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RESENHA_AFRICA_DESCOLONIZAÇÃO

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
CAMPUS GARANHUNS
GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
HISTÓRIA DA ÁFRICA, 4º PERÍODO
RIBEIRO, Luiz Dario Teixeira. Da conquista européia à descolonização. In: Breve história da África. Pag.: 57-103. Porto Alegre: ed. Leitura XXI, 1ª ed., 2007
Profª. Me. Maria Giseuda de Barros Machado [footnoteRef:1]
Diego Luiz Ribeiro de Almeida [footnoteRef:2]2 [1: Mestra e professora do curso de História na Universidade de Pernambuco – UPE, Campus Garanhuns.] [2: 2 Graduando do curso de História pela Universidade de Pernambuco – UPE, Campus Garanhuns] 
RESENHA – Da conquista européia à descolonização – Breve história da África
Luiz Dario Teixeira Ribeiro, autor do texto Da conquista européia à descolonização, é graduado em História pela UFSM e possui doutorado em História pela UFRGS. Seu texto é o segundo capítulo do livro Breve história da África, que além dele próprio, possui autoria de Analúcia Danilevicz Pereira e Paulo G. Fagundes Visentini. O texto é dividido em três tópicos principais, os quais trataremos mais detalhadamente durante a resenha. Mesmo sendo escrito majoritariamente por Ribeiro, algumas partes do texto possuem a colaboração dos outros autores da obra.
O primeiro capítulo do texto, intitulado Missionários, exploradores, soldados e comerciantes: a partilha e a conquista da África, inicia destacando as mudanças ocorridas na África durante a era moderna. Tais mudanças foram causadas por diversos fatores, principalmente mercantilismo o imperialismo. Em meio a isso, a Conferência de Berlim entende como legítima a exploração europeia no continente e realiza a partilha geográfica da África. O interesse das potencias europeias no continente começou a crescer e se interiorizar, gerando disputas entre nações. Uma dessas disputas ocorreu entre boers, habitantes da África que descendiam de colonizadores holandeses, e a Inglaterra. Os boers desejavam conquistar mais terras e escravizar a população negra, enquanto os ingleses apoiavam as lideranças bantas. Desse conflito étnico, resulta a posterior segregação, ou apartheid. 
No segundo capítulo, chamado Os diferentes sistemas coloniais: dominação, exploração e modernização, Ribeiro começa destacando as consequências da Conferência de Berlim. Entre elas, a perda da soberania dos povos africanos e a partilha geopolítica do continente. O autor afirma que “Diplomacia e armas modernas seriam utilizadas. A primeira, para as relações entre europeus; as segundas, para as relações com os africanos.” (p. 66) Na sequência, são definidas as ideologias colonialistas, que se dividiam em filantrópica, pragmático-utilitaristas, racistas e social-darwinistas e o sistema de dominação, que poderiam ser direto ou indireto. Quando essa forma de dominação se dava de maneira direta, havia um representante oficial do império na colônia, que possuía plenos poderes administrativos e legislativos. Quando ocorria de forma indireta, havia uma relação mais próxima (mesmo que não igualitária) entre os representantes do império e as lideranças locais. Além do modelo colonial, haviam também os protetorados, onde a dominação era mais branda. 
Entretanto, independente do modelo de dominação, a soberania local era enfraquecida, quando não era completamente extinta, e as decisões da metrópole deveriam ser cumpridas, sob pena de troca da liderança ou ainda intervenção armada. Em consequência dessa dominação, surge uma modernização, ainda que seletiva, e que serve a um proposito bem claro: a instalação do capitalismo e da propriedade privada no continente. Essa modernização se dava de diversas formas. Com a instauração da propriedade privada, a agricultura de exportação também foi iniciada, na forma do plantation. Para escoar os produtos, era essencial uma modernização na infraestrutura local, com a criação de estradas, portos e canais. Houve também a modernização administrativa, com a implantação de impostos e obrigações aos colonizados.

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