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29/02/2016 1 Características e usos da água Formas de tratamento e controle de sua qualidade Dr.a Patrícia Cavani Martins de Mello Disciplina: Química Aplicada Curso: Engenharia Civil– 4/5 ºsemestre Assis 2016 Distribuição de Água no Planeta Ciclo hidrológico Águas Subterrâneas • Maior parte da água doce disponível na Terra encontra-se no subsolo, sendo que metade dessa água está armazenada em profundidades que excedem 1 km; • O Aquífero Guarani foi considerado como a maior reserva subterrânea de água doce do mundo até 2010. A maior reserva atualmente é o Aquífero Alter do Chão; • Definição de aquífero: formação ou grupo de formações geológicas que podem armazenar água subterrânea. São rochas porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la. Aquífero Aquífero Alter do Chão • Localizado sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas; • Dados iniciais: 437,5 mil km² com espessura de 545 m. • Poderia ser suficiente para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial; • Reserva de aproximadamente 85 mil km³ de água contra apenas 45 mil km³ do aquífero Guaraní. 29/02/2016 2 • DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA Disponibilidade: água superficial, água subterrânea, gelo, vapor. Recurso natural renovável; - Grau de degradação do corpo d’água; - Grau de degradação da área de recarga. Escassez de Água no Planeta Distribuição do consumo no Mundo: Fonte: World Development Indicators (Relatório do Banco Mundial, de 2003). Distribuição do consumo no Brasil: Fonte: Agência Nacional de Águas, 2006. 29/02/2016 3 Usos consuntivos e não consuntivos: respectivamente, são aqueles que consomem e que não consomem água. Abastecimento humano; Abastecimento industrial; Irrigação; Geração de energia elétrica; Navegação; Assimilação e transporte de poluentes; Preservação da flora e fauna; Aqüicultura Recreação; Usos da água e requisitos de qualidade Alteração da qualidade das águas Poluição da água: alteração das suas características por quaisquer ações ou interferências, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem, produzindo impactos estéticos, fisiológicos e ecológicos. Principais poluentes aquáticos: • Poluentes orgânicos biodegradáveis: via aeróbia e via anaeróbia; • Poluentes recalcitrantes ou refratários: não biodegradáveis ou de degradação muito lenta; • Metais; • Nutrientes; • Organismos patogênicos; • Sólidos em suspensão; • Calor; • Radioatividade. Alteração da qualidade das águas Fontes pontuais e difusas Mecanismo bioquímico de controle da qualidade da água: a autodepuração Fonte: Braga, 2005. 29/02/2016 4 Parâmetros de avaliação da qualidade da água Parâmetros físicos de qualidade da água: • Cor; • Odor; • Turbidez; • Radioatividade; • Temperatura. Parâmetros biológicos de qualidade da água: • Algas (teor de clorofila) ; • Microrganismos patogenicos (vírus, bactérias, protozoários, etc) Parâmetros químicos de qualidade da água: • Oxigênio dissolvido, DBO, DQO; • Condutividade elétrica e S.T.D.; • Dureza (teor de Ca e Mg); • Alcalinidade; • Nitrogênio (série) • Fósforo; • Cloretos; • Detergentes; • Agrotóxicos • Presença de outros compostos tóxicos (agroquímicos, alteradores endódrinos, etc) Tratamento de água Finalidade: • higiênicas; • estéticas; • econômicas; Principais processos: • sedimentação ou decantação; • coagulação / floculação; • filtração; • desinfecção; • remoção da dureza; • aeração; • remoção de Fe e Mg; • remoção de odor e sabor; • controle da corrosão; • fluoretação. Mananciais Captação Sistema Produtor/ETAs Reservatórios de Distribuição Rede de Distribuição 29/02/2016 5 Etapas do tratamento de água para consumo humano • Pré cloração: o cloro é adicionado assim que a água chega à estação. Isso facilita a retirada de matéria orgânica e metais. • Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento. *Fator pH –O índice pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles (neutra). Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é ácido e um pH acima de 7 é básico ou alcalino. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5. Etapas do tratamento de água para consumo humano • Coagulação – Nesta fase, é adicionado sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água. Assim, as partículas de sujeira ficam eletricamente desestabilizadas e mais fáceis de agregar. Etapas do tratamento de água para consumo humano • Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas. • Decantação – Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados na etapa anterior. • Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques formados por pedras, areia e carvão antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação. Etapas do tratamento de água para consumo humano • Pós-alcalinização – Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para evitar a corrosão ou incrustação das tubulações. • Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor. • Fluoretação – O flúor também é adicionado à agua. A substância ajuda a prevenir cáries. Tratamento de águas industriais • Recebem a denominação de águas industriais aquelas utilizadas em plantas industriais para: – Geração de vapor/energia – Refrigeração/resfriamento – Lavagens e outros usos diversos Impurezas encontradas na água • Geralmente, nas águas superficiais e subterrâneas que são usadas nos processos industriais, encontramos as seguintes substâncias dissolvidas: – Dureza, representada basicamente pelos íons cálcio e magnésio (Ca2+ e Mg2+), principalmente os sulfatos (SO4 2-), carbonatos (CO3 2-) e bicarbonatos (HCO3 -). – Sílica solúvel (SiO2) e silicatos (SiO3 2-) associados a vários cátions. – Óxidos metálicos (principalmente de ferro), originados de processos corrosivos. • Material orgânico , como óleos, graxas, açúcares, etc. • Gases, como oxigênio, gás carbônico, amônia, óxidos de nitrogênio e enxofre. • Materiais em suspensão, como areia, argila, lodo, etc. 29/02/2016 6 Tratamentos para geração de vapor • Remoção de contaminantes de origem orgânica: tratamentos preliminares (ETA’s), clarificação e filtração; • Remoção de contaminantes de origem inorgânica (sais de Ca2+, Mg2+, sílica e silicatos): – Abrandamento – Desmineralização – Osmose reversa – Destilação – ALTO CUSTO OPERACIONAL E PERDAS DE ÁGUA Tratamentos para geração de vapor Funcionamento de uma resina aniônica. Processo de abrandamento por troca iônica (ciclo hidrogênio). Osmose reversa •Emprego de membranas desenvolvidas para esse fim •Usadas em processos de dessalinização Funcionamento de um sistema de tratamento de água por osmose reversa. Tratamentos para geração de vapor Tratamentos para geração de vapor • Remoção de oxigênio – Evitar corrosão das tubulação pela presença/excesso de O2; – Remoção • Mecânica: uso de desaeradores • Química:uso de sequestrantes de O2 Tratamentos para água de refrigeração • Remoção de contaminantes de origem orgânica: floculação ; • Remoção de contaminantes de origem inorgânica: dispersão (emprego de surfactantes); • Inibição à corrosão; • Controle de desenvolvimento microbiológico: uso de biocidas (cloro, peróxidos, ozônio, etc); Reúso da água Escassez de água: atendimento de demanda de regiões não-riparianas; atendimento a demanda de regiões com precipitação média baixa e rios perenes; atendimento a demanda de regiões com inchaço populacional. A qualidade da água utilizada e o objeto específico do reúso estabelecerão os níveis de tratamento recomendados, os critérios de segurança a serem adotados e os custos de capital e de operação e manutenção. 29/02/2016 7 Fonte: Introdução à engenharia ambiental. O Meio Aquático. cap. 8. Pag 112. Tratamento de esgotos Processos e grau de tratamento dos esgotos Processos de tratamento em função dos meios empregados Remoção ou transformação das características dos esgotos Remoção de sólidos grosseiros em suspensão Crivos Grades Desintegradores Remoção de sólidos grosseiros sedimentáveis Caixa de areia Desintegradores Remoção de óleos, graxas e substâncias análogas Tanques de retenção de gorduras Tanques de flotação Decantadores com removedores de escuma Remoção de material miúdo em suspensão Tanques de flotação Tanques de precipitação química Filtros de areia Remoção de substâncias orgânicas dissolvidas, semidissolvidas e finamente divididas Irrigação de grandes superfícies Campo de nitrificação com finalidade agrícola Campo de nitrificação sem finalidade agrícola Filtros biológicos Lagoas de estabilização Tanques de lodos ativados Tanques sépticos Valos de oxidação ou sistemas de oxidação total Remoção de odores e controle de doenças transmissíveis Cloração Reagentes químicos Instalações biológicas Fonte: Introdução à engenharia ambiental. O Meio Aquático. cap. 8. Pag 122. Processos e grau de tratamento dos esgotos Processos de tratamento em função da eficiência das unidades Tratamento preliminar Remoção de sólidos grosseiros Remoção de gorduras Remoção de areia Tratamento primário Decantação Flotação Digestão do lodo Secagem do lodo Sistemas compactos (digestão e decantação) Tratamento secundário Filtração biológica Processos de lodo ativados Decantação intermediária ou final Lagoas de estabilização Tratamento avançado Remoção de nutrientes Remoção de complexos orgânicos Tratamento de águas servidas • A extensão do tratamento necessário é medida em duas bases: – Teor de sólidos suspensos – Demanda bioquímica de oxigênio – DBO que mede o teor de impurezas pela necessidade de oxigênio necessária para oxidá-la. • Os métodos de tratamento de esgotos são geralmente divididos em: – Primários ou tratamento físico; – Secundários ou tratamento bioquímico e – Terciário 29/02/2016 8 Tratamento primário • Reduz de 30 a 60% dos sólidos suspensos e da DBO; • Consiste de peneiramento, clarificação, filtração e cloração; Tratamento secundário • A matéria orgânica dissolvida é oxidada de forma a reduzir de 85 a 90% a DBO; • Utiliza lodo ativado e sistema de aeração; • O lodo ativado contém microorganismos aeróbicos que digerem o material do esgoto; Tratamento terciário • A água ainda contém P, N e C que podem servir de nutrientes para o crescimento de algas e outras plantas aquáticas. • Retirada do P como fosfatos é feita pela precipitação com cal ou hidróxido de alumínio. Fonte: Introdução à engenharia ambiental. O Meio Aquático. cap. 8. Pag 123. Águas servidas industriais • Problema mais complexo e mais difícil que o tratamento de esgotos devido a grande diversidade de contaminantes químicos de cada tipo de instalação industrial. • Rejeitos ácidos ou básicos são neutralizados • Rejeitos com matéria orgânica são tratados como os esgotos • Resta o problema dos rejeitos dos tratamentos feitos para tratar a água servida. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE RECURSOS HÍDRICOS 29/02/2016 9 • Lei: ato emanado pelo Poder Legislativo (Federal, Estadual e/ou Municipal) a fim de estabelecer direitos e deveres para as pessoas em determinados assuntos (matérias). A maior de todas é a Constituição Federal; • Decreto: ato do Poder Executivo a fim de regulamentar a aplicação e a execução de uma lei já criada pelo Poder Legislativo; • Resolução: "ato do Congresso Nacional e de qualquer uma de suas casas, tomado por procedimento diferente do previsto para a elaboração das lei, destinado a regular matéria de competência do Congresso Nacional ou de competência privativa do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados, mas em regra com efeitos internos; excepcionalmente, porém, também prevê a constituição resolução com efeitos externos, como a que dispõe sobre a delegação legislativa“ • Portaria: "é a fórmula pela qual autoridades de nível inferior ao do Chefe do Executivo, sejam de qualquer escalão de comandos que forem, dirigem-se a seus subordinados, transmitindo decisões de efeito interno, quer com relação ao andamento das atividades que lhe são afetas, quer com relação à vida funcional de servidores, ou, até mesmo, por via delas, abrem-se inquéritos, sindicâncias, processos administrativos" Leis, portarias e decretos • PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Leis, decretos, portarias fundamentais nos aspectos de regulamentação dos recursos hídricos PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 1ª portaria BSB nº 56/ 1977 2ª portaria GM nº 36/1990 3ª portaria MS nº 1469/2000 4ª portaria MS nº 518/2004 5ª portaria MS nº 2914/2011 • Definições alteradas – Água potável; – Sistema de abastecimento de água; – Solução alternativa coletiva; – Vigilância da qualidade da água para consumo humano; • Definições incluídas – Água para consumo humano; – Água tratada; – Padrão de potabilidade e padrão organoléptico; – Rede de distribuição; – Solução alternativa individual; – Habitação unifamiliar; – Garantia da qualidade; – Intermitência; – Integridade do sistema de distribuição; – Passagens de fronteiras terrestres. Portaria MS nº 2914/ 2011 • Competências: – Secretaria da Vigilância em Saúde (SVS): • promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água para consumo humano, em articulação com as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e respectivos responsáveis pelo controle da qualidade da água; – Secretaria de Saúde Indígena (SESAI): • executar, diretamente ou mediante parcerias, incluída a contratação de prestadores de serviços, as ações de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano nos sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água das aldeias indígenas; – Fundação Nacional de Saúde (FUNASA): • apoiar as ações de controle da qualidade da água para consumo humano proveniente de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano, em seu âmbito de atuação, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria; – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): • exercer a vigilância da qualidade da água nas áreas de portos, aeroportos e passagens de fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria, bem como diretrizes específicaspertinentes. – Secretaria Municipal de Saúde: • exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em articulação com os responsáveis pelo controle da qualidade da água para consumo humano; Portaria MS nº 2914/ 2011 • Padrão de potabilidade: – Inclusão de 15 substâncias químicas: – Inclusão de 2 substâncias de padrão organoléptico; – Excluídos 5 parâmetros; – Alteração do VMP de 7 parâmetros; – Alteração na composição de 6 parâmetros; – Inclusão de 2 substâncias radioativas. Portaria MS nº 2914/ 2011 29/02/2016 10 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Resolução CONAMA nº 357/ 2005 Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰; Classe especial Consumo humano; preservação eq. aquático de unidades de conservação Classe 1 Consumo humano após trat. simplificado Classe 2 Consumo humano após trat. convencional Classe 3 Irrigação de culturas arbóreas Classe 4 Navegação Águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰; Classe especial Preservação eq. aquático de unidades de conservação Classe 1 Recreação de contato primário Classe 2 Pesca amadora Classe 3 Harmonia paisagística Águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰; Classe especial Preservação eq. aquático de unidades de conservação Classe 1 Proteção de comunidades aquáticas Classe 2 Recreação de contato secundário Classe 3 Navegação • Específicos para cada classe de água : – condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento de corpo d'água, num determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de Qualidade • Exemplos: DBO, OD, pH – padrão: valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro de qualidade de água ou efluente; – parâmetro de qualidade da água: substâncias ou outros indicadores representativos da qualidade da água; • Exemplo: clorofila, parâmetros inorgânicos e orgânicos; Condições e padrões de qualidade: • Para cada classe de água deve-se verificar os padrões estabelecidos. Condições e padrões de qualidade: • CAPÍTULO I – Das Disposições Preliminares • Art. 1º - O sistema de prevenção e controle da poluição do meio ambiente passa a ser regido na forma prevista neste Regulamento. • Art. 2° - Fica proibido o lançamento ou a liberação de poluentes nas águas, no ar ou no solo. • Art. 4º - São consideradas fontes de poluição todas as obras, atividades, instalações, empreendimentos, processos, dispositivos, móveis ou imóveis, ou meios de transportes que, direta ou indiretamente, causem ou possa causar poluição ao meio ambiente; • Art. 5º - Compete à Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente-CETESB, na qualidade de órgão delegado do Governo do Estado de São Paulo, a aplicação da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976, deste Regulamento e das normas dele decorrentes. DECRETO ESTADUAL Nº 8468, DE 8 DE SETEMBRO DE 1976 • CAPÍTULO II Dos Padrões – Art. 10 - Nas águas de Classe 1 não serão tolerados lançamentos de efluentes, mesmo tratados. DECRETO ESTADUAL Nº 8468, DE 8 DE SETEMBRO DE 1976 29/02/2016 11 – Art. 11 - Nas águas de Classe 2 não poderão ser lançados efluentes, mesmo tratados, que prejudiquem sua qualidade pela alteração dos seguintes parâmetros ou valores: • I - virtualmente ausentes: a) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais; b) substâncias solúveis em hexana; c) substâncias que comuniquem gosto ou odor; d) no caso de substâncias potencialmente prejudiciais, até os limites máximos abaixo relacionados: 1 - Amônia - 0,5 mg/l de N (cinco décimos de miligrama de Nitrogênio por litro); 2 - Arsênico - 0,1 mg/l (um décimo de miligrama por litro); 3 - Bário - 1,0 mg/l (um miligrama por litro); 4 - Cádmio - 0,01 mg/l (um centésimo de miligrama por litro); 5 - Cromo (total) 0,05 mg/l (cinco centésimos de miligrama por litro); 6 - Cianeto - 0,2 mg/l (dois décimos de miligrama por litro); 7 - Cobre -1,0 mg/l (um miligrama por litro); 8 - Chumbo 0,1 mg/l (um décimo de miligrama por litro); 9 - Estanho - 2,0 mg/l (dois miligramas por litro); 10 - Fenóis - 0,001 mg/l (um milésimo de miligrama por litro); 11 - Flúor - 1,4 mg/l (um miligrama e quatro décimos por litro); 12 - Mercúrio - 0,002 mg/l (dois milésimos de miligrama por litro; 13 - Nitrato -10,0 mg/l de N (dez miligramas de Nitrogênio por litro); 14 - Nitrito -1,0 mg/l de N (um miligrama de Nitrogênio por litro); 15 - Selênio - 0,01 mg/l (um centésimo de miligrama por litro); 16 - Zinco 5,0 mg/l (cinco miligramas por litro). • II - proibição de presença de corantes artificiais que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração, convencionais; III - Número Mais Provável (NMP) de coliformes até 5.000 (cinco mil), sendo 1.000 (mil) o limite para os de origem fecal, em 100 ml (cem mililitros), para 80% (oitenta por cento) de, pelo menos, 5 (cinco) amostras colhidas, num período de até 5 (cinco) semanas consecutivas; • IV - Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) em 5 (cinco) dias, a 20ºC (vinte graus Celsius) em qualquer amostra, até 5 mg/l (cinco miligramas por litro); V - Oxigênio Dissolvido (OD), em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/l (cinco miligramas por litro). Referências •BRAGA, Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ªed.São Paulo: Pince Hall, 2002. •BAIRD, C., Química Ambiental. 2ªed., Porto Alegre: Bookman, 2002, 622p. •ODUM, E.P. Ecologia. Guanabara, Rio de Janeiro. 1988. • Agência Nacional de Águas (ANA). Conjunturas dos Recursos Hídricos do Brasil. Disponível em: < http://www2.ana.gov.br/Paginas/ConjunturaRecursosHidricosBrasil.aspx>. Acesso em 28, jul. 2010. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental. Portaria MS n.º 518/2004 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação - Geral de Vigilância em Saúde Ambiental – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005.