR 
UNIT 
TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODULO 4 
 
CUSTOS PARA CONTROLE 
CUSTO PADRÃO 
Existem diversos conceitos de Custo Padrão. Muitas vezes é entendido 
como sendo o CUSTO IDEAL de fabricação de um determinado item. Seria então 
o valor conseguido com o uso das melhores matérias prima possíveis com a mais 
eficiente mão de obra viável, a 100% da capacidade da empresa, sem nenhuma 
parada por qualquer motivo, a não ser as já programadas em função de uma 
perfeita manutenção preventiva. Esta idéia de custo padrão ideal, nasceu em 
laboratório. 
Outro conceito muito mais válido e prático é o CUSTO PADRÃO 
CORRENTE. Este diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o 
próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença 
de levar em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de 
qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia, 
etc... É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não 
impossível. 
O custo histórico, no qual se baseiam as informações do sistema contábil 
financeiro, tem pouca utilidade para os propósitos de controle, particularmente 
em condições inflacionárias, a experiência passada não informa aos gestores 
quanto uma operação, ou um trabalho, ou um departamento, é muito 
dispendioso. Dessa maneira, os gestores desejam saber não quanto custou, mas 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF.Msc. JOSÉ VICENTE 
 35
quanto custará. Uma vez que o custo seja determinado previamente, o custo real 
pode ser comparado com ele e suas diferenças analisadas. 
O custeio padrão é um método que vai ao encontro dessas necessidades. 
Na realidade determina previamente um custo considerado como aquele que 
representa o custo aceitável dentro das condições operacionais especificas 
vigentes. 
CUSTO PADRÃO E CUSTO ORÇADO 
A principal diferença entre custo padrão e custo orçado está em sua 
abrangência. Embora ambos se envolvam com o estabelecimento dos limites de 
custo para propósito de controle, o custo orçado impõe limites totais de custo 
para a empresa como um todo, para os departamentos, ou para as funções 
durante o período orçamentário, enquanto os custos-padrão são ligados aos 
produtos e às operações ou processos individuais. Por exemplo, o orçamento do 
departamento de produção para o próximo período pode projetar uma produção 
total de 100.000 unidades a um custo de $ 10,00 a unidade, assim o 
departamento de produção estará alocando um total de saída de capital de $ 1 
milhão. O custo unitário de $ 10,00, estará sendo baseado em padrões de custo 
estabelecidos com relação ao uso e preço de material, uso e custo de mão de 
obra, assim como os custos indiretos alocados. 
Os custos padrões serão revisados tão logo esteja claro que tenham 
deixado de ser realísticos em termos de custos correntes. 
O relacionamento entre custo orçado e custo padrão esta claro: a utilização 
de padrões de custo como padrão de desempenho para controle exige que esses 
custos sejam usados como base para a projeção das demonstrações orçadas, 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 36
orçamento e para cálculo do custo orçado, mas não podemos ter confiança em 
seu uso como base segundo a qual o desempenho real será medido. 
 
 
 
APLICAÇÕES DO CUSTEIO PADRÃO 
O custeio padrão é um método útil de controle em diversas formas. 
Primeiro, o processo de avaliação de desempenho pela determinação do 
grau de eficiência com que as operações correntes estão sendo desempenhadas 
pode ser facilitado pelo processo de administração por exceção. Muito 
freqüentemente o problema com que os gestores se deparam é o tempo gasto 
com o selecionamento da grande quantidade de informações e em decidir qual 
dessas informações são relevantes e significativas para o problema do controle. 
A administração por exceção resolve este problema à medida que destaca 
somente as informações que são importantes para controle, isto é, as variações 
entre o padrão estabelecido e o resultado real. 
Este processo permite que os gestores dirijam sua atenção somente nos 
problemas importantes, de modo que maior energia pode ser direcionada para 
corrigir as situações que estão fora de controle. 
Segundo, um sistema de custeio padrão pode levar a uma redução de 
custos. 
A instalação desse sistema requer uma reavaliação dos métodos de 
produção correntes, uma vez que é necessária uma padronização das práticas. 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 37
Este exame geralmente leva a um aperfeiçoamento nos métodos empregados, o 
que resultará em uma redução do custo da produção. 
Um exemplo de redução de custos através de um aumento de eficiência 
pode ser a simplificação dos procedimentos relacionados ao controle do estoque. 
Todos os itens semelhantes do estoque podem ser contabilizados a um preço 
uniforme. Este procedimento elimina a necessidade, quando é utilizado o custo 
histórico, de recalcular um novo preço unitário toda vez que é feita uma compra a 
um preço diferente. 
 Terceiro, o custo padrão é usado como base para a determinação de 
preço de venda. Representa o quanto o produto deve custar, e é o guia para 
decisões de preço melhor do que o custo histórico, que pode conter 
ineficiência proveniente de compra e de produção que não podem ser 
repassadas a um mercado competitivo. 
Finalmente, talvez o benefício mais importante que pode ser derivado de 
um sistema custeio-padrão é o clima de conscientização a respeito de custo 
disseminado entre os executivos e supervisores. Cada indivíduo é consciente de 
que os custos e as saídas sob sua responsabilidade estão sendo avaliadas e que 
ele será chamado para desenvolver ações corretivas tão logo ocorram variações. 
Se a filosofia dos executivos principais é positivamente de apoio, o custeio 
padrão pode funcionar como um incentivo para que os indivíduos ajam de acordo 
com os interesses da empresa. 
Além disso, um sistema de custeio padrão que permite aos subordinados 
participar no estabelecimento dos padrões leva o conhecimento dos custos até o 
nível hierárquico do chão da fabrica e auxilia a tomada de decisão em todos os 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 38
níveis. Assim, se ocorrer um roubo ou um erro no desempenho das operações, 
que necessite de uma decisão do supervisor encarregado, não importa o 
tamanho da retificação que seja necessária, um conhecimento dos custos 
possibilitará a melhor tomada de decisão. 
O processo de definição de padrões de custo requer a padronização de 
todos os elementos que afetam a produção; assim, padrões específicos para 
estes elementos podem ser estabelecidos anteriormente a sua produção real. 
Existem duas partes que compõem esse processo: a determinação de 
padrões físicos e a seleção de um valor apropriado para ser atribuído aos 
padrões físicos. Este problema pode ser examinado no contexto da determinação 
do custo padrão da matéria prima e da mão de obra, que são os dois principais 
custos diretos de produção. 
CUSTO PADRÃO DE MATÉRIA PRIMA 
A maioria das empresas desenvolve estudos de engenharia para cálculo 
das quantidades de material direto necessário para cada unidade de produto. Se 
diferentes tipos de materiais são necessários, uma lista de material é feita onde 
são itenizadas as quantidades padrões de cada tipo de material, específico para 
cada unidade de produto. 
Deve ser computada nas quantidades requerida a inclusão de certo nível de 
desperdício normal na produção, por exemplo, aqueles que aparecem devido à 
manutenção, evaporação e quebras esperadas. 
O gestor de compras deve ter responsabilidade pelas informações a 
respeito de preços de material direto, que não são os preços históricos 
contabilizados como custo, mas previsões de preços durante o período, nos 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 39
quais os custos padrões são aplicados. Eles são essencialmente preços 
predeterminados. 
CUSTO PADRÃO DE MÃO DE OBRA DIRETA 
O custo padrão da mão de obra direta também consiste em dois 
componentes: quantidade e preço. Primeiro, os níveis padrões de mão de obra 
são estabelecidos, levando em conta as várias habilidades necessárias para o 
desempenho das operações envolvidas na produção. Estudo de tempo e 
movimento são empregados para que seja determinada a hora padrão de mão de 
obra que deve ser despendida em cada nível e em cada departamento, desde a 
fabricação até o produto acabado. Se existem vários tipos de produtos, esse 
cálculo deve ser feito para cada produto. 
Segundo, as taxas salariais devem ser aplicadas à hora de mão de obra, a 
fim de calcular o custo unitário do produto. 
Essas taxas salariais não são as correntes nem as passadas, mas projeções 
de taxas que provavelmente acontecerão durante o período em que o custo 
padrão seja vigente. 
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES 
O uso dos custos padrões facilita o controle do desempenho, pois se o 
custo padrão foi corretamente definido, a única preocupaçãoé com a diferença 
ou variação entre o custo real e o custo padrão. 
O método de administração por exceção é o meio apropriado de controlar as 
operações pela análise das variações. 
A ênfase da análise das variações é a investigação para determinar se são 
justificáveis ou não. Se forem justificáveis é porque as estimativas de 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 40
quantidades ou preços e insumos estão errados, então o custo padrão deve ser 
ajustado. Se injustificado, então as causas dessas variações devem ser 
investigadas e ações corretivas devem ser desenvolvidas. 
Como o custo padrão é composto de dois componentes, quantidade e 
preço, a analise das variações precisa estabelecer se essas variações são 
devidas a diferença de quantidade ou de preço. 
Variação de quantidade de matéria prima 
Variação de preço da matéria prima 
Nesta primeira variação temos a diferença entre o custo real da matéria 
prima e seu custo padrão e é melhor calculada quando a matéria prima é 
comprada, e antes mesmo de ser enviada para produção comparar com o custo 
de matéria prima utilizado no pré-cálculo. Neste caso, a variação é evidenciada o 
mais cedo possível, podendo ser assim desenvolvida imediatamente uma ação 
corretiva em vista das próximas compras. 
 A variação de preço de matéria prima resulta da comparação do preço da 
matéria prima comprada com a estimativa de quanto deveria ter custado. 
A variação de preço da matéria prima é calculada pela seguinte formula: 
 
Variação de quantidade de matéria prima 
Esta variação expressa a diferença entre a quantidade real usada na 
produção, para o volume real de saídas e, a quantidade padrão estimada para 
este mesmo volume. 
VARIAÇÃO DE PREÇO =(PREÇO REAL – PREÇO PADRÃO) X QUANTIDADE PADRÃO 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 41
Por essa razão, a variação de preço é sempre calculada primeiro, o que 
elimina a influência da variação de preço do cálculo da variação do uso do 
material. 
A variação é calculada ao termino do processo produtivo, quando então, 
são conhecidas as diferenças entre a quantidade de material usado e, a 
quantidade que deveria ser usada na produção, e o volume de saídas. 
A variação de quantidade de matéria prima é calculada da seguinte forma: 
 
 
Variação mista ou conjunta 
Esta fórmula analisa os efeitos mistos das variações de preço e 
quantidades. Equivale ao produto das diferenças e pode ser apresentada como: 
VARIAÇÃO MISTA = (PREÇO REAL – PREÇO PADRÃO) X (QUANTIDADE REAL – QUANTIDADE 
PADRÃO) 
 
Variações de Mão de Obra 
A fórmula de cálculo da variação de mão de obra direta é semelhante à da 
matéria prima. Entretanto, em vez de variação de quantidade, referimo-nos como 
sendo variação de uso (ou de eficiência) e, em lugar de variação de preço, 
utilizamos a expressão variação de taxa. 
Variação de Eficiência 
É calculada encontrando-se a diferença entre a quantidade real de horas 
trabalhadas e quantidade estimada pelo padrão. Multiplicando essa diferença 
pela taxa padrão, a fórmula é a seguinte: 
 
VARIAÇÃO DE QUANTIDADE = (QUANTIDADE REAL – QUANTIDADE PADRÃO) X PREÇO 
PADRÃO 
 
VARIAÇÃO DE EFICIÊNCIA = (HORAS REAIS – HORAS PADRÃO) X TAXA PADRÃO 
APOSTILA DE PRATICA DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROF. Msc. JOSÉ VICENTE 
 42
Variação de Taxa. 
Esta variação mostra o impacto de um aumento na taxa de mão de obra 
sobre a taxa que havia sido calculada em relação ao volume de saídas. A fórmula 
é a seguinte: 
 
 
Variação mista ou conjunta 
Esta fórmula analisa os efeitos mistos das variações de taxa preço e 
quantidades de horas. Equivale ao produto das diferenças e pode ser 
apresentada como: 
VARIAÇÃO MISTA = (HORAS REAL –HORAS PADRÃO) X (TAXA REAL – TAXA PADRÃO) 
 
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 
Os custos podem ser classificados em diretos e indiretos fixos e variáveis. 
As características desses custos são tais que as mudanças no volume de 
produção afetam de modo diverso essas duas categorias. Assim, o custo variável 
total varia de acordo com o volume de saídas da produção. 
Nesse caso pode-se dizer que as mudanças no volume das saídas de 
produção afetarão os custos orçados, da mesma forma em que os custos 
variáveis totais também serão afetados. 
No curto prazo, assumimos que os custos fixos permanecerão constantes; 
assim, o custo fixo orçado não sofrerá mudanças de acordo com o volume de 
saídas de produção, ou seja, não poderá naturalmente exceder a capacidade 
produtiva instalada. 
VARIAÇÃO DE TAXA = (TAXA REAL –TAXA PADRÃO) X HORAS PADRÃO 
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 43
Por essas razões o controle dos custos indiretos necessita de um método de 
controle que leve em conta a possibilidade de mudanças no volume de saídas da 
produção durante o período desejado. 
Raras são as vezes em que o volume real de saídas de produção é igual ao 
orçado. O ideal será planejar um sistema que leve em conta estas mudanças no 
volume, possibilitando assim uma comparação entre os custo indiretos de 
fabricação naquele nível de saídas com os custos indiretos de produção no nível 
de produção orçado. 
Análise das variações dos custos indiretos de fabricação. 
Usualmente são estabelecidas duas taxas de custos indiretos: uma taxa de 
custos variável e uma taxa de custos fixos. Esta distinção é importante para a 
análise das variações, entretanto torna mais complicada a análise das variações 
dos custos indiretos. 
Variação de Custo. 
É a diferença entre a dotação orçamentária baseada nas horas reais 
trabalhadas e as despesas reais incorridas. A fórmula de calculo dessa variação 
e: 
 
 
Variação de Eficiência 
Deve ser calculada para mostrar a diferença entre a hora padrão adotada e 
a hora real efetivamente trabalhada, multiplicada pela taxa padrão de custos 
indiretos. 
A fórmula para o cálculo dessa variação é a seguinte: 
Variação de custo = C.I.F. que seria padrão ao nível real - C.I.F. real 
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 44
 
 
Variação de volume 
Esta variação ocorre quando é empregado o método de custeio por 
absorção. 
A fórmula para cálculo dessa variação é a seguinte. 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 
A Embalax S.A. fabrica caixas de papelão; na sua linha de embalagens para 
liquidificadores tem o seguinte custo-padrão: 
COMPONENTE QUANTIDADE VALOR 
Papelão 1,5 m² $ 4,00/m² 
Fita colante 1,0 m $ 0,20/m 
MO Direta 3 min $ 20,00/hora 
Custos Indiretos de Fabricação:$ 6.000.000/mês para um nível de 2.000.000 de 
caixas mensais. 
 
PEDE-SE: 
A) CALCULE O CUSTO-PADRÃO DE UMA UNIDADE. 
B) O CUSTO PADRÃO TOTAL DE UM MÊS. 
Durante o mês foram produzidas 2.300.000 caixas, consumindo-se 3.599.500 m² 
de papelão, 2.400.050 m de fita colante e 120.060 horas de mão de M.O.D.. O 
preço médio pago pelo papelão foi de $ 4,20/m², o da fita colante foi de $ 0,19/m 
e o da M.O.D. foi de $ $ 22,00/hora. Os Custos Indiretos totalizaram $ 6.900.000. 
PEDE-SE: 
C) Qual o custo real médio de uma unidade? 
D) Qual o custo real médio das 2.300.000? 
Variação de eficiência = C.I.F. que seria padrão ao nível real - C.I.F. padrão ao 
nível ajustado pela ineficiência. 
Variação de volume = C.I.F. aplicados - C.I.F. padrão ajustado ao nível de produção 
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 45
E) Qual a variação de quantidade de matéria-prima a ser atribuída à 
produção? 
F) Qual a variação de preço a ser atribuída ao Departamento de Compras?G) Qual a variação mista de matéria prima? 
H) Qual a variação de eficiência na mão de obra direta? 
I) Qual a variação de taxa na mão de obra direta? 
J) Qual a variação mista de mão de obra direta? 
K) Construa um quadro detalhando todas as variações por unidade. 
 
EXERCÍCIO 8 
A Indústria Faca de Prata S.A. fabrica, entre outros, faqueiros de pratas com 24 
peças, pesando 1,5 kg cada um. O custo-padrão total de um faqueiro desse tipo é 
assim constituído: 
Matéria-prima PRATA $ 3.000/kg 
Matéria-prima (METAL) $ 100/kg 
M.O.D. $ 500/faqueiro 
C.I.F. $ 770/faqueiro 
 
O faqueiro-padrão consome 1,2 kg de prata e 0,3 kg de metal. 
 
Em determinado mês houve uma variação no custo total desse produto. 
Verificando o que estava ocorrendo, encontraram o seguinte: 
Matéria-prima PRATA $ 3.200/kg 
Matéria-prima (METAL) $ 180/kg 
M.O.D. $ 500/faqueiro 
C.I.F. $ 790/faqueiro 
Além disso, verificaram que, em vez de consumir 80% do peso em prata, estavam 
consumindo 82,5%, mas o peso total estava realmente sendo de 1,5 kg por 
faqueiro. 
Calcule e faça as análises das variações entre o custo padrão e o real. 
 
EXERCÍCIO 9 
 
Com as informações dadas abaixo, calcule o custo-padrão por unidade de 
produto acabado. 
Volume de atividade normal = 10.000 unidades 
PADRÕES DE CUSTOS 
Material direto $2,00/kg 
Mão de obra direta $ 4,20/hr 
Custos Indiretos Variáveis $ 2,75 por hora de M.O.D. 
Custos Indiretos Fixos $ 30.000 
PADRÕES DE QUANTIDADE 
Material direto 5 kg /unidade 
M.O.D. 3 horas por unidade 
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 46
 
EXERCÍCIO 10 
 
Em continuação com os dados do exercício anterior, e considerando que os 
gastos e quantidades reais foram as que estão dadas a seguir, prepare um 
quadro completo das variações entre o real e o padrão, bem como todas as 
análises de variações de quantidade e valor, para todos os custos. 
 
Volume real produzido= 9.600 unidades 
Material direto consumido= 48.480 kg a um custo total de $ 94.536 
M.O.D.= 27.840 horas a um custo total de $ 125.280 
Custos Indiretos Variáveis= $ 77.952 
Custos Indiretos Fixos= $ 25.920 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODULO 5 
 
FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA 
 
Para a devida formação de preço devemos sempre observar além do próprio 
custo do produto ou serviço, algumas variáveis que podem influenciar com maior 
ou menor grau de complexidade a determinação do preço. 
 
 Concorrência; nos mercados onde há varias empresas oferecendo 
produtos semelhantes, o preço tenderá a ser menor do que seria se não 
houvesse competidores. 
 Clientes: ao estabelecer ou alterar o preço, as empresas se preocupam 
com as reações de seus clientes. Os clientes podem diminuir o consumo, 
ou até mesmo deixar de consumir o produto. Podem passar a fabricar o 
produto, ou mesmo adquirir um produto substituto. 
 Custos: para produzir um produto, as empresas incorrem em uma série de 
custos. O que o empresário espera é recuperar todos os custos que 
efetuou e ainda obter algum lucro. 
 Governo Pode ter uma influência muito forte na formação dos preços dos 
produtos e serviços ou mesmo determinar o preço do produto. São muitas 
as formas de que dispõe o governo para influir nos preços: subsídio, 
incentivos fiscais à produção, à exportação, restrições ou estímulos à 
importação, criação ou ampliação de tributos. 
 
Além destas influências a empresa deve prestar atenção no seguinte: 
 
 Real capacidade de produção da fábrica; 
 Tempo padrão unitário, quer em horas homem, quer em horas 
máquinas; 
 O padrão de materiais, considerando todas as perdas normais do 
processo produtivo; 
 As incidências de outros custos de produção; 
 A incidência de despesas fixas de administração e de vendas; 
 A capacidade do mercado; 
 O lucro esperado. 
 
 
 
FORMAÇÃO DE PREÇOS BASEADA EM CUSTOS ACRESCIDOS DA 
MARGEM DE LUCRO. 
 
Custos são todos os conceitos até então verificados, os fixos, variáveis, diretos e 
indiretos. Além destes precisamos entender o conceito de margem de 
contribuição e o mark-up. 
 
Margem de Contribuição => Uma vez obtido o preço de venda, deduzindo os 
custos e despesas variáveis, sem levar em consideração os custos fixos, pois 
estes existem independentemente de qualquer nível de produção, temos a 
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 48
Margem de Contribuição, assim temos: Preço de venda – custos e despesas 
variáveis = margem de contribuição. 
 
Mark-up => É considerado o acréscimo necessário ao custo para que se obtenha 
lucro e pague todos os impostos sobre as vendas. 
 
Preço de venda. 
 
O preço de venda deve ser conhecido no momento do planejamento do negócio, 
portanto, no custo padrão. Assim os custos por unidade de produto que se espera 
vender e as despesas devem ser determinadas com antecedência. 
 
PV = CV + DA + DFV + DVV + DF + L 
 
Onde PV = PREÇO DE VENDA 
 
Valores Previsíveis 
 
CV = Custo Variável 
DA = Despesas Administrativas 
DFV = Despesas Fixas De Venda 
 
% Percentual Do Preço De Venda 
 
DVV = Despesas Variáveis De Venda (IMPOSTOS=> ICMS, ISS, PIS E COFINS), 
COMISSÕES DE VENDAS. 
DF = Despesas Financeiras 
L = Lucro 
 
PREÇO DE VENDA A VISTA 
 
PV = CV + DA + DFV . 
 1-(% icms + % pis + %cofins + %comissões + %lucro) 
 
PREÇO DE VENDA A PRAZO 
 
PV = CV + DA + DFV . X (1+i)n 
 1-(% icms + % pis + %cofins + %comissões + %lucro + %DF) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 49
 
EXERCÍCIO 11 
 
Supondo-se que a Empresa Industrial GREGA, fabrique apenas dois produtos: 
Alfa e Beta e que utilize o método de custeio por absorção. 
 
Capacidade de produção 10.000 peças por mês. 
 
Previsão de vendas: 
Alfa 5.000 peças 
Beta 3.000 peças 
 
Previsão do custo variável unitário 
 
COMPONENTES ALFA $ BETA $ 
Materiais diretos 
Alfa = 4,00 kg à $ 0,90 3,60 
Beta = 4,00 kg à $ 0,70 2,80 
 
Mão de obra 
Alfa = 5,00 hrs. à $ 0,20 1,00 
Beta = 4,00 hrs. à $ 0,20 0,80 
 
C.I.F. 
$ 3.200,00 / 8.000 unidades 0,40 0,40 
 
Custo variável unitário 5,00 4,00 
 
 
Previsão de despesas comerciais e administrativas 
administrativas 
COMPONENTES ALFA $ BETA $ 
ADMINISTRATIVAS 
Alfa = $ 4.750/5000 0,95 
Beta = $ 1.500/3000 0,50 
 
Não identificáveis 
Global = $ 12.000/8000 1,50 1,50 
Total das desp. Administrat. 2,45 2,00 
 
Previsão de despesas de vendas 
COMPONENTES ALFA BETA 
COMERCIAIS 
Globais = $ 8.000/8.000 1,00 1,00 
identificáveis 
Icms 18,00% 18,00% 
cofins 3,00% 3,00% 
Pis 0,65% 0,65% 
Comissões 1,35% 2,00% 
Soma ∑ 23,00% 23,65% 
 
LUCRO PREVISTO 17,00% 15,00% 
 
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
Despesas financeiras 4,00% para o período 
Inflação prevista 2,80% ao mês 
Prazo de pagamento 60 dias 
 
 
Exercício 12 
Dados os custos padrões abaixo calcule o custo padrão médio de uma unidade, o 
preço de venda e o lucro através da demonstração de resultado, para o volume 
de 11.000 unidades produzidas e vendidas. 
 
 
Componentes de custo Quantidade padrão Preço padrão 
Matéria prima 2,00 kg por unidade $ 4,75 por kg 
Mão de obra direta 4,00 horas por unidade $ 2,70 por hora 
Custos indiretos variáveis $1,00 por hora de M.O.D. 
Custo indireto fixo $11.000,00 para um mês 
 
 
Outras informações 
 
Despesas administrativas $ 1,40 por unidadeDespesas comerciais fixas $ 1,60 por unidade 
Despesas comerciais variáveis 3,50 % do preço de venda 
O ICMS 18,00 % 
PIS 1,65 % 
COFINS 7,60% 
LUCRO ESPERADO 15,00 % 
 
Ao final do período constataram-se as seguintes movimentações: 
 
Componentes de custo Quantidade real Preço real 
Matéria prima 2,10 kg por unidade $ 4,70 por kg 
Mão de obra direta 4,50 horas por unidade $ 2,80 por hora 
Custos indiretos variáveis $1,50 por hora de M.O.D. 
Custo indireto fixo $11.550,00 para um mês 
 
Despesas administrativas $ 1,45 por unidade 
Despesas comerciais fixas $ 1,55 por unidade 
 
Calcule o preço real médio, o preço de venda real (que deveria ter ocorrido), o 
lucro por meio da demonstração do resultado de exercício total para o volume de 
11.000 unidades e demais percentuais padrões. 
 
Elabore as análises das variações de matéria prima; mão de obra direta e custos 
indiretos fixos e variáveis. 
Elabore um mapa de variações totais. 
 
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 51
 
MÓDULO 6 
O FATOR “K” OU “MARK-UP” E A DETERMINAÇÃO DE PREÇO DE VENDA 
As empresas brasileiras de um modo geral estabelecem o seu preço de 
venda utilizando o conceito de fator “K” denominado também de “mark-up”. 
O mark-up é um índice multiplicador ou divisor que aplicado ao custo 
do produto ou serviço resultará no preço de venda. Normalmente integram o 
“mark-up” os seguintes elementos: 
ELEMENTOS % OU TAXA 
PIS 0,0065 
COFINS 0,03 
ICMS 0,18 (SP) 
ISS VER LEI LOCAL 
COMISSÕES % SOBRE O PREÇO 
DESP ADMINISTRATIVA % SOBRE O PREÇO 
DESP. FIXA DE VENDA % SOBRE O PREÇO 
DESP. FINANCEIRA % SOBRE O PREÇO 
CUSTOS FIXOS % SOBRE O PREÇO 
LUCRO % SOBRE O PREÇO 
A partir destas informações temos: 
% CUSTO X R$ PV = R$ CUSTO 
PV = R$ CUSTO ÷ % CUSTO 
PV = (R$ CUSTO X 1) ÷ % CUSTO 
PV OU k = 1 ÷ % CUSTO 
EXEMPLIFICANDO: 
ELEMENTOS %SOBRE 
VENDAS 
PREÇO DE VENDA 100,00 
(-) PIS -0,65 
(-) COFINS -3,00 
(-) ICMS -18,00 
(-) DESP ADM -7,00 
(-) DESP FIXA VENDA -5,00 
(-) DESP FINANCEIRA -5,00 
(-) LUCRO -294,00 
 =CUSTO 32,35 
FATOR K (1 ÷ CUSTO) 3,09119 
 
 
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 52
 
 
O PREÇO DE VENDA = CUSTO DIRETO X FATOR K 
ASSIM SE ADMITIRMOS QUE O CUSTO DIRETO DE UM PRODUTO SEJA R$ 330,00 TEMOS: 
 
PV = R$ 330,00 X 3.09119 = R$ 1.020,09 
 
No entanto, precisamos verificar que essa forma de encarar o mark – up é uma maneira, 
simplista e errada. Então chamo a atenção de todos para o seguinte aqui na lousa. 
EXERCÍCIO 13 
Uma empresa tem os seguintes percentuais médios sobre vendas líquidas: 
Despesas comerciais 12% 
Despesas administrativas 11% 
Despesa financeira 06% 
Margem de lucro 17% 
 
Pede-se: 
 
a) calcular o mark-up para obtenção do preço de venda sem impostos; 
b) calcular o preço de venda sem impostos de um produto que tem um custo 
industrial de 
$ 150.000. 
 
EXERCÍCIO 14 
 
Com base no preço de venda sem impostos acima e sabendo que uma 
determinada empresa possui a seguinte estrutura de impostos: 
ICMS 18,00%,PIS 0,65% E COFINS 3,00%. Calcule o mark-up para 
impostos e o novo preço de venda com impostos. 
 
EXERCÍCIO 15 
 
Um produto deve ser vendido à vista por $ 200,00 cada unidade antes dos 
impostos sobre vendas. 
ICMS 18% 
PIS 0,65% 
COFINS 3,00% 
 
PEDE-SE: 
 
A) Calcular o mark-up para incorporação dos impostos sobre o preço de 
venda com impostos. 
B) Qual deve se o preço de venda com impostos. 
 
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 53
 
 
 
EXERCÍCIO 16 
 
Uma empresa atua num setor onde predomina o conceito de concorrência 
perfeita, e, portanto, ela não consegue interferir no preço de mercado. O 
produto que ela fabrica só é aceito no mercado interno a um preço de $0.91 
o litro, e no mercado externo (para exportação) a $0.84. Os impostos sobre 
vendas são: 
 
Impostos 
sobre 
Venda
s 
Mercado 
Interno 
Mercado 
Externo 
ICMS 
 
15.00% 5.00% 
PIS 
 
0.65% - 0 - 
COFINS 
 
2.00% - 0 - 
 
Pede-se: calcular os preços de vendas sem impostos. 
 
EXERCÍCIO 17 
 
Utilizando os dados do exercício anterior, e considerando que são os 
seguintes percentuais médios de despesas sobre os preços de vendas sem 
impostos, calcule qual é o custo industrial máximo permitido para a empresa 
(custo meta). Verifique também qual é o mercado que permite maior 
rentabilidade para a empresa. 
 
Custo e Margem Mercado 
Interno 
Mercado Externo 
 Despesas 
Comerciais 
12% 15% 
 Despesas 
Administrativas 
6% 7% 
 Custo Financeiro 4% 2% 
 Margem desejada 8% 8% 
 
EXERCÍCIO 18 
 
Uma empresa pretende vender $ 1.000.000 de determinado produto durante 
o ano. O capital investido no negócio é de $ 300.000. Qual é a margem de lucro 
que ela deve considerar no preço de venda sem impostos, se ela deseja uma 
rentabilidade liquida dos impostos sobre o lucro de 18% sobre o capital 
investido? Considere que os impostos sobre o lucro representam 50% da margem 
das vendas antes desses impostos. 
 
 
 
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EXERCÍCIO 19 
 Considere os seguintes dados financeiros de uma empresa. Para 
simplificar, imagine que a quantidade produzida é totalmente vendida durante o 
ano, não formando estoques adicionais: 
 Ano 1 Ano 2 Ano 3 
Vendas Líquidas $ 30.000 $ 36.992 
Custo dos Produtos Vendidos (21.000) (25.894) 
Lucro bruto 
Despesas de Vendas (4.500) (4.680) 
Despesas Administrativas (3.000) (3.000) 
Custo Financeiro (2.400) (2.520) 
Resultado Operacional (900) 898 
Impostos sobre o Lucro (35%) - - 
Resultado Líquido (900) 898 
Patrimônio Líquido Inicial 25.002 24.102 
 
A empresa tem operado nesses dois últimos anos bem abaixo de sua 
capacidade total de produção e vendas. As perspectivas para o próximo 
período, o Ano 3, são de que a empresa conseguirá vender tudo o que 
produzir, dada a grande demanda esperada. A empresa está com seu 
Patrimônio Líquido inicial avaliado em $25.000. Ela deseja uma 
rentabilidade mínima de 16% líquida dos impostos sobre o lucro. Estima-se 
também que apenas as despesas de vendas e o custo financeiro terão um 
acréscimo de 10%. As despesas Administrativas continuarão fixas e 
considera-se o custo dos produtos vendidos um custo totalmente variável. 
 
Pede-se: 
a) calcular o novo faturamento (vendas líquidas); 
b) considerando que o novo faturamento esperado representará 100% da 
utilização da capacidade de produção e vendas, verificar qual foi à 
utilização percentual da capacidade nos Anos 1 e 2; 
c) calcular qual é a participação das despesas com vendas administrativas, 
custo financeiro e margem bruta sobre vendas líquidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIO 20 
Baseado nos dados obtidos com a solução do exercício anterior, e 
considerando que os impostos sobre venda representam 18.65% do preço 
de venda com impostos, calcular os preços de venda para o público, dos 
seguintes produtos da empresa: 
 
 Custo por Absorção 
Produto A $ 17,00 
Produto B $ 45,00 
Produto C $ 88,00 
 
 
EXERCÍCIO 21 
 
Com os dados de Venda Líquidas Totais da empresa obtidos no exercício 
15, e com os dados do preço de vendas por unidade de preço de vendas 
sem impostos obtidos no exercício 16, calcular quantas unidades do produto 
C podem ser produzidas e vendidas, sabendo que o máximo que o mercado 
aceita dos produtos A e B é respectivamente, 800 e 350 unidades. Calcular, 
em seguida, qual a participaçãode cada produto no total de vendas da 
companhia. 
EXERCÍCIO 22 
 
. Uma empresa pretende produzir um produto que é vendido no mercado por 
$252,05. De forma alguma o produto poderá ser vendido a preço superior. 
Sabendo-se que os impostos contidos nesse preço são os seguintes – ICMS 
18%, PIS 0,65% e Cofins 3%, Pede-se: 
● calcular o Peço de Venda a vista sem impostos; 
● calcular o custo máximo que esse produto deveria custar para a empresa, 
sabendo-se que ela quer no mínimo uma margem de 15% sobre o preço de 
venda sem impostos, além de necessitar de 25% desse mesmo preço de 
venda, para cobrir os custos da administração, comercialização e financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRUNI, Adriano Leal, FAMA, Rubens, Gestao de Custos e Formaçao de Preços, São 
Paulo, Editora Atlas, 2002. 
CARNEIRO, Jorge M.T. Et al, Rio de Janeiro, Fgv editora, 2004 1ª ed. 
MARTINS, Eliseu - Contabilidade de Custos, São Paulo, Atlas, 2003 
PADOVEZE, Clóvis Luís ,Curso Básico Gerencial de Custos, São Paulo Thomson, 
2006

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