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DESAFIO PROFISSIONAL 
Nome: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx	 
RA: xxxxxxxxxxxx				 
Série: xxxxxxxxxxxxx		
RA: xxxxxxxxxxxxxx
BAURU SP 
2017
RESUMO
	A grande maioria dos autores aponta que a memória foi tida como sendo o alicerce para a compreensão do cenário social e politico que em sendo vivenciados pela sociedade atual, todavia, é notório que a memoria vai muito além desta concepção, uma vez que a mesma esta plenamente ligada ao nosso dia a dia. A memória é um modo de se guardar os fatos e passa-la as próximas gerações, a partir desse ponto, nasce a necessidade de distinguir a ligação dos fatos.
	Por infelicidade, o que temos nos livros e demais materiais didáticos tendem a exaltar os grandes heróis, datas e fatos, deste modo caberá ao professor entender os seus alunos e planejar como os inserir no contexto historiográfico, induzindo suas vivencias, experiências sociais, suas realidades e a maneira que interferem diretamente como sujeitos na história. Assim existe a necessidade de esclarecer a conduta social de um povo em determinado período da história da humanidade, a fim de que se possa compreender os problemas atuais.
	É necessária que haja a desconstrução dos mitos existentes na história para que todas as pessoas possam se reconhecer como sujeitos históricos. O projeto positivista da nação no século X IX tem como ponto determinante a figura do herói brasileiro. 
	Tomando por base as influencias do positivismo, que se caracteriza pela centralização dos grandes fatos políticos e por seus personagens, deste modo a História deixa de analisar outros sujeitos, bem como as realidades sociais e econômicas da época. Assim as demais instituições, as novas ideologias, bem como os grupos sociais carecem de um agente que encabece esta nova visão, ocasionando o surgimento real ou mítico de um “herói” temporal, ou eterno.
	Grandes especialistas na área de pesquisa e ensino da História construíram a memória nacional, fundando as celebrações, definindo os heróis e quais as pessoas deveriam ser lembradas. Assim os atores sociais foram responsáveis pelo desenvolvimento da memória nacional inventando tradições, que até então não existiam, como a exemplo dos – hinos, das bandeiras, os símbolos e imagens – que munem a identificação e unificam aos sujeitos de uma sociedade, de um país. 
	A coletividade em geral tende a conter uma simbologia própria, dotada de significados específicos, que tem como função perpetuar determinados valores.
	Deste modo, a educação é um meio de apropriação cultural, e através da história é possível construir um ser histórico, isto, pois se deve ressaltar a importância da aprendizagem na constituição dos interesses de cada individuo. Além disso, a educação colabora com a criação de sujeitos humanos e históricos, como autores na maneira de refletir acerca da realidade, do mundo ou sobre nós mesmo.
 
Palavra Chave: História – Educação - Memórias, Heróis Nacionais.
INTRODUÇÃO
	O presente artigo, desenvolvido em forma de desafio profissional, possui como finalidade aborda a temática sobre A Construção da História: Dos Poucos aos Múltiplos Personagens, na qual iremos debater a importância da existência dos sujeitos anônimos que foram agentes de imensurável importância na construção dos muitos heróis que figuraram na História do Brasil. Ao se tomar por base que as ações de tais personagens ocasionaram inúmeras transformações na culta, nas convenções sociais e politicas, que é quase impossível abordamos tais mudanças sem nos esbarrarmos com os agentes anônimos dessa sociedade.
	Uma vez que esses agentes são desconhecidos no domínio da historiografia, assim, buscamos incansavelmente compreender em quais circunstancias ocorreram as manifestações que levaram a concepção, bem como a sustentação desses “heróis” tão conhecidos na história Brasileira.
	Quiçá caiba ressaltar neste artigo, a importância da compreensão de que, tendo o cidadão empreendido uma jornada visando uma mudança social, politica ou cultural de uma sociedade ou país, acaba por fazer parte de sua campanha o convencimento de seus companheiros para que aceitem e/ou concordar com o objetivo dessa empreitada, nascem assim os “figurantes ativos” que darão a estabilidade necessária para que tal sugestão possa ser levada a êxito.
DESEMVOLVIMENTO
	Tornou-se banal aos historiadores, que memória, é primordial para o entendimento de fatos, bem como de fenômenos políticos e sociais que atualmente estão sendo vivenciados, assim como é um importante elemento de nosso cotidiano. Quando transmitimos a história estamos eternizando os fatos históricos para as próximas gerações. 
	Os materiais didáticos disponíveis para o estudo, ainda hoje, tendem a exaltar os heróis, ressaltando datas e fatos, neste momento se faz indispensável a presença e intervenção do professor, que deve observar as características de seus alunos, bem como identificar os mesmo como tendo uma vivencia própria, em um dia-a-dia e sociedade própria, devendo-se ressaltar a necessidade de se questionar as suas próprias concepções de suas identidades. Ao compreender como se porta os sujeitos de determinada sociedade, acaba por se tornar de fácil entendimento qual será o futuro da mesma, assim como quais são os meios mais eficazes de se tratar os problemas presentes na atualidade.
	Aqueles denominados como sendo grandes heróis, não são nada além de que, produtos de ações de outros importantes homens que passam a história de modo a ser verdadeiro e “inquestionável”, tendo isso como uma verdade absolta. A historiografia e a memória nacional tornaram tal fato como sendo de importância, quase que transcendental, ao estudo histórico escolar. Assim para que toda a sociedade possa identificar-se como sujeitos da história, tornou-se necessário que se descontruir-se tais mitos para assim, humanizar tais figuras ilustres, aproximando-os de suas realidades e de seus cotidianos, isso ira fazer com que a sociedade compreenda que tais ações poderiam de acordo com o contexto afim ser perfeitamente fruto de suas vivencias e relações sociais e culturais.
	Os heróis são colocados pelo projeto positivista como sendo um fator de extrema importância na base da construção da nação do século XIX, ao exalta-los de tal forma, fizeram com que a história deixa-se de lado outros sujeitos e suas realidades históricas, sociais e financeiras.
	Com o fim da revolução industrial, tornou-se cada vez mais rápida a necessidade do surgimento de novos fatos históricos, bem como o surgimento de novos heróis, devido o advento de uma nova realidade social e a existência de novas convenções. Isto, pois com o surgimento de uma nova classe trabalhadora decorre a criação de novas instituições politicas, grupos e ideologias que são responsáveis pelas novas paginas repletas de fatos históricos.
	Este novo cenário não era formado apenas por uma determinada classe politica, mas continha também indivíduos que até então, apenas exerciam os papeis de figurantes nos episódios anteriores da memoria nacional, assim a nova construção de unidades patrióticas era composta, em sua maioria, por trabalhadores, artistas, sindicalistas, operários, grupos religiosos. Esta miscigenação na criação fez com que não apenas uma figura fosse exaltada, mas sim patriotismo e ideologias de massa com a observação de hinos, bandeiras, símbolos, demarcando o universo que se pretende formar ou reformar, com a participação da sociedade como um todo num esforço comum.
	Em contra partida a essa nova visão e empoderamento popular, foram lançadas pela comunidade politica, que se alto denominava como sendo “oficial”, algumas estratégias que tinham como objetivo o retrocesso histórico ao tentar despertar na sociedade o sentimento de pertencer à tradição, evitando-se assim uma insurreição generalizada. Para isso, utilizou-se de nomes de heróis em nome de ruas, cidade, praças, feriados nacionais, entre outros, distanciando-se assim, os novos e prováveis históricos da formaçãode uma nova geração de valores que viriam a por em risco o poder que tais instituições exerciam.
	Os livros didáticos exercem uma função muito importante na transmissão da memória nacional, e para tanto, deve se afastar de tudo aquilo que é tido como tradição de estereotipar as figuras dos heróis Brasileiros criada pela teoria positivista, que privilegiam poucos heróis em detrimento de muitos sujeitos que tiveram seu quinhão de importação na criação histórico cultura do país. Deste modo, tornou-se necessária a abertura de novas discussões do uso de tal material didático na escola, visando discutir a dimensão da memoria historiográfica como um formador das novas identidades.
A educação, nada mais é que a apropriação da cultura, e utilizando-se da história é possível construir o sujeito histórico, fez-se necessário a existência de uma aprendizagem no interesse do individuo. A sociedade de hoje em dia é a grande responsável pela criação da história atual através de ações coletivas do nosso cotidiano de um povo visando mostrar a continua necessidade social, politica, bem como a evolução de um enquadramento humano em prejuízo das novas diretrizes éticas sociais, tomando por base tal informação, o advento da internet, colocou o material didático em um novo patamar, pois o mesmo passou a ser utilizado como material de apoio de uma gama de métodos de aprendizagem, assim como em alguns momentos servem de mediadores e objetos de triagem de uma determinada história. 
Antigamente aquilo que nos era passado como história pronta, restando, a nós cidadãos comuns apenas à memorização dos atos realizados por terceiros, passou a ser o resultado da nossa própria intervenção, como sendo sujeitos ativos nos fatos históricos em nossas comunidades, assim o ensino deixou de ser uma história imposta por uma classe dominante para ser o resultado de uma reflexão e discussão pública nacional ou por uma comunidade ativa exercendo seus direitos de opinião participativa.
Passa a ser necessário que utilizemos a sala de aula como um meio de aprendizagem e reflexão das ações passadas que hoje possuem grande incidência em nossa sociedade, bem analisar meios de reformular tais situações, que atualmente não se adequam a nossa realidade. Estas ações, diferentes da história passada é possível notar o surgimento de uma dinâmica de normatização da sequencia histórica, que evidentemente será quebrada com o advento de qualquer fato ou ação que vier contradizer o desejo coletivo na obtenção do resultado. 
Assim a situação do ser, denominado como “herói”, irrompe de um momento histórico, e tal momento se continuamente necessário para que ocorra a vinculação de uma determinada ideologia a uma liderança, dando assim, um rosto a ideia, a diferença que se deve levar em conta é que não mais a imposição de um sujeito, mais sim uma escolha de um determinado grupo a ser representado por um sujeito em específico. 
É papel de o educador compreender que cada aluno é um agente que atua como um aprendiz dos conceitos históricos que são modificados conforme o surgimento de novas possibilidades de globalização de conhecimentos, bem como a sua interação com a própria história, seja ela individual comunitária e social ou nacional, isto, pois a reflexão realizada sobre os mais diversos temas e pontos não mais são guiados como meio de reunir defensores de uma ou outra determinada corrente estudiosa que nos distancia da realidade, mais sim, como um meio de obter conclusões de uma coletividade que assistem as necessidades sobre as visões que passam a ser identificadas pelos cidadãos como sendo pontos que realmente façam diferença não apenas nas vidas das pessoas, mas também nos seus setores sociais, culturais, financeiros, trabalhistas e políticos.
O ensino da Historia, em todas as eras, sempre foi permeado de escolhas de partidos políticos. No Brasil Republica, temos uma nítida priorização na construção de uma nova identidade do País, pois as elites tinha pressa em garantir a existência de um estado nação e para isso selecionou quais os conteúdos seriam administrados aos alunos, visando sempre o enaltecimento dos grandes heróis do passado e seus feitos políticos grandiosos. Desta época até a atualidade ocorreram poucas alterações no sistema de ensino da História nos termos de como e o que deveria ser ensinado nessa área, uma vez que todas as informações sofreram influencias das ideologias de quem estava no poder.
Para que possamos alcançar a desenvoltura da visão e postura critica dos alunos, bem como para dar aulas com conteúdos consistentes, é primordial que o professor compreenda todo o processo histórico, desde a sua criação até a sua transmissão. A História não é apenas uma das matérias lecionadas no ensino fundamental e médio, ela é uma das disciplinas mais importantes, uma vez que possui um leque de abordagens que antes não eram abordados em sala de aula, mas que hoje são tidas como destaques nas aulas. Devido a isso, tornou-se pacificado a utilização permanente de diversas fontes na produção de trabalhos, relacionando o passado e o presente visando a compreensão de que contra fatos existem, sim, argumentos capazes de combate-lo, uma vez que a analise critica depende do olhar lançado sobre todo e qualquer fato.
O ensino no Brasil se deu com a chegada dos padres jesuítas ao país por volta de 1549 que foram os responsáveis pela fundação da primeira escola Brasileira, que não tinha o intuito de desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos, mas sim apenas a transmissão de conhecimento básico, em especial aos índios, que deveriam ser alfabetizados na língua portuguesa. A disciplina de História foi instituída como matéria obrigatória e autônoma em meados de 1837 no Colégio Dom Pedro II, localizados na cidade do Rio de Janeiro. A matéria tinha o foco de formar uma sociedade ocidental civilizada e a historia do país era apenas um dos tópicos estudados naquele tempo ao lado do estudo da história Biblíca que continuou no currículo de ensino até o ano de 1870 quando a Igreja perdeu o poder exercido sobre o Estado.
 A grade maioria dos professores que lecionavam sobre História, possuíam a mesma formação, todos foram formados pelo Instituto Historico e Geográfico Brasileiro, fundado por volta de 1838 e que possuía como ideologia a visão politica-romanizada do processo de construção do Brasil. Além disso, pautava-se o ensino na identidade nacional de forma ufanista, pois acreditavam que o ensino da Historia possui um papel impar na formação moral e cívica que era um dos objetivos visados e que hoje já encontra-se ultrapassado.
Utilizava-se como método de ensino a memorização, por parte dos alunos, de datas e fatos. Tal método também foi influenciado por um grande Historiador da época, o Sr. Prussiano Leopoldo Von Rnke (1795-1886) que via e explicava a Historia como sendo uma sucessão de fatos que não aceitavam interpretação. Afirmava ainda que os pesquisadores e os educares deveriam se manter neutros frente aos fatos e apenas transmitir o conhecimento sem nunca discuti-los, devendo para tanto expor o conhecimento de maneira cronológica e avaliando os alunos com perguntas objetivas e que apenas admitiam respostas diretas sem direito a divagações argumentativas.
Tal postura mantida no ambiente da sala de aula somente passou a ser questionada a partir do século 20, quando operários, que eram denominados de anarquistas por lutarem por melhores condições de trabalho, criaram escolas que se baseavam no sistema pedagógico do espanhol Francisco Guardi, que valorizava a racionalidade e o pensamento cientifico e não deixa brechas para a exacerbação do patriotismo. Assim, para essa frente de ensino a Historia deveria ser explicada através dos relatos das lutas sociais e não pela construção do Estado.
Para tanto, incluiu-se nos currículos de ensino de história, visitas a serem realizadas a museus e exposições, como novas fontes de ensino visando instigar os alunos a pensarem sobre os fatos históricos e não decorar o conteúdo para a realização de provas. Alémdisso, abordavam temas como a revolução francesa antes mesmo dos estudos sobre a antiguidade, quebrando, assim, a estigma de linearidade até então existentes. Todavia, tais ideais revolucionários perduraram por pouco tempo, pois as escolas com esse perfil foram fechadas devido a pressão exercida pelo governo de Arthur Bernardes, que visava sufocar os movimentos trabalhistas da época.
Por volta do ano de 1930, subiu ao poder o Presidente Getúlio Vargas que permaneceu a frente do país, quase que initerruptamente até o ano de 1954. Durante esse período iniciou-se a Ascenção dos primeiros cursos superiores de História, que nasceram sob a visão tradicionalista. No entanto, Jean Piaget e Lev Vygotsky, publicaram estudos novos estudos, trazendo a tona teorias que até então eram excluídas da analise o contexto histórico, e essas teorias revolucionaram a educação em geral, uma vez que passaram a considerar as hipóteses previas das crianças sobre os temas que seriam abordados em sala de aula. Desde modo, as aulas passaram a ser ministradas de modo a desenvolver o censo critico do aluno, não apenas com conteúdos expositivos que eram decorados pelos estudantes que meramente demonstravam a fragilidade do conteúdo e do ensino ministrados aos jovens.
Com o advento da Ditadura Militar, nos anos de 1960, o avanço no ensino da História foi brutalmente refreado, pois as ideias revolucionarias ficaram de segundo plano. Vemos esse retrocesso no ensino Brasileiro quando em 1971 as disciplinas de história e de geografia foram excluídas do currículo de ensino e a disciplina de estudos sociais foi adicionada a grade das séries iniciais. Tal medida foi um movimento politico, motivado pelo medo de que o conhecimento aprofundado, em ambas as áreas pudessem incentivar reações revolucionais. De acordo com a Professora da Universidade de São Paulo, Circe Maria Bittencurt, a junção de ambas as disciplinas acarretam o apodrecimento do conteúdo programático de ambas as matérias, pois o único objetivo visado era o ensino cívico.
Podemos notar que as mudanças que possuíram maior significância no ensino da história decorreram após o surgimento do estudo da Psicologia cognitiva, da Antropologia e da Sociologia, principalmente as duas ultimas, pois ambas trouxeram uma maior diversidade de conteúdo, bem como novas visões acerca dos fatos históricos – que foram cruciais na construção da metodologia moderna do ensino da História. Além disso, ampliou o leque de temas a serem abordados, assim, como buscar enfatizar a correlação entre o passado e o presente, através do rompimento da linearidade até então praticada na transmissão dos conhecimentos históricos e pelo avanço dos materiais utilizados como método de consulta, das mais diversas naturezas. 
CONCLUSÃO
Em meados de 1960, o ensino da história, viu seus avanços nos métodos pedagógicos que estavam para serem implantados, serem refreados pela intervenção militar que o país vinha sofrendo e, que neste caso atrasaram tais avanços pedagógicos ao retirarem da matriz curricular das primeiras séries o ensino de História e Geografia para implantarem uma disciplina denominada por Estudos Sociais, isto, pois, o cenário politico encontrava-se conturbado e a classe politica temia que o conhecimento histórico e geográfico quando aprofundados despertassem o ser critico presente na personalidade de cada cidadão e que por isso acabassem por ocasionar reações revolucionarias por todo o país.
Por fim, nota-se que as mudanças no ensino da História, mais significativas surgiram a partir dos estudos na área de antropologia e sociologia que forneceram uma visão nova e diferenciada dos fatos históricos, que modificaram a metodologia do ensino de história, para que a mesma não se prenda mais a uma única fonte de informação histórica, manifestações culturais, de questionamentos entre passado e presente.
Quando se iniciou os anos 80, inauguraram-se novos meios de trabalho e, hoje o ensino de historia busca suas fundamentações na analise das múltiplas facetas presentes num mesmo fato histórico, deixando claro ao aluno que a apresentação do fato dependera exclusivamente dá intenção da fonte utilizada como base para analise.
Estabelecer uma equivalência entre o passado e o presente passou a ser uma meta para a disciplina, por volta dos anos 90, depois da publicação da publicação dos novos parâmetros curriculares nacionais.
 Só o fato de podermos aproximar a disciplina da realidade do aluno demonstra o quanto o ensino da história evoluiu, pois antes não era possível por empregar-se a disciplina cronologicamente apenas conseguia transmitir a ideia de que é uma evolução e não a realidade da época. Assim, hoje, o professor pode explorar a temporalidade histórica de diversas formas e, assim, estimular cada vez mais os alunos a refletirem e analisarem o assunto estudado e não mais decorar fatos para avaliações.
Com o advento do Plano Curricular nacional, temas interdisciplinares como, ética e pluralidade cultural passaram a compor o ensino da disciplina, apontando mais um dos avanços, uma vez que nos tempos antigos visava-se fomentar uma identidade nacional baseada na romantização e deturpação dos acontecimentos, e hoje o intuito do ensino da História é de explorar as múltiplas identidades existentes em uma nação, transformando assim, os estudantes em seres detentores de conhecimentos acerca da diversidade cultural de sua época o que ainda hoje é um grande desafio para os educadores.
BIBLIOGRAFIA
LEOCÁDIO, Leandro Cesar. Desafio Profissional de História: ciências sociais, história da américa independente, história do brasil imperial, didática da história no ensino fundamental, história medieval e multimeios aplicados à educação. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. 10 p. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 6 abr. 2017
CERQUEIRA, Erika Morais. O processo de construção dos heróis nacionais na historiografia de Gustavo Barroso. Disponível em: <www.ilb.ufop.br/IIIsimposio/73.pdf>. Acesso em: 16/10/2017. 
SALIBA, Elias Thomé. As imagens canônicas e o ensino de História. Disponível em: 
<http://ojs.fe.unicamp.br/ged/FEH/article/view/5864/4753>. Acesso em: 16/10/2017.
http://ojs.fe.unicamp.br/index.php/FEH/article/view/5864/4753
LINHARES, Célia Frazão. Sujeitos Históricos: seus lugares na escola e na Formação de Professores. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/1094/1068>. Acesso em 28 mar. 2017. 
NASCIMENTO, José Uesele Oliveira; ANDRADE, Manoel Ribeiro. Por uma Nova História: outros objetos, domínios e abordagens historiográficas no ensino de História. Disponível em: <https://eventos.set.edu.br/index.php/enfope/article/view/1692/130>. Acesso em 28 mar. 2017. 
SANTOS, Andrea Paula dos. Trajetórias da História Social e da Nova História Cultural: cultura, civilização e costumes no cotidiano do mundo do trabalho. Disponível em: <www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais9/artigos/mesa_debates/art3.pdf>. Acesso em 28 mar. 2017. 
TOURINHO, Maria Antonieta de Campos. Os sujeitos históricos e o ensino de história: os heróis precisam ser banidos?. In: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/issue/view/253/showToc>. Acesso em: 28 mar. 2017

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