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Análise das Demonstrações Contábeis - Nova Concursos - 2020tcdf

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ÍNDICE
Retorno sobre o capital empregado. Componentes, retorno sobre o Ativo, alavancagem financeira e retorno sobre 
o Patrimônio Líquido. Economic Value Aded (EVA) (Lucro Residual). Ebitda. Indicadores. ...................................................... 01
Análise da lucratividade: análise da formação do resultado, análise da Receita, análise dos custos dos produtos 
vendidos/serviços prestados, análise das despesas e análise da variação. Indicadores. ......................................................... 04
Análise de liquidez. Análise do fluxo de caixa, ........................................................................................................................................... 07
análise do ciclo operacional e análise do ciclo financeiro. Indicadores ........................................................................................... 08
Análise da estrutura de capital e da solvência. Indicadores e medidas de solvência. ............................................................... 09
Informações extraídas das Notas Explicativas. .......................................................................................................................................... 10
Análise horizontal e vertical. Análise de tendências. Grupos de comparação. ............................................................................. 10
Indicadores de mercado. ................................................................................................................................................................................... 12
Limitações da análise por indicadores. .......................................................................................................................................................... 12
Considerações de natureza não financeira (qualitativa). ........................................................................................................................ 13
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RETORNO SOBRE O CAPITAL 
EMPREGADO. COMPONENTES, 
RETORNO SOBRE O ATIVO, 
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E 
RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO. ECONOMIC VALUE ADED 
(EVA) (LUCRO RESIDUAL). EBITDA. 
INDICADORES.
 RETORNO SOBRE O CAPITAL EMPREGADO
O retorno sobre o capital empregado, conhecido 
como ROCE (Return On Capital Employed) é um indica-
dor ainda pouco utilizado no Brasil. Sua função é deter-
minar o nível de eficiência de uma companhia a partir de 
um capital nela investido.
Quanto maior seu resultado, maior é a qualidade em 
aplicar seu recurso na geração de valores na área inves-
tida.
Vejamos suas fórmulas:
ROCE = ou
ROCE = 
*EBIT (Earnings Before Interest And Taxes), significa 
lucros antes dos juros.
 COMPONENTES, RETORNO SOBRE O ATIVO, ALA-
VANCAGEM FINANCEIRA E RETORNO SOBRE O PA-
TRIMÔNIO LÍQUIDO
COMPONENTES
A rentabilidade é um dos principais indicadores de 
desempenho da gestão de uma empresa, apresentando 
o quanto este negócio é capaz de gerar retorno financei-
ro a partir dos investimentos realizados.
Os índices de rentabilidade podem ser em relação aos 
investimentos financeiros, aos seus ativos, ao patrimônio 
líquido
São do tipo, “quanto maior, melhor”, ou seja, quanto 
maior o resultado do índice, mais rentável e lucrativa é 
aquela empresa para os acionistas e todo seu público de 
interesse.
Existem diversos índices de rentabilidade, os princi-
pais são:
ROA (Returns On Assets) – Retorno sobre o Ativo,
ROE (Return On Equity) – Retorno sobre o Patrimônio 
Líquido, e
ROI (Returns On Investment) Retorno sobre Investi-
mentos.
RETORNO SOBRE O ATIVO
O retorno sobre o ativo, também chamado de ROA 
(Return On Assets), é um índice que apresenta a margem 
líquida que a empresa consegue obter em relação aos 
investimentos realizados em ativo.
A empresa investe em ativos para desempenhar sua 
atividade principal, ou seja, obter receitas e lucros com 
isso. Quanto maior lucro líquido ela obtiver em relação a 
seus ativos, melhor.
Sua fórmula é:
ROA = 
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
A Alavancagem financeira é o valor que a empresa 
busca com terceiros para expandir suas atividades. Em 
muitos casos, o empresário tem ótimas ideias, porém, 
não tem o capital, é preciso optar pelo crédito no merca-
do, ou seja, à alavancagem financeira para que o negócio 
siga em frente.
No entanto, podem ocorrer situações em que a em-
presa recorra a terceiros, não pelo fato da falta de capital, 
pelo contrário; suas atividades estão em plena expansão 
e não é interessante usar recursos próprios para não afe-
tar seu fluxo de caixa. Então, tomar dinheiro emprestado 
não é sinônimo de mal estar financeiro.
Muitos cálculos e análises devem ser realizados antes 
da alavancagem financeira; pois só valerá a pena se o 
retorno desse investimento for suficiente para quitar o 
crédito, seus juros e ainda, para que se apurem os lucros 
após essa transação. Esse é o resultado do grau de ala-
vancagem financeira (GAF) que ficará no fluxo de caixa 
da empresa.
O (GAF) é um excelente indicador para saber o nível 
do risco ao qual o empresário está se submetendo se 
adotar essa estratégia, pois sempre existe um risco finan-
ceiro quando outra fonte de capital e o investimento es-
tiverem alavancados.
Segue a fórmula do GAF:
GAF = 
Dois cenários podem ser projetados, ao analisar o 
GAF:
= (igual) a 1: em que o risco financeiro da alavanca-
gem é baixo
< (menor) que 1: considerado favorável satisfatório, 
nesta situação o retorno a ser recebido, será maior que 
os rendimentos dos juros.
RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O retorno sobre o patrimônio líquido (PL), mais co-
nhecido como ROE (Return On Equity) é uma medida de 
rentabilidade sobre o capital que os acionistas colocaram 
na empresa, através do PL.
Geralmente, o PL é conseqüência de capital que os 
acionistas aplicaram na fundação da empresa ou em vir-
tude de lucros retidos ao longo dos anos.
A fórmula para cálculo do retorno sobre o patrimônio 
líquido é:
ROE = 
O ROE pode ser calculado de diversas formas:
pelo PL atual,
através do PL médio dos últimos doze meses, e
pelo PL inicial dos últimos doze meses.
O ROE é muito importante, pois mensura o quan-
to existe de rentabilidade sobre o capital empregado. 
Quanto mais a empresa lucra com menos capital, melhor 
é. Representa uma métrica de qualidade.
A empresa que apresenta uma rentabilidade maior 
consegue crescer mais rápido. 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1 - (TJ/PA – ANALISTA JUDICIÁRIO CIÊNCIAS CON-
TÁBEIS – SUPERIOR – CESPE – 2020) Assinale a opção 
que apresenta um indicador cujo cálculo relaciona itens 
da demonstração do resultado do exercício com itens do 
balanço patrimonial.
a) índice de endividamento geral
b) margem bruta
c) retorno sobre o investimento
d) imobilização dos capitais permanentes
e) liquidez corrente
Resposta: Letra C
Rentabilidade sobre investimento é o mesmo que ren-
tabilidade sobre o total das aplicações (ativo total); em 
inglês Return on Investment. ROI = LL / AT.
2 - (ARTESP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE 
TRANSPORTE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – SU-
PERIOR – FCC – 2017) A análise das demonstrações 
financeiras é utilizada, normalmente, para a tomada de 
decisão de investimento. A Taxa de Retorno sobre o Ativo 
mede o 
desempenho dos ativos de uma empresa e seu im-
pacto no custo de oportunidade do capital próprio. 
desempenho de uma empresa na utilização de ativos 
para gerar lucro, levando-se em consideração o custo do 
financiamento destes ativos. 
total de vendas da empresa produzida com o seu ati-
vo, gerando um índice de eficiência no uso dos ativos. 
impacto da participação dos ativos da empresa no lu-
cro antes dos juros, depreciação e amortização. 
desempenho de uma empresa na utilização de ativospara gerar lucros, independentemente de como finan-
ciou a aquisição desses ativos.
Resposta: Letra E
A taxa de retorno sobre o ativo total mensura a efi-
ciência global da empresa em gerar lucros com seus 
ativos disponíveis; também chamada retorno sobre 
investimento (ROI), quanto maior for o rendimento da 
empresa sobre o total de ativos, melhor.
3 - (CELESC – CONTADOR – SUPERIOR – FEPESE – 
2018) A avaliação do desempenho pode também ser 
processada por meio do retorno do ativo total, promo-
vendo importantes adicionais sobre a evolução da situa-
ção econômica da empresa.
Considere os dados e as informações relativas à empresa 
Energia Verde:
Balanço Patrimonial Energia Verde (31/12/XX)
O retorno sobre o ativo total (ROA) é de:
a) 9,62%.
b) 10,80%.
c) 11,20%.
d) 12,27%.
e) 17,20%.
Resposta: Letra B
O retorno sobre o ativo total é a razão entre o Lucro 
Líquido e o Ativo.
1.825 / 16.894 = 10,80 %
 ECONOMIC VALUE ADED (EVA) (LUCRO 
RESIDUAL); EBITDA. INDICADORES;
ECONOMIC VALUE ADED EVA (LUCRO RESIDUAL)
EVA (Economic Value Added) é um indicador do valor 
econômico agregado que possibilita a executivos, acio-
nistas e investidores uma nítida visão acerca da rentabili-
dade do capital empregado na empresa. Ou seja, mostra 
se este foi bem ou mal investido em termos de geração 
de riquezas para o empreendimento, possibilita analisar 
o resultado, os recursos aplicados e a estrutura de capi-
tal – sabe-se que a ideia de criação do EVA deu-se com 
a finalidade de avaliar se ‘a cada ano’ a empresa está ga-
nhando dinheiro suficiente para pagar o custo do capi-
tal que administra. Isso significa dizer que de uma forma 
direta é o lucro líquido operacional depois dos impostos 
(NOPAT – net operating profit after taxes) deduzido do 
custo de capital de terceiros e do custo de capital pró-
prio.
Um EVA negativo não significa necessariamente que 
a companhia esta a beira da falência, mas é um alerta 
para os sócios repensarem suas estratégias de atuação: o 
capital investido na empresa não está sendo remunera-
do a uma taxa mínima que compense o risco envolvido 
no negócio. Diante dessa situação, cabe a companhia re-
pensar sua atuação: realocar ativos, idealizar novos pro-
dutos, buscar novos mercados, investir em projetos mais 
rentáveis ou ate mesmo desinvestir, alocando o capital 
em outro tipo de negócio.
Em geral o conselho de acionistas estabelece uma 
taxa de remuneração para o capital investido que traduz 
as expectativas destes e serve de meta para a empre-
sa em suas projeções orçamentárias. Essa taxa varia de 
empresa para empresa, mas no mínimo os acionistas es-
peram algo que recupere a inflação e acrescente algum 
ganho ao capital; o chamado custo de oportunidade.
Existem quatro abordagens distintas do EVA:
 EVA – formulação contábil do lucro líquido: a de-
terminação do EVA acontece com a dedução do 
valor pago para remunerar os recursos captados 
dos acionistas, também conhecido como capital 
próprio. Por esta abordagem considera-se que os 
juros pagos na captação de recursos alheios (ca-
pital de terceiros) já foram abatidos das receitas 
como despesas financeiras, originando o lucro lí-
quido;
 EVA – formulação contábil do lucro operacio-
nal: nesta concepção o cálculo do EVA realizado 
com a subtração dos valores que remuneraram os 
recursos captados junto a terceiros, bem como o 
capital próprio, do lucro operacional (ou NOTPAT);
 EVA – formulação financeira do RROI: o cálculo do 
EVA considera, por este enfoque, a aplicação do 
percentual do RROI (residual returnon investment) 
sobre o total dos recursos captados (investimen-
to total). O RROI, segundo tais autores, é o “spre-
ad entre a taxa de retorno de uma empresa (ROI) 
menos o seu respectivo custo de capital.”;
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 EVA – formulação financeira do WACC: é o enfoque 
mais tradicional de obtenção do EVA deduzindo-
-se do lucro operacional (NOPLAT) a parcela resul-
tante do WACC (sigla de Weight Average Costof 
Capital, que expressa o custo médio ponderado do 
capital, ou o custo de oportunidade da empresa 
obtido pela ponderação dos custos dos capitais 
próprios e de terceiros).
NOPAT = lucro operacional liquido depois do impos-
to, em que as despesas financeiras não estão incluídas.
WACC = custo médio ponderado de capital.
Capital = capital investido tanto o capital próprio 
como o capital de terceiros.
Fórmula:
EVA = LOLAI – C% x TC
LOLAI = lucro operacional liquido após imposto.
C% = custo percentual do capital, ou seja, a remune-
ração que o acionista deseja.
TC = capital total
Conclui-se que no atual cenário competitivo pelo 
qual as empresas estão sujeitas é recomendável que os 
seus gestores e proprietários se baseiem em padrões de 
desempenho ou em níveis altos. Dentro desse contex-
to, a abordagem do EVA se apresenta como uma melhor 
forma de mensurar os resultados da empresa. Muitos 
gestores estão satisfeito em apresentar um lucro líquido 
contábil positivo, no entanto, isso necessariamente, não 
reflete o real resultado almejado pelos investidores. Pelo 
ECONOMIC VALUE ADDED (EVA®), os gestores passam 
a visualizar se os negócios estão ou não agregando va-
lor para os acionistas. Se não estiverem, os investidores 
certamente irão buscar alternativas distintas de negócio 
que remunerem o seu capital. Logo, todos na organiza-
ção irão procurar desempenhar as atividades de forma a 
gerar um EVA positivo (e não apenas um lucro contábil 
positivo). É claro que qualquer processo orçamentário 
apresenta virtudes e limitações, mas cabe aos gestores 
observarem tais falhas e contorná-las de modo a adaptar 
o sistema para atingir o melhor resultado possível.
EBITDA
Ebitda (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation 
And Amortization), representa o cálculo do lucro da 
empresa, antes de pagar impostos, juros, depreciação e 
amortização.
No Brasil, também é conhecido como LAJIDA (Lucros 
antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização).
É um indicador financeiro muito utilizado no mercado 
de capitais, principalmente pelas companhias de capital 
aberto. Porém, algumas empresas de pequeno e médio 
portes também podem fazer uso dele.
Com ele, é possível identificar quanto a empresa está 
gerando com sua atividade central. 
Seu objetivo principal é demonstrar apenas o lucro 
operacional da empresa, por isso, exclui de seus cálculos 
alguns custos que não fazem parte do negócio principal 
da empresa, como custos com investimentos financeiros, 
empréstimos, impostos, etc.
Um Ebitda positivo representa que a empresa está sim 
lucrando com seu negócio central.
Para entender o cálculo do Ebitda, vamos partir de uma 
Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) fictício de 
uma empresa Betha, que possui Receita Operacional Bru-
ta de R$ 17.000,00.
DRE Empresa Betha
Receita Operacional 17.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta (1.100,00)
(=) Receita Operacional Líquida 15.900,00
(-) CMV (7.500,00)
(=) Lucro Bruto 8.400,00
(-) Despesas Operacionais (3.000,00)
Despesas com Vendas (1.700,00)
Despesas Gerais e Administrativas (1.300,00)
(=) Lucro Operacional 5.400,00
DRE Empresa Betha
Receita Operacional 17.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta (1.100,00)
(=) Receita Operacional Líquida 15.900,00
(-) CMV (7.500,00)
(=) Lucro Bruto 8.400,00
(-) Despesas Operacionais (3.000,00)
Despesas com Vendas (1.700,00)
Despesas Gerais e Administrativas (1.300,00)
(=) Ebit 5.400,00
(+) Depreciação e Amortização 700,00
(=) Ebitda 6.100,00
(=) Ebitda em Percentual da Receita Operacio-
nal Bruta
35,88%
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1 - (LIQUIGÁS – PROFISSIONA JÚNIOR AUDITORIA – 
SUPERIOR – CESGRANRIO – 2018) A companhia F de 
capital fechado e grande porte apresentou as seguintes 
informações, em milhares de reais, quando do encerra-
mento das contas de resultado do exercício social, retira-
dasdas respectivas contas do razão para apuração 
contábil do resultado (ARE), em 31 de dezembro de 2016.
Custo das mercadorias vendidas 2.600 
Despesa de depreciação 60 
Despesas com vendas 240 
Despesas financeiras 175 
Despesas administrativas e gerais 300 
Imposto de renda e CSLL (do exercício) 37 
Vendas líquidas 4.000
Considerando as informações recebidas, a lei societá-
ria para a elaboração da demonstração do resultado do 
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exercício de 2016 e procedimentos técnico-conceituais de análise de balanço, o EBITDA, em 31/12/2016, em milhares 
de reais, é
a) 860
b) 800
c) 740
d) 685
e) 625
Resposta Letra: A
Vendas Líquidas 4.000,00
(-) CMV (2.600,00)
(-) Despesas com Vendas (240,00)
(-) Despesas Administrativas e Gerais (300,00)
(=)Ebitda 860,00
2 - (SUSIP/PA – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS – SUPERIOR - AOCP – 2018) 
Considere que uma empresa possui capital total de $ 1.000.000,00 formados por 40% de capital emprestado a juros 
de mercado (por exemplo, a 50% real ao ano) e os 60% restantes são referentes ao Patrimônio Líquido da empresa, 
com taxa de retorno desejada pelos acionistas de 25% ao ano. Assumindo que o lucro líquido, após o pagamento dos 
impostos, seja de $ 500.000,00, o valor do EVA (Economic Value Aded) será de
a) 50.000,00.
b) 100.000,00.
c) 150.000,00.
d) 200.000,00.
e) 250.000,00.
Resposta Letra: C
Capital Total: $ 1.000.000
- 40% de capital emprestado a juros de mercado (50%/ano)
- 60% são referentes ao PL, com taxa de retorno desejada pelos acionistas de 25%/ano.
Assumindo que o lucro líquido, após o pagamento dos impostos, seja de $ 500.000.
WACC=40%*50%/ano + 60%*25%/ano=35%/ano
EVA=Lucro Operacional – (WACC x Capital Total)=$ 500.000-$ 1.000.000*35%=$ 150.000
ANÁLISE DA LUCRATIVIDADE: ANÁLISE DA FORMAÇÃO DO RESULTADO, ANÁLISE DA 
RECEITA, ANÁLISE DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS/SERVIÇOS PRESTADOS, 
ANÁLISE DAS DESPESAS E ANÁLISE DA VARIAÇÃO. INDICADORES. 
ANÁLISE DA LUCRATIVIDADE
A lucratividade é um indicador de eficiência operacional obtido sob a forma de valor percentual, que indica o ganho 
que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que desenvolve. É também um dos principais indicadores econômicos 
da empresa, ligado diretamente com a competitividade do negócio.
Quanto maior a lucratividade, melhor. Alguns fatores podem afetar a lucratividade:
1. Queda nas vendas;
2. Aumento dos prazos de vendas;
3. Aumento das despesas financeiras;
4. Diminuição da margem de contribuição;
5. Estoque com giro lento;
6. Gastos fixos aumentando constantemente;
7. Crescentes perdas com inadimplência;
8. Necessidade constante de trabalhar com descontos de cheques e duplicatas.
Fórmula da lucratividade:
Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Total) x 100.
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ANÁLISE DA FORMAÇÃO DO RESULTADO
A análise de resultados é obrigatória para compreen-
der o desempenho do negócio e encontrar soluções e 
estratégias.
O resultado pode ser igual a Lucro ou Prejuízo. O cál-
culo funciona da seguinte forma:
Resultado = Receitas – (Custos + Despesas)
Quando as receitas são maiores que os custos e des-
pesas, o resultado é positivo, e será chamado de Lucro. 
No entanto, pode ocorrer de custos e despesas ultrapas-
sarem as receitas, nesse cão o resultado negativo será 
chamado de Prejuízo.
Abaixo, temos um exemplo simplificado de uma apu-
ração de resultados, com relação a empresa Ômega:
Apuração do Resultado da empresa Ômega
(+) Receita de Serviços 42.000,00
(-) Marketing (8.000,00)
(-) Energia Elétrica (1.000,00)
(-) Aluguel (2.500,00)
(-) Licenças de Softwares (1.600,00)
(-) Conta Telefônica (120,00)
Teremos:
(=) Total das Receitas 42.000,00
(-) Total das Despesas (13.220,00)
(=) Resultado (Lucro) 28.780,00
Como o total das receitas superou o valor total das 
despesas, a empresa Ômega alcançou um resultado po-
sitivo, ou seja, um Lucro de R$ 28.780,00
Agora vejamos a apuração simplificada do resultado 
da empresa Gamma:
Apuração do Resultado da empresa Gamma
(+) Receita de Serviços 22.000,00
(-) Marketing (11.000,00)
(-) Energia Elétrica (2.000,00)
(-) Aluguel (5.500,00)
(-) Licenças de Softwares (3.700,00)
(-) Conta Telefônica (250,00)
Logo,
(=) Total das Receitas 22.000,00
(-) Total das Despesas (22.450,00)
(=) Resultado (Prejuízo) (450,00)
Neste caso, o total das despesas superou o valor total 
das receitas, a empresa Gamma alcançou um resultado 
negativo, ou seja, um Prejuízo de R$ 450,00.
Após essa análise, os gestores deverão identificar o 
motivo do Prejuízo e avaliar estratégias para mudar este 
quadro e aumentar o resultado da empresa.
É muito importante observar com atenção todos os 
gastos, identificando os que não forem necessários para 
a operação do negócio, mantendo apenas os que sejam 
indispensáveis para manter a qualidade das mercadorias. 
Caso seja preciso manter todos os custos existentes, 
é possível ainda buscar a substituição de sistemas de ge-
renciamento, equipamentos, fornecedores, etc.
ANÁLISE DA RECEITA
As receitas fazem parte do resultado da empresa. 
Através das demonstrações contábeis podem ser vi-
sualizadas na Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE) e são responsáveis pela formação do lucro do exer-
cício.
As receitas estão relacionadas com a atividade central 
da organização, como venda de produtos, mercadorias 
ou serviços e são a principal fonte de renda. A receita 
total de uma empresa é um dos indicadores importan-
tes para a compreensão da atual situação financeira pela 
qual está passando.
Também conhecida como faturamento, a receita total 
é calculada através da quantidade de produtos/serviços 
vendidos x a quantidade de produtos/serviços vendidos.
Segue abaixo, a apresentação da fórmula:
Receita Total = P (preço) x Q (quantidade)
De acordo com a fórmula, é possível aumentar a re-
ceita, caso se aumente uma das variáveis Preço ou Quan-
tidade. Porém, na prática, não é bem assim que ocorre, 
pois a empresa muitas vezes não tem poder de esco-
lher o preço praticado no negócio. Isso porque o preço é 
dado pelo equilíbrio entre oferta e demanda do mercado 
em que atua. 
Muitas vezes, a empresa só poderá aumentar sua re-
ceita produzindo mais quantidades e vendendo mais. O 
que pode apenas parecer simples, mas nem sempre há 
procura para mais produtos nesse mercado.
Logo, o excesso da oferta de um produto no merca-
do tende a baixar o preço praticado, causando com isso, 
uma queda na receita total.
A receita líquida também é um indicador financeiro 
muito interessante. Para calculá-la são incluídas devolu-
ções e abatidos todos os impostos sobre vendas e tam-
bém os descontos comerciais. Mas, nesse mesmo cálculo 
são incluídas juros e ganhos com aplicações financeiras.
Quando comparamos esses dois tipos de recei-
tas, notamos que um aumento na receita bruta, não 
implica necessariamente uma elevação da receita lí-
quida; mas sim, que o negócio principal da empresa 
está crescendo e gerando ótimos resultados positivos. 
 
ANÁLISE DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) é um importante 
indicador para a gestão de indústrias e pequenos pro-
dutores.
O CPV representa todos os custos atribuídos direta-
mente aos produtos, como matéria prima, energia elé-
trica, manutenção e depreciação de máquinas, mão de 
obra, etc. 
O gestor utiliza o CPV como forma de controle para 
seus gastos e saber se está gerando lucros com a comer-
cialização de seus produtos.
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A análise e acompanhamento do CPV também per-
mitem ao empresário, dar valor ao seu estoque e mudara dinâmica de seus custos, caso a empresa dê indício de 
prejuízo; com a busca de novos fornecedores, equipa-
mentos mais atualizados, mão de obra mais 
qualificada, etc.
A fórmula para cálculo do CPV é a seguinte:
CPV = EI + (IN + MO + GGF) - EF
Onde:
EI = Estoque Inicial
IN = Insumos Utilizados nos Produtos
MO = Mão de Obra Direta
GGF = Gastos Gerais de Fabricação
EF = Estoque Final
ANÁLISE DOS CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS
Segundo Bornia (2010), “nas empresas prestadoras 
de serviços são avaliados os custos de material e custo 
da mão de obra aplicados nos serviços, além dos cus-
tos indiretos apropriados aos serviços”. O custo da mão 
de obra direta corresponde aos salários dos funcionários 
acrescidos dos encargos sociais e trabalhistas. Os custos 
indiretos compreendem os materiais indiretos, a mão de 
obra indireta e outros custos indiretos, como aluguel e 
equipamentos, depreciação de equipamentos e manu-
tenção. Para apropriar os custos indiretos, as empresas 
podem dividir seus departamentos em auxiliares e pro-
dutivos e, depois, aplicar os conceitos de apropriação 
(BORNIA, 2010).
A empresa deve calcular o custo de seu serviço para 
se certificar de que o mesmo não ultrapasse o resultante 
da subtração entre preço de venda e o lucro (MEGLIO-
RINI, 2012). Para tal, são utilizados princípios e método 
de custeio. 
O método de custeio baseado em atividades é o mais 
difundido e aplicado na literatura para empresas pres-
tadoras de serviço. Conforme os artigos analisados por 
Abbas, Gonçalves e Leoncine (2012), o ABC é o mais 
adequado à estrutura atual de custos das organizações, 
pois possibilita identificar as atividades que estão consu-
mindo maior parte dos recursos e diante de uma análise 
mais detalhada sobre a agregação de valor ao serviço 
prestado podem ser eliminados ou ter seus recursos con-
sumidos minimizados. Domenico et al. (2014) aplicou o 
método de custeio ABC em uma oficina mecânica com 
sucesso. De modo geral, o método é bem visto por atri-
buir os custos indiretos de forma mais acurada e mais 
relevante no que tange à atual necessidade e realidade 
das empresas.
ANÁLISE DAS DESPESAS
Analisar as demonstrações financeiras e seus índices 
é uma estratégia dos gestores para acompanharem suas 
empresas. 
Entender principalmente quais são as despesas é um 
bom exemplo disso, principalmente a diferença entre as 
administrativas e as operacionais.
As despesas administrativas apresentam para a em-
presa o real custo para que ela se mantenha no merca-
do; pois são gastos indiretamente ligados a sua atividade 
principal. Por ex. serviços de segurança, portaria, limpeza, 
etc. Porém, caso a empresa decida aumentar sua produ-
ção, esses gastos ficarão inalterados.
Já, as despesas operacionais tem relação direta com 
o negócio central da empresa. Por ex. custos para produ-
ção de mercadorias, como matérias primas, mão de obra, 
manutenção de maquinário, etc. Nessa situação, um au-
mento na produção, afetaria seus gastos com material 
para os produtos, contratação de mão de obra adicional.
Alguns custos, como por exemplo, energia elétrica, 
fazem parte tanto das despesas administrativas como 
das operacionais, pois será utilizada no local da produ-
ção, através dos maquinários e também na área da ad-
ministração.
Assim, as despesas administrativas são o grande inte-
resse da gestão quando se trata de 
redução de custos. Ao diminuir custos fixos, menor 
será também o custo total e a decisão de quanto pro-
duzir será mais facilmente tomada, e, quanto mais uma 
empresa produzir, menor é o seu custo por unidade. 
Com o aumento de sua produção, há mais possibili-
dade de competir no mercado de seu segmento, e bus-
car ganhar em lucratividade e aumentar seus lucros.
EXERCÍCIO COMENTADO
1 - (SETRABES – CONTADOR – SUPERIOR – UERR – 
2018) Analise os saldos das contas de resultado:
Receita de serviços R$1.000,00
Receita de venda de mercadoria R$ 500,00
Despesas com vendas R$ 120,00
Despesas Administrativas R$ 76,00
Despesas Financeiras R$ 235,00
Após realizar a apuração de resultado, assinale a alterna-
tiva correta:
a) Um lucro de R$ 1.069,00.
b) Um prejuízo de R$ 1.069,00.
c) O saldo da conta ARE R$ 1.500,00.
d) O saldo da conta ARE R$ 435,00.
e) Um lucro de R$ 1.500,00.
Resposta: Letra A
RECEITA: 1000+500 = R$ 1500,00
DESPESA: 120+76+235 = R$ 431
 = 1500-431 = 1069,00 (Lucro)
2 - (SES/PR – CONTADOR – SUPERIOR – IBFC – 2016) 
Considerando (V) para verdadeiro e (F) para falso, analise 
as afirmações abaixo e assinale a alternativa que apre-
senta a ordem correta.
De acordo com a Lei 6.404/76 a demonstração do resul-
tado do exercício discriminará:
( ) A receita líquida das vendas e serviços, o custo das 
mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto.
( ) As despesas com as vendas, as despesas financeiras, 
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administra-
tivas, e outras despesas operacionais.
( ) O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as 
outras despesas.
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( ) As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício
( ) O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu mon-
tante por ação do capital social
a) V -V -V -F -V.
b) F - V - F - V - F.
c) F - F - V - V - V.
d) F - V - V - F - V
Resposta: Letra A
Lei 6.404/76: 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício 
discriminará:
 I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções 
das vendas, os abatimentos e os impostos;
 II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das 
mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
 III - as despesas com as vendas, as despesas finan-
ceiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais 
e administrativas, e outras despesas operacionais;
 IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras recei-
tas e as outras despesas;
 V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre 
a Renda e a provisão para o imposto;
 VI – as participações de debêntures, empregados, 
administradores e partes beneficiárias, mesmo na 
forma de instrumentos financeiros, e de institui-
ções ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como des-
pesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e 
o seu montante por ação do capital social 
Art. 186. A demonstração de lucros 
ou prejuízos acumulados discriminará 
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do 
exercício
3 - (TJ/AM – ANALISTA JUDICIÁRIO – SUPERIOR – 
CESPE – 2019) Com relação a operações que envolvem 
resultado do exercício e a métodos de custeio das enti-
dades comerciais, julgue o item que se segue.
As despesas operacionais são obtidas pela análise da de-
monstração dos fluxos de caixa.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: ERRADO
A teoria patrimonialista classifica as contas de despe-
sas e receitas como contas de resultados, desse modo, 
as contas de despesas operacionais são obtidas por 
meio da DRE
ANÁLISE DE LIQUIDEZ. ANÁLISE DO 
FLUXO DE CAIXA,
INDICADORES DE LIQUIDEZ
CÁLCULO E ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os índices de liquidez avaliam a capacidade de paga-
mento da empresa frente a suas obrigações. Sendo de 
grande importância para a administração da continui-
dade da empresa, as variações destes índices devem ser 
motivos de estudos para os gestores.
As informações para o cálculo destes índices são 
retiradas unicamente do Balanço patrimonial, demons-
tração contábil que evidência a posição patrimonial da 
entidade, devendo ser atualizadas constantemente para 
uma correta análise. Atualmente estuda-se 4 índices de 
liquidez:
Liquidez corrente
Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto 
prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e 
a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, financiamentos, 
impostos, fornecedores). No Balanço estas informações 
são evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante 
e Passivo Circulante.
LiquidezCorrente = Ativo Circulante / Passivo Circu-
lante
A partir do resultado obtido podemos fazer a seguin-
te análise:
Resultado da Liquidez Corrente:
Maior que 1: Resultado que demonstra folga no dis-
ponível para uma possível liquidação das obrigações.
Se igual a 1: Os valores dos direitos e obrigações a 
curto prazo são equivalentes
Se menor que 1: Não haveria disponibilidade suficien-
tes para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse 
preciso.
Liquidez Seca
Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do 
cálculo acima os estoques, por não apresentarem liqui-
dez compatível com o grupo patrimonial onde estão 
inseridos. O resultado deste índice será invariavelmente 
menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com re-
lação ao estoque para a liquidação de obrigações.
Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo 
Circulante
Liquidez Imediata
Índice conservador, considera apenas caixa, saldos 
bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata 
para quitar as obrigações. Excluindo-se além dos esto-
ques as contas e valores a receber. Um índice de grande 
importância para análise da situação a curto-prazo da 
empresa.
Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante
Liquidez Geral
Este índice leva em consideração a situação a longo 
prazo da empresa, incluindo no cálculo os direitos e obri-
gações a longo prazo. Estes valores também são obtidos 
no balanço patrimonial.
Observação: A partir de 31.12.2008, em função da nova 
estrutura dos balanços patrimoniais promovida pela MP 
449/2008, a fórmula da liquidez geral será:
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Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Lon-
go Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
Análise dos índices
Para uma ampla e correta análise de liquidez da em-
presa é aconselhável o estudo dos 4 índices de forma 
simultânea e comparativa, sempre observando quais são 
as necessidades da empresa, qual o ramo do mercado 
em que ela está inserida e quais as respostas que os ges-
tores procuram ao calcular estes índices. Um balanço 
patrimonial bem estruturado com a correta classificação 
das contas pela contabilidade irá gerar índices de quali-
dade para uma melhor tomada de decisão dos gestores.
ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL 
E ANÁLISE DO CICLO FINANCEIRO. 
INDICADORES
INDICADORES
Os indicadores de atividade são ferramentas que au-
xiliam na mensuração do desempenho nas etapas do ci-
clo operacional de uma empresa. Um indicador de ativi-
dade apresenta como se comporta a gestão do negócio 
em cada uma das diversas fases de um ciclo. Logo, não é 
interessante calcular e analisar um indicador individual-
mente.
Os principais indicadores de atividade são:
Prazo Médio de Estocagem (PME): Tempo médio em 
que o estoque permanece na empresa.
Prazo Médio de Estocagem = x 360
Prazo Médio de Recebimento de Clientes (PMR): Pe-
ríodo médio entre a data da aquisição do produto e o 
pagamento ao fornecedor. 
Prazo Médio de Recebimento dos Clientes = x 360
Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores (PMP): 
Tempo médio entre a venda e o recebimento do valor.
Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores = x 
360
ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL
É o tempo que leva desde a empresa adquire seus 
produtos, até quando recebe o pagamento de seus clien-
tes. Isso dependerá de todo prazo dado para os clientes 
e também o tempo em que os estoques ficarão com a 
empresa.
Quando a empresa demora em vender ou para re-
ceber de seus clientes, o ciclo operacional será elevado.
Quando a análise é realizada no ciclo operacional, 
quanto menor os dias deste ciclo, melhor será para a em-
presa. Para efeito de comparação, a análise ocorre com 
empresas do mesmo segmento, assim, o tempo do ci-
clo operacional é muito próximo. Abaixo, a fórmula para 
análise do ciclo operacional:
Ciclo Operacional = Prazo Médio de Estocagem + 
Prazo Médio de Recebimento
ANÁLISE DO CICLO FINANCEIRO
É a contagem do tempo que ocorre entre o paga-
mento realizado aos fornecedores e o recebimento dos 
valores referente às vendas dos produtos adquiridos pela 
empresa.
Manter o controle do ciclo financeiro é uma das pra-
ticas dos gestores para garantir uma ótima saúde finan-
ceira.
Quando analisam este ciclo, os responsáveis pre-
tendem buscam encontrar um intervalo mínimo entre 
aquisição e venda do produto, promovendo mais rapi-
damente um retorno financeiro. Isso evita também que 
a empresa tenha que utilizar seu capital de giro, ou até 
mesmo, buscar recursos de terceiros no mercado, para 
que seu negócio permaneça em funcionamento.
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo de Paga-
mento aos Fornecedores
EXERCÍCIO COMENTADO
1 - (MPC/PA – ANALISTA MNISTERIAL ADMINISTRA-
ÇÃO – SUPERIOR – CESPE – 2019) Uma empresa quita 
suas contas a pagar no décimo dia após a compra. O pra-
zo médio de recebimento é de 30 dias e a idade média 
do estoque é de 40 dias. Atualmente, a empresa investe 
R$ 36 milhões em seu ciclo operacional e analisa um pla-
no que estenda o prazo médio de pagamento das suas 
compras em 20 dias. Essa empresa obtém 10% ao ano 
em suas aplicações.
Considerando-se que não exista desconto por pagamen-
to rápido de contas a receber e que um ano correspon-
da a 360 dias, é correto afirmar que o resultado final da 
economia a ser obtida com o referido plano será igual a 
a) R$ 400.000.
b) R$ 1.200.000.
c) R$ 2.000.000.
d) R$ 5.000.000.
e) R$ 6.000.000.
Resposta: Letra B
Ao estender o prazo de pagamento de contas a 
pagar em 20 dias o prazo anterior, chega-se a 30 
dias (10+20). Assim, R$ 36 milhões/30 = R$ 1.200,000.
2 - (CFC – BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2º 
EXAME – SUPERIOR – CONSULPLAN – 2019) Uma em-
presa apresentou os seguintes Balanços Patrimoniais en-
cerrados em 31/12/20X0 e 31/12/20X1.
Considerando apenas os dados apresentados, assina-
le a alternativa correta.
a) O Capital de Giro Líquido diminuiu em R$ 332.000,00 
de 20X0 para 20X1.
b) O Capital de Giro Líquido aumentou em R$ 108.000,00 
de 20X0 para 20X1.
c) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 
440.000,00 de 20X0 para 20X1.
d) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 
1.200.000,00 de 20X0 para 20X1.
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Resposta: Letra A
Capital de Giro Líquido: Ativo Circulante - Passivo Cir-
culante
AC = 1.515,00 - 1.080 = 435,00 (diminuiu)
PC = 683,00 - 580,00 = 103,00 (aumentou)
CGL = 332,00 (resultado da diminuição)
ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL 
E DA SOLVÊNCIA. INDICADORES E 
MEDIDAS DE SOLVÊNCIA. 
ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL
Nas empresas, a estrutura de capital influencia direta-
mente no custo e no valor do capital. Assim, os índices de 
estrutura de capital são utilizados para apoiar a avaliação 
financeira da organização.
Os indicadores de estrutura são um conjunto de in-
formações que vão apresentar como está a situação do 
capital da empresa, como este capital e o ativo estão dis-
tribuídos, se essa empresa é financiada com capital pró-
prio ou com o de terceiros. Eles indicam o valor total da 
dívida e se há capacidade de pagamento.
Na estrutura de capital estão inclusos dívidas de curto 
e longo prazos e patrimônio dos acionistas.
Os indicadores mais utilizados nas análises da estru-
tura de capital das empresas são:
Dívida Líquida sobre o Patrimônio Líquido é um indi-
cador de endividamento e de saúde financeira de uma 
empresa. Avalia a alavancagem financeira de uma com-
panhia em relação ao seu Patrimônio Líquido.
Se o resultado for negativo, quer dizer que a empresa 
está com caixa líquido positivo; pois quanto maior é o 
resultado, mais altaé também a dívida de seu Patrimônio 
Líquido.
Dívida Líquida sobre o Patrimônio Líquido = x 100
EG (Índice de Endividamento Geral) – É um índice fi-
nanceiro usado para entender até que ponto os ativos de 
uma empresa estão financiados com recursos de tercei-
ros. Quanto menor o resultado, mais saudável financeira-
mente estará a empresa.
EG = x 100
O Índice de Cobertura de juros é a métrica do quanto 
a receita operacional pode diminuir antes que a empresa 
cubra seus custos anuais e se há geração suficiente de 
lucro para honrar as despesas com pagamento de juros. 
Índice de Cobertura de Juros = 
*Resultado Financeiro = Receitas Financeiras – Des-
pesas Financeiras
SOLVÊNCIA
A solvência é conhecida como a capacidade que a 
empresa tem em honrar todas as obrigações financeiras, 
dentro do vencimento, permanecendo ainda com saldo 
em seu fluxo de caixa, proporcionando lucros e garantin-
do sua existência no mercado.
EXERCÍCIO COMENTADO
1 - (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JUNIOR CIÊNCIAS 
CONTÁBEIS – SUPERIOR – CESGRANRIO – 2015) A 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro, do Comitê de Pronun-
ciamentos Contábeis, conhecido na prática por CPC 00, 
estabelece que a informação sobre a natureza e os mon-
tantes de recursos econômicos e reivindicações da enti-
dade que reporta a informação podem auxiliar usuários 
a identificarem a fraqueza ou o vigor financeiro da enti-
dade que reporta a informação.
Nesse enfoque, essa informação pode servir de auxílio 
para que os usuários da entidade
a) analisem as contas e compreendam a composição do 
endividamento.
b) apurem o grau de participação e definam a estrutura 
de capitais.
c) avaliem a liquidez e a solvência da entidade.
d) identifiquem os registros e evidenciem a situação pa-
trimonial.
e) levantem os ajustes patrimoniais e entendam sua es-
trutura.
Resposta: Letra C
CPC 00 Estrutura Conceitual para Elaboração e Divul-
gação de Relatório Contábil-Financeiro
Recursos econômicos e reivindicações
OB13. Informação sobre a natureza e os montantes de 
recursos econômicos e reivindicações da entidade que 
reporta a informação pode auxiliar usuários a identifi-
carem a fraqueza e o vigor financeiro da entidade que 
reporta a informação. Essa informação pode auxiliar 
os usuários a avaliar a liquidez e a solvência da enti-
dade que reporta a informação, suas necessidades em 
termos de financiamento adicional e o quão prova-
velmente bem sucedido será seu intento em angariar 
esse financiamento. Informações sobre as prioridades 
e as exigências de pagamento de reivindicações vi-
gentes ajudam os usuários a predizer de que forma 
fluxos de caixa futuros serão distribuídos entre aque-
les com reivindicações contra a entidade que reporta 
a informação
2 - (TJ/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO CONTADOR – SU-
PERIOR – IBFC – 2017) Com base nas demonstrações 
contábeis abaixo de determinada sociedade empresaria 
de capital aberto, analise os indicadores financeiros e 
responda a questão. 
Com base em dois indicadores de estrutura de capital da 
empresa, analise as afirmativas abaixo e assinale a alter-
nativa correta:
a) A composição do endividamento melhorou no perí-
odo, passando de 50,12% em 2.014 para 37,21% em 
2.015
b) A participação de capital de terceiros aumentou no 
período 2.014/2.015, melhorando os custos financei-
ros da empresa
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c) Os indicadores de composição de endividamento 
e participação de capital de terceiros mostram uma 
recuperação do ciclo operacional da empresa, pois 
conseguiu-se melhorar o período de recebimento das 
vendas
d) Nos dois anos analisados o indicador de participa-
ção de capital de terceiros foi de 170,59% em 2.014 
e 165,62% em 2.015, mostrando uma recuperação do 
patrimônio líquido e por consequência uma melhora 
na rentabilidade do período
e) Os indicadores de composição de endividamento e 
participação de capital de terceiros mostram um cres-
cimento do endividamento de curto prazo e também 
uma maior participação do capital de terceiros em re-
lação ao capital próprio no período 2.014/2.015
Resposta: Letra E
Composição do Endividamento = Passivo Circulante / 
Passivo Exigível
CE (2014) = 1.029.729 / 2.767.554 = 37,21 %
CE (2015) = 1.592.174 / 3.176.680 = 50,12%
Participação do capital de terceiros em relação ao PL 
(PCT) = Passivo exigível / Patrimônio Líquido
PCT (2014) = 2.767.554 / 1.671.011 = 1,66
PCT (2015) = 3.176.680 / 1.862.183 = 1,71
Houve um aumento no endividamento a curto prazo 
(CE) e também uma maior participação no capital de 
terceiros em relação ao capital próprio (PCT).
INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DAS NOTAS 
EXPLICATIVAS. 
 As notas explicativas contêm informações adicionais 
àquelas apresentadas no balanço patrimonial, na de-
monstração do resultado, na demonstração do resulta-
do abrangente, na demonstração dos lucros ou prejuí-
zos acumulados (se apresentada), na demonstração das 
mutações do patrimônio líquido e na demonstração dos 
fluxos de caixa. As notas explicativas fornecem descrições 
narrativas e detalhes de itens apresentados nessas de-
monstrações e informações acerca de itens que não se 
qualificam para reconhecimento nessas demonstrações. 
As notas explicativas devem: 
I) apresentar informações acerca das bases de elabo-
ração das demonstrações contábeis e das práticas 
contábeis específicas utilizadas; 
II) divulgar as informações relevantes que não tenham 
sido apresentadas em outras partes das demons-
trações contábeis; 
III) prover informações que não tenham sido apresen-
tadas em outras partes das demonstrações contá-
beis, mas que sejam relevantes para compreendê-
-las. 
A entidade deve indicar em cada item das demons-
trações contábeis a referência com a respectiva informa-
ção nas notas explicativas. Os principais itens a serem 
apresentados em notas explicativas são os a seguir no-
minados: 
a) Declaração de que as demonstrações contábeis 
foram elaboradas em conformidade com Normas 
de Contabilidade. Obs.: A entidade (PME) cujas 
demonstrações contábeis estiverem em con-
formidade com a NBC TG 1000 (Resolução CFC 
1.255/09) deve fazer uma declaração explícita e 
sem reservas dessa conformidade nas notas expli-
cativas. As demonstrações contábeis não devem 
ser descritas como em conformidade com a NBC 
TG 1000 a não ser que estejam em conformidade 
com todos os requerimentos desta norma; 
b) resumo das principais práticas contábeis utilizadas; 
c) informações de auxílio aos itens apresentados nas 
demonstrações contábeis, na ordem em que cada 
demonstração é apresentada, e na ordem em que 
cada conta é apresentada na demonstração; 
d) a base de mensuração utilizada na elaboração das 
demonstrações contábeis; 
e) as outras práticas contábeis utilizadas que sejam 
relevantes para a compreensão das demonstra-
ções contábeis; 
f) a entidade deve divulgar, no resumo das principais 
práticas contábeis ou em outras notas explicativas, 
os julgamentos, separadamente daqueles envol-
vendo estimativas, que a administração utilizou no 
processo de aplicação das práticas contábeis da 
entidade e que possuem efeito mais significativo 
nos valores reconhecidos nas demonstrações con-
tábeis. 
g) a entidade deve divulgar, nas notas explicativas, 
informações sobre os principais pressupostos re-
lativos ao futuro, e outras fontes importantes de 
incerteza das estimativas na data de divulgação, 
que tenham risco significativo de provocar modifi-
cação material nos valores contabilizados de ativos 
e passivos durante o próximo exercício financeiro. 
Com respeito a esses ativos e passivos, as notas ex-
plicativas devem incluir detalhes sobre: sua nature-
za e seus valores contabilizados ao final do período 
de divulgação. 
h) composição do saldo dos estoques (segregação 
dasmatérias primas, produtos em elaboração; 
produtos acabados, mercadorias para revenda e 
outros); critérios de avaliação dos estoques; 
i) eventuais perdas em decorrência da aplicação do 
Teste de Recuperabilidade; 
j) composição do saldo do Imobilizado, critérios de 
avaliação, aplicação do teste de recuperabilidade; 
taxas de depreciação aplicadas, cálculo da vida útil 
econômica dos bens; 
k) relação dos investimentos; empréstimos e financia-
mentos (prazos, taxas de juros); 
l) investimentos em outras empresas; 
m) quaisquer outras divulgações e informações úteis 
para melhor entendimento das demonstrações 
contábeis.
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL. 
ANÁLISE DE TENDÊNCIAS. GRUPOS DE 
COMPARAÇÃO. 
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
Análise Horizontal
A análise horizontal consiste na comparação entre os 
valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em 
diferentes períodos.
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Finalidade
A finalidade da análise horizontal é elucidar as va-
riações de cada conta ou grupo de conta dos balanços 
e demonstrações de Resultados, bem como de outros 
demonstrativos, através dos exercícios sociais, com o ob-
jetivo de identificar tendências.
Metodologia dos Cálculos
A análise horizontal é realizada com a utilização de 
índices. Um determinado exercício ano é considerado a 
base, e seu valor será associado a 100. Dessa forma, os 
índices dos exercícios sociais subsequentes serão todos 
expressos em termos do índice-base (100).
Aplicação Prática
Os Cálculos
Os número índices foram encontrados dividindo-se 
os valores do ano de 2008 pelos valores de 2007 e mul-
tiplicando-se por 100 e os valores de 2009 pelos valores 
de 2008 e multiplicando-se por 100, ou seja, foi usado 
com base, o ano imediatamente anterior, isto não é uma 
regra, pois poderia ser escolhido um ou alguns anos com 
base e a evolução ou involução dos outros anos seriam 
analisados em relação ao período ou períodos base.
Significado dos números índices:
Para conhecer a variação dos números índices e con-
sequentemente seu significado basta fazer a subtração 
deste número por 100, o resultado será a variação. Por 
exemplo:
Ativo Circulante 2007 2008
100.000,00 110.000,00
110.000,00 (ano base/2008)/ 100.000,00 (2007) = 
1,10 X 100 = 110 ( número índice)
110 – 100 = 10
Como o número índice (110) é maior que 100, hou-
ve um aumento no Ativo Circulante de 2008 para 2009, 
e como o resultado da subtração do número índice por 
100 foi 10 (positivo) diz-se que o aumento foi de 10%.
ANÁLISE VERTICAL
A Análise Vertical pode ser feita em qualquer de-
monstração financeira. No Balanço Patrimonial, a Análi-
se Vertical abrange cálculos de percentuais de todas as 
contas, podendo relacioná-las tanto com os grupos a 
que pertencem como com o total do Ativo do Passivo, 
conforme o caso.
O cálculo do percentual que cada elemento ocupa, 
em relação ao conjunto, é feito por meio de regra de três, 
em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais, 
calculados em relação a ele.
O principal objetivo da Análise Vertical é mostrar a 
importância de cada conta na demonstração financeira 
a que pertence.
A Análise Vertical pode ser feita em qualquer de-
monstração financeira. Entretanto, ela alcança sua ple-
nitude quando efetuada na Demonstração do Resultado 
do Exercício.
A Demonstração do Resultado do Exercício inicia-se 
com o valor da Receita Operacional Bruta ou Receita Bru-
ta de Vendas. A este valor são somadas outras Receitas e 
subtraídos Custos e Despesas, chegando-se, finalmente, 
ao Lucro Líquido do Exercício.
Assim, a porcentagem de participação de cada conta 
de Receita, Custos e Despesas tem influência direta sobre 
a porcentagem do Lucro Líquido.
A redução do Lucro Líquido de um período para ou-
tro pode resultar do aumento indesejado de algum item 
de Despesas, problemas irregulares que é facilmente ob-
servada através da Análise Vertical.
Há empresas que acompanham fielmente o percen-
tual de participação de cada Despesa em relação ao Valor 
Bruto das Vendas, para evitar que esse percentual, ¬que 
tem influência direta no Resultado do Exercício, ultrapas-
se os limites orçados.
Análise Vertical e como calcular
A Análise Vertical, consiste na determinação dos per-
centuais dos grupos ou contas do balanço patrimonial, 
em relação ao valor total do ativo ou passivo. Determina 
também a proporcionalidade do demonstrativo do resul-
tado em relação a Receita Liquida de Vendas.
Para se efetuar o cálculo da análise vertical no ba-
lanço patrimonial apuramos o percentual relativo a cada 
item do demonstrativo da forma abaixo:
Conta(ou grupo de contas)/ativo total(ou passivo to-
tal) x 100
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Vamos imaginar que o total de Disponibilidades seja 
R$ 1620, e o total do Ativo Circulante seja R$ 2770.
1620/2770 x 100 = 58,48%, ou seja do ativo circu-
lante, 58,48% são representados pelas Disponibilidades, 
lembrando que disponibilidades no Balancete analítico 
é representando pelo saldos das contas Caixa, Bancos e 
aplicações financeiras.
INDICADORES DE MERCADO. 
Os indicadores financeiros servem para acompanhar 
a economia. Através deles, é possível tomar uma decisão 
antes de investir e analisar como estão os investimentos 
já realizados. 
Os indicadores são importantes, pois é com base em 
alguns deles que será calculada a 
rentabilidade de um determinado investimento.
Os principais indicadores do mercado financeiro são:
IPCA – O Sistema Nacional de Índices de Preços ao 
Consumidor – SNIPC produz contínua e sistematicamen-
te o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 
IPCA que tem por objetivo medir a inflação de um con-
junto de produtos e serviços comercializados no varejo, 
referentes ao consumo pessoal das famílias. Esta faixa de 
renda foi criada com o objetivo de garantir uma cobertu-
ra de 90% das famílias pertencentes às áreas urbanas de 
cobertura do Sistema Nacional de Índices de Preços ao 
Consumidor - SNIPC.
Esse índice de preços tem como unidade de coleta 
estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, 
concessionária de serviços públicos e internet e sua co-
leta estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de re-
ferência.
Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange 
as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, 
qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas 
das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: re-
giões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salva-
dor, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, 
Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos mu-
nicípios de Goiânia e Campo Grande.
IGP-M – O IGP foi criado no final dos anos 40 para ser 
uma medida de preços. A intenção era de um índice que 
abrangesse diversas atividades e várias etapas do pro-
cesso produtivo. Construído dessa forma, o IGP poderia 
ser usado como deflator do índice de evolução dos ne-
gócios, daí resultando um indicador mensal do nível de 
atividade econômica.
O IGP é a média aritmética ponderada de três outros 
índices de preços. São eles:
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA),
Índice de Preços ao Consumidor (IPC),
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Os pesos de cada um dos índices componentes cor-
respondem a parcelas da despesa interna bruta, calcu-
ladas com base nas Contas Nacionais – resultado na se-
guinte distribuição:
60% para o IPCA,
30% para o IPC,
10% para o INCC.
IBOVESPA - O Ibovespa é o principal indicador de 
desempenho das ações negociadas na B3 e reúne as 
empresas mais importantes do mercado de capitais bra-
sileiro. Foi criado em 1968 e,ao longo desses 50 anos, 
consolidou-se como referência para investidores ao re-
dor do mundo.
Reavaliado a cada quatro meses, o índice é resultado 
de uma carteira teórica de ativos. É composto pelas ações 
e units de companhias listadas na B3 que atendem aos 
critérios descritos na sua metodologia, correspondendo 
a cerca de 80% do número de negócios e do volume fi-
nanceiro do nosso mercado de capitais.
PIB – O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos 
os bens e serviços finais produzidos por um país, estado 
ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países cal-
culam o seu PIB nas suas respectivas moedas.
O PIB mede apenas os bens e serviços finais para evi-
tar dupla contagem. Se um país produz R$ 100 de trigo, 
R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, 
seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do 
trigo já estão embutidos no valor do pão.
Os bens e serviços finais que compõem o PIB são me-
didos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa 
forma, levam em consideração também os impostos so-
bre os produtos comercializados.
O PIB não é o total da riqueza existente em um país. 
Esse é um equívoco muito comum, pois dá a sensação de 
que o PIB seria um estoque de valor que existe na econo-
mia, como uma espécie de tesouro nacional.
Na realidade, o PIB é um indicador de fluxo de novos 
bens e serviços finais produzidos durante um período. 
Se um país não produzir nada em um ano, o seu PIB será 
nulo.
Taxa Selic - A taxa de juros Selic é a referência para 
os demais juros da economia. Trata-se da taxa média co-
brada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro 
Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de 
Liquidação e de Custódia (Selic). 
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua 
diariamente por meio de operações de mercado aberto – 
comprando e vendendo títulos públicos federais 
Dólar - Moeda emitida pelos Estados Unidos e tem 
um impacto na economia de todo o mundo.
CDI – O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é 
o empréstimo que os bancos fazem entre si para fechar 
no positivo o saldo do dia. O CDI é a taxa que reflete o 
quanto os bancos estão ganhando de juros por empres-
tar dinheiro para outros. Como essas movimentações 
acontecem todos os dias, a taxa CDI também varia dia-
riamente.
LIMITAÇÕES DA ANÁLISE POR 
INDICADORES.
É importante ressaltar que os indicadores calculados 
permitem identificar aspectos relevantes da operação 
que mereçam uma análise mais cuidadosa. A constata-
ção pura e simples de diversos índices relativos a uma 
única demonstração de resultados e um único Balanço 
poderá oferecer apenas algumas conclusões que sejam 
realmente eficazes para o analista.
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São resultados limitados em relação ao que se pode obter comparando tais dados com os de exercícios anteriores 
e com os de outras empresas que atuam no mesmo segmento.
Nenhum indicador possui confiabilidade para ser interpretado isoladamente. É necessário analisar vários índices em 
conjunto, para se chegar a uma situação mais confiável em relação a empresa.
CONSIDERAÇÕES DE NATUREZA NÃO FINANCEIRA (QUALITATIVA).
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2019
Sumário Item
CAPÍTULO 2 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ÚTEIS
INTRODUÇÃO 2.1 – 2.3
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ÚTEIS 2.4 – 2.38
Características qualitativas fundamentais 2.5 – 2.22
Relevância 2.6 – 2.10
Materialidade 2.11
Representação fidedigna 2.12 – 2.19
Aplicação das características qualitativas fundamentais 2.20 – 2.22
Características qualitativas de melhoria 2.23 – 2.38
Comparabilidade 2.24 – 2.29
Capacidade de verificação 2.30 – 2.32
Tempestividade 2.33
Compreensibilidade 2.34 – 2.36
Aplicação das características qualitativas de melhoria 2.37 – 2.38
RESTRIÇÕES DO CUSTO SOBRE RELATÓRIOS FINANCEIROS ÚTEIS 2.39 – 2.43
Introdução 
2.1 As características qualitativas de informações financeiras úteis discutidas neste Capítulo identificam os tipos de 
informações que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes 
e potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com base nas informações contidas em seu 
relatório financeiro (informações financeiras). 
2.2 Relatórios financeiros fornecem informações sobre os recursos econômicos da entidade que reporta, reivindi-
cações contra a entidade que reporta e os efeitos de transações e outros eventos e condições que alteram esses 
recursos e reivindicações. (Essas informações são referidas nesta Estrutura Conceitual como informações sobre 
os fenômenos econômicos.) Alguns relatórios financeiros incluem também material explicativo sobre as expec-
tativas e estratégias da administração para a entidade que reporta e outros tipos de informações prospectivas. 
2.3 As características qualitativas de informações financeiras úteis5 se aplicam a informações financeiras fornecidas 
nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras fornecidas de outras formas. O custo, que 
é uma restrição generalizada sobre a capacidade da entidade que reporta de fornecer informações financeiras 
úteis, se aplica de forma similar. Contudo, as considerações, ao se aplicarem as características qualitativas e a 
restrição de custo, podem ser diferentes para tipos diferentes de informações. Por exemplo, aplicá-las a infor-
mações prospectivas pode ser diferente de aplicá-las a informações sobre recursos econômicos e reivindicações 
existentes e a alterações nesses recursos e reivindicações.
Características qualitativas de informações financeiras úteis
2.4 Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo que 
pretendem representar. A utilidade das informações financeiras é aumentada se forem comparáveis, verificáveis, 
tempestivas e compreensíveis.
2.5 As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna
Relevância
2.6 Informações financeiras relevantes são capazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários. Infor-
mações podem ser capazes de fazer diferença em uma decisão ainda que alguns usuários optem por não tirar 
vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir de outras fontes. 
2.7 Informações financeiras são capazes de fazer diferença em decisões se tiverem valor preditivo ou valor confir-
matório, ou ambos. 
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2.8 Informações financeiras têm valor preditivo se 
podem ser utilizadas como informações em pro-
cessos empregados pelos usuários para prever re-
sultados futuros. Informações financeiras não pre-
cisam ser previsões ou prognósticos para ter valor 
preditivo. Informações financeiras com valor pre-
ditivo são empregadas por usuários ao fazer suas 
próprias previsões. 
2.9 Informações financeiras têm valor confirmatório 
se fornecem feedback sobre (confirmam ou alte-
ram) avaliações anteriores.
2.10 Os valores preditivo e confirmatório das infor-
mações financeiras estão inter-relacionados. Infor-
mações que possuem valor preditivo frequente-
mente possuem também valor confirmatório. Por 
exemplo, informações sobre receitas para o ano 
corrente, que podem ser utilizadas como base para 
prever receitas em anos futuros, também podem 
ser comparadas a previsões de receitas para o ano 
corrente que tenham sido feitas em anos ante-
riores. Os resultados dessas comparações podem 
ajudar o usuário a corrigir e a melhorar os proces-
sos que foram utilizados para fazer essas previsões 
anteriores.
Materialidade 
2.11 A informação é material se a sua omissão, dis-
torção ou obscuridade puder influenciar, razoavel-
mente, as decisões que os principais usuários de 
relatórios financeirospara fins gerais (ver item 1.5) 
tomam com base nesses relatórios, que fornecem 
informações financeiras sobre entidade específica 
que reporta. Em outras palavras, materialidade é 
um aspecto de relevância específico da entidade 
com base na natureza ou magnitude, ou ambas, 
dos itens aos quais as informações se referem no 
contexto do relatório financeiro da entidade indivi-
dual. Consequentemente, não se pode especificar 
um limite quantitativo uniforme para materialida-
de ou predeterminar o que pode ser material em 
uma situação específica.
Representação fidedigna 
2.12 Relatórios financeiros representam fenômenos 
econômicos em palavras e números. Para serem 
úteis, informações financeiras não devem apenas 
representar fenômenos relevantes, mas também 
representar de forma fidedigna a essência dos fe-
nômenos que pretendem representar. Em muitas 
circunstâncias, a essência de fenômeno econômico 
e sua forma legal são as mesmas. Se não forem 
as mesmas, fornecer informações apenas sobre a 
forma legal não representaria fidedignamente o 
fenômeno econômico (ver itens de 4.59 a 4.62). 
2.13 Para ser representação perfeitamente fidedigna, a 
representação tem três características. Ela é comple-
ta, neutra e isenta de erros. Obviamente, a perfeição 
nunca ou raramente é atingida. O objetivo é maxi-
mizar essas qualidades tanto quanto possível. 2.14 A 
representação completa inclui todas as informações 
necessárias para que o usuário compreenda os fe-
nômenos que estão sendo representados, inclusive 
todas as descrições e explicações necessárias. Por 
exemplo, a representação completa de grupo de ati-
vos inclui, no mínimo, a descrição da natureza dos 
ativos do grupo, a representação numérica de todos 
os ativos do grupo e a descrição daquilo que a repre-
sentação numérica retrata (por exemplo, custo histó-
rico ou valor justo). Para alguns itens, uma represen-
tação completa pode envolver também explicações 
de fatos significativos sobre a qualidade e natureza 
do item, fatores e circunstâncias que podem afetar 
sua qualidade e natureza e o processo utilizado para 
determinar a representação numérica. 
2.15 A representação neutra não é tendenciosa na se-
leção ou na apresentação de informações financei-
ras. A representação neutra não possui inclinações, 
não é parcial, não é enfatizada ou deixa de ser en-
fatizada, nem é, de outro modo, manipulada para 
aumentar a probabilidade de que as informações 
financeiras serão recebidas de forma favorável ou 
desfavorável pelos usuários. Informações neutras 
não significam informações sem nenhum propó-
sito ou sem nenhuma influência sobre o compor-
tamento. Ao contrário, informações financeiras 
relevantes são, por definição, capazes de fazer di-
ferença nas decisões dos usuários. 
2.16 A neutralidade é apoiada pelo exercício da pru-
dência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer 
julgamentos sob condições de incerteza. O exer-
cício de prudência significa que ativos e receitas 
não estão superavaliados e passivos e despesas 
não estão subavaliados. Da mesma forma, o exer-
cício de prudência não permite a subavaliação de 
ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos 
ou despesas. Essas divulgações distorcidas podem 
levar à superavaliação ou subavaliação de receitas 
ou despesas em períodos futuros. 
2.17 O exercício de prudência não implica necessida-
de de assimetria, por exemplo, a necessidade sis-
temática de evidência mais convincente para dar 
suporte ao reconhecimento de ativos ou receitas 
do que ao reconhecimento de passivos ou despe-
sas. Essa assimetria não é característica qualitativa 
de informações financeiras úteis. Não obstante, 
determinadas normas podem conter requisitos 
assimétricos se isso for consequência de decisões 
que se destinam a selecionar as informações mais 
relevantes que representam fidedignamente o que 
pretendem representar. 
2.18 Representação fidedigna não significa repre-
sentação precisa em todos os aspectos. Livre de 
erros significa que não há erros ou omissões na 
descrição do fenômeno e que o processo utilizado 
para produzir as informações apresentadas foi se-
lecionado e aplicado sem erros no processo. Nesse 
contexto, livre de erros não significa perfeitamen-
te precisa em todos os aspectos. Por exemplo, a 
estimativa de preço ou valor não observável não 
pode ser determinada como precisa ou imprecisa. 
Contudo, a representação dessa estimativa pode 
ser fidedigna se o valor for descrito de forma clara 
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e precisa como sendo a estimativa, se a natureza 
e as limitações do processo de estimativa forem 
explicadas e se nenhum erro tiver sido cometido 
na escolha e na aplicação do processo apropriado 
para o desenvolvimento da estimativa. 
2.19 Quando valores monetários em relatórios finan-
ceiros não puderem ser observados diretamente e, 
em vez disso, devem ser estimados, surge incerte-
za na mensuração. O uso de estimativas razoáveis 
é parte essencial da elaboração de informações 
financeiras e não prejudica a utilidade das infor-
mações se as estimativas são descritas e explicadas 
de forma clara e precisa. Mesmo um elevado nível 
de incerteza na mensuração não impede necessa-
riamente essa estimativa de fornecer informações 
úteis (ver item 2.22).
Aplicação das características qualitativas funda-
mentais 
2.20 As informações devem tanto ser relevantes como 
fornecer representação fidedigna do que preten-
dem representar para serem úteis. Nem a repre-
sentação fidedigna de fenômeno irrelevante nem 
a representação não fidedigna de fenômeno rele-
vante auxiliam os usuários a tomar boas decisões. 
2.21 O processo mais eficiente e eficaz para aplicar 
as características qualitativas fundamentais é, nor-
malmente, o seguinte (observados os efeitos de 
características de melhoria e a restrição de custo, 
os quais não são considerados neste exemplo). Em 
primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, 
informações sobre o que é capaz de ser útil para os 
usuários das informações financeiras da entidade 
que reporta. Em segundo lugar, identificar o tipo 
de informação sobre esse fenômeno que é mais 
relevante. Em terceiro lugar, determinar se essas 
informações estão disponíveis e se podem forne-
cer representação fidedigna do fenômeno econô-
mico. Em caso afirmativo, o processo para satisfa-
zer às características qualitativas fundamentais se 
encerra nesse ponto. Em caso negativo, o processo 
é repetido com o próximo tipo de informação mais 
relevante. 
2.22 Em alguns casos, o ponto de equilíbrio (trade-
-off) entre as características qualitativas funda-
mentais pode precisar ser encontrado para atingir 
o objetivo do relatório financeiro, que é fornecer 
informações úteis sobre fenômenos econômicos. 
Por exemplo, as informações mais relevantes so-
bre um fenômeno podem ser uma estimativa al-
tamente incerta. Em alguns casos, o nível de incer-
teza na mensuração envolvido na realização dessa 
estimativa pode ser tão alto que pode ser ques-
tionável se a estimativa forneceria representação 
suficientemente fidedigna desse fenômeno. Em 
alguns desses casos, a informação mais útil pode 
ser a estimativa altamente incerta, acompanhada 
pela descrição da estimativa e da explicação das 
incertezas que a afetam. Em outros casos, se essa 
informação não fornece representação suficiente-
mente fidedigna desse fenômeno, a informação 
mais útil pode incluir uma estimativa de outro tipo 
que é ligeiramente menos relevante, mas que está 
sujeita a uma menor incerteza na mensuração. Em 
circunstâncias limitadas, pode não haver estimativa 
que forneça informações úteis. Nessas circunstân-
cias limitadas, pode ser necessário fornecer infor-
mações que não se baseiam em estimativa.
Características qualitativas de melhoria 
2.23 Comparabilidade, capacidade de verificação, 
tempestividade e compreensibilidade são caracte-
rísticas qualitativas que melhorama utilidade de 
informações que sejam tanto relevantes como for-
neçam representação fidedigna do que pretendem 
representar. As características qualitativas de me-
lhoria podem também ajudar a determinar qual de 
duas formas deve ser utilizada para representar o 
fenômeno caso se considere que ambas fornecem 
informações igualmente relevantes e representa-
ção igualmente fidedigna desse fenômeno.
2.24 As decisões dos usuários envolvem escolher 
entre alternativas, como, por exemplo, vender ou 
manter o investimento, ou investir em uma ou ou-
tra entidade que reporta. Consequentemente, in-
formações sobre a entidade que reporta são mais 
úteis se puderem ser comparadas a informações 
similares sobre outras entidades e a informações 
similares sobre a mesma entidade referentes a ou-
tro período ou a outra data. 
2.25 Comparabilidade é a característica qualitativa 
que permite aos usuários identificar e compreen-
der similaridades e diferenças entre itens. Diferen-
temente das outras características qualitativas, a 
comparabilidade não se refere a um único item. A 
comparação exige, no mínimo, dois itens. 
2.26 Consistência, embora relacionada à comparabi-
lidade, não é a mesma coisa. Consistência refere-
-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos 
itens, seja de período a período na entidade que 
reporta ou em um único período para diferentes 
entidades. Comparabilidade é a meta; a consistên-
cia ajuda a atingir essa meta. 
2.27 Comparabilidade não é uniformidade. Para que 
informações sejam comparáveis, coisas similares 
devem parecer similares e coisas diferentes devem 
parecer diferentes. A comparabilidade de informa-
ções financeiras não é aumentada fazendo-se que 
coisas diferentes pareçam similares, tanto quanto 
se fazendo que coisas similares pareçam diferen-
tes.
2.28 É provável que se atinja certo grau de compa-
rabilidade ao se satisfazer às características qua-
litativas fundamentais. A representação fidedigna 
de um fenômeno econômico relevante deve natu-
ralmente possuir certo grau de comparabilidade 
com a representação fidedigna de fenômeno eco-
nômico relevante similar por outra entidade que 
reporta. 
2.29 Embora um único fenômeno econômico possa 
ser representado de forma fidedigna de diversas 
formas, permitir métodos contábeis alternativos 
para o mesmo fenômeno econômico diminui a 
comparabilidade.
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Capacidade de verificação 
2.30 A capacidade de verificação ajuda a garantir 
aos usuários que as informações representem de 
forma fidedigna os fenômenos econômicos que 
pretendem representar. Capacidade de verifica-
ção significa que diferentes observadores bem 
informados e independentes podem chegar ao 
consenso, embora não a acordo necessariamente 
completo, de que a representação específica é re-
presentação fidedigna. Informações quantificadas 
não precisam ser uma estimativa de valor único 
para que sejam verificáveis. Uma faixa de valores 
possíveis e as respectivas probabilidades também 
podem ser verificadas. 
2.31 A verificação pode ser direta ou indireta. Veri-
ficação direta significa verificar o valor ou outra 
representação por meio de observação direta, por 
exemplo, contando-se dinheiro. Verificação indire-
ta significa verificar os dados de entrada de mo-
delo, fórmula ou outra técnica e recalcular os da-
dos de saída utilizando a mesma metodologia. Um 
exemplo é verificar o valor contábil do estoque, 
checando as informações (quantidades e custos) e 
recalculando o estoque final, utilizando a mesma 
premissa de fluxo de custo (por exemplo, utilizan-
do o método primeiro a entrar, primeiro a sair). 
2.32 Verificar algumas explicações e informações fi-
nanceiras prospectivas pode ser possível somente 
em período futuro, ou pode mesmo não ser pos-
sível. Para auxiliar os usuários a decidir se dese-
jam utilizar essas informações, normalmente seria 
necessário divulgar as premissas subjacentes, os 
métodos de compilação das informações e outros 
fatores e circunstâncias que sustentam as informa-
ções.
Tempestividade 
2.33 Tempestividade significa disponibilizar informa-
ções aos tomadores de decisões a tempo para que 
sejam capazes de influenciar suas decisões. De 
modo geral, quanto mais antiga a informação, me-
nos útil ela é. Contudo, algumas informações po-
dem continuar a ser tempestivas por muito tempo 
após o final do período de relatório porque, por 
exemplo, alguns usuários podem precisar identifi-
car e avaliar tendências.
Compreensibilidade 
2.34 Classificar, caracterizar e apresentar informações 
de modo claro e conciso as torna compreensíveis. 
2.35 Alguns fenômenos são inerentemente comple-
xos e pode não ser possível tornar a sua compre-
ensão fácil. Excluir informações sobre esses fenô-
menos dos relatórios financeiros pode tornar mais 
fácil a compreensão das informações contidas nes-
ses relatórios financeiros. Contudo, esses relatórios 
seriam incompletos e, portanto, possivelmente dis-
torcidos. 
2.36 Relatórios financeiros são elaborados para usuá-
rios que têm conhecimento razoável das atividades 
comerciais e econômicas e que revisam e analisam 
as informações de modo diligente. Algumas ve-
zes, mesmo usuários bem informados e diligentes 
podem precisar buscar o auxílio de consultor para 
compreender informações sobre fenômenos eco-
nômicos complexos.
Aplicação das características qualitativas de melhoria 
2.37 As características qualitativas de melhoria devem 
ser maximizadas tanto quanto possível. Contudo, 
as características qualitativas de melhoria, seja in-
dividualmente ou como grupo, não podem tornar 
informações úteis se essas informações forem ir-
relevantes ou não fornecerem representação fide-
digna do que pretendem representar. 2.38 A apli-
cação das características qualitativas de melhoria é 
um processo iterativo que não segue uma ordem 
prescrita. Algumas vezes, a característica qualitati-
va de melhoria pode ter de ser diminuída para ma-
ximizar outra característica qualitativa de melhoria. 
Por exemplo, a redução temporária na comparabi-
lidade como resultado da aplicação prospectiva de 
nova norma pode ser vantajosa para aumentar a 
relevância ou a representação fidedigna em longo 
prazo. Divulgações apropriadas podem compensar 
parcialmente a não comparabilidade.
Restrições do custo sobre relatórios financeiros 
úteis 
2.39 O custo é uma restrição generalizada sobre as in-
formações que podem ser fornecidas pelo relató-
rio financeiro. O relatório de informações financei-
ras impõe custos, e é importante que esses custos 
sejam justificados pelos benefícios de apresentar 
essas informações. Há vários tipos de custos e be-
nefícios a serem considerados. 
2.40 Os fornecedores de informações financeiras gas-
tam a maior parte dos esforços envolvidos na co-
leta, processamento, verificação e disseminação de 
informações financeiras, mas, em última instância, 
os usuários arcam com esses custos na forma de 
retornos reduzidos. Os usuários de informações fi-
nanceiras podem também incorrer em custos de 
análise e interpretação das informações forneci-
das. Se as informações necessárias não são forne-
cidas, os usuários incorrem em custos adicionais 
para obter essas informações em qualquer outra 
parte ou para estimá-las. 
2.41 A apresentação de informações financeiras que 
sejam relevantes e representem de forma fide-
digna aquilo que pretendem representar ajuda 
os usuários a tomar decisões com mais confiança. 
Isso resulta no funcionamento mais eficiente dos 
mercados de capitais e no menor custo de capital 
para a economia como um todo. O investidor, mu-
tuante ou outro credor individual recebe também 
os benefícios ao tomar decisões mais informadas. 
Contudo, não é possível aos relatórios financeiros 
para fins gerais fornecer todas as informações que 
cada usuário acredita serem relevantes. 
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2.42 Ao aplicar

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