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MO Resumo Sistema Adesivo

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Faculdade de Odontologia da UFBA 
Disciplina: Materiais Odontológicos 
Aluno: Leonardo Siquara 
Data: 30.06.17 
 
RESUMO PARA ESTUDO 
 
Assunto: Sistema adesivo 
Material: Slides + Anotações 
 
Sistemas adesivos 
• Adesão da resina; defeitos no processo adesivo formam fendas no material restaurador, permitindo 
infiltração, rachaduras, colonizações bacterianas, sensibilidade e dor; 
• Opção revolucionária pelo seu aspecto conservador no tratamento odontológico; 
• Podem ser utilizados em cavidades rasas sem necessidade de desgaste (como na amálgama); 
• Duração menor do que restauração de amálgama (desgaste de dentes posteriores); margens 
manchadas são sinais de degradação das camadas de adesivo; faz polimento para verificar 
profundidade; se for profundo e houver dor, há problema na camada híbrida: 
o As versões simplificadas (tanto do convencional quanto do autocondicionante) duram menos; 
porção hidrófila vem junta com hidrófoba; hidrófobo foge da dentina e sobe para superfície, 
mas apresenta porções hidrófilas também, se desgastando mais; nas simplificadas também 
há mais solvente, sendo mais difícil de remover; 
• Princípios da adesão: 
o Viscosidade – adesivo deve ser fluido para penetrar nas irregularidades da estrutura do dente: 
▪ Resina e adesivo são praticamente do mesmo material, mas resina é sólida; 
▪ Quanto mais viscoso for o líquido, menor/pior o seu escoamento; 
o Ângulo de contato (entre material adesivo líquido e o dente sólido) – quanto maior, pior o 
molhamento (ideal é ângulo 0° - escoamento perfeito/total); 
o Energia de superfície – quanto maior a energia de superfície do sólido, melhor o molhamento 
pelo líquido; quanto menor a tensão de superfície do líquido, melhor o molhamento: 
▪ Ideal = energia de superfície > tensão de superfície; 
▪ Conteúdo mineral aumenta energia de superfície; impurezas e material orgânico 
diminuem energia de superfície; 
• Interferência do substrato – teor de material orgânico e inorgânico altera técnicas de adesão: 
o Esmalte – inorgânico (hidroxiapatita) e poroso (infiltração nos prismas de esmalte); 
composição e morfologia homogêneas; adesão ao esmalte é melhor e mais duradoura; 
o Dentina – orgânica (colágeno tipo 1) e desigualmente porosa (adesão ocorre pela infiltração 
na rede de fibras colágenas); composição e morfologia heterogêneas (irregulares): 
▪ Túbulos dentinários – preenchidos por prolongamentos odontoblásticos (extensões 
da polpa – sensibilidade); dentina intertubular (entre os túbulos; menos mineralizada, 
mais orgânica); dentina peritubular ou intratubular (ao redor do túbulo; dá formato 
cônico aumentando em direção à polpa; mais mineralizada e inorgânica); adesão é 
melhor na dentina intertubular – mais colágeno (infiltração é nas fibras colágenas); 
▪ Camada híbrida – impregnação de monômeros adesivos numa superfície de dentina 
desmineralizada; zona de infiltração do adesivo (resina) nas fibrilas colágenas (entre 
dente e resina); camada ácido-resistente; é objetivo final do sistema adesivo: 
▪ Dentina rasa (distante da polpa; próxima à junção amelodentinária – entre esmalte e 
dentina) – aberturas dos túbulos são menores; maior espaço entre túbulos; maior 
rede de fibras colágenas; melhor adesão; 
▪ Dentina profunda (próxima à polpa; distante da junção amelodentinária) – abertura 
dos túbulos são maiores; mais úmida (mais próxima da polpa), dificultando adesão 
(umidade é ruim para monômeros do sistema adesivo, que são irritantes para a polpa; 
causam lesão indolor/silenciosa e perigosa – mumificação da polpa): 
• Em caso de dentina profunda, solução é forramento/base; 
▪ Smear layer (camada de lama) – água, saliva e restos de tecido duro; resíduos do 
tecido dental removido no preparo (invisível); entra nos túbulos (tampão de lama ou 
smear plug); sistema adesivo interage com a lama; 
• Classificação – segundo a interação com smear layer: 
o Convencionais – remoção total do smear layer: 
▪ Versão completa – 3 passos (1. Ácido; 2. Primer; 3. Adesivo); 
▪ Versão simplificada – 2 passos (1. Ácido; 2. Primer e adesivo no mesmo frasco); 
▪ Vantagens – melhor adesão ao esmalte; mais conhecidos e aperfeiçoado; 
hipersensibilidade dentinária decorrente de abertura da dentina com remoção do 
smear layer (teoria hidrodinâmica – movimento do fluido nos túbulos causa dor); 
▪ Desvantagem – dificuldade técnica da aplicação (processo rigoroso); 
▪ Passos – profilaxia; isolamento; proteção dos dentes vizinhos; ácido; lavagem; 
secagem; primer; volatilização dos solventes; adesivo; remoção de excessos; 
▪ Condicionador ácido – ácido fosfórico + sílica (gel azul – para segurança na aplicação); 
concentração ideal de 30-40% (acima disso forma precipitados residuais no dente 
dificultando infiltração): 
• No esmalte – remoção do smear layer; aumento da energia de superfície 
(remove mineral e impurezas); forma porosidades; 
• Na dentina – remoção do smear layer; desmineraliza dentina (expõe rede de 
fibrilas colágenas); abre túbulos dentinários (desvantagem); remove energia 
de superfície (desvantagem – primer aumenta energia de superfície); 
▪ Primer – monômeros hidrófilos; solventes (etanol, acetona; água); fundamental na 
adesão às superfícies úmidas; prepara superfície condicionada pelo ácido para 
funcionamento do adesivo, elevando energia de superfície da dentina: 
• Ressecamento causa colapso dos túbulos dentinários; na preparação para o 
ácido, deve-se secar controladamente, mantendo umidade suficiente; o 
solvente, quando aplicado, remove excesso de umidade entre fibrilas 
colágenas permitindo espaço para o monómero hidrófobo; 
▪ Adesivo (resina fluida) – monômeros hidrófobos (não aplicáveis em umidade); 
radiopacificadores; cargas (resistência mecânica); penetra nas irregularidades criadas 
pelo condicionamento e infiltradas pelo primer; copolimerização com o material 
restaurador (última camada de adesivo superficial não polimeriza por contato com 
oxigênio; quando é colocada a resina, ocorre a copolimerização); 
▪ No esmalte – condicionamento (30seg); lavagem (ar e água juntos – jato forte) para 
remoção do ácido e dos minerais (30-60seg); secagem; primer (evaporação do 
solvente – presença do solvente prejudica propriedades mecânicas; aguardar 30-
60seg; pode usar jato de ar à distância); adesivo; fotopolimerização: 
• Adesivo sobre esmalte – altos valores de resistência e estabilidade; penetração 
do adesivo nas microvilosidades criadas pelo condicionamento ácido e 
infiltradas pelo primer; camada final deve ser fina, uniforme e brilhante 
(excesso diminui resistência); 
▪ Na dentina – ácido expõe rede de fibrilas colágenas (menos mineralizada; usado por 
só 15seg); lavagem do ácido (pelo dobro do tempo); secagem (na proporção exata; 
mantendo água ao redor das redes de fibrilas colágenas para não colapsar; não pode 
ser feita com seringa tríplice; pode ser feita com algodão úmido ou filtro de café); 
primer com solvente (remove excesso de água); aplicação de adesivo: 
• A quantidade de umidade da dentina remanescente depende do tipo de 
solvente – água e etanol requerem dentina menos úmida (menor evaporação; 
re-expansão das fibrilas; aplicação ativa); etanol e acetona requerem dentina 
mais úmida (maior evaporação; aplicação ativa não indicada; cuidado com 
cobertura dos frascos); 
o Autocondicionantes – remoção parcial do smear layer (modificação): 
▪ 2 passos (1. Primer ácido; 2. Adesivo); 
▪ 1 passo (1. Primer ácido e adesivo no mesmo frasco); 
▪ Vantagem – simplificação e padronização da técnica; preservação do smear layer 
(tampão de lama; proteção dos túbulos afastando o líquido intratubular dos estímulos 
dolorosos); infiltração nos locais de desmineralização (mesma profundidade,pois 
ocorre simultaneamente; não cria zona desmineralizada que não seja coberta); 
▪ Melhor na dentina do que no esmalte – não permite abrasão ou aplicação de ácido de 
forma seletiva (nas margens do esmalte); 
▪ Primer – ácido; monômeros funcionais; monômeros hidrófilos; água é solvente 
convencional (definição do pH; quanto mais água, mais agressivo); modifica smear 
layer, tornando-a mais afastada e porosa (mas mantém tampão de lama permitindo 
maior vedação dos túbulos); 
▪ No esmalte e na dentina – remoção parcial do smear layer; desmineralização e 
infiltração simultâneas (com primer); mais fraco que o condicionamento com ácido 
fosfórico – união ruim ao esmalte; 
▪ Procedimento muito semelhante ao uso do convencional;

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