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Desafio Profissional Sexto Semestre Soja e Milho

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE ENSINO A DISTÂNDIA
PÓLO SIDROLÂNDIA-MS
DESAFIO PROFISSIONAL
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS, ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA, PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS.
Jean Carlo Rodrigues R.A.: 9929030243
ADMINISTRAÇÃO
SIDROLÂNDIA/MS
NOVEMBRO/2017
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP – CEAD
POLO – CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (CEAD)
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINAS: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS, ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA, PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS.
Desafio Profissional
ADMINISTRAÇÃO
Desafio Profissional aplicado ao Curso Superior de Administração oferecido pela Uniderp Anhanguera Interativa – Pólo de Sidrolândia, sugerido pelos professores Luiz Manuel Palmeira, Raquel de Oliveira Henrique, Wellington Bueno, Marcelo Carvalho e Marcel Cibim
Janise Soares da Silva Marinho R.A.:28452551
Jean Carlo Rodrigues R.A.: 9929030243
SIDROLÂNDIA
20 DE NOVEMBRO DE 2017
SUMÁRIO DE TABELAS E IMAGENS
Tabela do ciclo do desenvolvimento da soja...............................................06
Esquema do ciclo vegetativo da soja...........................................................07
Plano de produção da soja...........................................................................09
Custos de produção da soja.........................................................................10
Custos com máquinas e equipamentos (soja) .............................................11
Plano de produção (milho safrinha) ............................................................12
Custo de produção – milho..........................................................................12
Custos com máquinas e equipamentos (milho safrinha) .............................13
Funções desempenhadas nas culturas de soja e milho.................................13
DRE projetada – safra 2017 (soja e milho) .................................................16
1 INTRODUÇÃO
 A variação no plantio entre soja e milho, são muito comuns em diversas regiões do Brasil, devido ao ciclo das chuvas que favorece o início da colheita de um e o plantio do outro.
Neste Desafio Profissional, estamos instruídos pelas disciplinas Administração Financeira e Orçamentária; Administração da Produção e Operações; Administração de Recursos Humanos; Sistemas de Informações Gerenciais; Planejamento e Controle da Produção, onde somos convidados a analisar toda a cadeia de produção, da safra da soja e da safrinha do milho, apontando os custos e lucros de cada cultura, descrevendo todos os passos desde o plantio da safa da soja até a colheita da safra do milho.
Os proprietários da Bom Gestor Agropecuária dispõem 5.216 hectares prontos para o plantio, mas optaram por utilizar 4.500 dos hectares disponíveis para as lavouras de soja e milho em 2017.
Para a resolução deste trabalho, utilizaremos os levantamentos de safras de anos anteriores, em diferentes pontos do pais, a fim de ter uma visão sistêmica de todo o processo que envolve uma safra de grãos. Será separado em capítulos, abordando os 05 (cinco) passos sugeridos, lançando mão de tabelas, fórmulas e dados apresentados durante este semestre, do curso de Administração.
Tendo em vista que a tecnologia e ferramentas cada vez mais modernas, estão integradas nas lavouras, é necessário que os colaboradores estejam capacitados e instruídos quanto ao manejo de instrumentos computadorizados, drones e sistemas de informática. Os sistemas de informações gerenciais também se fazem presentes, desta forma serão apresentadas possibilidades sobre a tecnologia da informação, que otimizam tempo e garantem a correta apresentação dos dados a serem utilizados pelos profissionais responsáveis.
Ao final deste trabalho, serão apresentados aos diretores da Bom Negócio Agropecuária, informações sobre o potencial desta atividade, Balanços das duas safras em comparação e um balanço total, onde será demonstrado todo o investimento e retorno, vislumbrando a maior lucratividade possível.
2 CONHECENDO OS DADOS DISPONIBILIZADOS PELA BOM GESTOR AGROPECUÁRIA
Conforme informado no Desafio Profissional que norteia este trabalho, os proprietários da Bom Gestor Agropecuária decidiram utilizar 4.500 dos 5.216 hectares disponíveis para as lavouras de soja e milho em 2017.
Nesta região onde a Bom Gestor Agropecuária pretende cultivar os grãos, a soja é geralmente plantada em setembro e colhida em fevereiro ou março, enquanto o milho (safrinha) é plantado em março e colhido em junho de cada ano.
As lavouras têm um rendimento variável, tendo sido comercializada a saca de soja, em torno de R$ 65,00, enquanto o milho tem sido comercializado em média por R$ 26,00 a saca.
A empresa possui máquinas, veículos e implementos agrícolas capazes de realizar as atividades em 800 hectares por semana, ao custo de R$ 250,00 por hectare. Caso haja a necessidade de contratação de serviços terceirizados para completar a operação o custo será de R$ 500,00 por hectare, e também realizaram as atividades em 800 hectares por semana. 
3 CICLO DE DESENVOLVIMENTO DA SOJA.
	Antes de qualquer parecer quanto a valores, vamos conhecer o ciclo produtivo da soja, que passa por vários estágios, ilustrados na tabela abaixo:
 
	Tabela do ciclo do desenvolvimento da soja.
 Adaptado de Fehr & Caviness (1977).
A tabela a cima, divide o desenvolvimento da planta em duas fases: vegetativa (V) e reprodutiva (R). Subdivisões da fase vegetativa são designadas numericamente como V1, V2, V3, até Vn, menos os dois primeiros estádios que são designados como VE (emergência) e VC (estádio de cotilédone). O último estádio vegetativo é designado como Vn, onde “n” representa o número do último nó vegetativo formado por um cultivar específico. O valor de “n” varia em função das diferenças varietais e ambientais. A fase reprodutiva apresenta oito subdivisões ou estádios.
A partir do estádio VC, os estádios vegetativos (V) são definidos e numerados à medida que as folhas dos nós superiores se apresentam completamente desenvolvidas. Um nó vegetativo com folha completamente desenvolvida é identificado quando no nó vegetativo acima os folíolos não estão enrolados e nem dobrados. O estádio V3, por exemplo, é definido quando os folíolos do 1º nó vegetativo (unifoliolado) ao 4º nó foliar estão desenrolados. Semelhantemente, o estádio VC ocorre quando as folhas unifolioladas desenrolaram-se.
Já a fase reprodutiva tem oito estádios divididos em quatro partes sendo: R1 e R2 que descrevem o florescimento; R3 e R4 a vagem em desenvolvimento; R5 e R6 a semente em desenvolvimento; e R7 e R8 o período de maturação da planta. Ao fim de R6 a planta atinge seu ponto máximo sendo que a partir de R7 começa o declínio, sendo colhida no estágio R8.
Adaptado de Iowa State University, Special Report, nº 53, 1988.
Experimentos realizados em Ponta Grossa-PR (Borges et al., 2006) e em Castro-PR (Tsukahara et al. 2016) comprovaram que houve perdas significativas de produtividade (kg/ha) da soja em consequência do atraso da colheita após o estádio R8 da soja (início de colheita recomendado pela Embrapa). 
Para 50 dias de atraso, as perdas de produtividade encontradas no primeiro experimento variaram de 22% a 100% (sendo analisado quatro variedades de soja) e no segundo experimento (com uma variedade e em sete ambientes) as perdas variaram de 4,9% (para 5 dias de atraso) até 28,7% (para 50 dias de atraso).
	
4 A CULTURA DE SOJA.
Segundo o Engenheiro Agrônomo Arnold Barbosa Oliveira (2010), algumas informações quanto ao cultivo da soja são importantes para o correto planejamento. Oliveira pontua que:
- Cada estágio dura em torno de 5 a 7 dias;
- Fase vegetativa dura entre 40 e 50 dias (1/3 do período total);
- Fase reprodutivainicia partir dos 45 dias aproximadamente;
- Potássio e cobertura podem ser aplicados no estádio V3 e V4;
- Dessecação pré colheita realiza-se no estádio R7, para colher em R8;
- Pragas têm estádios específicos para serem eliminadas;
- Algumas pragas devem ser eliminadas antes mesmo do início da safra como as pragas de solo;
- Na fase reprodutiva podem surgir as lagartas que aparecem na fase V1 e normalmente acompanham a colheita até a fase R7, desfolhando a planta. A soja não perde produtividade se for desfolhada em torno de 30% no vegetativo e 15% no reprodutivo;
- Pode ocorrer também a infestação de percevejos que sugam as sementes e somente são considerados pragas a partir da fase R3, onde as vagens começam a se formar. Não é necessário controlar percevejo antes do surgimento das vagens;
- As doenças da soja também podem aparecer em forma de fungos, principalmente se o plantio for tardio;
- A adubação deverá feita no momento da semeadura por meio do sulco de plantio;
- No momento do plantio é ideal já estar controlada as ervas daninhas;
- Controle de erva daninha com as plantas já formadas (principal herbicida é o glifosato). A soja necessita ter a tecnologia Roundup Ready (RR), que a faz tolerante ao herbicida;
- Normalmente a aplicação para controle de ervas daninha são sequenciais, começando aos 15 dias após semeadura a primeira aplicação e aos 30 dias a segunda aplicação. O ideal é que este controle seja realizado até a fase V4.
- A aplicação do fungicida, se necessário, deverá ser feita a primeira vez a partir do momento em que a quinta folha se formar; com um intervalo de 15 a 18 dias uma segunda aplicação e uma terceira aplicação em um período menor. 
- É extremamente recomendado o acompanhamento da plantação por um agrônomo.
Na tabela abaixo, apresentamos um plano de produção que contempla o momento onde cada atividade será realizada no cultivo da soja, detalhando os estágios trilhados pelos produtores rurais para a cultura:
Plano de produção da soja.
	EVENTOS
	Mês
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Jan
	Fev
	Mar
	Quinzena
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	Preparo Terra
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Plantio/Fase vegetativa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Fase Reprodutiva
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Colheita
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de herbicida*
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de fertilizante*
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de inseticida*
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de fungicida*
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
5 CUSTO DA PRODUÇÃO DA SOJA.
O plantio da safra de verão de soja 2017 deve começar no fim do mês de setembro e início de outubro. Alguns produtores gostam de cultivar a soja tão logo se encerre o Vazio Sanitário da Soja, em 15 de setembro. Isso, no entanto, não é recomendado, especialmente se o tempo estiver muito seco no fim do mês de setembro.
A diferença das variedades do custo das sementes de soja é muito grande, tendo em vista fatores como procedência, certificação, royalties, etc. Sementes certificadas de soja RR, por exemplo, custam em torno de R$ 2,75 o quilo, utilizando um consumo médio de 60 kg/ha. Assim, temos um custo de semente por hectare na ordem de R$ 152,25, e será utilizada como parâmetro para a continuidade deste trabalho. 
Utilizaremos o valor de 2,54, corresponde ao percentual que a safra de soja pagará do custo com depreciação.
Vamos estimar a produção média em de 3,3 toneladas por hectare de soja, ou seja, 55 sacas (60Kg/ha) (BUENO. 2017, p.5), sendo negociadas ao patamar de R$ 65,00 cada saca de 60 Kg.
Além das sementes, a plantação de soja necessita de outros componentes listados na tabela a baixo, onde estão apresentados os insumos necessários e o custo por hectare de cada produto à cultura de soja.
O total de tempo para realizar o plantio será de 4 semanas, portanto a empresa conseguirá trabalhar em 3200ha com suas máquinas e equipamentos, e os 1300ha restantes serão manejados com máquinas e equipamentos de terceiros. 
	CUSTOS DE PRODUÇÃO - SOJA
	INSUMO
	CUSTO POR SACA
	CUSTO POR HECTARE
	Semente
	R$ 2,75
	R$ 151,25
	Fertilizante
	R$ 8,70
	R$ 478,50
	Defensivos
	R$ 7,59
	R$ 417,45
	Mecanização própria e terceiros
	R$ 8,23
	R$ 453,12
	Mão de obra direta
	R$ 12,60
	R$ 693,00
	Outros custos fixos
	R$ 0,65
	R$ 35,75
	Depreciação
	R$ 2,54
	R$ 139,70
	Total.:
	R$ 43,06
	R$ 2.368,77
Fonte: EMBRAPA – Comunicado Técnico 211, 1ª edição (2016. p.3). Dados complementares, (Bueno. 2017). Tabela elaborada pelo autor.
Esta tabela já engloba os custos com mão de obra direta, com a mecanização, e leva em conta a depreciação, o que nos dá uma visão sistêmica de todos os custos que estão presentes na produção da soja.
Levando em consideração que a Bom Gestor Agropecuária não possui maquinário próprio suficiente para realizar todo o trabalho necessário para o plantio, manutenção e colheita das safras de soja e do milho, serão contratados serviços de terceiros que podem realizar as atividades necessárias em 800 hectares por semana a custo de 500,00 por hectare. O total de tempo para realizar o plantio será de 4 semanas, portanto a empresa conseguirá trabalhar 3200ha com suas máquinas e equipamentos, e os 1300ha restantes serão manejados com maquinário terceirizado.
Na próxima tabela, será demonstrado o custo com máquinas e equipamentos para a plantação e colheita da soja.
	Custos com máquinas e equipamentos (soja)
	Descrição
	Valores
	Área disponível para o plantio de soja
	4500 ha
	Área com cultivação própria
	3200ha
	Custo por hectare (produção própria)
	250,00
	Custo total para produção própria 
	800.000,00
	Área terceirizada 
	1300ha
	Custo por hectare (produção terceirizada)
	500,00
	Custo total para produção terceirizada 
	650.000,00
	Custo total com máquinas e equipamentos 
	1.450.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
6 CUSTOS DE PRODUÇÃO DO MILHO.
Antes de calcular os custos com a produção do milho, vamos conhecer as fases do milho, do plantio a colheita.
Segundo a Embrapa (2006), o ciclo da cultura de milho compreendido em cinco diferentes etapas de desenvolvimento:
Germinação e emergência: período entre a semeadura até o surgimento da plântula de milho. A duração pode variar de acordo com as condições climáticas e podem durar entre cinco e quinze dias. Nesta etapa também começam as disputas entre o milho e as ervas daninha na linha do plantio.
Crescimento vegetativo: período entre a formação completa da segunda folha até o início do florescimento de milho. Dura em torno de oito a dez semanas após a emergência.
Florescimento: período entre a polinização e início da frutificação do milho. Normalmente dura entre quatro e oito dias.
Frutificação: período entre a fecundação até o enchimento dos grãos. Pode variar entre 40 a 60 dias.
Maturação: a maturação fisiológica ocorre ao final do período de frutificação e compreende o momento onde todos os grãos possuem o máximo de peso seco, sendo o momento ideal para a colheita. Esta fase pode ser identificada observando a formação total de uma camada preta que ocorre da ponta da espiga até a base.
Em muitas situações, a “ansiedade” em colher o milho, ocorre devido ao fenômeno de clorose nas folhas localizadas na porção inferior da planta, fruto de adubação inadequada, principalmente nitrogênio e enxofre. Esse sintoma foliar nos dá a falsa impressão que a planta está secando, o que levam muitos a iniciar a colheita de forma antecipada. Percebe-se que ocorre um efeito cascata: o erro na adubação conduz ao erro no ponto de colheita, que aumenta as perdas, que reduz a concentração de amido, que reduz a energia da silagem e que reduz a produção de leiteou o ganho de peso.
Na tabela abaixo apresentaremos um plano de produção no qual descreve o momento onde cada atividade será realizada no cultivo do milho safrinha:
	PLANO DE PRODUÇÃO (MILHO SAFRINHA)
	Mês
	Mar
	Abr
	Maio
	Jun
	Quinzena
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	1ª
	2ª
	Plantio/Fase vegetativa
	
	
	
	
	
	
	
	
	Florescimento/Frutificação
	
	
	
	
	
	
	
	
	Colheita
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de herbicida*
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de fertilizante*
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de inseticida*
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
O Desafio Profissional (BUENO. 2017, p.5), indica uma expectativa de produção média de 6,6 toneladas por hectare de soja, ou seja, 110 sacas 60Kg. 
A partir destes dados, vamos estimar o custo com insumos, mão de obra, depreciação e mecanização necessários para o plantio e colheita do milho:
	CUSTO DE PRODUÇÃO - MILHO
	Insumo
	Custo por saca
	 Custo por Hectare
	Semente
	3,09
	R$ 340,00
	Fertilizante
	4,37
	R$ 480,52
	Herbicidas
	0,37
	R$ 40,50
	Inseticidas
	0,92
	R$ 101,18
	Mecanização própria e de terceiros
	4,12
	R$ 453,12
	Mão de obra direta
	6,29
	R$ 693,00
	Depreciação 
	1,27
	R$ 139,70
	Outros custos fixos
	0,32
	R$ 35,75
	Total.:
	20,43
	R$ 1.928,45
Elaborada pelo autor (2017).
	Na tabela apresentada, também estão inclusos os custos com a depreciação, e outros custos fixos, estimados para despesas em geral.
Na tabela abaixo, são listados os custos com mecanização (própria e de terceiros). Vale observar, que os valores são idênticos ao do plantio e colheita da soja, visto que a área cultivada com soja e milho é a mesma durante as duas safras, e o trabalho mecânico, bem como o maquinário também é o mesmo. 
	CUSTOS COM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (MILHO SAFRINHA)
	Descrição
	Valores
	Área disponível para milho
	4500ha
	Área com cultivação própria
	3200ha
	Custo por hectare (produção própria)
	250,00
	Custo total para produção própria 
	800.000,00
	Área terceirizada 
	1300ha
	Custo por hectare (produção terceirizada)
	500,00
	Custo total para produção terceirizada 
	650.000,00
	Custo total com máquinas e equipamentos 
	1.450.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
7 FUNÇÕES DESEMPENHADAS POR TRABALHADORES NAS CULTURAS.
Com a modernização cada vez engajada nas lavouras, visando aumentar as margens de lucro, melhorar a produtividade, e garantir a melhor qualidade possível das culturas cultivadas, cada vez mais é preciso contratar mão de obra especializada, o que abrange uma grande quantidade de profissionais.
Na tabela abaixo, são listados os profissionais que comumente atuam nas lavouras, descrevendo suas funções e o trabalho que desempenham no meio agrícola:
	FUNÇÕES DESEMPENHADAS NA CULTURA DE SOJA E MILHO
	FUNÇÃO
	 HABILIDADE
	Agrônomo
	Planejar e supervisionar a aplicação de princípios e processos básicos da produção agrícola, favorecendo-se da biologia, química e física, aos estudos específicos sobre o solo, clima e culturas diversas. 
	Operador de Trator e Implementos
	Dirigibilidade do trator; Capacidade de manusear os implementos que podem ser acoplados ao trator, quais sejam: carreta, grade de arrasto, pulverizadores, semeadoras, colheitadeiras, picadeiras, capinadeiras, roçadeiras; capacidade de realizar manutenção básica dos materiais.
	Operador de Pulverizador
	Dirigibilidade do pulverizador; Capacidade técnica de operar os sistemas eletrônicos; Capacidade de preparar as soluções e abastecer o equipamento; Capacidade de realizar manutenção básica.
	Operador de colheitadeira
	Dirigibilidade da máquina; Capacidade técnica de operar os sistemas eletrônicos; Capacidade de realizar manutenção básica.
	Motorista de carreta/caminhão
	Dirigibilidade da carreta/caminhão (deverá possuir Carteira Nacional de Habilitação, e cursos profissionalizantes voltado as atividades).
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
8 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – SISTEMAS DE GESTÃO. 
O Planejamento de Controle da Produção (PCP) atualmente é realizado por muitas empresas utilizando os Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), pois facilita o controle sobre a quantidade, momento ideal sobre quais produtos produzir. Para o bom desempenho da indústria, é crucial que informações corretas sejam disponibilizadas para as tomadas de decisões (BUENO. 2017, p.7).
ERP, é uma sigla em Inglês que significa Enterprise Resource Planning , que nada mais é, em português que; Planejamento dos Recursos da Empresa (Colangelo Filho 2001, p.53). Podemos entender que o software ERP é um sistema de informática responsável por cuidar de todas as operações diárias de uma empresa, desde o Faturamento até o balanço contábil, de Compras a fluxo de caixa, de apuração de impostos a Administração de Pessoal, de inventário de estoque às contas a receber, do ponto dos funcionários a controle do maquinário da fábrica, enfim, todo o trabalho administrativo e operacional feito numa empresa.
O ERP é uma ferramenta que integra diversos módulos interligados entre si. Cada módulo é de responsabilidade de um setor da empresa, sendo que este software pode ser criado de acordo com a necessidade da empresa. O ERP é uma evolução do MRP-I (Material Requirements Planning) e MRP-II (Manufacturing Resource Planning), porém, o ERP não veio substituir estes últimos, mas sim integrá-los. O MPR-I, quando da sua criação, era utilizado para atender às necessidades do planejamento da movimentação dos materiais dentro da empresa. Já o MPR-II, que veio após o MPR-I, incorporou o planejamento da necessidade da manufatura, mão de obra, equipamentos, e o tempo disponível para vender, produzir e entregar. Como dito, o ERP integrou os módulos e permitiu que novos módulos fossem criados, integrados e interligados de acordo com a necessidade, inclusive para atender as obrigações legais quanto à apresentação dos demonstrativos obrigatórios. Assim sendo, os sistemas de informações gerenciais são considerados para a melhor transmissão de ordens de produção, controle de insumos, estoques, área financeira, contábil dentre outros (BUENO. 2017. p.7).
Sugere-se aos proprietários da empresa Bom Gestor Agropecuária a aquisição de um ERP com a integração dos seguintes módulos:
ADMINISTRATIVO – envolvendo a área de compras, recebimentos de mercadorias, vendas, faturamento, emissão de nota fiscal e controle de estoques.
FINANCEIRO – controle de contas a pagar, contas a receber e fluxo de caixa.
FISCAL/CONTÁBIL – livros fiscais, contabilidade, Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) contábil, SPED fiscal e ativo imobilizado.
OPERACIONAL – controle de prazos, necessidade de insumos, controle de manutenção de máquinas equipamento para verificação de disponibilidade e controle de custos.
GESTÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS - ferramenta para auxiliar o produtor a melhorar o planejamento da propriedade.
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS - facilita o reconhecimento dessas plantas a partir de um banco de dados cadastrado. 
8.1 PORQUE UTILIZAR UM SOFTWARE DE GESTÃO AGRICOLA?
	Administrar uma ou mais grandes áreas de terra exige muita atenção do produtor, uma vez que este é um trabalho que envolve várias etapas, e todas precisam ser realizadas com a maior precisão possível. O momento certo de plantar, de irrigar ou de aplicar defensivos na lavoura é uma decisão que deve ser tomada com exatidão para gerar produtividade e lucratividade (FARMBOX 2017).
As tomadas de decisão são facilitadas e podem ser feitas com mais agilidade se o produtor puder contar com um software de gestão agrícola, seja na gestão das atividades do campo, seja na administração dos insumos que há em estoque, o uso de uma solução digital pode estimular o crescimento do negócio agrícola. 
Ao contemplar todas as informações necessárias para a gestão da fazenda em um único lugar, o software otimiza a comunicação entre os monitorese o gestor. Isso porque todos têm acesso com facilidade aos dados de que precisam para realizar um trabalho de qualidade.
9 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO. SAFRA DE SOJA E MILHO.
Para uma melhor interpretação dos resultados obtidos até agora, com os levantamentos de plantio e venda da safra de milho e soja 2017, vamos projetar uma Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
A DRE, é um documento contábil de demonstração cujo objetivo é detalhar a formação do resultado líquido de um exercício pela confrontação das receitas, custos e despesas de uma empresa, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência, utilizada para verificar a saúde financeira de uma empresa, ou seja, ela mostra qual lucro (ou prejuízo) a empresa terá se conseguir realizar o que está sendo planejado. Esse tipo de controle financeiro ajuda os gestores a terem uma visão mais realista sobre as decisões que devem ser tomadas, a fazer provisões mais realistas e a saber se existe viabilidade econômica para determinados investimentos, por exemplo.
Além dos custos já apresentados nos passos anteriores, deverão ser considerados também Despesas Comerciais de R$ 231.000,00, Despesas Administrativas de R$ 456.000,00, Despesas Financeiras de R$ 387.000,00 e Impostos Sobre Vendas de 10% (BUENO. 2017, p.6).
 A tabela a baixo, apresenta a DRE referente ao período da safra da soja e do milho do ano de 2017.
	DRE PROJETADA - SAFRA 2017 (SOJA E MILHO)
	RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	R$ 28.957.500,00
	(+) Receita de venda de soja
	R$ 16.087.500,00
	(+) Receita de venda de milho
	R$ 12.870.000,00
	DEDUÇÃO DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	R$ 2.895.750,00
	(-) Imposto sobre vendas de 10%
	R$ 2.895.750,00
	(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
	R$ 26.061.750,00
	CUSTO DO PRODUTO VENDIDO
	R$ 20.832.350,00 
	(-) Máquinas e equipamentos soja
	R$ 1.450.000,00
	(-) Máquinas e equipamentos milho
	R$ 1.450.000,00
	(-) Insumos soja
	R$ 4.712.400,00
	(-) Insumos milho
	R$ 4.329.900,00
	(-) Mão Obra Direta soja
	R$ 3.118.500
	(-) Mão Obra Direta milho
	R$ 3.118.500
	(-) Depreciação soja
	R$ 628.650,00
	 (-) Depreciação milho
	R$ 628.650,00
	 (-)Outros custos soja
	R$ 160.875,00
	 (-)Outros custos milho
	R$ 160.875,00
	 (-) Despesas comerciais
	R$ 231.000,00
	 (-) Despesas administrativas
	R$ 456.000,00
	 (-) Despesas financeiras
	R$ 387.000,00
	(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR 
	R$ 5.229.400,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
10 CONCLUSÃO.
Após a conferencia das estatísticas e projeções apresentadas, chegamos à conclusão de que é perfeitamente viável a aplicação de investimentos nas culturas de soja e milho por parte da empresa Bom Gestor Agropecuária, como nos indica a DRE acima.
Para que todas as metas e prazos sejam atingidas, apresentou-se a necessidade da contratação de profissionais e de equipamentos, visto que os equipamentos próprios não são suficientes para o plantio, manutenção e colheita das áreas a disposição.
Sugerimos a implantação de um software que seja capaz de informatizar, armazenar, confrontar dados e emitir estatísticas em tempo real, maximizando a produção, sanando possíveis problemas e apresentando rápidas soluções, sejam elas contábeis, de estoque, de implementos, insumos, etc.
Mostrou-se extremamente necessário a capacitação de todos os agentes que irão operar os softwares e o maquinário, visando um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.
	
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Custo da Produção da soja – safra 2016/2017. Disponível em http://www.imea.com.br/upload/publicacoes/arquivos/17102016174816.pdf Acesso em 17 out. 2017.
Custos de produção da safra de soja 2016/2017 serão maiores. Disponível em http://www.correiodoestado.com.br/rural/custos-de-producao-da-safra-de-soja-20162017-serao-maiores/284587/, acesso em 17 out. 2017.
Análise dos custos de produção para o cultivo da soja em cenários distintos de produtividade e preço no interior paulista. Disponível em http://www.fatecjales.edu.br/sintagro/images/anais/tematica5/analise-dos-custos-de-producao-para-o-cultivo-da-soja-em-cenarios-distintos-de-produtividade-e-preco-no-interior-paulista.pdf, acesso em 24 out. 2017.
Saiba quanto custa um hectare para plantar soja no Brasil. Disponível em http://www.projetosojabrasil.com.br/saiba-quanto-custa-um-hectare-para-plantar-soja-no-brasil/, acesso em 24 out. 2017.
Estimando a produtividade na cultura de soja. Disponível em http://www.pioneersementes.com.br/blog/46/estimando-a-produtividade-na-cultura-da-soja, acesso em 24 out. 2017.
Semente de soja de qualidade é o primeiro passo para o sucesso da safra. Disponível em http://www.revistacampoenegocios.com.br/semente-de-soja-de-qualidade-e-o-primeiro-passo-para-o-sucesso-da-safra/, acesso em 24 out. 2017.
Custo com depreciação. Como utilizar para avaliar o custo com a safra agrícola. Disponível em http://www.kpifarm.com.br/blog/artigos/custo-com-depreciacao-como-utilizar-para-avaliar-o-lucro-da-producao-agricola/, acesso em 24 out. 2017.
NUNES, José Luis da Silva. Características da Soja. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/caracteristicas_361509.html, acesso em 28 ago. 2017.
BUENO, Wellington. Desafio Profissional de Administração: administração financeira e orçamentária; administração da produção e operações; administração de recursos humanos; sistemas de informações gerenciais; 10 planejamento e controle da produção. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. 10 p. Disponível em: www.anhanguera.edu.br/cead, acesso em: 18 nov. 2017.
EMBRAPA. Estádios fenológicos de milho. Passo fundo - RS: Documentos online edição Nr 61, setembro de 2006. Disponível em: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do61_3.htm, acesso em: 20 nov. 2017.
Entenda o que é ERP. Disponível em: https://portalerp.com/erp/5-entenda-erp, acesso em 20 nov. 2017.
O que é, para que serve como fazer uma DRE. Disponível em https://www.nibo.com.br/blog/o-que-e-para-que-serve-e-como-fazer-uma-dre/ , acesso em 20 nov. 2017.
Qual é o ponto ideal de colheita nas culturas de milho e sorgo. Disponível em http://www.beefpoint.com.br/qual-e-ponto-ideal-de-colheita-nas-culturas-de-milho-e-sorgo/, acesso em 20 nov. 2017.
6 Razões para usar um software de gestão agrícola o quanto antes. Disponível em http://blog.farmbox.com.br/6-razoes-para-usar-um-software-de-gestao-agricola-o-quanto-antes/, acesso em 20 nov. 2017.
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EMBRAPA. Viabilidade Econômica da Cultura da Soja na Safra 2016/2017. Dourados – MS, Comunicado Técnico 211, 1ª edição 2016. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146045/1/COT2016211.pdf, acesso em 20 ago. 2017.

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