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Materiais odontológicos Proteção do complexo dentino pulpar A dentina é formada pela dentina intertubulae e peritubular; A polpa é dividida em camada odontoblástica, zona acelular de Weil, zona rica em células e corpo pulpar; Dentina intertubular: fica entre as dentinas peritubulares e possui grande quantidade de colágeno. Dentina peritubular: dentina que envolve os túbulos, possui pouca matriz orgânica e maior conteúdo mineral. Conforme os túbulos dentinários vão ficando mais perto da polpa, o diâmetro dos túbulos aumenta; A dentina mais próxima a polpa é mais permeável do que a dentina mais próxima a junção amelo- dentinária. Dentina primaria Dentina normal e regular; A maior parte é formada antes da erupção dos dentes; É mais superficial; Nasce e morre com a pessoa. Dentina secundária É formada em resposta a estímulos de baixa intensidade; É formada ao longo da vida devido aos estímulos anormais. Dentina terciaria Formada em resposta a irritações pulpares mais intensas; So se forma em casos de agressão pulpar (patológica); É + avermelhada. Dentina esclerosada É uma dentina reacional; Chega perto da polpa do dente e esclerosa; + escurecida. Reacional: aumento da velocidade de deposição de dentina pelos odontoblastos; Reparadora: as células mesenquimais se deslocam para que haja reparação. Polpa Tecido conjuntivo altamente especializado, ricamente inervado, vascularizado e responsável pela vitalidade do dente; É totalmente revestido pela dentina exceto nos forames apicais. Importância da manutenção da vitalidade pulpar mecanismos inerentes para limitar danos causados por agentes agressores Esclerosamento dos túbulos dentinários: fecha para não ter permeação de estímulos elétricos; Formação de dentina terciária; Sensibilidade dolorosa: importante para que haja cuidado. Potencial de resposta do complexo dentino-pulpar Em jovem é mais fácil; Denpende de: Condição clinica inicial da polpa do dente; Se tem vitalidade ou não; A profundidade da cavidade; Idade do paciente; A quantidade e qualidade de dentina remanescente; Material protetor que será usado. Propriedades que os materiais devem apresentar para a manutenção do complexo dentino pulpar Isolante térmico e elétrico; Bactericida ou bacteriostático; Adesão a estrutura dentária; Estimular recuperação das funções biológicas da polpa (vitalidade dentro da normalidade); Estimular a formação de dentina terciária ou esclerosada (dentina reparadora); Resistência mecânica aos esforços de condensação e contração de polimerização; Insolúvel ao meio bucal. Nenhum dos materiais disponíveis apresentam todas as propriedades necessárias reunidas, por essa razão é recomendada a combinação de diferentes materiais, para que se obtenha o objetivo alcançado. Proteção pulpar indireta Sem contato com a polpa Bloqueia os estímulos térmicos, elétricos e químicos decorrentes das restaurações e do meio bucal; Mantem um ambiente cavitário apropriado para a manutenção ou recuperação da condição pulpar; Exerce ou reduz a infiltração e o crescimento de bactérias sob as restaurações; Interage com as restaurações, melhorando suas propriedades de selamento cavitário; Dissipa as forças de condensação durante a inserção de materiais compactáveis. Proteção pulpar direta Com exposição da polpa Micro exposição da polpa; Fazer capeamento pulpar (recobrir); Curetagem; Fatores a serem observados Grau de comprometimento pulpar; Extensão da lesão; Tempo de exposição. Função dos materiais Selamento Espessura aproximada: 1 a 50 mm; Características: Selar a embocadura dos túbulos dentinários para reduzir a sensibilidade, penetração de fluidos e os metabolitos bacterianos; Reduz a penetração de íons metálicos na estrutura dental. forramento Espessura aproximada: 0,2 a 1mm. Características: Estimular a formação de ponte de dentina; Proteger a região mais profunda da dentina contra a penetração de subprodutos dos materiais restauradores ou provisórios. Base Espessura aproximada: 1 a 2mm; Características: Proteger o material para forramento; Proteger o dente contra estímulos térmicos e elétricos; Diminuir a espessura do material restaurador – resina composta. Classificação dos materiais Limpeza cavitaria Hidróxido de cálcio. Base: Cimento de fosfato de zinco; Cimento de ionômero de vidro; Cimento de ionômero de vidro por resina modificada; Resina de baixa viscosidade; MTA modificado; Comento de oxido de zinco e eugenol. Forramento: Cimento de hidróxido de cálcio; MTA; MTA modificado. Selamento Vernizes cavitários; Sistemas adesivos. Materiais a base de hidróxido de cálcio Pó: solução, suspensão e pasta. Cimento: duas pastas quimicamente ativado ou única pasta fotoativada. Mecanismos de ação Bioindutor: estimulo nas células, para a produção de dentina reparadora; Dentina menor que 0,5mm produz uma cauterização química superficial em razão do seu alto pH (11-12); Estimula células mesenquimais indiferenciais em odontoblastos que secretam uma ponte de dentina; Quanto + básico: diminui a acides, cauterizando e formando a dentina terciaria; Propriedades Estimula a formação de dentina esclerosada e reparadora; Possui pH alcalino; Protege a polpa contra estímulos térmicos e elétricos; Tem ação antimicrobiana (por ter pH alcalino); Isolante térmico; Isolante químico – hidroxila (OH) neutraliza íons H ; Consegue ter ligação com a polpa. Usado em cavidades profundas (próximas a polpa). Desvantagens Alta solubilidade no meio bucal (dissolve); Não apresenta adesividade as paredes cavitarias (não tem adesão); Baixa resistência mecânica (alto desgaste); Estética ruim. Solução de hidróxido de cálcio Estimula a formação de dentina esclerosada; Neutraliza a acidez cavitaria; Proteção da polpa; Tem agentes bacteriostáticos e homeostáticos; 1g de pó para 10mls de água destilada; Faz a limpeza da cavidade. Pó de hidróxido de cálcio Para microexposição pulpar; Indicado para capeamento pulpar direto; Quando entra em contato com a polpa o Ca(OH)₂ se dissocia em íons Ca e OH¯; O alto pH causa cauterização química superficial do tecido pulpar. Cimento de hidróxido de cálcio Usado para proteção pulpar indireta; Capeamento pulpar; Forramento protetor sob matérias restauradores; Cimento provisório; Deve ser aplicado na região mais profunda da cavidade. Passo a passo de como usar Volumes iguais de base e catalizador; Com o auxílio de uma espátula misturar as duas pastas até obter uma cor uniforme; Para obter o tempo máximo de trabalho, complete a mistura das bases em 10 segundos; Aplique o material no interior da cavidade. A qual deverá estar seca, permitindo a inserção eficiente antes que a presa tenha início; Sob condições ambientais normais (22°C e umidade relativa de 50%), o material tomará presa entre 2 a 3 minutos sobre o bloco de mistura. Na boca o tempo será mais curto devido a umidade e temperatura; Remover o excesso de material das áreas de retenção ou margens com o auxilio de curetas afiadas ou brocas. MTA – agregado de trióxido mineral A composição em meio aquoso estimula a formação de uma barreira mineralizada; Usada para tratamentos de canal; Tem maior resistência mecânica, quando comparada aos materiais a base de hidróxido de cálcio; Biocompatível; Tem o pH alcalino de 12,5; Se solidifica após 3-4hrs em contato com a água (precisa da umidade para funcionar); Tem ótimo potencial para selar a cavidade; Tem baixa solubilidade no meio bucal. Indicações do uso do MTA Onde tem contato com polpa; Proteção pulpardireta – microexposição; Faz recobrimento pulpar; Perfurações radiculares; Cirurgias paraendodônticas; Capeamento de polpa expoxta. Cimento de ionômero de vidro Pó; Liquido; Usado para base; Indicações de uso Endodontia; Ortodontia – bandas ortodônticas; Cirurgia; Prótese; Pediatria – liberação de flúor; Dentística; Composição – CIV convencional Basicamente composto de: Pó de vidro; Líquido – ácido poliacrilico. Ácido tartárico – reduz o tempo de presa; Óxido de silicato e alumínio – aumenta a resistência mecânica. Reação de presa Ionômero convencional tem reação exotérmica – aproximadamente 5°C; Reação (incorporação do liquido e do pó) Ácido – Base = Formação de um sal (subproduto – sal) Adesão Ocorre nos primeiros minutos; Presença de líquido suficiente para adesão – mistura plástica e brilhante; 80% da adesão química ocorre em 1 min e 20 segundos; Tem ação quelante – pelo cálcio do dente, se sderindo. Características positivas Liberação de flúor – é + eletronegativo, ajudando o dente a ter + eletroligações; Previne a cárie dentária; Tem potencial antibacteriano – diminui ou modifica a flora com o civ; Dura por um tempo prolongado – alto percentual é liberado (quando recarregado libera constantemente); Coeficiente de expansão térmica- dilata e contrai na mesma proporção da dentina; Resiste a: Mudanças térmicas; Alterações dimensionais Discrepâncias na interface dente – restauração; Fluidos orais; Irritação pulpar; Recidiva de cárie. Biocompatibilidade;Liberação de flúor A maior liberação de flúor é nas primeiras 48 horas, reduzindo lentamente com o passar do tempo; Potencial de recarga com dissociadores; Uso de adesivos, vernizes, selantes vedam a passagem de flúor; Recarrega, pois possui troca de íons – liberando o flúor; O CIV metálico não libera flúor. Biocompatibilidade Aplicada a uma distância mínima de 0,5mm do complexo dentino pulpar; Se aplicados diretamente na polpa como capeamento direto - geram inflamação crônica e persistente; Medicamento calmente – indiretamente usado. características do CIV é a capacidade de impedir penetração bacteriana, pois possui a liberação de flúor e tem boa aderência ao dente; Radiopacidade – aparece em rx. Características negativas Baixa resistência à abrasão: Fricção (escovação, mastigação); Baixa resistência à compressão; Flexão reduzida; Microdureza; Módulo de elasticidade. Estética deficiente: É poroso e gelatinoso; Falta de translucidez; Rugosidade superficial; Porosidade interna – bolhas de ar; Sem variedades de cores; Excessiva opacidade. Sinérese e embebição: Mudanças de acordo com o ambiente; Perde água para o ambiente; Ganha água do ambiente; Na hora de inserção a cavidade deve estar seca. Propriedades mecânicas Melhora com o tempo – pela reação de presa continuada (24 a 48hrs); Cimento de ionômero de vidro modificado por resina – com propriedades melhoradas quanto ao cimento de ionômero de vidro convencional. Manipulação Material com redução de radicais carboxílicos livres Coloca-se a quantidade de pó recomendado para cada caso sobre a placa de vidro ou bloco de papel; Divide-se o pó em duas metades; Goteje o líquido com o frasco na posição perpendicular; Aglutina-se a primeira metade do pó ao líquido e manipula-se por 15 segundos; Adiciona-se o pó restante a massa e manipula-se por mais15 segundos obtendo-se uma massa cremosa, vítrea e úmida; A modificação na proporção pó - líquido altera profundamente as propriedades do cimento. Falta de líquido Pouca adesividade Excesso de líquido Porosidade, aumento de solubilidade, diminuição da resistência à fratura e ao desgaste. Proporção pó – líquido: Depende da marca comercial; 1 – 1 ou 2 – 1. Agitar o frasco para que as partículas se misturem. Proteção pulpar direta Proteção pulpar indireta Natureza do material Civs convencionais Civs metálicos Civs resinosos Soluções protetoras Agentes para selamento superficial do ionômero de vidro: adesivo – base de unha – vaselina sólida. Civ´s convencionais Curto tempo de trabalho; Sensibilidade a variações de umidade – sínese e embebição; Longo tempo de presa – 6 a 8 minutos (80% da reação de presa em 24hrs); Baixa resistência mecânica – mastigação e escovação; Impossibilidade de utilizar como material estético; Reação de presa ácido – base sal hidratado. Civ´s metálicos Inclusão metálica ocasionou diminuição da liberação de flúor em razão da redução das partículas de vidro; Intenção de apresentar maior resistência mecânica, sendo usada em regiões de amplo estresse mastigatório. Civ´s de alta viscosidade Adicionado ácido poliacrilico ao pó; Quando + viscoso + duro = tem + resistência. Civ´s resinosos Inclusão de componentes resinosos; Pode apresentar 2 ou 3 presas ácido – base (reação química) / fotoativação (reação física) / química; Partículas de resina composta misturada com ionômero de vidro – alterou a manipulação – precisa de fotopolimerização. Vantagens: Características de presa melhorada; Obtenção de alta resistência inicia – no momento que fotopolimerizada já endurece; Menor ganho ou perda pela matriz; Maior resistência local; Melhor estética inicial. Desvantagens: Contração de polimerização; Mudança de cor após um ano. Indicação por Wilson e Mclean Tipo I Materiais indicado para cimentação de quaisquer artefatos ortodônticos ou protéticos. Tipo II Indicado para restauração; Há uma subdivisão de acordo com à indicação: II-A: para baixos esforços mastigatórios; II-B: para esforços mastigatórios mais intensos. Tipo III Para selamento de cicatrículas e fissuras: Base; Forramento. Classificação por indicação R: CIV indicado para restauração; F: CIV indicado para forramento; C: CIV indicado para cimentação. CIV´s R • Maior granulometria das partículas; • Maior resistência mecânica; • Partículas de vidro maiores. CIV´s F e C • Menor granulometria e maior quantidade de liquido; • Película fina para molhar a superfície de fundo de cavidade ou materiais de cimento; • Maior escoamento. Cimento de óxido de zinco e eugenol Indicado Cirurgias e periodontia – cimento cirúrgico; Endodontia – material obturador; Prótese – agente cimentante provisória; Dentística – base para restaurações de amálgama e restaurações provisórias. TIPO I: cimentação provisória – prótese; TIPO II: cimentação definitiva – prótese; TIPO III: restaurações provisórias (alguns dias ou semanas) – forramento/ base para amálgama (não usado com resina, pois libera eugenol que vai interagir com a resina e impedir a presa); TIPO IV: restaurações provisórias – 1 ano (endo). Propriedades do OZE Baixo custo; Resistência mecânica moderada; Fácil manipulação; Adaptação marginal satisfatória (por curto período de tempo); Isolante térmico e elétrico; Biocompatível (mantém a vitalidade da polpa); Efeito anti-inflamatório – eugenol; Ação sedativa sobre a polpa; Ação antibactericida (devido ao seu pH neutro). Eugenol Efeito anti-inflamatório (em doses adequadas e em profundidades adequadas) Vai inibir a síntese de prostaglandina que é liberada pelos leucócitos (diminui as bactérias); Selamento da cavidade Libera eugenol; Efeito sedativo Inibe a atividade sensorial das células nervosas locais; Possui excelente efeitos terapêuticos; Pode causar necrose pulpar em altas concentrações; É liberado em contato com a umidade; 50% é liberado nos primeiro 10 dias o restante em até 10 semanas (não tem mais função porquê acabou o eugenol); Desvantagens Não pode ser usado diretamente em cavidade muito profunda – 1mm de distância da polpa; Quanto maior a difusão do eugenol para os tecidos pulpares, maior é a chance de causar efeito deletérios a polpa; Não é adesivo; Tem baixa resistência mecânica e abrasiva (+baixa que o CIV); A superfície não possibilita polimento; Não pode ser usado como base para restaurações de resina composta – libera eugenol que inibe a polimerização; É incompatível com materiais a base de metacrilato, pois o eugenol consome radicais livres, inibindo a reação de materiais de polimerização; So pode ser usado com amálgama; Recomendações Cavidade retentiva – o IRM não é adesivo; Realizar a proteção da polpa com hidróxido de cálcio antes (se não fizer proteção o material vai ser tóxico); Se for usado como base, deverá ter entre 0,75/1mm de espessura e regularizar a cavidade. Manipulação Po – liquido; 1 – 1; Manipular o vidro para misturar as partículas menores com as maiores; Adicionar uma porção de pó e dividir em 3 (25% - 25% - 50%) para uma gota de líquido; 1º adicionar a mior porção e espatular por 10 segundos; Tempo de espatulação máxima é de 1 minuto - até ter uma consistência com pouco brilho e úmido na superfície; Manipulação rápida, pois o eugenol evapora muito rápido; Tempo de trabalho total de 2 a 3 minutos. Tempo de presa inicial: aproximadamente 5 min (fica com aspecto poroso). Fatores que interferem nos tempos Proporção pó – líquido Quanto + líquido – maior será o tempo de trabalho – e maior será o tempo de presa; Quanto + pó – menor será o tempo de trabalho (1 gota de líqudio). Alterando a proporção, também altera a propriedade do material. Temperatura: esfriacr a placa de vidro aumenta o tempo de trabalho – civ e eugenol. Sistemas adesivos O que é adesão? Força que mantém juntas duas superfícies diferentes, desde que suas moléculas estejam em intimo contato; Criação de uma interface que suporta as reações adversas da cavidade bucal. A falta de adesão de materiais restauradores pode gerar Infiltração marginal; Fraturas marginais – margem desadaptada; Reincidência de cárie; Sensibilidade pós operatória; Reações pulpares; Retenções macromecânicas. Umidecimento/molhamento Capacidade do adesivo recobrir totalmente o substrato (dente) sem incorporar bolhas de ar entre eles; Condições de uma superfície sólida interagir com líquidos; Capacidade de ser impregnado. Viscosidade do líquido Capacidade do adesivo de se espalhar de modo ráripo e fácil sobre o substrato; Não pode ser um material muito viscoso ou pegajoso. Rugosidade superficial Quanto maior a rugosidade, maior é a adesão – pelo aumento da área de superfície; Naturalmente a estrutura dentária é lisa, precisando condicionar o dente para que fique + poroso e tenha melhor aderência; Esmalte 97% - Matriz inorgânica (hidroxiapatita); 2% - Água; 1% - Matriz orgânica; Mais rugosa e porosa – histologicamente. Dentina 70% - Matriz inorgânica; 10% - Água; 20% - Matriz orgânica (é mais sensível). Dentina superficial: é perto da junção amelo- dentária e tem menos matriz orgânica; Dentina profunda: tem mais matriz orgânica. Smear layer Lama dentinária É tudo que tem de sujeira, fica nos túbulos dentinários; Fica sobre o esmalte e dentina. Microfragmentos/microdentritos deixados sobre a dentina durante o preparo cavitário; Remanescentes de substrato, sangue, salivra, microrganismos, fragmentos do abrasivo e óleo de lubrificação; Podem interferir na adaptação de materiais restauradores ou de cimentação; Vantagens Redução da permeabilidade a fluidos bucais e produtos tóxicos, com toxinas bacterianas e ácidos presentes em certos materiais. Desvantagens Interfere na adesão dos materiais; Possível inflamação pulpar pela presença de microrganismos; Impede a penetração dos materiais, para o sistema adesivo penetrar é preciso remove-lo. Smear plug Tudo que penetra Penetra dentro dos túbulos dentinários; As partículas pequenas, obstruem e selam parcialmente os túbulos, siminuindo a permeabilidade dentinária. Condicionamento da superfície Usado ácido fosfórico 37% - para remover o smear layer; Ácido clorídrico 10% - é mais agressivo; Esmalte Condicionamento com ácido remove aproximadamente 10µm (micrômetros) da superfície de esmalte; O ácido vai criar poros de 5 a 50µm (micrômetros) de profundidade (fica + poroso); Quando o adesivo é aplicado, flui nos microporos – criando retenção micromecânica com o esmalte; O condicionamento aumenta o molhamento e a área de superfície do esmalte; Não condicionada Condicionada Morfologia de um esmalte superficial após o condicionamento com ácido fosfórico 37% por 30 segundos. Fatores que interferem no condicionamento ácido O tipo de ácido usado e onde será usado; A concentração do ácido – 37% ou 10%; Geralmente usado 37%; Tempo de aplicação – se aplicado por mais tempo que o necessário, causará sensibilidade; Apresentação do ácido; Tempo de lavagem; Composição química e condições do esmalte; Dente decíduo ou permanente; Esmalte fluoretado/manchado/desmineralizado. Dentina Aplicação delicada; Dificuldade de controle de umidade; Adesão deficiente sem adequado controle; Depois de condicionada a dentina tem que possuir em brilho, mas não pode estar úmida de mais; Primer Aplicado na dentina; Caráter hidrofílico (tem afinidade com água); Monômeros funcionais (HEMA, GDMA); Solventes (água, álcool ou acetona); Aumenta a energia de superfície (permeia +); Interage com a parte úmida da dentina e retira o excesso de umidade; Prepara a superfície para a infiltração do monômero hidrófobo (adesivo); Há uma carga de monômero, que quando aplicados precisa permear entre a dentina o solvente é quem leva (serve somente para isso). Adesivo Usado em esmalte ou em cima do primer; Tem caráter hidrófobo (não tem afinidade com água); Tem monômeros mais viscosos de ligação cruzada (bis-GMA, UDMA, PEGDMA, TEGDMA); Não tem solventes; Uma textura de “álcool em gel”; Serve para penetrar na estrutura dentária (ao redor das fibrilas colágenas), mantendo a estabilidade e gerando adesão dos materiais restauradores. Camada híbrida Estrutura formada nos tecidos duros dentais (esmalte – dentina – cemento) pela desmineralização da superfície e subsuperfície; Infiltração de monômeros e polimerização. Primer + adesivo = Camada híbrida Camada híbrida: condiciona e isola; Gera um imbricamento micrommecânico (entrelaçamento do adesivoo com colágeno); Principais classificações 1- Evolução cronológica ou geração: • Não usa clinicamente; • 1ª a 8ª geração; • Precisa de atualizações permanentes. Adesivos de primeira geração Não é mais usada; Baseado em cianoacrilatos, poliuretanos, moléculas de áciddo glicerofosfórico dimetacrilato; Dimetracrilato – principio de craquelar o cálcio do dente; Adesão por quelação com cálcio – com muita pouca força de 2/3MPa (mega pascal); Adesivos de segunda geração Final da década de 70; Não é usado mais; Manutenção na capacidade de se ligarem ao cálcio da estrutura dentária; Formulados para aderir diretamente ao smear layer (sujeira – não adere); Adesivos de terceira geração Não é mais usado; Condicionamento ácido da dentina, com objetivo de modificar ou remover parcialmente o smear layer; Primer – agente promotor da adesão a dentina; Adesivo – uma resina sem carga; Adesivos de quarta geração Começaram a condicionar totalmente a dentina e o esmalte; Mudança na linha de pensamento: • Técnica do condicionamento ácido total ou autocondicionanete (total – etch); • Remoção do smear layer; • Técnica em 3 passos; • Resistência de união de 20MPa (mega pascal); • Formação da camada híbrida. 1- Condicionamento com ácido fosfórico (30 a 40%). 2- Aplicação do primer (hidrofílico) – monômeros hidrófilos (hema). 3- Aplicação de adesivo (hidrofóbico) – monômeros + viscosos (bis – GMA+UDMA+TEGDMA). Adesivos de quinta geração Teve como objetivo simplifica/reduzir o número de passos clínicos, o tempo de trabalho e minimizar a introdução de erros técnicos; Dois passos: • 1º passo – agente condicionante; • 2º passo – primer/adesivo – simultaneamente; Se misturar, absorve os 2 ao mesmo tempo – não condiciona muito bem – não forma a cama híbrida; Ideal aplicar 1 de cada vez. Adesivos de sexta geração Primer – autocondicionante; Primer acídico; Adesivo; Modifica a smear layer; Tem a ideia de não usar mais o ácido fosfórico 37%; O primer é + ácido: Não tira a smear laer; Não deixa sensível. Adesivo de sétima geração Autocondicionante; Não precisa de nenhum tipo de mistura – all – in – one; Primer ácido + bond; Tem resistência de união baixa. Adesivos de oitava geração Adesivo universal; Pode ser usado: Com condicionamento ácido prévio; Autocondicionante. Causa sensibilidade operatória; Precisa de + cuidado em seu uso. 2- Forma de tratamento da smear layer: • Condicionamento total/convencional; • Autocondicionamento. Remoção da smear layer Condicionamento ácido total; Frasco único – 2 passos; Frascos separados – 3 passos. Modificação da smear layer Autocondicionante; Primer ácido + adesivo – 2 passos; Todos em um – 1 passo. Condicionamento ácido total Aplicação de ácido fosfórico 37%: Esmalte – 30 segundos; Dentina – 15 segundos; Lavagem (ver a recomendação do fabricante) – deve ser feito pelo mesmo tempo do condicionamento ou o dobro (30 – 60 segundos) ; Seguindo o controle da umidade relativa; Aplicação em sistema adesivo – primer + adesivo = frascos separados ou primer/adesivo = no mesmo frasco; Após o condicionamento – a superfície do dente fica opaca e sem brilho, por conta da desmineralização e remoção da umidade; Aplicação do primer ou primer/adesivo deve ser esfregando na superfície (fricção) para infiltrar monômeros resinosos em fibrilas colágenas; Evaporar o solvente e água residual para que as propriedades mecânicas sejam alcançadas (jato de ar com a distancia de 20 a 30 cm – para não ter deslocamento); Sistema adesivo com água – demora +; Sistema adesivo com álcool – não demora tanto; Sistema adesivo com acetona – é + rápido. Autocondicionante Modifica o smear layer; Mantem a camada híbrida; Não usa ácido fosfórico 37%; O ácido é incorporado ao prime = primer acídico; Reduz a sensibilidade operatória; Aplicação ativa do primer em dentina – 20 segundos; Volatização do solvente com jato de ar – distante 20 a 30 cm. 3- Número de passos clínicos: • Sistemas total ecth (condicionantes) de 2 e 3 passos; • Sistemas self-etch (autocondicionante) 1 e 2 passos. Subclassificações Sistema adesivo: Condicionamento ácido total: • 2 passos; • 3 passos. Auto – condicionante: • 1 passo; • 2 passos. 3 passos condicionamento total Ácido fosfórico: Esmalte – 30 segundos; Dentina – 15 segundos; Lavar – pelo mesmo tempo ou o dobro de tempo. Primer: 2 camadas; Jato de ar suave (o tempo depende da marca). Adesivo: 1 camada; Fotopolimeriza – 20 segundos. 2 passos Condicionamento total Ácido fosfórico: Esmalte – 30 segundo; Dentina – 15 segundos; Lavar – pelo mesmo tempo ou pelo dobro do tempo. Primer + adesivo: 2 camadas; Jato de ar suave; Fotopolimeriza – 20 segundos. 2 passos autocondicionante Não precisa de ácido prévio; Primer: Aplicação ativa; Secagem para evaporação dos solventes. Adesivo. 1 passo Autocondicionante condiciona muito bem na dentina Não tem um bom condicionamento no esmalte; Frasco único: Monômeros acídicos + solventes + monômeros hidrofílicos + monômeros hidrofóbicos; Quando precisa que tenha uma maior aderência se faz o condicionamento com ácido fosfórico 37% somente nas bordas de preparo. Sistemas adesivos autocondicionantes Condicionamento seletivo do esmalte (opcional): Primers acídicos não são táo efetivos em esmalte – quando comparado ao ácido fosfórico; Pode ocorrer uma adesão inadequada no esmalte, gerando infiltração marginal da restauração; Uma maneira de minimizar esse inconveniente – condicionando previamente com ácido fosfórico 37% = melhor adesão. Primer e adesivos no mesmo frasco ou separados. Qual a efetividade? Monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos aplicados separadamente melhoram a adesão e reduzem a sensibilidade pós-operatória. Resinas compostas Material restaurador a base de uma matriz orgânica e inorgânica capaz de reproduzir as características dos dentes naturais; Restabelece requisitos funcionais, biológicos e estéticos; Resina composta X amálgama Resina Estética – biomimética; Propriedades mecânicas similares; Adesão a estrutura dentária; Não contem mercúrio; Resina + dente = expansão e contração conjunta; Se bem feita pode durar 15 a 18 anos. Amálgama Deficiência estética; Expansão linear térmica excessiva; Retenção – desgaste compensatório; Risco biológico de contaminação. Evolução das resinas 1940 – Resinas acrílicas quimicamente ativadas: • Monômeros – metacrilato; • Polímeros – polimetilmetacrilato (muda o tamanho); • Baixa estabilidade de cor; • Monômeros residuais – que não se convertem em polímeros. 1950 – Resinas epóxis (durepox): • Baixa concentração de polimerização; • Baixa solubilidade; • Alta resistência – única vantagem; • Longo período de polimerização; • Reação de presa demora de 1 a 2 hrs; • Não pode ter contato com a saliva. Bis – GMA (bisfenol glicidil metacrilato – final dos anos 50 inicio dos 60: • Alto peso molecular; • Menor contração de polimerização; • Rápida reação de presa. Composição da resina composta Matriz orgânica Tudo que for líquido; Monômeros; “formar uma massa plástica”; Fluído; Toda resina composta possui uma composição diferente; O que faz a resina ficar +/- escupível é o monômero; Depende da quantidade de monômero de alto peso e baixo peso molecular. Bis-GMA (bisfenol glicidil metacrilato) UDMA (uretano dimetacrilato) Alto peso molecular Alta viscosidade Baixa flexibilidade TEGDMA (trietileno-glicol dimetacrilato) EGDMA (etilenoglicol dimetacrilato) Baixo peso molecular Diluentes Incorporados com a finalidade de diminuir a viscosidade Evita polimerização espontânea dos monômeros; Sempre que possível armazenar a resina em refrigerador, pois as temperaturas baixas diminuem a formação de polímeros; Faz com que os monômeros só ativem os polímeros por fotoativação; Se o material estiver duro antes de usar, dificulta na aderência. Modificador de cor: Mimetiza as estruturas de esmalte e dentina; Esmalte translucido – menor quantidade de óxidos; Dentina opaca – maior quantidade de óxidos; Mimetização = mascaramento. Sistema iniciador/ativador: Os radicais livres podem ser produzidos por estímulos químicos ou físicos – calor ou luz sensível; Resinas fotoativadas: dicetona, conforoquinona (principal usada) e amina alifática; Luz sensival com comprimento de onda variando entre 400 e 500 nanômetros; Partícula que fica livre – espera a luz para pegar presa. O estágio excitatório máximo da canforoquinona é atingido sob o comprimento de onda de 468 nanômetros; Se o comprimentoda onda não for o exato numero de onda, faz com que a resina fique + fácil a fraturas e pode não aderir; Cor dos foto iniciadores: O + difícil de atingir é o branco. Matriz inorgânica O que da dureza; Partículas de carga; Aumenta as propriedades mecânicas; Reduz a quantidade de matriz orgânica – reproduzindo contração de polimerização, coeficiente de expansão térmico linear e absorção de água; Tipos de partículas de carga Quartzo Alta resistência mecânica; Boa durabilidade; Baixa radiopacidade; Alto cetil; Mal polimento; Tem + pigmentação. Sílica coloidal Baixa resistência mecânica; Baixa radiopacidade; Bom polimento. Partículas de vidro Boa resistência mecânica; Boa radiopacidade; Bário e estrôncio. Analisar se vai ser restauração estética ou se é um dente com prioridades funcionais. Agentes de união Aumentar as propriedades mecânicas; Reduz a sorção de água; Coeficiente de expansão térmica linear; Moléculas bifuncionais e anfóteras – capacidade de estabelecer ligações químicas com os compostos diferentes; Ligações entre matriz orgânica e inorgânica. Classificação das resinas compostas pelo tamanho das partículas orgânicas Macroparticulada Partículas de quartzo – 60 a 65% em volume (matriz inorgânica); Alta rugosidade; Difícil molhamento das partículas vítreas pelos monômeros; Estão em desuso – não tem escupiabilidade – baixa adesão; Praticamente não são comercializadas e seu uso deve ser evitado, pois não apresenta bons resultados clínicos. Microparticulada Partículas de sílica coloidal – 30 a 40% de volume (inorgânico); Maior lisura superficial; Excelente polimento; Alta quantidade de matriz orgânica pra gerar molhamento; Baixa resistência mecânica; Tem + matriz orgânica; Usada para dentes anteriores; Devem ser usadas em regiões em que a estética é primordial; Excelente lisura e brilho superficial; Não deve ser usada em regiões de grandes esforços mastigatórios – baixa propriedade mecânica. Híbridas Mistura das partículas: vidro de bário, estrôncio e lítio + sílica coloidal; 59 a 70% em volume; Alta resistência mecânica; Lisura superficial adequada; Uso universal – apresenta excelente propriedade mecânica e lisura superficial, podendo ser empregadas e, dentes posteriores e anteriores. Microhíbridas Mistura de partículas inferiores – 57 a 71% de carga; Universais – dentes anteriores e posteriores; Lisura superficial; Adequada resistência mecânica. Uso universal – apresenta excelente propriedade mecânica e lisura superficial, podendo ser empregadas e, dentes posteriores e anteriores. Nanoparticuladas Partículas de pequeno diâmetro, formando um nanoaglomerado; 10 vezes inferior ao tamanho das partículas das resinas microparticuladas; Excelente brilho e polimento; Altas propriedades mecânicas; Dentes anteriores – é + cara. Uso universal – apresenta excelente propriedade mecânica e lisura superficial, podendo ser empregadas e, dentes posteriores e anteriores. Classificação quanto a viscosidade Resinas compostas de alta viscosidade (compactáveis ou condensáveis); Resinas de viscosidade regular (Mais usadas); Resinas de baixa viscosidade ou flow. Alta viscosidade Restauração de dentes posteriores; Alusão como AAA é inserido na cavidade; Menos pegajoso e adesivo; Resina condensável. Viscosidade regular Uso universal: Dentes anteriores; Facetas estéticas; Restaurações de dentes posteriores; Varia de pegajosa a dura; Estética e resistência mecânica adequada; +escupivel. Baixa viscosidade/flow Selamento de fissuras; Cavidades conservativas; Base de restaurações de resina; Selantes – usados em crianças (não tem boa higiene); Escoam com facilidade-: Preenchendo toda a cavidade; Tem - partículas inorgânicas: Difícil para esculpir; Condutora de calor. Classificação quanto á técnica de inserção na cavidade Resinas de inserção incremental; Resinas para inserção em único incremento (bulk fill); Resina de inserção incremental Incremento causa – bolhas; Requerer mais tempo clínico; Aumenta a incorporação de bolhas de ar; Dificuldade de polimerização emregiões profundas; A cada incremento – polimerizar. Resina de incremento único (bulk fill) Incrementos com espessuras de 4 a 5 mm de uma única vez; Menor resistência mecânica; Maior escoamento em áreas de difícil acesso; Subdivididas em fluidas de viscosidade: baixa – media – alta. Contração de polimerização Conversão de monômeros em polímeros com fotoativação = contração; Os monômeros não foram convertidos em polímeros – monômeros residuais; A contração nunca será anulada, mas pode ser controlada: colocando incrementos pequenos e fotopolimerizando no tempo correto; Consequências Descoloração marginal; Micro infiltração; Lesão de carie secundária; Microfraturas de esmalte; Sensibilidade pós-operatória Desadaptação; Contração volumétrica das resinas compostas pode variar de 2 a 4,5%. Sorção de água e solubilidade em meio aquoso Se não feita adequadamente a técnica – há penetração de água = enfraquece. Toda resina composta precisa ter radiopacidade. Subclassificação Matiz Nome da cor. Croma Saturação da cor; Azul escuro ou claro. Valor Luminosidade da cor; Brilho da cor; Intensidade da cor.
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