Aula 2 Psicologia e Saúde

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BOCK, A.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. Psicologias: Uma introdução ao
estudo da psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. Capítulo 1 página 15-29
SEGRE, Marco. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública. 31 (5) 538-42,1997.
A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS
• Situações em que ouvimos o termo psicologia?
• “As pessoas normalmente têm um domínio, mesmo que
pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela
Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou
compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista
psicológico.”
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SENSO COMUM
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Conhecimento acumulado no cotidiano que nos permite entender
determinadas coisas. É a forma de conhecimento popular que não se baseia
em conclusões rigorosas ou científicas e que é passado de geração em
geração.
Exemplo: como fazer uma dor de barriga melhorar, o tempo que precisamos
para a atravessar a rua sem que o carro que se aproxima nos alcance, etc.
SENSO COMUM: 
UMA VISÃO DE MUNDO
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- Senso comum integra de um modo precário o conhecimento
humano;
- Termos como “rapaz complexado”, “menina histérica”, “ficar
neurótico”, são termos definidos pela Psicologia Científica.
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CIÊNCIA
Conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expresso
por meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção.
CARACTERÍSTICAS:
• Objetivo específico
• Linguagem rigorosa
• Métodos e técnicas específicas
• Processo cumulativo do conhecimento
• Objetividade.
• É a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais.
• Ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do 
ser humano e de suas interações com um ambiente.
PSIQUÊ alma/mente 
LOGIA Conhecimento/estudo de
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OBJETOS DE ESTUDO DA PSICOLOGIA
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A Psicologia estuda o ser humano. Dentro desse objeto, nos
deparamos com o comportamento humano, o inconsciente, a
consciência humana, ou até mesmo a personalidade.
SUBJETIVIDADE
of 1 Mundo de ideias, significados e emoções construídos
internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de
suas vivências e de sua constituição biológicas, e também, fonte
de suas manifestações afetivas e comportamentais.
É a maneira de sentir, pensar, fantasiar, se comportar, sonhar,
amar e fazer de cada um.
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SUBJETIVIDADE
Não é só produzida, moldada, mas também é auto moldável, ou seja, o
homem pode promover novas formas de subjetividade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas
como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem
estar físico, mental e social.
O que é saúde ?
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O que é saúde?
• O que é “perfeito bem estar?” 
• É possível caracterizar-se a “perfeição”?
• Essa definição é irreal, ultrapassada e 
unilateral. 
• Incompatível com a situação do homem, com 
suas dificuldades, dúvidas, medos e incertezas.
• A definição de saúde da OMS está ultrapassada por 
que ainda faz destaque entre o físico, o mental e o 
social.
• Percebe-se a inexistência de uma separação entre 
mente e corpo, sendo o social também inter-agente.
• Se o psíquico responde ao corporal e vice-versa, fala-
se, então, de um sistema onde não se delineia uma 
nítida divisão entre ambos. 
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Subjetividade e saúde ???
O que é “qualidade de vida”? 
Entende-se que “qualidade de vida” seja algo intrínseco, só possível de
ser avaliado pelo próprio sujeito. Prioriza-se a subjetividade, uma vez
que a realidade é a de cada um.
Não há rótulos de “boa” ou “má” qualidade de vida, embora a saúde
pública, para a elaboração de suas políticas, necessite de “indicadores”.
Qualidade de vida (QV)
• A qualidade de vida está relacionada à autoestima e ao bem estar 
pessoal.
• Abrange uma série de aspectos como:
• capacidade funcional
• estado emocional
• interação social
• autocuidado
• suporte familiar
• estado de saúde
• valores culturais
• estilo de vida
• satisfação com atividades diárias
• ambiente em que se vive
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SF-36 - Avaliação da qualidade de vida
Qualidade de vida (QV)
• Vários estudos sugerem estreita relação entre a obesidade (IMC) e o declínio na QV,
sendo mais acentuado naqueles que não seguem algum tratamento.
• Há alteração da imagem corporal provocada pelo aumento de peso, produzindo
desvalorização no seu autoconceito.
• Em consequência poderão surgir sintomas depressivos e ansiosos, diminuição da
sensação de bem-estar e aumento da sensação de inadequação social.
• Nossa experiência com os pacientes portadores de obesidade aponta para uma
insatisfação com a imagem corporal (FRS), mas boa qualidade de vida (SF-36).
• Pacientes em tratamentos no núcleo (Dados da literatura: SANTOS, S. R. et al., 2002;
XAVIER, F. et al., 2003; VECCHIA, R. D.; RUIZ, T.; BOCCHI, S. C, 2005)
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SF-36 - Avaliação da qualidade de vida
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
Em geral, você diria que sua saúde é:
Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
Quanta dor no corpo você tem tido durante as últimas quatro semanas? 
Resumindo...
• Senso comum: É a forma de conhecimento popular que não se baseia em conclusões
rigorosas ou científicas e que é passado de geração em geração.
• Ciência: Conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expresso por
meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
• Psicologia: É a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais.
• Subjetividade: Mundo de ideias, significados e emoções construídos internamente pelo
sujeito à partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológicas.
• Saúde: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência
de doença, mas como a situação de perfeito bem estar físico, mental e social.
• Qualidade de vida: Algo intrínseco, só possível de ser avaliado pelo próprio sujeito. Prioriza-
se a subjetividade, uma vez que a realidade é a de cada um.
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Concluindo...
“Não se poderá dizer que saúde é um 
estado de razoável harmonia entre o 
sujeito e a sua própria realidade?”
SERGRE (1997)
“O importante e bonito do mundo é isso: que as 
pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram 
terminadas, mas que elas vão sempre mudando. 
Afinam e desafinam.” 
(Guimarães Rosa)
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Textos da próxima aula:
• VIANA, Victor. Psicologia, saúde e nutrição: contributo para o estudo do comportamento
alimentar. Aná. Psicológica, Lisboa , v. 20, n. 4, p. 611-624, nov. 2002. Disponível em
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312002000400006
&lng=pt&nrm=isso
• MOREIRA, R. C. M e COSTA, T. M. B. A complexidade e as nuanças do comportamento
alimentar. (Cap. 3) in ALMEIDA, S. S [et al.]. (org.) Psicolobiologia do comportamento alimentar.
Rio de Janeiro: Rubio, 2013.