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Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 1 Aula 1: Empresa, sistema de informações e análise das demonstrações contábeis Introdução As empresas têm como objetivo produzir riquezas para seus sócios, acionistas e para a sociedade. Para tal, necessita de um planejamento eficaz que concilie competitividade, qualidade e fidelização de seus clientes. O ato de planejar não se encerra no ambiente empresarial, pois a empresa interfere e sofre interferências do meio no qual está inserida. Por isso, faz-se necessário o processamento organizado de dados que geram informações para a tomada de decisões, muitas vezes imediatas. Esta transformação de dados em informações úteis é o que denominamos Sistema de Informação. Para o apoio às decisões temos, principalmente, subsistema de informações contábeis, cujas informações são confiáveis e geradas em tempo hábil para suprir o subsistema de informações gerenciais e cumprir os objetivos a que se destinam. EMPRESAS Quando pensamos em empresa, em seus objetivos, a primeira palavra que vem em nossa mente é: LUCRO. Dificilmente paramos para analisar o quanto as empresas interferem em nosso cotidiano. E, para alcançar o tão sonhado lucro, além da eficiência de sua operacionalidade, é necessário que essa interferência seja positiva para atrair e fidelizar os clientes que irão garantir a venda de seus produtos e/ou serviços. Então, podemos dizer que uma empresa além de seus objetivos de produzir riqueza para seus sócios e acionistas, também tem um compromisso em satisfazer os desejos e as necessidades humanas, ou seja, produz riqueza também para a sociedade. Outro fator importante é que nenhuma empresa sobrevive em uma “redoma”. O resultado de suas atividades influencia nas decisões do mercado onde atua e cada empresa deve estar pronta para uma possível reorganização interna de acordo com esse mercado. SISTEMAS Um sistema é um conjunto de partes interligadas e interdependentes, cuja finalidade é trabalhar de forma organizada para a execução eficiente de uma função com objetivos específicos. Mas para atender o fim proposto, todo sistema realiza o seguinte fluxo de recursos: ENTRADA: Representa as fases de alimentação do sistema; da inserção de recursos, de informações. PROCESSAMENTO: É quando o sistema organiza tudo o que recebeu de acordo com as necessidades e objetivos requisitados e prepara as respostas a serem apresentadas. Saída: representa os resultados gerados pelo sistema o qual se espera estar de acordo com o esperado. Quando uma resposta não é satisfatória, uma análise deve ser feita para verificação da entrada e/ou processamento e alterações serão realizadas – é o que chamamos de feedback (ou retroalimentação). A interação entre entradas e saídas com o meio ambiente caracteriza o sistema como fechado ou aberto. Um sistema fechado realiza pouquíssimas ou nenhuma troca com o meio ambiente onde está inserido. Por exemplo, máquinas. Um sistema aberto está em constante troca com o ambiente ao seu redor. Por exemplo, o corpo humano. A empresa e seus sistemas Para o sucesso de seu funcionamento, toda empresa deve estar em harmonia com o ambiente e a sociedade onde atua, entendendo seus desejos e suas necessidades e transformando-os em produto e serviços. Nesse contexto, entender quem são as variáveis ambientais da empresa é fundamental para o início e para o consequente sucesso do planejamento estratégico. Subsistemas de informação A eficiência do sistema empresa, ou seja, a satisfação da sociedade e o desejado lucro é: Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 2 A empresa é um grande sistema composto por subsistemas de informação cujas saídas se integram para o funcionamento do todo. Problemas na organização das informações podem gerar problemas internos na gestão; comunicação falha; insatisfação e desmotivação dos funcionários, ocasionando externamente perda de cliente; falta de credibilidade; e abertura de espaço para a concorrência. Subsistemas de Informação: produção, comercial, gerenciamento, jurídico, RH, contábil/financeiro, entre outros. Subsistemas gerencial e subsistema contábil Como visto, um sistema é um conjunto de partes organizadas para atender determinados objetivos. Trazendo esse conceito para o universo empresarial, podemos dizer que as referidas partes são funções e processos organizados para viabilizar o planejamento, a execução e o controle das atividades a serem desempenhadas para atender os objetivos da organização. No processo decisório, as informações disponíveis precisam ser analisadas, e os resultados obtidos norteiam a gestão da empresa. E em uma organização informatizada, os administradores dispõem do Subsistema de Informações Gerenciais (SIG) que devem integrar todos os setores da empresa com vistas ao gerenciamento uniforme. Uma das fontes de informações é o Subsistema de Informações Contábeis. Este subsistema tem como objetivo prover seus usuários com demonstrações e relatórios gerenciais de conteúdo econômico, financeiro e operacional. As informações geradas pela contabilidade servirão de base para diversas decisões e, para tanto, devem ter as seguintes características: Estamos falando em “tomar decisões, demonstrações, relatórios”. Então, em uma empresa, quem são os usuários internos e externos das informações geradas pelo subsistema contábil? Subsistemas gerencial e subsistema contábil Em nossa disciplina iremos trabalhar as informações geradas por um subsistema do subsistema contábil: o de Análise Financeira e de Balanços. De acordo com Padoveze (1998), os objetivos do Subsistema de Análise Financeira e de Balanços são: Permitir uma análise de tendência de todos os indicadores. Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 3 Permitir uma visão geral da empresa, para uma avaliação de sua solidez, capacidade de pagamento, liquidez financeira e adequação da rentabilidade. Permitir uma visão do potencial da empresa, em termos de fluxo futuro de lucros e caixa. Permitir uma avaliação constante do valor da empresa, para acompanhamento de sua imagem no mercado financeiro e de investimentos. Aula 2: Demonstrações contábeis e padronização Introdução As empresas devem se basear nos valores contidos nas demonstrações financeiras para fundamentarem os objetivos a serem alcançados e as metas traçadas para tal. E, fora do ambiente da empresa, investidores, credores, governo e outros usuários externos irão utilizar tais relatórios para basearem suas decisões com relação à referida empresa. Por serem instrumentos utilizados em diversos ambientes e setores corporativos, estas devem ter uma linguagem universal para que o entendimento seja uniforme. A padronização vêm caminhando para converter nossas demonstrações em padrões internacionais, conferindo mais confiabilidade e atraindo mais investidores para as empresas. Nesta aula, serão apresentados os relatórios a serem publicados após encerramento do seu exercício fiscal. Contabilidade e finanças As áreas de contabilidade e finanças na empresa estão interligadas e a harmonia entre elas permite que o fluxo de recursos na empresa seja eficiente para suprir as necessidades relativas ao seu crescimento e à satisfação de seus sócios/acionistas, funcionários e clientes. De acordo com Ching, Marques e Prado (2010), podemos desmembrar a área de FINANÇAS em cinco grupos, com as respectivas funções: 1. Gestão do caixa: Lida com as instituições financeiras, buscando aplicar dinheiro ou obter linhas de financiamento mais adequadas a cada tipo de operação. É responsável pelo planejamento da estruturade capital da empresa. 2. Cobranças e pagamentos: Estipula política de concessão de crédito da empresa e efetua as cobranças das faturas, bem como o pagamento das duplicatas dos fornecedores e prestadores de serviços. 3. Contabilidade financeira: Responsável por registrar as transações da empresa, organizar as informações contábeis e elaborar as demonstrações financeiras. 4. Custos: Apura os custos dos produtos e dos serviços da empresa, bem como sugere medidas de melhorias e de racionalização dos custos. 5. Planejamento financeiro: Elabora o orçamento financeiro, compara a realidade com a situação orçada, faz comentários e emite relatórios financeiros gerenciais de acompanhamento. Demonstrações contábeis Demonstrações Financeiras fornecem os dados a serem analisados para responderem sobre estrutura financeira e de capital de uma empresa, facilitando o crédito e atraindo os investidores. De acordo com a Lei 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas, e suas alterações, sendo as mais recentes as Leis 11.638/07 e 11.941/09, temos os seguintes relatórios contábeis obrigatórios a serem publicados após encerramento do seu exercício fiscal no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação: Tais demonstrações, para atender as necessidades dos usuários, devem ser confiáveis, relevantes e padronizadas segundo princípios e convenções contábeis, para que possam ser entendidas igualmente no país de origem ou internacionalmente. Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 4 Demonstração do valor adicionado É a Demonstração Contábil que apresenta a posição financeira de uma empresa em determinada data. Ele representa o equilíbrio entre as origens de recursos da empresa e a sua destinação. Ou seja, entre ATIVOS, PASSIVOS e o capital próprio (PL). Vamos conhecê-los em detalhes. ATIVOS Bens: valores mensuráveis pertencentes a empresa: caixa, estoque, equipamentos, etc. Direitos: valores pertencentes a empresa, que estão em poder de outros: vendas a prazo, saldo em conta bancária, contas a receber, etc. Ativos circulantes: contém os bens e direitos realizáveis em até 365 dias a contar da publicação do balanço. Ativos não circulantes: contém os bens e direitos realizáveis após 365 dias a contar da publicação do balanço. Pode ser: realizável, a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. PASSIVOS Obrigações com terceiros: dívidas contraídas pela empresa para financiar suas atividades. Por exemplo, fornecedores, salários a pagar, empréstimos, etc. PL: passivos que registram os valores da constituição da empresa e de suas atividades, o capital próprio. Circulante: contém as obrigações com terceiros com vencimento até 365 a contar da publicação do balanço. Não circulante: contém as obrigações com terceiros com vencimento após 365 dias a contar da publicação do balanço. Demonstração de resultados É a Demonstração Contábil que descreve o resultado da empresa em determinado período, ou seja, confronta suas: RECEITAS - Valores das vendas de produtos, mercadorias e serviços. CUSTOS - Gastos com produção. DESPESAS - Gastos para gerar receitas. DRE RECEITA BRUTA (-) Deduções e Impostos sobre vendas= RECEITA LÍQUIDA (-) Custos = LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (+/-) Receitas e Despesas Não Operacionais = LUCRO ANTES DO IR E DA CSLL (-) IR e CSLL (-) Participação dos Funcionários = LUCRO LÍQUIDO (ou PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO LUCRO = RECEITAS > CUSTOS + DESPESAS PREJUÍZO = RECEITAS < CUSTOS + DESPESAS Demonstração do fluxo de caixa Este demonstrativo tornou-se obrigatório a partir da atualização de 2007 na Lei das S.A, em substituição à DOAR (Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos). Mas por que a importância desse novo demonstrativo? Comparando o Balanço de uma empresa em dois ou mais períodos, pode-se observar que LUCRO e DINHEIRO EM CAIXA tem evoluções distintas. A demonstração do Fluxo de Caixa pode ser elaborada por dois métodos: Direto : I - Atividades operacionais II - Atividades de investimento Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 5 III - Atividades de financiamento Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa Aumento do caixa (saldo inicial - saldo final) Indireto : I - Atividades operacionais Lucro líquido (+/-) ajustes de conciliação = Caixa líquido das operações II - Atividades de investimento III - Atividades de financiamento Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa Aumento do caixa (saldo inicial - saldo final) Demonstração das mutações do patrimônio líquido Este demonstrativo apresenta a movimentação dos itens que compõem o Patrimônio Líquido entre os anos e tem a seguinte representação gráfica: Demonstração do valor adicionado Também instituída pela alteração de 2007 da Lei das S.A, a DVA evidencia a riqueza gerada pela empresa e de que maneira ela foi distribuída. Esta riqueza, chamada de Valor Adicionado ou agregado = valor da sua produção - consumo de bens e serviços de terceiro. DVA 1 – Receitas 2 - Insumos adquiridos de terceiros 3 - Valor Adicionado Bruto (1-2) 4 - Retenções (depreciação, amortização, exaustão) 5 - Valor Adicionado Líquido (3-4) 6 - Valor adicionado recebido em transferência 7 - Valor Adicionado total a distribuir (5-6) 8 - Distribuição do Valor Adicionado - Pessoal e Encargos - Impostos, Taxas e Contribuições - Juros e Aluguéis - Juros sobre Capital Próprio e Dividendos - Lucros Retidos/Prejuízo do Exercício Demonstração do valor adicionado São relatórios que integram e complementam a apresentação das Demonstrações Financeiras, com intuito de esclarecimento e comprovação de autenticidade das informações disponibilizadas. Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 6 Notas explicativas: Objetiva elucidar saldos de contas e práticas contábeis utilizadas, como movimentação dos estoques, empréstimos etc. Relatório de administração: É uma análise conjuntural da empresa, feita pela administração, descrevendo acontecimentos e projeções. Parecer do conselho fiscal: É um relatório, elaborado por um conselho externo à empresa, atestando que as demonstrações financeiras podem ser submetidas à deliberação da Assembleia Geral dos Acionistas. Parecer dos auditores independentes: É um documento, emitido por auditores externos à empresa, que atesta a veracidade dos números contidos nas demonstrações financeiras a serem apresentadas. Aula 3: Análise horizontal e vertical Introdução Por meio das demonstrações financeiras, podem-se encontrar as respostas necessárias para fundamentar as mudanças ocorridas nos resultados em comparação com o planejamento estratégico, verificar as disponibilidades de recursos para financiamentos das atividades e, para os usuários externos à empresa, identificar as melhores alternativas de investimentos. Para tais decisões, serão realizadas análises dos dados contidos nas demonstrações que se dividem em: Análises Horizontal e Vertical. Análise de Índices ou Quocientes. Análise do Capital de Giro. Nesta aula, serão conhecidos os procedimentos para análise horizontal e vertical. São métodos de análise comparativa entre períodos que permite identificar a movimentação dos itens patrimoniais e de resultados e comparar com os resultados do setor para situar a empresa e disparar as medidas de correção, caso sejam necessárias. Análise das demonstrações financeiras Como já vimos, as demonstrações financeiras são a base para tomada de decisões parausuários internos e externos à organização. Para tal, são utilizados, principalmente, o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultados. As principais técnicas de ANÁLISE COMPARATIVA das demonstrações financeiras são: Ajustes e reclassificações nas demonstrações a serem analisadas Antes de serem realizadas as análises desejadas, são necessários alguns ajustes e reclassificações nas demonstrações para prover melhor confiabilidade. Inicialmente, para facilitar o aprendizado dos métodos e índices, trabalharemos os números contidos nas demonstrações sem ajustes. Para exemplificar, vamos utilizar o Balanço Patrimonial e a DRE da empresa Natura Cosméticos S.A contidas em seu relatório anual do ano de 2010. Imprimir Balanço Natura >> Link: https://www.passeidireto.com/arquivo/4273038/analise-da-demonstracao-financeira--- exemplo-aula-2 Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 7 Com relação às aplicações de recursos circulantes, podemos concluir que os valores a receber de clientes têm saldos maiores que suas disponibilidades imediatas. Com relação ao total de aplicações de recursos (ativo), é maior o percentual de aplicações em longo prazo e, em sua maioria, são investimentos em outras empresas (controladas). Com relação ao total de aplicações de recursos (ativo), é maior o percentual de aplicações em longo prazo e, em sua maioria, são investimentos em outras empresas Para exemplificar, vamos utilizar o Balanço Patrimonial e a DRE da empresa Natura Cosméticos S.A contidas em seu relatório anual do ano de 2010. Análise vertical Esta análise consiste em verificar a representatividade percentual de cada conta ou grupo em relação: Também podemos analisar uma conta com relação ao seu grupo no referido demonstrativo. A análise vertical do balanço nos permite visualizar a participação do capital de terceiros, próprio na composição total da origem dos recursos e de sua aplicação na empresa. Com relação à DRE, vemos quanto o lucro e os gastos representam do total de receitas obtidas pela empresa. ATENÇÃO: na análise da DRE, utilizamos a receita líquida como base, pois os impostos sobre as vendas e as deduções não representam recursos da empresa. A multiplicação por 100 nas duas fórmulas transforma o resultado em percentual. Vamos, então, começar a analisar algumas contas da nossa empresa-exemplo: Ao realizar o Balanço da Natura Cosméticos no ano 2010, valores da Controladora, verificamos que: NO ATIVO O Caixa e seus equivalentes representam 8% do total do ativo e 21% do ativo circulante. NO ATIVO Contas a receber representam 19% do total do ativo e 49% do ativo circulante. Vamos, então, começar a analisar algumas contas da nossa empresa-exemplo: Ao realizar o Balanço da Natura Cosméticos no ano 2010, valores da Controladora, verificamos que: NO ATIVO O ativo não circulante representa 62% do total do ativo. Análise vertical ATIVOCIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE Vamos, então, começar a analisar algumas contas da nossa empresa-exemplo: Ao realizar o Balanço da Natura Cosméticos no ano 2010, valores da Controladora, verificamos que: NO PASSIVO Os fornecimentos (estrangeiros) outras contas a pagar representam 21% do total do passivo e 8% do passivo circulante. NO PASSIVO Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 8 Os fornecedores (de empresas do grupo) representam 9% do total do passivo e 33% do passivo circulante. NO PASSIVO Os empréstimos de longo prazo representam 14% do total do passivo e 48% do passivo não circulante. NO PASSIVO O passivo circulante representa 29% do passivo total. Podemos concluir que as obrigações com fornecedores representam 35% das origens de recursos de curto prazo, e os empréstimos são responsáveis por quase metade das dívidas de longo prazo. Com relação ao total de origem de recursos da empresa, verificamos que estes são distribuídos praticamente iguais, com pouca diferença percentual para as origens de terceiros. Na DRE, de 2010, da empresa Controladora, temos: O retorno bruto da empresa representa 59% das receitas obtidas. O custo de produção das vendas representa 41% das receitas obtidas. O lucro da empresa antes do IR e da CSLL representa 19% das receitas obtidas. Os impostos sobre o lucro representam 6% das receitas obtidas. O lucro líquido representa 13% das receitas obtidas. DRE X RECEITAS, CUSTOS e DESPESAS -> Podemos concluir que das receitas obtidas, 41% deverão cobrir os custos de produção e, após descontar as despesas e os impostos, a empresa obtém um retorno líquido a ser distribuído aos acionistas e reinvestido no percentual de 13%. Análise vertical comparativa Fizemos análises verticais referentes ao ano de 2010 e vimos o comportamento de algumas contas no ano citado. Todavia, se faz necessária uma comparação entre os anos (dois ou mais) para acompanhar o andamento da empresa e, a partir daí, serem tomadas as decisões de acordo com os objetivos de cada usuário das demonstrações. Vejamos, então, alguns exemplos. Ao ver esses números, podemos pensar: O que ocasionou essa perda percentual de lucro? O preço de venda e os custos estão satisfatórios? Estão acompanhando o mercado? Os gestores, então, vão buscar essas informações em seus relatórios contábeis e como usuários externos das demonstrações de outras empresas. Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 9 Análise horizontal Esta análise tem como objetivo verificar a evolução das Contas Patrimoniais e de Resultado, comparativamente entre os anos. Assim, calculamos os percentuais da seguinte maneira: ATENÇÃO Na fórmula, o número 1 representa o valor anterior contido no atual, que devemos descontar para obtermos apenas a variação. Multiplicamos por 100 para transformar a variação em percentual. É importante ressaltar que as variações podem ser positivas e negativas. Elas também devem ser analisadas em conjunto com sua representatividade no grupo (Análise Vertical). NO ATIVO O montante de Caixa e Equivalentes, entre 2009 e 2010, diminuiu em R$ 48.338, ou seja, teve uma redução de 19%. O montante do ativo circulante, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 85.956, ou seja, teve uma evolução de 9%. O montante do ativo não circulante, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 244.586, ou seja, apresentou uma evolução de 18%. NO PASSIVO O montante do passivo circulante, entre 2009 e 2010, diminuiu em R$ 195.388, ou seja, teve uma redução de 21%. Note que, por se tratar do montante de obrigações, esta é uma redução positiva para a empresa. O montante do passivo não circulante, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 408.250, ou seja, teve uma evolução de 208%8%. Note que, por se tratar do montante de obrigações, está é uma evolução negativa para a empresa. Deve-se, neste caso, verificar por meio das notas explicativas, a que se deve esse aumento. Pode ser para financiar capital de giro ou imobilizado, por exemplo. NO ATIVO O montante do PL, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 117.680, ou seja, teve uma evolução de 10% em sua riqueza própria. NA ADRE Análise Das Demonstrações Financeiras – GST 0471 – Aulas 1 à 3 – Pag: 10 O montante das receitas obtidas entre 2009 e 2010 aumentouem R$ 921.153, ou seja, teve uma evolução de 20% em suas vendas. O montante de retorno operacional, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 240.404, ou seja, teve uma evolução de 30%. O montante do IR e da CSLL, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 180.278, ou seja, a carga tributária federal da empresa aumentou em 40%. O montante do IR e da CSLL, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 180.278, ou seja, a carga tributária federal da empresa aumentou em 40%. O retorno líquido da empresa, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 60.126, ou seja, o retorno para seus acionistas evoluiu em 9%.
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