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Caso concreto 4

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO – RJ.
JOAQUIM MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF nº xxx, identidade nº xxx, nº xxx, com endereço eletrônico xxx, ANTÔNIO MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF nº xxx, identidade nº xxx, com endereço eletrônico xxx, e MARTA MARANHÃO, nacionalidade, estado civil,profissão,inscrita no CPF nº xxx, identidade, com endereço eletrônico xx, todos residentes em NOVA FRIBURGO – RJ, vêm por seu advogado infra assinado com endereço na Rua xx propor a presente
 AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo rito comum em face de MANUEL MARANHÃO, nacionalidade, casado, profissão, inscrito no CPF nº xx, identidade nº xx, com endereço eletrônico xx, FLORINDA MARANHÃO, nacionalidade, Casada, profissão, inscrita no CPF nº xx, identidade nº xx, com endereço eletrônico xx, e RICARDO MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF nº xx, identidade nº xx, com endereço eletrônico xx, todos residentes em NOVA FRIBURGO – RJ, baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos.
Art. 318, CPC- Aplica –se a todas as causas o procedimento comum ,salvo disposição em contrario deste Código ou de lei.
PARAGRAFO ÚNICO- O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Art. 1044,CPC- No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior.
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento, desta forma, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos preceitos do artigo 5º, LXXIX da Carta Magna, combinados com o art, 4º da Lei 1.060/50 e § 2 conforme a lei 1060 parágrafo 2º, o autor não tem capacidade de arcar com as custas processuais.
Art. 98,CPC- O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
II- DOS FATOS
Os autores são filhos dos réus e a autora MARTA é mãe do réu RICARDO. Todos são residentes em NOVA FRIBURGO, no Rio de Janeiro.
Os réus MANUEL e FLORINDA são avós do 3º réu RICARDO e vendo sua fragilidade financeira decidem vender um imóvel para ele por um valor abaixo do preço de mercado.
O imóvel é um sítio que fica na Rua Bromélia, nº 133,Centro de Petrópolis-RJ. A Escritura de Compra e venda foi lavrada no dia 20/09/15 no Cartório do 4º ofício de Nova Friburgo.
O imóvel foi devidamente transcrito no Registro de Imóveis competente sem que os demais filhos concordassem com o ato jurídico.
O preço ajustado foi de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), no entanto vale ressaltar que o valor de mercado do imóvel na época era de R$ 350,000,oo(trezentos e cinqüenta mil ).
III- DA FUNDAMENTAÇÃO
O negócio jurídico do caso ora sob analise, não deixa dúvidas sobre passividade de anulação, pois no artigo 496, CC, reconhece incontestavelmente, que é anulável a venda de imóvel de ascendente para descendentes, se esta for feita sem o consentimento expresso dos demais descendentes.
Conforme se apura, há no contrato celebrado um vicio que enseja a anulação do negócio jurídico, conforme prevê o art. 496 do CC.
Art. 496, CC- é anulável a venda de ascendentes a descendentes, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Frisa-se que o artigo 104 do Código Civil prevê a validade do negócio jurídico que elenca:
Art. 104,CC= a validade do negócio jurídico requer:
I- agente capaz;
II- objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III- forma prescrita ou não defesa em lei.
CONFORME O AUTOR: CARLOS ROBETO GONÇALVES
(...) “Os Legitimados para argüir a nulidade de venda são os demais descendentes e o cônjuge do vendedor. Embora não mencionado expressamente, o companheiro, por equiparação ao cônjuge, também goza de legitimidade, (...)” (GONÇALVES 239)”.
É importante mencionar que o contrato de compra e venda está elencado no artigo 481 do Código Cívil não foi observado pelos Réus no contrato de compra e venda objeto da lide.
E ainda o valor atribuído ao bem foi considerado ínfimo no que tange ao valor do inviável em tela, ou seja, o valor foi abaixo do preço de mercado.
Art. 481, CC- Pelo contrato de compra e venda um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.DA DOUTRINA
 Entende o nobre professor Flávio Tartuce em sua obra Manual de Direito Civil, editora , ano página
IV-DA JURISPRUDÊNCIA
O Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
Relator:
Data:
Nº do processo:
Câmara Cível:
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO
A parte autora deseja realizar audiência de mediação ou conciliação e intimação dos réus para seu comparecimento.
Art. 300, CPC- A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
V-DO PEDIDO
Diante do exposto requer:
Designação de audiência de mediação devendo os réus serem intimados a comparecer audiência de mediação, ficando ciente deque não havendo acordo iniciara o prazo para contestar.
*Citação dos réus para integrar o pólo passivo da presente demanda;
*Procedência do pedido para o negocio jurídico entre as partes;
*A expedição de oficio ao cartório de RGI de NOVA FRIBURGO, sobre a ação em andamento;
*Condenação dos réus ao ônus de sucumbência.
VI- DAS PROVAS
Art. 369, CPC- As partes tem o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas em especial a prova documental, testemunhal, depoimento pessoal e pericial se for o caso.
VII- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se-á causa o valor de R$ 200.000.00 ( duzentos mil reais).
 Termos em que 
 Pede deferimento
 Local, data
 Advogado/OAB/Estado

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