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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO ‐ RJ JOAQUIM MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico, domicílio e residente a Nova Friburgo-RJ completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V,do CPC, ANTONIO MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico, domicílio e residente a Nova Friburgo-RJ completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V,do CPC, MARTA MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico, domicílio e residente a Nova Friburgo-RJ completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V,do CPC, veem a este juízo, propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO pelo procedimento comum , em face de MANUEL MARANHÃO, nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de identidade nº...,expedida pelo..., inscrita no CPF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio, residente à Nova Friburgo – RJ, em face de FLORINDA MARANHÃO, nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de identidade nº...,expedida pelo..., inscrita no CPF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio, residente à Nova Friburgo – RJ, em face de RICARDO MARANHÃO, nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de identidade nº...,expedida pelo..., inscrita no CPF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio, residente à Nova Friburgo – RJ, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO O Autor opta pela realização de audiência conciliatória com fulcro no art. 319, inciso VII, do CPC/15, razão qual requer a citação do Demandado, por carta para comparecer à audiência designada para essa finalidade. DOS FATOS Os réus Manuel e Florinda são avos do réu Ricardo e lhe venderam um sítio situado na rua Bromelia, nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente. Ocorre que essa venda foi feita, sem que os autores, ora filhos dos réus Manuel e Florinda e tios do réu Ricardo, manifestassem sobe o referido ato jurídico. DOS FUNDAMENTOS Nota‐se então excelência que para o negócio jurídico realizado entre os réus, fosse válido, independente do valor e motivos, precisaria da anuência dos autores, visto que eles são herdeiros necessários do bem alienado, e a referida venda compromete o patrimônio indisponível reservado aos herdeiros, caso contrário o negócio jurídico realizado por não ter a anuência dos autores, é plausível de anulação, conforme o artigo 496 do código de processo cível. Trago também os importantes ensinamentos de Maria do Carmo de Rezende Campos Couto, em obra intitulada "Coleção Cadernos IRIB - vol. 1 - Compra e Venda", p. 27. Vejamos: "6.1 Venda de ascendente a descendente “Os ascendentes podem vender bens aos descendentes, desde que haja consentimento dos demais descendentes. Deve haver, também, a anuência do cônjuge do alienante, exceto se o casamento for pelo regime de separação obrigatória de bens. A falta de consentimento torna o ato anulável, conforme art. 496 do CC, cabendo aos interessados arguir a nulidade. Tratando-se de anulabilidade, não compete ao registrador de imóveis verificar se houve ou não o comparecimento dos descendentes na escritura, podendo tal escritura ser lavrada e registrada normalmente. O vício tem de ser alegado no prazo de dois anos após o interessado tomar conhecimento do contrato, e, tratando-se de imóvel, esse prazo começa a correr na data do registro da escritura pública na matrícula do imóvel. Mas a escritura, tendo ou não a anuência dos demais descendentes, poderá ser registrada." A Jurisprudência também tem proferido decisões acerca do assunto: Tribunal de Justiça de Alagoas TJ-AL - Apelação : APL 05011549220078020042 AL 0501154-92.2007.8.02.0042 EmentaAPELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA E/OU NULIDADE DE COMPRA E VENDA. SENTENÇA PELA IMPROCEDÊNCIA. ALIENAÇÃO DE IMÓVEL ENTRE ASCENDENTES E DESCENDENTES. SIMULAÇÃO COMPROVADA. INTERPOSTA PESSOA. AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO DOS DEMAIS DESCENDENTES. ATO ANULÁVEL. INTELIGÊNCIA DO ART. 1.132 DO CC/1916 E ART. 496 DO ATUAL CC/2002. PRECEDENTES. SENTENÇA REFORMADA PARA DECLARAR A NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. Pelo exposto, meritíssimo, não nos restam dúvidas de que o negócio jurídico realizado entre os réus, merece ser anulado. DO PEDIDO A- Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento B- Citação do réu para integrar a relação processual C- Que seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico D- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários advocatícios. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais)
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