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REVISÃO – TEORIA GERAL DO PROCESSO – QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1. O que é interesse? 
É o desejo de ter um determinado bem da vida, ou seja, de satisfazer uma 
necessidade. 
 
2. O que é conflito de interesses? 
É quando uma pessoa tem dois interesses e só p ode satisfazer um. 
 
3. O que é conflito intersubjetivo de interesses? 
É quando duas ou mais pessoas têm a pretensão de se apropriar de um 
mesmo bem da Vida, qualificado pela resistência do detentor do bem. 
 
4. O que é direito objetivo? 
Conjunto de normas jurídicas que tem como objetivo sistematizar e 
regulamentar o 
Comportamento humano e a sociedade. 
 
5. O que é direito subjetivo? 
É a pretensão do titular do interesse juridicamente porte sido de fazer valer o 
direito 
Objetivo, subordinando o interesse de outrem ao seu. 
 
6. O que é relação jurídica? 
É o conflito de interesses regulado pelo direito. 
 
7. O que é sujeito de direito? 
É o titular de um direito subjetivo. 
 
8. O que é objeto de direito? 
É o bem da vida, limitado, com valor econômico ou afetivo que deu origem a 
lide. 
 
9. O que é pretensão? 
É a exigência de submissão do interesse de outrem ao próprio. 
 
10. O que é lide? 
É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 
 
11. O que é processo? 
É o meio ou instrumento de solução da lide. 
 
 
13. O que é litígio? 
É uma disputa ou controvérsia entre as partes formada em juízo. 
 
14. Quais as formas de solução de conflito existentes? 
Autotutela ou autodefesa, auto composição, arbitragem e jurisdição. 
 
15. Quais as formas de solução de conflito que integram a justiça privada? 
Autotutela ou autodefesa, auto composição e arbitragem. 
16. Quais as formas de solução de conflito que integram a justiça pública? 
Jurisdição. 
 
17. O que é autotutela? 
É fazer justiça com as próprias mãos. 
 
18. O que é auto composição? 
É a cor nucleação ou acordo entre as partes obtido em função da desistência 
do sujeito a tio, 
Da submissão do sujeito passivo o u m Edina te concessões mútua as entre as 
partes, 
Caracterizando um acordo ou transação, quando disponível o direito material. 
 
19. Pode-se impor pena através da auto composição ou da arbitragem? 
Não, somente o Estado pode punir. 
 
20. O que é jurisdição? 
É a função/obrigação, atividade e poder (que emana da soberania) do Estado d 
e compor os conflitos de interesses pela aplicação da lei ao caso concreto. 
 
21. O que é mediação? 
É um meio alternativo de solução de litígios, onde um terceiro, neutro/imparcial, 
d e 
Confiança das partes, por elas livre e voluntariamente escolhido, intervém 
como 
“Facilitador”, levando as partes a encontrarem a solução para as suas 
pendências. 
 
22. Qual a diferença entre a Mediação, a Conciliação e a Arbitragem? 
 
A conciliação é exercida por força de lei e obrigatoriamente por servidor 
público, que usa a autoridade do cargo para tentar promover a solução do 
litígio. Na mediação, o mediador não decide; quem decide são as partes; Na 
Arbitragem, o árbitro decide. 
 
23. Como ocorre a conciliação ? 
É um acordo entre as partes mediante concessões mútuas. 
 
24. Como funciona a Arbitragem? 
Na arbitragem, as partes elegem, de comum acordo, um a árbitro para 
solucionar o conflito. 
Tal árbitro deve ser de confiança mútua das partes, considerado j u sito e 
imparcial. As 
Partes, por sua vez, assumem o compromisso de acatar a decisão do árbitro. 
A lei que 
Regulamenta essa forma de solução de conflito é a L ei nº 9.307, de 1996. Os 
conflitos que podem ser solucionados por esta lei são os seguintes: matéria 
civil (não-penal), na medida da disponibilidade dos interesses substanciais em 
conflito. As partes em conflito podem requerer esta forma mediante a 
assinatura de um contrato perante o juiz arbitral, com limitação aos litígios r 
eletivos a direitos patrimoniais disponíveis. Ex. As partes assinam uma 
convenção de arbitragem que deve se limita r aos litígios relativos a 
direitos patrimoniais disponíveis; Restrições à eficácia da cláusula 
compromissória inserida em contratos de ad estão; Capacidade das 
partes; Possibilidade de escolherem as partes as regras de direito 
material a serem aplicadas na arbitragem, sendo ainda admitido 
convencionar que está se realize com bar se nos princípios gerais de 
direito, nos usos e costumes e nas regras int. reacionais de comércio. ; 
Não há necessidade de homologação judicial da sentença arbitral; A 
sentença arbitral dos m esmos efeitos de uma sentença judiciária, valendo 
como título e executivo, se for condenatória; Possibilidade de controle 
jurisdicional ulterior se for provocado pela parte interessada; Possibilidade 
de reconhecimento e execução de sentenças arbitrais produzidas no 
exterior; Os árbitros não têm o poder jurisdiciona l do Estado, não podem 
executa r suas próprias sentenças, nem impor medidas coercitivas; O árbitro 
sempre considera-se autorizado a julgar por equidade. 
 
25. O que significa “Princípio”? Qual a importância de estudar os princípios? 
É um mandamento nuclear que se irradia por todo o sistema jurídico, 
compondo -lhe o 
Espírito, servindo de critério para a sua exata compreensão, definindo lhe a 
lógica e a 
Racionalidade, conferindo -lhe harmonia. Importância – compreender o 
sistema jurídico 
Como um todo, único, indivisível, harmonia idoso e coerente. 
 
26. Quais as espécies de princípios analisados? 
Constitucionais: 
Devido processo legal; 
Igualdade ou da isonomia; 
Contraditório e ampla defesa; 
Publicidade dos atos processuais; 
Inafastabilidade do Poder Judiciário; 
Inadmissão da prova ilícita; 
Duplo grau de jurisdição; 
Juiz e promotor natural; 
Motivação das decisões judiciais; 
Celeridade ou da brevidade. 
Infraconstitucionais ou Processuais: 
Princípio da imparcialidade do juiz; 
Princípio da iniciativa das partes; 
Princípio do impulso oficial; 
Princípio da disponibilidade 
Princípio da indisponibilidade; 
Princípio da lealdade processual; 
Princípio da oralidade; 
Princípio dispositivo; 
Princípio da livre convicção do juiz; 
Princípio da economia processual; 
Princípio da instrumentalidade das formas. 
 
27. Princípio do devido processo legal. 
Artigo 5º, LIV, CF – Ninguém se rá privado d a liberdade ou de seus bens sem 
o devido 
Processo legal. É o conjunto de garantias que a seguram às partes o 
exercício de suas 
Faculdades (direito material), poderes de nato reza processual e, de outro, 
legitimam a 
Própria função jurisdicional. É a garantia da vida, da liberdade e da 
propriedade. Sentido 
Material – garantir o direito material; Sentido processual – garantir o acesso à 
justiça. 
 
28. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
 
É a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo 
juiz de 
Primeiro grau o u de primeira instância, que corresponde a denomina da 
instância inferior, garantindo, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos 
da jurisdição superior, ou de segundo grau. É adotado pela generalidade dos 
sistemas processuais contemporâneos. Acorrente doutrinária opositora é m 
imporia. 1ª instância – juízo ad quo; 2ª instância – juízo ad quem. 
 
29. Princípio da isonomia ou da igualdade das partes. 
 
Todos são iguais perante a lei. 
O juiz de ver ser imparcial e a segurar às pá três igualdade 
De trat. amento. No processo penal, é atenuado pelo f favor rei, ou se já, o 
interesse do 
Acusado prevalece no contraste com o direito de punir do Estado. 
 
30. Princípio do contraditório. 
 
É o direito ou oportunidade de defesa, de contestação, assim, o juiz deve ouvir 
as 
Alegações das duas parte s antes de tomar uma decisão.Artigo 5º, LV, CF – 
aos litigantes, 
Em processo judicial ou a administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o 
Contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
Como 
Consequência deste princípio é necessário que se dê ciência a cada litigante 
dos atos 
Praticados pelo juiz e pelo adversário, efetivando-se o cor tradutório e 
possibilitando ampla 
Defesa. 
 
31. Princípio da ampla defesa. 
É o d direito d e alegar f atos relevantes juridicamente e comprová -lós por 
quaisquer meios de 
Prova a demitidos em direito, a sim, os réus e os acusados em geral não 
podem ser 
Cerceados em seu direito de defesa. 
 
32. Quais as formas de ciência dos atos processuais? 
Citação, notificação e intimação. 
 
33. O que é citação? 
É o ato pelo qual se chama a juízo o réu a fim de se defender. 
 
34. O que é intimação? 
É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do 
processo, para que faça ou Deixe de fazer alguma coisa 
 
35. Princípio da Publicidade (restrita ou relativa) 
Inciso LX d o art., 5º da Constituição - “a lei só poderá restringir a publicidade 
dos atos 
Processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. 
 
36. O que é prova ilícita? 
São inadmissíveis no processo as provas obtidas por meio ilícito. Artigo 5º, 
LVI, CF. É 
aquela que viola o nosso ordenamento jurídico. Proibição de natureza 
material. Ex. grampo ou escuta telefônica obtida sem ordem judicial se for 
utilizada como prova em um processo. 
 
37. Princípio do juiz e promotor natural. 
Artigo 5º, XXXVII, CF – não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
Artigo 5º, LIII, CF – ninguém será processado nem sentenciado senão 
pela autoridade competente. Trata-se de uma garantia constitucional de que 
ninguém se rá julgado, processado ou sentenciado senão por um tribunal 
legítimo e competente dentro do nosso ordenamento jurídico, assim 
como, ninguém será processado senão por um promotor natural legítimo 
e competente (dentro da sua área de jurisdição e atribuições) e também 
que ninguém será sentenciado senão por um juiz natural legítimo e 
competente, dentro da sua área de jurisdição e atribuições do cargo. 
Assim, juiz natural é aquele previsto expressa ou implicitamente em norma 
jurídico-constitucional. 
 
38. Tribunal de Exceção 
É um Tribunal Ad Hoc (especial), criado especificamente para julgar u m 
determinado caso. Pode ser criado por lei ou não, irrelevante a já 
existência de Tribunal. 
Órgãos competentes – são aqueles instituídos pela CF; Órgãos Pré -
constituídos – ninguém pode ser julgado por órgão que tenha sido criado 
após a ocorrência do fato; Juízes competentes – são aqueles que no 
âmbito de suas atribuições, delegadas pela CF, têm poderes 
jurisdicionais sobre determinada causa. 
 
39. PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO D AS DECISÕES JUDICIAIS (ART. 93, IX, 
CF) 
O objetivo é de assegurar a publicidade das decisões judiciais, bem como 
possibilitar a sua 
Impugnação e revogação, exercendo -se, assim, o controle de legalidade 
de tal decisão. 
Entretanto, não devem restar dúvidas que fundamentar, no sentido 
constitucional, não é apenas indicar o dispositivo legal e da r a decisão. 
É necessário que o julgador demonstre os fatos, a base jurídica e a ligação 
entre eles, mostrando a motivação de sua decisão, sob pena de ser 
considerada nula ou ineficaz. 
 
40. Princípio da Imparcialidade do Juiz 
 
 
 
41. Princípio da Iniciativa das Partes X Princípio do Impulso Oficial. 
 
 
 
 
DICA 
Conclusão: Antes da abertura do processo pelas partes, o juiz não pode fazer 
nada, porém, uma vez aberto o processo, o juiz tem a obrigação de 
fazê-lo andar de fase em fase até exauri-lo. Também conhecido como 
Princípio da Ação (processo inquisitivo e acusatório) e da Demanda. 
Exceções: artigo 878 CLT , execução trabalhista; art. 162 da Lei de Falências 
e Habeas Corpus de ofício. 
 
42. Princípio da Disponibilidade. 
 
É a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos. É a 
regra geral no 
processo civil, em que prevalece a verdade formal. 
 
43. Princípio da Indisponibilidade. 
 
É a obrigatoriedade de exercício dos direitos, em função de prevalecer 
o interesse público. Regra geral no processo penal, em que prevalece a 
verdade material. Nestes casos, o poder público é obrigado a agir. Ex. o 
crime é sempre considerado uma lesão irreparável ao interesse público e a 
pena é reclamada para a restauração da ordem violada. 
 
 
Exceções: 
crimes de menor potencial ofensivo. Crimes de ação penal pública, a 
autoridade policial é sempre obrigada a proceder as investigações 
preliminares e o Ministério Público é obrigado 
a fazer a representação penal. 
 
44. Princípio Dispositivo? 
O juiz só pode decidir com base no a legado e provado p elas partes. 
Em suma, o princípio quer dizer que as partes devem te r a iniciativa 
para levar as alegações ao processo ou indicar onde encontrá-las, bem 
como levar material probatório que poderá se r utilizado pelo julgador para a 
formação do seu convencimento e fundamentação da decisão. Não é 
absoluto. O princípio dispositivo manifesta -se sob dois aspectos: por 
primeiro, significa dizer que a máquina judiciária apenas se movimenta 
mediante atividade das partes (inércia da jurisdição ) e, sob outro ângulo, 
“consiste na regra de que o juiz de pende, na instrução da causa, da 
iniciativa das partes quanto às provas e à s alegações em que se 
fundamentará a decisão”. Importância: evita-se que o juiz decida com 
base em provas estranhas ao processo ou com base no que foi alegado, mas 
não foi provado pelas partes. 
 
45. Princípio da Livre convicção do Juiz. 
 
 
 
 
46. Princípio da Oralidade. 
 
 
 
 
 
47. Princípio da Lealdade Processual. 
 
É o dever ético e moral de honestidade e boa -fé que se exige de 
todos aqueles que 
participam do processo, repugnando -se as fraudes processuais, com o 
objetivo maior de 
resolver o conflito. 
 
 
 
 
 
 
49. Princípio do Impulso Oficial 
O juiz tem a obrigação de dar andamento a o processo, percorrendo 
todas as fases 
processuais, até a pronúncia da sentença. 
 
 
50. Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário (art. 5º, XXX, CF). 
 
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
Também conhecido como Princípio do Direito de Ação ou de Acesso à Justiça; 
 
51. Princípio da Celeridade ou da Brevidade (art. 5º, LXXVIII, CF) 
 
A todos, no âmbito judicial e administrativo são assegurados a razoável 
duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
52. Norma Jurídica 
 
É a forma de expressão, escrita ou não, do ordenamento jurídico. No 
Sistema jurídico 
brasileiro (Romano-Germânico) predominam as normas escritas. 
 
53. Normas Jurídicas Materiais ou Substanciais 
 
Criam o direito, definindo e regulando as relações; constituem o critério 
de julgar e sua 
inobservância leva ao “error in judicando”. 
 
54. Normas Jurídicas Formais, Adjetivas, Instrumentais ou Processuais. 
 
Disciplinam a criação e a atuação das regras jurídicas; constituem o 
critério de proceder e sua inobservância leva ao “error in procedendo”. 
 
55. Qual o objeto das Normas Jurídicas Processuais? 
 
Disciplinar o modo processual de resolver osconflitos de interesse 
mediante a atribuição ao juiz de poderes para resolvê-los e, às partes, 
de faculdades e poderes para defender seus direitos, além da correlativa 
sujeição à autoridade do juiz. 
 
 
 
 
 
 
56. Quais as características da norma jurídica processual? 
 
Pública, instrumental, representativa de ônus e destinada a disciplinar o 
processo. 
 
57. A norma jurídica é bilateral? 
 
Sim, porque impõe deveres a uns e faculdades ou direitos, a outros. 
 
58. Como se classificam as normas jurídicas quanto à incidência? 
 
Cogentes e Dispositivas 
 
59. O que são normas cogentes ou de ordem pública? 
 
São aquelas de aplicação obrigatória. 
 
60. O que são normas dispositivas ou facultativas? 
 
São aquelas de aplicação facultativa, ou seja, depende da vontade das partes. 
 
61. Qual a natureza jurídica das normas processuais? 
 
Via de regra, cogentes. 
 
62. As norma s processuais versam sobre quais assuntos? 
 
Da organização judiciária, da capacidade das partes e dos atos processuais. 
Organização judiciária - criação e estrutura dos órgãos do Poder Judiciário; 
Capacidade das partes – 
poderes e deveres das partes em relação ao processo ; Atos processuais – 
regulamentação 
dos procedimentos, da estrutura e da coordenação dos atos que compõem o 
processo. 
 
63. Qual a localização das normas processuais¿ 
 
Principais fontes: CF, CPC, CPP e leis extravagantes. 
Fontes secundárias: costumes, PGD, negócios jurídicos e jurisprudência. 
 
64. Constituição Federal – Exemplo de norma processual. 
 
Art. 101 – STF – norma de organização judiciária. 
 
 
65. Como ocorre a interpretação processual? O que nos traz o art. 5º da 
LINDB? 
 
Através destes métodos mais a integração, ou seja, nas lacunas da lei, o juiz 
deve observar 
os fins sociais a que ela se destina e às exigências do bem comum. 
 
66. O que é a integração? 
 
É o preenchimento das lacunas da lei mediante a utilização da analogia, 
dos costumes e dos PGD. Art. 4º da LINDB. (equidade) 
 
 
67. Quais os meios previstos no art. 4º da LINDB para solucionar as 
lacunas? 
Analogia é resolver um caso não previsto em lei, mediante a utilização d 
e regra jurídica relativa a hipótese semelhante. PGd são aqueles que 
decorrem do próprio ordenamento jurídico bem como aqueles que o 
informam e lhe são anteriores e transcendentes. É o substrato da ciência 
jurídica, o início e o fim a que se destina. 
Costumes – são práticas reiteradas pela sociedade com a convicção de sua 
necessidade. 
 
68. Princípio da Plenitude do Ordenamento Jurídico 
 
Significa que o ordenamento jurídico é completo, não tem lacunas. 
 
 
70. Lei Processual Penal 
Admite interpretação extensiva, analogia e PGD. 
 
71. O que significa o Princípio da Indeclinabilidade do Juiz? 
O juiz não pode deixar de apreciar as lides que lhe são submetidas, sob 
qualquer alegação, 
pois somente o Estado possui o poder de dizer o direito. 
 
72. O que é Direito Adquirido? 
 
Art. 6º, parágrafo 2º, d a LINDB - Consideram-se adquiridos assim os 
direitos que o seu 
titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do 
exercício tenha termo prefixado, ou condição preestabelecida inalterável, a 
arbítrio de outrem. 
 
73. O que é Coisa Julgada? 
Art. 6º, parágrafo 3º , d a LINDB - é a decisão judicial transitada em 
julgado, ou seja, é 
aquela em que não cabe recurso. 
 Pode ser: 
Formal – no âmbito do próprio processo, que não pode ser rediscutido; 
Material – impede que a decisão seja discutida em outro processo. 
 
74. O que é Ato Jurídico Perfeito? Art. 6º, § 1º LINDB 
É aquele realizado de acordo com a lei vigente na época em foi concluído. 
 
75. Explique a Teoria do Sistema da Unidade Processual e as suas 
hipóteses. 
O processo é um todo, indivisível. A lei nova que entra em vigor só é 
aplicada no processo 
se este reiniciar todas as suas etapas. Pode optar por terminar o processo 
com a lei antiga. 
A lei processual, neste caso, é retroativa. Apesar de se desdobrar em 
uma série de atos diversos, o processo somente p ode ser regulado por 
uma única lei, a nova ou a velha, de modo que a velha teria de se 
impor para evitar a retroação da nova, com prejuízo dos atos já 
praticados até a sua vigência. 
 
1ª hipótese – incidência da lei velha – começa e termina com a lei velha; 
2ª hipótese – incidência da lei nova – reinicia-se o processo com base 
na lei nova, 
desprezando-se todos os atos processuais praticados com base na lei velha. 
 
 
 
 
 
76. Teoria do Sistema das Fases Processuais. 
 
As etapas do processo constituem unidades e a lei nova somente 
poderá ser utilizada no início da etapa processual seguinte. Neste caso, a lei 
processual é irretroativa. 
Distinguem-se diversas fases processuais autônomas: postulatória, 
probatória, decisória e 
recursal, cada uma susceptível de per si ser disciplinada por uma lei diferente. 
 
79. Com relação aos processos findos como devemos proceder? 
 
A lei não retroage. Os processos já encerrados não são alcançados pela lei 
nova. 
 
80. Com relação aos processos a serem iniciados como devemos proceder? 
Aplica-se a lei nova. 
 
81. Quanto à prova como se comporta no direito processual e no direito 
material? 
No direito processual, prevalecem as provas formais (verdade formal), 
baseadas nas 
normas vigentes na época da produção da prova e no direito material 
prevalecem as 
provas materiais (verdade material) existentes no momento da constituição da 
prova. 
 
 
83. Qual a novidade trazida pela constituição de 1946 para a organização 
judiciária? 
Justiça do Trabalho, como órgão do Poder Judiciário. 
 
84. O que é a Lei dos Ritos? 
 
É o CPC, Lei n º 5 .869, de 1973 (CPC), idealizada por Alfredo Buzaid, 
que introduziu o 
Processo Cautelar como processo autônomo. 
 
86. Quais as funções do Estado? 
 
Administrativa, Legislativa e Jurisdicional. 
 
87. Função Jurisdicional 
Caracteriza-se pela imparcialidade do órgão jurisdicional, que exerce a sua 
função sem 
interesse no resultado da sua atividade. 
 
88. Função Legislativa 
 
Atua em hipóteses consideradas em abstrato, criando normas aplicáveis a 
todos os fatos futuros que venham a se adequar à descrição contida na norma 
elaborada. 
 
89. Função Administrativa 
 
O Estado exerce uma função que sempre lhe coube, não tendo sido exercida 
anteriormente 
por ninguém. Trata-se de uma função originária do Estado. 
 
 
90. Existem funções atípicas? 
Sim. Não se pode distinguir adequadamente as funções com base na 
verificação do órgão atuante (critério subjetivo ou orgânico), pois todas 
as funções do Estado são exercidas por todos os seus órgãos. Ex: o 
Poder Legislativo exerce a função jurisdicional ao julgar o presidente da 
república por crime d e responsabilidade. O Poder Judiciário exerce a 
função administrativa ao deliberar sobre as férias dos seus serventuários. 
 
91. Características da Atividade Jurisdicional – de Humberto Theodoro Jr. 
 
Secundária – o Estado-Juiz substitui as partes; 
Instrumental – é um instrumento de que se vale o Estado para pacificar a lide; 
Declarativa – declara e reconhece direitos preexistentes; 
Executiva – tem o poder de coagir, exigir o cumprimento da sentença; 
Desinteressada – porque é imparcial, não tendo interesse no objeto da lide; 
Provocada – depende da iniciativa das partes. 
92. Poderes compreendidos dentro da jurisdição. 
 
Poder de decisão– é o poder de conhecer, prover, recolher provas e 
decidir mediante 
sentença a lide e também decidir sobre a forma e os limites da 
atividade jurisdicional. 
 
Poder de coerção – é o poder de exigir o cumprimento da sentença, 
nem que seja sob 
vara. Ex. execução, intimação de testemunhas, litigância de má fé. 
 
Poder de documentação – é o poder de reduzir a termo (na forma 
escrita), com fé pública, todos os atos processuais, para preservar o 
histórico do processo. 
 
93. Divisão e classificação da jurisdição. 
 
Graduação dos órgãos: 
 
Inferior – de 1º grau ou de 1ª instância (juízes de direito); 
Superior – de 2º grau ou de 2ª instância (recursos); 
 
Objeto: 
Civil – por exclusão, o que não for penal nem trabalhista. 
Ex. Civil, Constitucional, Administrativo, Tributário, etc; 
Penal – causas de natureza penal ou criminal; 
Trabalhista – questões ligadas ao Direito do Trabalho; 
 
Origem: 
Legal ou Permanente – é aquela que nasce da investidura do juiz – CF; 
Convencional ou Momentânea – é aquela exercida pelos árbitros em 
função de 
compromissos assumidos pelas partes. 
Órgãos do Judiciário que a exercem: 
Comum ou Ordinária – por exclusão das Especiais; 
Especial ou Extraordinária – CF – Federal, Trabalhista, Militar e Eleitoral; 
Forma: 
Contenciosa – é quando há conflito de interesses ou litígio; 
Voluntária – é quando não há conflito de interesses ou litígio, mas 
apenas a necessidade de homologação de algo perante o Poder Judiciário. 
Não se aplica ao Direito Penal. 
 
94. Jurisdições anômalas. 
a) art. 52 CF– Impeachment – crimes d e responsabilidade praticados 
pelo Presidente da República, Vice -presidente, Ministros do STF, AGU e 
PGU – juízo d e admissibilidade: 
Câmara do s Deputados; competência para processar e julgar: Se nado 
Federal, 
Comandantes da Marinha do Exército e da Aeronáutica, membros do CNJ e do 
CNMP; 
b) art. 71 CF – Congresso Nacional com auxílio do TCU – julgar as 
contas dos 
administradores de dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e 
indireta. 
c) Tribunal Marítimo – Ministério da Marinha (acidentes de navegação) – 
não afasta a 
apreciação pelo Poder Judiciário. 
 
95. Jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária. 
 
Contenciosa – é quando há conflito de interesses ou litígio; é uma atividade 
jurisdicional, o 
objeto é compor a lide, existem partes, contraditório e faz coisa julgada , 
a iniciativa é por meio de ação contra o réu, utiliza o critério da 
legalidade p ara decidir a lide, é um processo de natureza declaratória. 
Voluntária – é quando não há conflito de interesses ou litígio, mas 
apenas a necessidade de homologação de algo perante o Poder 
Judiciário. É uma atividade administrativa, simples homologação de ato, 
negócio ou providência jurídica, iniciativa por meio de requerimento, 
existem interessados, não faz coisa julgada (pode se r desfeito ou 
modificado), critério de conveniência e oportunidade, é um procedimento 
de natureza constitutiva. 
 
96. Quais os limites da jurisdição? 
 
Até onde for a soberania do Estado. 
 
97. Quais os escopos da Jurisdição? 
 
Jurídico – fazer valer o direito objetivo e cumprir com o dever-poder do Estado; 
Social – pacificar a sociedade (conflitos de interesse); 
Político – afirmar o poder do Estado, garantir as liberdades públicas e a 
participação do 
jurisdicionado nos destinos da sociedade. 
 
98. Tutela Jurisdicional. 
 
É uma modalidade de tutela jurídica; é uma da formas pelas quais o 
Estado assegura 
proteção a quem seja titular de um direito subjetivo ou outra posição 
jurídica d e vantagem. Todos têm direito à jurisdição, porém, nem todos têm 
direito à tutela jurisdicional. 
 
99. Tutela jurisdicional e jurisdição são sinônimos? 
Não. Todos têm direito à jurisdição , que é um a função do Estado, 
porém, nem todos têm direito à tutela jurisdicional, portanto, não se 
confundem. Só tem tutela jurisdicional quem tem uma posição jurídica de 
vantagem. 
 
100. Classificação da Tutela Jurisdicional. 
Quanto à pretensão do demandante: Cognitiva, executiva e cautelar; 
Quanto à intensidade: plena e limitada; 
Quanto ao meio de prestação: comum e diferenciada; 
Quanto à satisfatividade: satisfativa e não satisfativa. 
 
101. Tutela jurisdicional cognitiva. 
Declara a existência ou não de um direito 
 
102. Tutela jurisdicional executiva. 
Satisfaz da cognição pela execução da sentença condenatória. 
 
103. Tutela jurisdicional cautelar. 
Assegura a efetividade de um outro tipo de tutela jurisdicional em face 
do risco de que a tutela cognitiva ou executiva não seja suficiente, 
assim, para evitar dano irreparável, 
concede-se a tu tela cautelar. Não satisfaz o direito material, mas assegura 
e efetividade da 
tutela satisfativa de conhecimento ou de execução. 
 
104. Tutela jurisdicional plena. 
É capaz de assegurar a mais ampla intensidade possível, alcançando -se 
com ela o 
acolhimento e a satisfação das pretensões legítimas levadas à juízo. Ex. 
tutela executiva, 
tutela de conhecimento e tutela constitutiva. 
 
105. Tutela jurisdicional limitada. 
Não é suficiente para garantir a plena satisfação do direito material. É 
necessário que o 
Estado preste depois outro tipo de tutela que a complemente. Ex. tutela 
cognitiva de cunho condenatório; tutela cautelar. 
 
106. Tutela jurisdicional comum. 
É aquela prestada através dos meios tradicionalmente postos à 
disposição do 
jurisdicionado, como a que se presta através dos procedimentos 
comum, ordinário ou 
sumário, no processo de conhecimento. 
 
107. Tutela jurisdicional diferenciada. 
É a prestação da tutela jurisdicional por meios diversos dos tradicionais. 
Ex. tutela 
antecipada, procedimento monitório e mandado de segurança. 
 
108. Tutela jurisdicional satisfativa. 
Permite a atuação prática do direito material. Ex. conhecimento e execução. 
 
109. Tutela jurisdicional Cautelar não satisfativa. 
É aquela que se limita a assegurar a efetividade de um outro tipo de tutela 
jurisdicional. 
 
110. Tutela Jurisdicional Antecipada. 
 
 
 
 
116. Tutela antecipada quanto às espécies de tutela jurisdicional existente. 
Limitada, provisória, satisfativa e diferenciada. 
117. A tutela antecipada pode ser modificada ou revogada a qualquer tempo? 
Sim.

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