Buscar

RESUMOS SOCIOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2ª Avaliação 
KARL MARX 
Alemanha (1818-1883) Ele vivenciou as consequências da Revolução Industrial, a intensidade dos 
problemas sociais, e apartir disso, provocou discussões tão importantes que até hoje se tenta corroborar ou 
refutá-lo. 
Herança histórica: Iluminismo 
"Além das dificuldades inerentes à complexidade e extensão da obra de Marx, o que aumenta o desafio de 
sintetizá-la, é que o caráter sucinto de algumas de suas teses tem dado lugar a interpretações controversas" 
Crença na razão: apreensão da realidade + potencial de transformá-la = sociedade mais justa. Razão não 
só como instrumento de apreensão da realidade mas, também, de construção de uma sociedade mais justa. 
A igreja era alicerce da superestrutura capitalista (ex: "o trabalho dignifica o homem"). A revolução 
marxista implica na subversão desses valores da tradição imposta pela igreja. 
Marx acreditava numa desassociação entre a Filosofia e a Teologia. Ele acreditava numa alienação religiosa 
que fazia as pessoas aceitarem o seu Estado de exploração. 
Desenvolvimento tecnológico + revoluções política 
Marx pensou o social, porque a partir dessa noção (razão) de sociedade, você vai se emancipar e sair da 
posição de alienado, transformando-se e querendo mudanças. 
Dialética e Materialismo 
Dialética: arte do diálogo. 
Definição de materialismo para Marx: 
“As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, 
os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações 
sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o 
capitalismo industrial.” Afirma que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é 
realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de 
uma época. Assim, a base material ou econômica constitui a "infraestrutura" da sociedade, que exerce 
influência direta na "super-estrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e 
ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época. Porém, devem ser interpretados como uma dialética. 
Não se pode analisar um separado do outro (o material separado do ideal), no caso, a infraestrutura separada 
da superestrutura. A super-estrutura só existe tal como existe por relacionar-se com a infraestrutura e vice 
versa. Então, por serem uma relação, um só existe tal como é por existir o outro, um, no plano material é o 
outro no plano ideal. A dialética marxista propõe que tudo oque é criado pelo ser vivo, tanto um produto 
moral quanto material, não só modela o local ou meio de vivência do indivíduo, como também seu próprio 
ser, em que o trabalhador ou ser social age e pensa coerentemente com suas condições de vida estabelecidas 
na sociedade devido aos diferentes tipos de atividades produtivas e sobretudo pela exploração exercida 
sobre o trabalhador pelo detentor dos meios de produção, para um maior desenvolvimento monetário e 
obtenção de maior lucro. Segundo Marx, a base material é formada por forças produtivas (que são as 
ferramentas, as máquinas, as técnicas, tudo aquilo que permite a produção) e por relações de produção 
(relações entre os que são proprietários dos meios de produção, as terras, as matérias primas, as máquinas 
e aqueles que possuem apenas a força de trabalho). 
Chamamos de materialismo dialético a concepção da filosofia que age na defesa do ambiente, do 
organismo e dos fenômenos físicos que modelam os animais e seres humanos, ou ainda sua sociedade e sua 
cultura. Para explicar melhor: a matéria está em uma relação dialética com seu psicológico e com seu 
social, se opondo ao idealismo. Este último acredita que o ambiente e a sociedade vivem como criações 
divinas e de acordo com as vontades das divindades ou ainda por outra força sobrenatural. 
O materialismo dialético tem como proposta a disputa de indivíduos e seus interesses, assim como a 
relação dessas faz com que os modelos atuais de sociedade, produção, pensamento e poderes econômicos 
e políticos se destruam de forma dialética. 
Essa é a teoria que defende que os fatores materiais como economia, geografia, biologia e 
desenvolvimento científico são a definição da sociedade, e que se opõe a ideia de que forças 
sobrenaturais definem a sociedade. Marx, peculiarmente, se opôs ao controle religioso do Estado e 
defendeu que o poder deveria estar na mão das classes trabalhadoras. 
Dialética Hegeliana 
Georg Wilheim Hegel (1770-1831) 
"Tudo que é real é racional, e tudo que é racional é real" 
Dialética origina-se do pensamento grego. 
Unidade Dialética: relação entre o particular e sua totalidade. 
Sujeito: "Na base está o sujeito, que é quem realiza o esforço conceitual orientado a transcender a simples 
observação dos "fatos", estruturando-os em um sistema totalizante. Este, no entanto, será sempre transitório, 
passível de superação, devido ao automovimento científico e filosófico. Negação e superação. 
Antes se alcançava as coisas no plano sobrenatural / religioso e isso não alcançavam a realidade. 
A realidade histórica desenvolve-se enquanto manifestação da razão, num processo incessante de auto-
superação desencadeado pelo conflito e pela contradição que lhe são inerentes. Tal é "o movimento 
dialético, esse caminho que produz a si mesmo". No mundo a minha visão é parcial e baseada nas minhas 
experiência e conhecimentos adquiridos, e quando há um conflito de ideias opostas, eu uso da dialética, e 
dessa forma consigo ter outra visão e alcançar um conceito mais completo. 
Tese + antítese = síntese 
Começamos com uma tese (uma posição posta em discussão). Em oposição à tese, há uma afirmação 
contraditória ou antítese. Da oposiçãoentre tese e antítese, nasce uma síntese que abrange ambas. Mas 
como a verdade só se encontra na totalidade do sistema, essa primeira síntese ainda não é a verdade da 
questão, mas passa a ser uma nova tese, com uma antítese e uma síntese correspondentes. O processo 
continua ad infinitum até chegarmos à idéia absoluta. 
Aponta as contradições constitutivas da vida social. 
Inteligibilidade: qualidade do que é inteligível, do que pode ser compreendido, compreensidibilidade. 
Marx percebeu que precisava da dialética para sair da posição de alienado. 
Do Idealismo ao Materialismo 
Ideia Hegeliana de consciência alienada: perda de autocontrole por parte dos seres humanos, subjulgados 
pela sua própria criação: a riqueza da vida material e seus refinamentos. 
Consciência Alienada*** 
Feuebach (1804-1872 / Hegeliano de esquerda) 
"A alienação fundamental tem suas raízes no fenômeno religioso, que cinde a natureza humana, fazendo 
com que os homens se submetam a forças divinas, as quais, embora criadas por eles próprios, são 
percebidas como autônomas e superiores. Projeção fantasiosa na mente humana, por isso, alienada. E para 
se libertar é necessário utilizar a crítica religiosa. 
Marx / Engels negavam o idealismo hegeliano e o materialismo dos neo-hegelianos. Eles reformulam a 
dialética e a concepção dos fundamentos da alienação. Criticavam o materialismo feuerbachiano que se 
limitava a captar o mundo como objeto de contemplação e não como resultado da ação humana. Por isso 
Feuebach não foi capaz de vê-lo como passível de transformação através da atividade revolucionária ou 
critico-prática. Para Marx / Engels a alienação associa-se às condições materiais de vida e somente a 
transformação se dá por meio da ação política. O sujeito é o proletariado. Enquanto para Hegel a história 
da humanidade nada mais é do que a históruia do desenvolvimento do espírito, Marx e Engel colocam como 
ponto de partida. 
Materialismo histórico: as relações materiais que oshomens estabelecem e o modo como produzem seus 
meios de vida formam a base de todas as suas relações. 
Unidade entre teoria + práxis = ação transformadora. "os filosófos limitaram-se a interpretar o mundo de 
distintos modos, cabe transformá-lo" 
• Práxis:prática; ação concreta. Parte do conhecimento voltada para as relações sociais e as reflexões 
políticas, econômicas e morais. 
Em resumo, a teoria marxista se articula entre dialética e materialismo sob uma perspectiva histórica, nega 
o idealismo hegeliano e reformula os fundamentos da alienação. A perspectiva materialista e dialétida era 
de que todo fenômeno social ou cultural é efêmero (passageiro, temporário, transitório) 
Necessidades: Produção e Reprodução 
Na busca de atender as suas carências, os seres humanos produzem seus meios de vida. É nessa atividade 
que recriam a si próprios e reproduzem sua espécie num processo que é continuamente transformado pela 
ação de sucessivas gerações. A premissa da análise marxista da sociedade é, portanto, a existência de seres 
humanos que, por meio da interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem à sua vida 
material. 
Interação com a natureza 
Animais Seres Humanos 
Atuam de forma inconsciente Atuam de forma Racional 
Não-cumulativa Deliberativa 
Somente em respostas as suas privações imediatas 
e tendo como limite as condições naturais. 
Dominar os recursos naturais e modificar a fauna 
e a flora, gerando novas necessidades (que não são 
exigências naturais ou físicas, mas demandas da 
vida em Sociedade, produtos da cultura) e 
acumulação. 
 
O processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é, para Marx,a atividade humana básica, 
a partir da qual se constitui a "história dos homens => é para o trabalho que se volta o materialismo 
histórico, método de análise da vida econômica, social, política. Intelectual. 
Forças produtivas e relações sociais de produção 
As forças produtivas incluem o próprio homem, na qualidade de produtor, e os meios materiais e 
intelectuais de que necessita para produzir. Na economia marxista, forças produtivas são os elementos que 
exercem na sociedade uma influência para modificar ou transformar uma natureza. 
Relações de Produção é um conceito elaborado por Karl Marx e que recebeu muitas definições e 
utilizações posteriores. Resumidamente, as relações de produção são as formas como os seres humanos 
desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução da vida 
material. Segundo a teoria marxista, nas sociedades de classes as relações de propriedade são expressões 
jurídicas das relações de produção. Assim, nas sociedades de classes, as relações de produção são relações 
entre classes sociais, proprietários e não-proprietários. As relações de produção, conjuntamente com as 
forças produtivas são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade. 
Tais conceitos são interdependentes e têm, uma finalidade analítica, de modo a tornar inteligível a realidade. 
O primeiro trata das relações homem/natureza e o segundo das relações entre os homens no processo 
produtivo. 
Estrutura e Superestrutura 
• Estrutura: conjunto de forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade. É 
nesse fundamento que se constituiem as instituições políticas e sociais. 
• Superestrutura: as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, 
sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico, representações 
coletivas de sentimentos, ilusões, modos de pensas e concepções de vida diversos e plasmados de 
um modo peculiar. 
"Não é a consciência que determina a vida e sim a vida que determina a consciência" 
De toda maneira, a complexidade da relação estrutura e superestrutura continuou levando a interpretações 
contraditórias do marxismo. As chamadas leituras economicistas do pensamento de Marx enfatizam o 
determinismo da vida econômica sobre as formas superestruturais, excluindo qualquer possibilidade de que 
as ideologias, ciências, a arte, as crença religiosas, as formas de consciência coletiva, tanto de classes como 
de outros modos de associação, sistemas jurídicos ou de governo tenham exercido sobre a história de um 
povo um papel, se não determinante, pelo menos em peso semelhante ao da estrutura. Tais perspectivas 
foram com frequência utilizadas com a finalidade de impor concepções políticas autoritárias, mesmo que 
anticapitalistas, algumas das quais se propuseram a promover uma "revolução" no nível superestrutural de 
modo a adequeá-lo às chamadas "necessidades de produção" 
Classes Sociais e Estrutural Social 
As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a 
apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para 
a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades. 
Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para 
produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre 
possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe 
dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe 
dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são 
nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de superestruturas, ideologias e 
normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses 
dos proprietários dos meios de produção. 
Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx 
observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema 
capitalista de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições internas que permitem criar 
condições objetivas para a transformação social. Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de 
consciência de classe, sair do papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa 
transformação social. 
As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da 
humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o 
grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um 
processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as 
condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade 
desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até 
que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista. 
Luta de Classes 
Diz respeito a expressão dos conflitos entre as diferentes classes sociais, portadoras de interesses 
completamente antagônicos e inconciliáveis entre si. O conceito ganhou corpo nos escritos de Karl Marx e 
Friedrich Engels, mas continuou sendo desenvolvido pelo pensamento marxista, sendo uma ideia chave 
para compreender a história e a dinâmica das sociedades modernas. 
A frase que abre a primeira parte do Manifesto Comunista – panfleto escrito por Marx e Engels e publicado 
em 1848 - declara que a história de todas as sociedades é a história da luta de classes. Os conflitos entre 
classes antagônicas, entre os que detém o poder e os subordinados, opressores e oprimidos, são o grande 
motor que move a história. Devido ao modo como a riqueza é produzida e distribuída,uma classe se levanta 
contra a outra, o que eventualmente pode derrubar a classe dominante e levar um novo grupo a ocupar esse 
posto. É o que aconteceu com a burguesia, que, tendo seus interesses negados pela aristocracia, causa 
revoluções e inaugura um novo sistema onde pode ocupar a posição de classe dominante. 
Numa edição posterior do Manifesto, Engels observa que nas sociedades pré-modernas as classes sociais 
nem sempre eram bem definidas, sendo que no caso de algumas sociedades indígenas, por exemplo, sequer 
existiriam divisões hierárquicas rígidas. O capitalismo moderno ocidental, entretanto, traz consigo duas 
novas classes fundamentais: a burguesia e o proletariado. A primeira, proprietária dos meios de produção, 
subordina a si a segunda, que não possui mais do que sua própria força de trabalho. O proletariado produz 
a riqueza, mas não tem acesso a ela. Essa situação é capaz de criar grandes confrontos, que muitas vezes 
resultam em violência. Para os marxistas, compreender tais episódios, da formação do movimento operário 
até os dias de hoje, é compreender o desenvolvimento da luta de classes ao longo da história moderna. 
Tal compreensão é essencial, pois no interior de tais conflitos estão as sementes de uma nova sociedade 
que superará o modo de produção estabelecido. Os conflitos sociais são vistos como o motor da história 
de uma sociedade que está em constante mudança. Olhar para eles é ver valores, propostas e modelos sociais 
que estão sendo rebatidos pelos grupos oprimidos e que, eventualmente, podem ser superados. Essa forma 
de ver o mundo, e a história em si, teve um impacto importantíssimo no pensamento moderno. Ainda que 
não se concorde com ela, há que se reconhecer sua relevância sociológica no que diz respeito a 
historicização dos modelos econômicos, que passam a ser vistos como resultados dos conflitos sociais. 
Entre os marxistas, persiste hoje um debate sobre a centralidade da luta de classes. Nas últimas décadas, as 
divisões entre as classes sociais chegaram a níveis muito mais complexos comparados com o que eram no 
tempo de Marx e Engels. Além disso, diversos conflitos sociais emergiram não apenas por questões de 
classe, mas envolvendo diferentes grupos nacionais, étnicos, religiosos, etc. Vale lembrar que, para 
Engels, uma das primeiras formas de exploração foi a da mulher pelo homem e que, muitas vezes, o conceito 
de lutas de classes foi usado assim, no plural, para abarcar a multiplicidade de formas que podem tomar 
esses conflitos. A sua aplicação mais pertinente, contanto, continua se dando no âmbito dos conflitos de 
interesse entre aqueles que produzem a riqueza e os que se apropriam dela. No entanto, a sociedade que 
surgirá desse conflito e a forma de conduzir esse processo, formam um longo e rico campo de debate dentro 
do marxismo. 
Consciência de classe - consiste na ideia, pelo indivíduo, de pertencer reiterada e conscientemente a uma 
classe social específica. Essa consciência conduz à formação de associações políticas (sindicatos, partidos) 
que buscam a união solidária entre os membros da classe oprimida com vistas à defesa de seus interesses e 
ao combate aos opressores. 
Economia Capitalista 
A unidade mais simples dessa sociedade e a expressão elementar de sua riqueza é a mercadoria. 
Valor de uso: capacidade da mercadoria de satisfazer as necessidades humanas, meio de subsistência e 
produção. Produção para uso próprio. 
Valor de troca: Para calcular o valor de troca de uma mercadoria, mede-se a quantidade da “substância” 
que ela contém, o trabalho, embora, para isso não se levem em conta as diferenças entre habilidades e 
capacidades de seus produtores individualmente e, sim, a força social média, o tempo de trabalho 
socialmente necessário, isto é, “todo trabalho executado com grau médio de habilidade e intensidade em 
condições normais relativas ao meio social dado”. 
Para calcular o valor de troca, mede-se a quantidade da "substância" que ela contém, o trabalho, embora 
para isso não se levem em conta as diferenças entre habilidades e capacidades de seus produtores 
individualmente, e sim, a força social média, o tempo de trabalho socialmente necessário. 
Em troca do que necessita, cada um oferece o fruto de seu próprio labor, ainda que metarfoseado na forma 
da moeda.Então, na produção capitalista,há a existência do mercado, onde também a força de trabalho é 
negociada por um certo valor entre o trabalhador livre e o capital. A força de trabalho é uma mercadoria 
que tem uma característica peculiar: pode produzir mais riqueza do que seu próprio valor de troca. A ideia 
de equivalência na troca é crucial para a estabilidade da sociedade capitalista. Apesar de ter aparência de 
equivalente, o valor que o trabalhador pode produzir durante o tempo que trabalha para aquele que o 
contrata é superior pelo qual vende suas capacidades. 
Tempo de trabalho necessário: reprodução do trabalhador e no qual gera o equivalente ao seu salário. 
Tempo de trabalho excedente: período em que a atividade produtiva não cria valor para o trabalhador 
mas para o proprietário do capital, esse valor excedente e não pago é apropriado pela Burguesia. Essa 
apropriação seria a mais-valia. 
Papel Revolucionário da Burguesia 
Não apenas em termos de uma mudança nos processos produtivos, mas também no que se refere à 
organização política do Estado, às forças sociais em que este se sustentava e a outras instituições, tais como 
o sistema jurídico e tributário, a moral, religião, cultura e ideologia antes dominantes. 
=> Consequências: 
sua ação destruiu os modos de organização do trabalho, as formas da propriedade no campo e na cidade; 
debilitou as antigas classes dominantes como a aristocracia feudal e o clero, substituiu a legislação feudal, 
e eliminou os impostos e obrigações feudais, as corporações de ofício, o sistema de vassalagem que impedia 
que os servos se transformassem nos trabalhadores livres e mesmo o regime político monárquico nos casos 
em que sua existência representava um obstáculo ao pleno desenvolvimento das potencialidades da 
produção capitalista. 
A burguesia foi, naquele momento, a mais nítida expressão da modernidade e do processo de 
racionalização. 
segundo Marx e Engels, o modo de produção capitalista estende-se a todas as nações, constrangidas a 
abraçar o que a burguesia chama de “civilização”. 
A transitoriedade do modo capitalista 
Mas a nova sociedade "que saiu das ruínas da sociedade feudal não aboliu as contradições entre as classes. 
Unicamente substituiu as velhas classes, as velhas condições de opressão, as velhas formas de luta por 
outras novas". 
É ao proletariado que Marx e Engel atribuem o papel de agente transformador da sociedade capitalista. 
Trabalho, Alienação e Sociedade capitalista. 
Fundamento da alienação: o trabalho. 
“trabalho alienado, cindido”que se torna independente do produtor, hostil a ele, estranho, poderoso e que, 
ademais, pertence a outro homem que o subjuga - o que caracteriza uma relação social. 
Três aspectos da alienação: 
• o trabalhador relaciona-se com o produto do seu trabalho como com algo alheio a ele, que o 
domina e lhe é adverso, e relaciona-se da mesma forma com os objetos naturais do mundo externo; 
o trabalhador é alienado em relação às coisas; 
• a atividade do trabalhador tampouco está sob seu domínio, ele a percebe como estranha a si próprio, 
assim como sua vida pessoal e sua energia física e espiritual, sentidas como atividades que não lhe 
pertencem; o trabalhador é alienado em relação a si mesmo; 
• a vida genérica ou produtiva do ser humano torna-se apenas meio de vida para o trabalhador, ou 
seja, seu trabalho - que é sua atividade vital consciente e que o distingue dos animais- deixa de ser 
livre e passa a ser unicamente meio para que sobreviva. 
O trabalhador só existe para o capital. 
O trabalho produtivo acaba por torna-se uma obrigação para o proletariado. 
Mas enquanto existir a propriedade privada dos meios de produção, as necessidades dos homens resume-
se ao dinheiro, e as novas necessidades criadas servirão para obrigá-los a maiores sacrifícios e dependência. 
O operário não se reconhece no produto que criou., nem vê no trabalho qualquer finalidade que não seja de 
garantir a sua sobrevivência. Desconsidera-se todas as necessidades de realização pessoal e bem-estar dos 
proletários que não seja ligada diretamente a produção de riqueza. 
Na medida em que a produção capitalista carece, para sustentar-se e aumentar a produtividade, do 
incessante aperfeiçoamento técnico, a divisão do trabalho é uma condição essencial. 
A tarefa individual do trabalhador, do seu ponto de vista, é um ato abstrato e sem relação com o produto 
final. 
Em condições de alienação, o trabalho faz com que o crescimento da riqueza objetiva se anteponha à 
humanização (do homem e da natureza), sirva crescentemente como meio de exploração (ao transformar-
se em capital), e só se realize como meio de vida. 
Este é o que Marx chama de caráter fetichista da mercadoria dado pela incapacidade dos produtores 
de perceber que, através da troca dos frutos de seus trabalhos no mercado, são eles próprios que 
estabelecem uma relação social. Em outras palavras, o fetichismo do mundo das mercadorias deve-se a 
que os atributos sociais do trabalho são ocultos detrás de sua aparência. 
=> Isso quer dizer que as relações sociais aparecem aos olhos dos homens encantadas sob a forma de valor, 
como se este fosse uma propriedade natural das coisas. 
Através da forma fixa em valor-dinheiro, o caráter social dos trabalhos privados e as relações sociais entre 
os produtores se obscurecem. É como se um véu nublasse a percepção da vida social materializada na 
forma dos objetos, dos produtos do trabalho e de seu valor. 
O propósito último da crítica-prática é mostrar o caminho da humanização, a fim de que os homens 
possam assumir a direção da produção, orientando-a segundo sua vontade consciente e suas necessidades 
e, não, de acordo com um poder “externo” que regule a atividade que caracteriza a espécie. 
Revolução 
Abre-se então uma época revolucionária, de eclosão dos conflitos sociais amadurecidos sob a aparente 
harmonia anterior. O progresso é o resultado dialético dessa ruptura. Passagem de uma organização social 
a outra mais avançada. 
=> O progresso das forças produtivas, os câmbios nas relações sociais de produção e, conseqüentemente, 
nas instituições políticas, jurídicas, religiosas etc. permitem compreender como se dá historicamente a 
passagem de uma organização social a outra mais avançada, ou a um novo modo de produção. 
=> Quando uma classe consegue impor-se sobre outras classes debilitadas ou historicamente ultrapassadas, 
ela destrói as formas econômicas, as relações sociais, civis e jurídicas, as visões de mundo e o regime 
político, substituindo-os por outros, condizentes com seus interesses e seu domínio. 
O fundamento desse processo de negação e de transição é a vida material, sendo as classes socialmente 
oprimidas os agentes de tais transformações e da mudança social. 
=> Segundo Marx, somente quando “já não existam classes e antagonismos de classes é que as evoluções 
sociais deixarão de ser revoluções políticas”. 
=> Enquanto a alienação religiosa ocorre “no domínio da consciência, a alienação econômica pertence à 
vida real, por isso sua superação abarca ambos aspectos” e possibilita a volta dos homens à sua vida humana, 
ou seja, social. 
Comunismo 
Resultado de um processo revolucionário. 
 
MAX WEBER (1864-1920) 
Como fazer ciência em ciências humanas? 
Influenciadores teoricos: Karl Marx e Nietzsche] 
Marx – capitalismo social / materialismo histórico e a capacidade de encontrar explicações, principalmente 
com relação à estrutura e a superestrutura. 
Nietzsche- Vontade de poder / caráter conflituoso implícito no pluralismo democrático. 
Imperava na época o Paradigma Dominante (ciência da natureza X ciência do Espírito) 
Iniciou-se uma crítica ao positivismo, e para alguns, seu objeto de estudos eram as especificidades das 
ciências da natureza e do espírito, o papel dos valores e a possibilidade de formação de leis. 
A objetividade do conhecimento 
Como é possível, apesar da existência de valores, alcançar a objetividade nas ciências sociais? 
Para Weber, os valores devem ser incorporados de forma consciente, controlando através de 
procedimentos rigorosos de análises que são "esquemas de explicação condicional". 
Os valores são um guia para a escolha do objeto a ser estudado. 
Os valores passam pelo crivo da racionalidade. 
A relação de causalidade, construirá um esquema lógico-explicativo e através deste se garantirá a 
objetividade da ciência. 
**Weber está caminhando para a transição, mas não é nem dominante e nem emergente. Sendo 
predominamente dominante. 
Atividade científica: racional com relação a fins / racional com relação a valores. 
Ao contrário de Durkheim, não dá para generalizar, não dá para estudar tudo, é necessário ter especificidade. 
É necessário delimitar o objeto a ser estudado. 
 Weber rejeita a possibilidade de uma ciência social que reduza a realidade empírica a leis. O que pode 
acontecer é uma aproximidade conceitual. 
Tipos ideais 
O cientista social procura compreender uma individualidade sociocultural, formada por componentes 
historicamente agrupados, nem sempre quantificáveis, a cujo passado se remonta para explicar o presente, 
partindo então deste para avaliar as perspectivas futuras. Por ser uma ciência generalizadora, a sociologia 
constrói conceitos (tipos). 
Esse modelo de interpretação-investigação é o tipo ideal. 
O tipo ideal só existe como utopia e não é, nem pretender ser, um reflexo da realidade complexa, muito 
menos um modelo do que ela deveria ser. Um conceito típico-ideal é um modelo simplificado do real, 
elaborado com base em traços considerados essenciais para a determinação de causalidade, segundo os 
critérios de quem pretende explicar um fênomeno. 
Características: 
Unilateralidade- escolha dos elementos mais relevantes. 
Racionalidade- os elementos causais são relacionados pelo cientista de modo racional. 
Caráter utópico- o tipo ideal só existe como utopia e não é, nem pretender ser, um reflexo da realidade 
complexa. 
Os conceitos fundamentais da sociologia Weberiana 
Ação e Ação social 
Objeto da sociologia para Weber: Ação social. 
Ação: Toda conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo dado por quem 
a executa e que orienta esta ação. 
Ação Social: Quando tal orientação tem em vista a ação - passada, presente, futura – de outro ou de outros 
agentes que podem ser "individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e 
completamente desconhecidos" - ex: o público, a audiência, a família do agente – a ação passa a ser definida 
como social. 
Sociologia: a ciência "que pretende, entender, interpretando-a, a ação social para, dessa maneira, explicá-
la causalmente em seu desenvolvimento e efeitos", observando suas regularidades as quais se expressam 
na forma de "usos, costumes ou situações de interesse", e embora a sociologia não tenha a ver somente com 
a ação social, sem embargo, para o tipo de Sociologia que o autor propóe, ela é o dado central, constitutivo. 
Algumas ações não interessam à sociologia, tipo, reativas, quando vc retira a mão ao levar um choque. 
Os tipos puros de ação e de Ação Social 
1. Ação Social Racional com Relação a finsCompreender os fins per queridos, sendo capaz de racionalizar os meios necessários para alcançar aquelas 
finalidade. Independente do tipo de finalidade. 
2. Ação Social Racional com Relação a Valores 
O agente orienta-se por princípios, de acordo ou a serviço de suas próprias convicções e levando em conta 
somente sua fidelidade a tais valores. 
3. Ação social Irracional com Relação a tradição 
Quando hábitos e costumes arraigados levam a que se aja em função deles, ou como sempre fez, em reação 
a estímulos habituais. Se baseia numa tradição e a repete. 
4. Ação Social Irracional com Relação à afetividade / emotiva 
Não há uma refleção acerca da ação, você aje pela emoção. O sujeito age de modo afetivo quando sua ação 
é inspirada em suas emoções imediatas. 
***Para avaliar os tipos puros é necessário um caso concreto. 
Relação Social 
A ação social dotada de sentido, e que tenha sentido partilhado com diversos agentes. O caráter recíproco 
da relação social não significa uma atuação do mesmo tipo por parte de cada um dos agentes envolvidos. 
Apenas quer dizer que uns e outros partilham a compreensão do sentido das ações, todos sabem do que se 
trata, mesmo que não haja correspondência. 
Uma relação social pode ser efêmera (modinha) ou estável (durável), pode ser interrompida, ser ou não 
persistente e mesmo mudar radicalmente de sentido durante o seu curso, passando, por exemplo de amistosa 
a hostil, de desinteressada a solidária. 
Tanto mais racionais sejam as relações sociais, mais facilmente poderão ser expressas sob a forma de 
normas. 
Racionalidade -> Estabilidade -> normatividade 
Uso: mero hábito 
Costume: quando o hábito se torna duradouro 
Divisão do Poder na Comunidade: Classes, estamentos e partidos. 
Diferenças sociais => critério de classificação: a dominação 
A concepção de Weber implica numa separação de esferas (econômica, religiosa e etc) cada uma com sua 
lógica particular de funcionamento. Cada pessoa pode participar, ao mesmo tempo, de diferentes esferas. 
O agente individual é a análise sociológica. 
Weber questiona a ideia da consciência de classe (Marx), ele afirma que pertencer a uma determinada classe 
não implica em possuir qualquer sentimento de comunidade ou consciência de interesses ou direito. O que 
cria esse sentimento de pertencimento são os estamentos. 
Conceitos: 
Classe: é comum a um certo número de pessoas um componente causal específico de suas probabilidades 
de existência na medida em que tal componente esteja representado exclusivamente por interesses 
lucrativos e de posse de bens em condições determinadas pelo mercado (de bens ou de trabalho). 
Estamentos: O critério vigente dado pela honra e prestígio. O conteúdo das relações sociais é baseado em 
regras de pertença a grupos de status. 
**As castas seriam por fim, aquele grupos de status fechadocujos privilégios e distinções estão 
desigualmente garantidos por leis, convenções e rituais. 
"As classes se organizam segundo as relações de produção e aquisição de bens, os estamentos, segundo 
princípios de seu consumo de bens nas diversas formas específicas de sua maneira de viver" 
"As diferenças entre ambas geram as esferas do poder social, os partidos, cuja ação é tipicamente 
racional, é uma organização que luta especificamente pelo domínio". 
A dominação 
Como é possível a continuidade da vida social? Pela dominação, ou a produção da legitimidade, da 
submissão de um grupo a um mandato. 
Elemento de coesão social: dominação 
O poder é amorfo, não possui forma definida. A imposição da vontade de alguém pode se dar em inúmeras 
situações, por isso se diz que é amorfo. 
Tipo ideal: dominação legítima. Na prática o mesmo governante pode exercer dois ou mais tipos de 
governação. Caso não seja legítimo, pode levar a insurgir lutas sociais. Essa dominação legítima pode ser 
justificada por três motivos – racional, tradicional ou afetiva. 
Princípios de autoridade 
Racional: o dominado aceita por racionalizar e perceber ser vantajoso para ele. 
Tradicional: reiteração de costumes. Ser um hábito. 
Afetivo: inclinação pessoal, sentimentos, afeições. 
Tipos puros ideais de dominação 
1. Tradicional: motivação tradicional. Ex patriarca ou príncipe. 
2. Carismática: motivação afetiva. 
3. Legal: motivação racional. Exercer no limite da legalidade. 
A dominação repousa na legalidade. 
ESTRUTURAS DE DOMINAÇÃO 
Burocrática: corresponde ao tipo especificamente moderno de administração, racionalmente organizado, 
ao qual tendem as sociedade ocidentais e que pode aplicar-se tanto a empreendimentos ecoômicos e 
políticos quanto àqueles de natureza religiosa, profissional, etc. Nela a legitimidade se estabelece através 
da crença na legalidade das normas estatuídas e dos direitos de mando dos que exercem autoridade. 
Ou seja, racionalizar o poder. Forma mais barata, eficiente e rápida. Em tese. Hoje a burocracia foi 
completamente distorcida. 
**Em algum momento de seu exercício e mesmo para manter-se, a dominação carismática tende a torna-
se tradicional ou racional-legal, o que é chamado de rotinização ou cotidianização do carisma. 
Carisma e desencantamento do mundo 
As burocracias dominantes, caracterizavam-se pelo desprezo a toda religiosidade irracional, respeitando-
a apenas no interesse da domesticação das massas. 
Racionalização excessiva levou ao desencantamento. 
negativas, mas inevitáveis, do processo de racionalização. O desencantamento do mundo. As pessoas 
saíram de um estado habitado pelo sagrado para ir a um mundo racionalizado, material, predominancia 
do conhecimento científico. Os valores retiram-se da vida pública. A burocracia não é apenas progresso, há 
descontinuidade e estados de crise, quando as estruturas institucionais consolidadas podem desintegrar-
se, e as formas rotineiras de vida mostrar-se insuficientes para dominar um estado de crescentes tensões, 
pressões ou sofrimento. O agente de ruptura é o líder portador do carisma. 
Esse é o locus perfeito para o surgimento de lideranças carismáticas de cunho religioso ou político, de 
salvadores. Mas apesar de e talvez graças ao seu carater renovador e irracional, o carisma é engolido pela 
lógica férrea das instituições e obrigatoriamente é rotinizado ou adaptado ao cotidiano, sendo retomado 
o caminho da institucionalização tradicional ou racional. 
Tendência à racionalização e burocracia 
Sociedade ocidentais – tendem inexoravelmente à racionalização em todas as esferas da vida social. 
Organização burocrática é o meio pela qual essa tendência à racionalização se atualiza nas sociedade 
ocidentais. 
Em tese, as ordens passam a ser dadas de maneira previsível e estável. 
A burocracia enquanto tipo ideal pode organizar a dominação racional-legal por meio de uma incomparável 
superioridade técnica que garanta precisão, velocidade, clareza, unidade, especialização de funções, 
redução de atrito, dos custos de material e pessoal. É hierarquica, e o recrutamento de seus quadros se dá 
por meio de concursos ou critérios objetivos (subordinação hierárquica), o salário é determinado pela 
função. 
Racionalização e capitalismo 
Foi a presença de protestantes de várias seitas entre os empresários e trabalhadores que sugerira a Weber a 
possibilidade de existência de algum tipo de afinidade particular entre certos valores presentes na época do 
surgimento do capitalismo moderno e aqueles disseminados pelo calvinismo. Relação de valores e 
condições para o estabelecimento do capitalismo. O trabalho torna-se um valor, e o operário ou capitalista 
passam a viver em função de sua atividade ou negócio. O puritanismo condenava o ócio, o luxo, a perda de 
tempo, a preguiça. 
O indivídio útil é o que trabalha. 
Trabalhar para dignificaro espírito. 
Doutrina católica condenava a ambição do lucro e a usura. Porém, os calvinistas viam a prosperidade como 
um prêmio de uma vida Santa. Daí surge a acumulação capitalista através da compulsão ascética da 
poupança. 
Mas isto foi apenas o impulso inicial, a partir dele o capitalismo se desvincula da religião. 
DIREITO E REVOLUÇÃO (Machado Neto) 
1.2 Mudança social, reforma e revolução 
Mudança social: caráter processual, gradual e natural (evolução). Não é intencional. 
Reforma: atinge aspectos periféricos e não centrais da estrutura social e dos regimes politicos e 
econômicos. 
Revolução: atinge as instituições básicas, afeta a própria estrutura social, transformando o sistema social e 
os regimes políticos e econômicos. Muda tudo ou boa parte. 
Individualidade criadora + adesão de outros indivíduos => Fato social ou coletivo => pessão social- 
coercitividade de todos o social sobre o Estado. 
Da reforma à revolução: inelasticidade / esclerose + "sopro do progresso" = falência das velhas instituições. 
Metáfora do balão: quando o balão alcança o seu limite de elasticidade mas continua sendo inflado pelo 
menino otimista que não se cansa de vê-lo crescer, as instituições e os sistemas, nesse caso, terão, um dia, 
de estourar. É a revolução. 
Sociedades tradicionalistas: tentam frear o movimento renovador, sacralizando instituições, hábitos e 
costumes. 
2. Sociologia e revolução 
Sociológos tentam criar leis evolutivas . 
Como estudar revoluções (que são valoráveis, valores revolucionários X valores dos conservadores) de 
forma científica? Resposta: atitude neutral, o sociólogo não deve se posicionar, apenas descrever o processo 
revolucionário, contribuindo para sua compreensão. Porém, os sociólogos não são neutros e sim imparciais. 
3. Teorias da Revolução 
PSICOLÓGICAS 
• Teorias intelectualistas: responsabilização do geometrismo das construções ideológicas do 
intelectual pela eclosão dos fenômenos revolucionários (Ortega y Gasset). As ideias eram as causas 
da revolução. 
• Teorias instintivas: repressão dos instintos fundamentais dos indivíduos, isso produz um Estado 
de espírito que leva à eclosão revolucionária (Sorokin). A causas são instintos (ex: fome, injustiça, 
opressão). 
SOCIOLÓGICAS 
• Teorias políticas: revolução sendo um fenômeno exclusivamente ligado ao poder (Aristóteles e 
Alfred Vierkandt). 
• Teorias sociais 
o Teorias sociais de Luta: manifestação extremada da luta de classes (Marx e Engels). 
Processo incessante da circulação das elites como ponto culminante (Vilfredo PAreto 
Gaetano Mosca) 
o Teorias sociais gerais: transformação da consciência coletiva. 
✓ Espontânea (Gustav Le Bon) 
✓ Reflexiva (Ellwood) 
 
4.O processo revolucionário 
Uma teoria causalista é excessivamente simplista para abarcar toda a complexidade de um processo 
revolucionário. O ciclo revolucionário é um fenômeno complexo, procesual, cíclico. 
Ciclo da revolução 
Momento pré-revolucionário: instintos reprimidos passam a ser exaltados => intelectuais passam a 
desenvolver teorias de legitimação => motins, levantes e revoltas começam a ocorrer, sendo legitimados 
pelo discurso ideológico => A classe dominante passa a fazer concessões => algumas membros da classe 
dominante (esclarecidos) passar a fazer coro. 
Estopim => momento revolucionário =>moderados assumem o poder e têm pressa em encerrar o ciclo => 
acusação direcionada aos moderados por terem proximidade com o antigo regime => golpe dos extremistas 
=> anarquia e terror. 
Momento pós-revolução => Anseia pela volta da normalidade (paz social) =>leva a uma nova legalidade 
=> Direito novo contempla e concretiza principais anseios e demandas revolucionárias. 
Papel do sociólogo: explicar e compreender, não sentenciar se houve um passo para frente ou para trás 
com a revolução. 
5.Revolução e Direito 
 Revolução institucional: retomar, dentro de um mesmo regime social e econômico, uma 
interrempida tradição política, alterada por um regime de excessão, ou exatamento, a recíproca 
desse processo. Utiliza-se do poder constituinte e promove mudanças nas esferas políticas, 
jurisdicionais ou administrativas. Mas o direito privado continua vigente. 
 Revolução Social: desmonta, por inteiro, a máquina jurídica, porque atinge o próprio sistema social 
e econômico até então vigente. Utiliza-se do poder constituinte para reformar as instituições de 
direito público e privado, o ordenamento por inteiro. 
O Direito pré-revolucionário: 
Há uma gradativa perda de força (eficácia) do direito antigo. As reformas tentam revitalizá-lo, mas acabam 
por não atingir o cerne das velhas instituições, que já se encontram desgastadas e o direito antigo acaba 
sendo condenado com injusto. A nova moral passa a se opor a esse Direito. Os juristas estendem como 
podem o conceito das fontes do Direito, mas perdem-se na coerência sistemática. Multiplicam-se as 
escolas do Direito e o debate sobre a justiça assume o primeiro plano. 
A utopia Jusnaturalista 
A justiça como grande justificativa para a violência revolucionária. Toda atitude criadora necessita a 
afirmação de algo incodicionado, a crença em valores eternos. Toda revoluçao implica na crença 
jusnaturalista. A justificação das revoluções seria impossível se não existissem critérios ultrapositivos de 
valoração ou se os valores jurídicos não passassem de simples quimera. Buscar nos direitos naturais. 
O passo ao Legalismo 
Cria-se uma nova legislação que será a expressão mais fiel do direito natural tornado direito positivo pelo 
movimento revolucionário redentor. O legalismo exegético é a teoria jurídica dominante no mundo pós-
revolucionário. 
Há uma crença no fato de que o direito revolucionário já seria perfeito e acabado, posto que é a 
materialização dos ideiais de justiça, porém a sociedade está SEMPRE mudando e demandando reformas. 
A revolução, Fato Normativo 
Da revolução surge legitimidade para criação de uma nova lei, o qual, através de um novo poder 
constituinte poderá revogar todo o direito antigo (ab-rogação) ou apenas uma parte (derrogação), 
podendo recepcionar algumas coisas do Direito antigo. 
O direito constitucional é o ramo da árvore jurídica mais imediatamente afetado pela ocorrência 
revolucionária. 
Se alguma norma do antigo regime ficou de pé, é porque existia uma razão sociológica para conservação 
do mesmo, mas a força normativa não há de ir buscar no ordenamento antigo fundamento de validez 
jurídica, essa eficácia normativa e validez é posto pelo poder constituinte, tendo o antigo regime fazer 
observância ao novo ordenamento para que haja sua recepção. 
Direito e revolução 
Pela lógica, não há como positivar o Direito à revolução.Não se pode falar em direito de revoluçao, a 
menos que se faça de um ponto jusnaturalista. A revolução é um antidireito, e positivá-lo seria incoerente. 
, seria o mesmo que sancionar a anarquia. 
Revolução é para o jurista a ruptura da ordem jurídica, e permitir o Direito de revolução traria uma 
impossibilidade lógica, não há como romper com a ordem jurídica ao mesmo tempo em que conversa sua 
integra continuidade. 
Direito de revolução é a quadratura do circulo (impossibilidade lógica, pela lógica é impossível positivar o 
direito de revolução). 
O que é Direito? Lyra Filho 
Direito e Lei 
A lei sempre emana do Estado e permanece, em última análise, ligada à classe dominante, o Estado fica 
sob o controle daqueles que comandam o processo econômico, na qualidade de proprietários dos meios 
de produção. O Estado é o único detentor dos meios de produção de normas e do uso da força para fazê-
las cumprir (Fonte única / Monismo jurídico). 
A favor dos interesses da classe dominante (superestrutura).Direito: reto e justo. 
Antidireito: o direito entortado pelos interesses da classe dominante e dos caprichos continuístas do 
poder estabelecido. 
Direito aprisionado em um conjunto de normas estatais, isto é, de padrões de conduta impostos pelo 
Estado, com a ameaça de sanções organizadas (repressivas). O direito é reduzido À pura legalidade 
O que é Direito? Processo oriundo das transformações históricas e sociais. "O Direito só é sendo". Direito 
é processo 
Ideologias Jurídicas 
Ideologia como crença, que entorpecem a capacidade crítica, representam opiniões pré-fabricadas, não 
correspondendo à realidade e condicionando o pensamento. 
Ideologia como crença: em função dos sujeitos que a absorvem e vinculam-na. Está se opõe às ideias. 
Ideologia como falsa consciência: deformação incosciente da realidade, ilusão de uma certeza. As classes 
privilegiadas substituem a realidade pela imagem que lhes é favorável e tratam de impor aos demais. ] 
Ideologia como instituinção: As ideologias absolvidas e definidas por X, não são por ele criadas, mas 
RECEBIDAS. Algo que se cria e se manifesta na sociedade não só individualmente. Ideologia como fato 
social. 
Nem somos totalmente livres e nem totalmente condicionados e a forma de se superar as condicionantes 
é concientizá-las. Existem fatores que favorecem essa conscientização. Surge com as contradições da 
estrutura social, trazendo clareza nos contrastes entre realidade e ideologia. Ex: crise social e econômica. 
Principais modelos 
• Direito positivo: Ordem estabelecidade. Ordem jurídica que estabelece o que é lícito ou ilícito. 
Estabelecido pelo Estado (monismo jurídico) 
• Direito natural: Ordem justa. Princípios fixos, inalteráveis, anteriores e superiores às leis. 
Preocupação não só com o que tem na norma, mas com o que deve conter. 
Somente uma nova teoria realmente dialética do Direito evita a queda numa das pontas da antitese (teses 
radicalmente opostas). Conservar os aspectos válidos de ambas as posições, veremos que a positividade 
di Direito não conduz fatalmente ao positivismo e que o direito justo integra a dialética jurídica, sem voar 
para nuvens metafísicas. Nem o reducionismo pragmático do Direito positivo e nem a metafísica 
abstracionista do Direito natural. 
*Teoria dialética do Direito 
*Solução seria o uso alternativo do direito, ativismo jurídico. 
SOCIEDADE E DIREITO (Machado Neto) 
Recásens Sinches 
Os vários saberes jurídicos: começa a discutir os vários saberes jurídicos que várias ciências se deparam 
com o objeto Direito e cada uma dessas ciências traz uma nuance desse fenômeno. 
O ser jurídico: existem algumas correntes que acreditam que o Direito é real e outras que é ideal. 
Machado Neto diz que não é nem real e nem ideal, e sim que Direito é conduta humana, valores e norma. 
O direito busca justiça, mas dentro dele também há a possibilidade de ocorrer injustiças, mesmo não 
sendo o ideal, não se pode ignorar essa particularidade. 
O Direito e as demais normas: A sociedade tem vários grupos de norma e as normas jurídicas se 
diferenciam (ao longo da histórias os critérios muam). Critérios: 
 Destinatário: normas jurídicas são coletivas. A moral é individual. 
 Vinculativa: normas jurídicas são heterônomas e externas. A moral é autônoma. 
 Expectativa 
 Sanção: normas jurídicas possuem imposição inexorável. 
Objeto e Temática da Sociologia 
Direito (resultado de processos sociais) e a Sociedade (sofre os efeitos da produção jurídica. 
"Cabe atribuir à Sociologia Jurídica um estudo de como o Direito, enquanto Fato Social, representa um 
produto de processos sociais, e outro estudo que vem a ser o exame dos efeitos que o Direito, assim 
socialmente constituido, exerce sobre a Sociedade". 
A sociedade precisa do Direito, pois possui a necessidade de resolução de conflitos (Relembrar a ideia de 
contrato Social). 
Motivações Sociais básicas do Direito 
*Relembrar contrato social de John Locke. 
Necessidades vitais: segurança e certeza. 
O excesso de segurança leva a um engessamento social. E a certeza é necessária para a estabilidade, as 
pessoas precisam saber o que devem ou não fazer. 
***Uma certa margem de incerteza e insegurança são condições da mudança e do progresso 
(revolução), e o Direito, sob pena de eclerosar-se numa crosta imóvel a comprimir a espontaneidade da 
vida, necessita conter essa margem de insegurança e incerteza. É essa margem comumente existe, em 
alguma medida quanto ao conteúdo concreto das decisões judiciais nos casos futuros, bem como na 
incessante atividade legislativa que pode modificar para o futuro as regras do jogo de interesses. 
Caminhos institucionalizados para a mudança: atividade legislativa e atividade jurisprudencial. 
O Direito e o poder social 
• Poder político: institucionalizado, regulado, legitimado e justificado pelo Direito. 
• Poder social: difuso, desregulado, legitimado pela história e legitimador do poder político. 
Pressão social (instrumento do poder social), os fatores dependem do tempo e espaço. 
Formas de reagir as produções do Estado: Aceitar, cair em desuso e a sociedade pode se rebelar. 
Sob o ordenamento jurídico-positivo vigente existe uma realidade social que, além de produzi-lo 
incialmente, o mantém em vigência e o vai reelaborando sucessivamente de maneira constante e que o 
condiciona em todos os momentos de sua vida. Há, portanto, um poder social que dá origem ao sistema 
jurídico e atua incessantemente em sua manutenção e modificação. 
Em face do poder social conformador, mantenedor e modificador do Direito, poderemos distuinguir, com 
Recasens, entre os dados constantes da matéria social e os dados variáveis. Dados constantes: sentimento 
de justiça, ideia de castigo e prêmio. 
***A concepção raciovitalista aplicada ao Direito, encontra no método da razão vital uma sutilização do 
aparato cogniscitivo da compreensão. 
Estado, sociedade e Direito (Boaventura de Souza Santos) 
A modernidade é fértil em dicotomias. A dicotomia básica é a formal e informal. E essas dicotomias entram 
em declínios. 
Natureza e sociedade (dicotomia) 
Sociedade civil secundária: quando o Estado delega à sociedade espaçõs para exercer serviços que antes 
era prestado unicamente pelo Estado. 
Na idade média existia pluralismo jurídico e pluralismo político. No Estado moderno há uma centralização 
do poder, monismo jurídico. Hoje se tem tentado ter pluralismo jurídico. 
Para entender melhor: 
https://prezi.com/ljuv-omdbxnu/o-estado-e-o-direito-na-transicao-pos-moderna/?webgl=0 
Ver imagem no caderno. 
CONTROLE SOCIAL E DIREITO (Machado Neto) 
A socialização 
Processo socializador: família, escola, igreja, sociedade e Estado. 
Os modos sociais são culturais pois são proporcionados pela herança cultural. Desta forma, a socialização 
é utilizada como instrumento de controle social. Esse processo faz com que seja reforçado no indivíduo o 
lugar que lhe é devido. Lhe é atribuido um papel social. 
Como nem todos os individuos se socializam inteira ou suficientemente, a sociedade há de estar prevenida 
do que o anti-social pode ocorrer em ação e prepara a prevenção de sua ocorrência com uma série de 
normas coatoras que em seu conjunto são conhecidas como o aparato de controle social. 
O Direito exerce um controle social formal, sua função é de socializador em ultima instância. Quando se 
esgotarem todas as barreiras que a sociedade ergue contra a conduta anti-social, se faz a atuação do 
Direito como ultima chance. 
Portanto o Direito cumpre um papel de conservador do status quo, também servindo para legitimar o 
poder político e a favorecer o seu domínio sobre a opinião pública. 
O direito e as normas do Trato Social 
Folkways (usos)- vocêfaz habitualmente 
Mores (costumes)- pode gerar vinculação jurídica. Ou pode gerar um sistema normativo extrajurídico, 
uma vez que a educação e a religião se expressam normativamente cmom normas do trato ou moral. 
Diferenças entre Direito e normas do trato social 
Imposição inexorável (sanção): a possibilidade que tem a sanção jurídica de determinar a execução 
forçosa, assim restabelecendo a ordem violada na situação anterior à violação. 
Bilateralidade (a norma jurídica vincula e é exigível) ex: se A tem um dever de polidez para com B, a 
sociedade não reconhece a B o direito de exigir essa polidez desejável da parte de A. Apenas se limita a 
punir A com a sanção difusa da opinião pública, e, nem por issso B logrou da cortesia que A lhe devia. 
Tipo de sanção: 
• Sanção organizada e incodicionada: incube ao Estado como personificação do poder social, e 
portante, aquela que só proíbe o estritamente essencial para a sobrevivência do grupo. Ultimo 
ratio. É exigível e impõe sanção jurídica. Descontinuo de ilícitude (proibido). 
• Sanção difusa e condicionada: são normas sancionadas pela opinião pública, pelos mais variados 
processos, desde a irrisão e o escárnio à perda de boa fama e ao ostracismo. Mas não constuma 
haver orgão sancionador. Por exemplo, os folkways (usos) são maneiras coletivas, hábitos de 
decoro, polidez e utilização dos bens culturais que a sociedade canoniza em sua preferência a 
outros modos possíveis de tratar as pessoas ou as coisas. Mas uma transgressão a essas normas 
não pode ter o significado social que há de ter uma transgressão jurídica. Ela só que coage se você 
acredita e compartilha desses meses valores, hábitos ou usos. Contínuo de licitudes (facultado). 
Norma indiferenciada: 
Essa indiferenciação reside no sicretismo que domina a coexistência grupal nessas sociedades. Nela não 
há ainda uma nítida separação entre os diversos setores da cultura, somente quando uma maior 
complexidade da vida grupal foi gradativamente especializando as funções, através da divisão social do 
trabalho (Durkheim), foi que a especialização e separação dos diferentes setores da cultura aconteceu, 
com a crescente secularização é que se possibilida a distinçaõ entre Direito e as demais normas de 
conduta. 
Moral e Direito 
Kant: eu hajo de acordo com a minha consciência. 
Autonomia privada: com o empenho liberal, deu-se mais importância ao âmbito da liberdade da vida 
privada, em que apenas a moral teria ingerência como norma dirigida à intimidade da consciência 
individual. 
Critérios de diferenciação: 
*Tomasio apota a exterioridade e a coercibilidade do Direito. 
*Kant distuinguea moral como autônoma, criação de cada individualidade e o Direito como heterônomo. 
Direito e normas técnicas 
Técnicas: meios empregados para atingir determinado fim. Existem as que são normas técnicas jurídicas 
e não jurídicas. 
Para Carlos Cossio, a ética e a técnica são dois modos de abordagem da conduta e de enfocá-la. A primeira 
é o enfoque no sentido temporal e a segunda o enfoque no sentido oposto ao temporal. A primeira, dos 
meios aos fins, a segunda dos fins aos meios, A ética é, assim, a realização do querido enquanto querido; 
a técnica é a realização do querido enquanto realização. 
A normação técnica da conduta dos indivíduos, especialmente da moral profissional, aparece ou sobre 
forma jurídica ou como exigência contratual. 
O poder simbólico - Pierre Bourdieu 
*Sofreu influência de Karl Marx 
O poder simbólico é um poder invisível. Além do econômico, existem outros: ex conhecimento, influência 
política, habilidade nas artes e etc. Cada campo possui a sua moeda de troca. 
Compreensão geral: trata-se de um transladar, para o plano do simbólico, da lógica verificável existente 
entre o acúmulo de capital e o poder econômico. 
Sistemas simbólicos 
Instrumentos de conhecimento e desconstrução. Esses sistemas dão sentido à realidade porque são 
estruturas estruturadas. 
Religião: a estrutura é piramidal 
Direito: piramidal 
Os sistemas simbólicos (arte, religião, lingua) são ao mesmo tempo estruturante e estruturado. Servem 
como instrumentos de conhecimento e construção do mundo. Para Bourdieu estruturas são simbólicas e 
para Marx são materiais. A análise estrutural como instrumento metodológico a evidenciar a lógica 
específica de cada sistema simbólico. 
Primeira sintese: O poder simbolico como instrumentos de conhecimento e de comunicação, só podem 
exercer um poder estruturante porque são estruturados. 
O poder simbólico e a dominação 
✓ Utiliza o poder simbólico para reproduzir uma ideologia de forma naturalizada; 
✓ Quem tem muito poder simbólico, exerce uma maior violência simbólica; 
✓ Diferenciação entre senso comum e conhecimento científico: na lógica tradicional o que vale é o 
conhecimento científico; 
✓ O Direito tem mais força que a moral; 
A tradição marxista privilegia as funções políticas dos sistemas simbolicos em detrimento da sua estrutura 
logica e da sua função gnoseológica, este funcionalismo explica as produções simbolicas relacionando-as 
com os interesses da classe dominante. As ideologias, por oposição ao mito, produto coletivo e 
colectivamente apropriado, servem interesses particulares que tendem a apresentar como interesses 
universais, comuns ao conjunto do grupo. 
Segunda síntese: as relações de comunicação são sempre relações de poder que dependem, na forma e 
no conteúdo, do poder material ou simbólico acumulado pelos agentes envolvidos nessas relações. É 
enquanto instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que os sistemas 
simbolicos cumprem a sua função política de instrumentos de imposição ou de legitimaçaõ da dominação, 
que contribuem para assegurar a dominação de uma classe sobre a outra (violência simbolica) dando o 
reforço da sua própria força às relações de força que as fundamentam e contribuindo assim, segundo a 
expressão de weber, para a domesticação dos dominados. 
Violência simbólica ligitima: o poder de impor – e mesmo de inculcar- instrumentos de conhecimento e 
de expressão arbitrários - embora ignorados como tais- da realidade social. 
As classes lutam pelo monopólio da violência simbolica. 
Os sistemas ideologicos que os especialistas produzem para a luta pelo monopolio da produção ideologica 
legítima - e por meio dessa luta – sendo instrumentos de dominação estruturantes pois que estão 
estruturados, reproduzem sob forma irreconhecível, por intermédio da homologia entre o campo da 
produção ideológica e o campo das classes sociais, a estrutura do campo das classes sociais. 
*capital simbolico; 
Habitus: conjugação do meu agir individual com a incorporação da lógica da estrutura. 
O poder simbólico não reside nos sistemas, mas que se define numa relação determinada entre os que 
exercem o poder e os que lhe estão sujeitos, quer dizer, na própria estrutura do campo em que produz e 
se reproduz a crença. O poder simbólico é invisível, irreconhecível, transfigurada e legitimada, capaz de 
produzir efeitos reais. 
Ver concepção 2 no caderno. 
Microfísica do poder ( Michel Foucault) 
A arqueologia (investigação crítica) e a genealogia (pergunta ainda mais crítica. tem haver com o olhar 
para o passado. 
Havia um controle sobre os corpos das pessoas. Ex: 1984: as pessoas não podiam gaster tempo com sexo. 
Foucault diz que o poder não existe. O que existe é uma "relação/relacional", é algo que não se tem e sim 
que se exerce. 
Poder para Foucault: o poder é relacional, dinâmico (uma hora na relação o poder pode ser reinvindicado), 
microfísico/pulverizado (o poder é algo que todo mundo tem, qualquer um pode exercer) 
Querer – saber – poder (retroalimentação) 
Dispostivo: conjuntode ditos e não ditos. Conhecimento se objetiva e define. É uma espécie de controle. 
Biopoder: poder sobre a vida e se exerce através de biopolíticas. Ex: construir presídios, controle de 
natalidade. 
Disciplina: essa administraçaõ dos corpos. 
*o poder é reforçado pelos estímulos das relações. Somos nós que damos poder. 
Rever as partes marcadas no texto.

Outros materiais

Outros materiais