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Estrutura da Mate´ria II - Exerc´ıcio no 3 Bruno C. Credidio Professora Maria do Rosa´rio Zucchi (i) O diagrama pode ser representado como mostrado a seguir: Figura 1: Diagrama representativo da barreira e da onda. (ii) A soluc¸a˜o geral para o problema pode ser escrita como: ψ(x) = ψ1(x) = Ae ikx +Be−ikx ψ2(x) = Ce iβx +De−iβx ψ3(x) = Fe ikx (1) Onde k = √ 2mE } e β = √ 2m(E − V0) } (2) 1 (iii) As condic¸o˜es de contorno sa˜o: ψ1(0) = ψ2(0)⇒ A+B = C +D (3) dψ1(0) dx = dψ2(0) dx ⇒ k(A−B) = β(C −D) (4) ψ2(a) = ψ3(a)⇒ Ceiβa +De−iβa = Feika (5) dψ2(a) dx = dψ3(a) dx ⇒ β (Ceiβa −De−iβa) = kFeika (6) Vamos chamar: γ = β k e Γ = Feika (7) Assim, (4) fica: A−B = γ(C −D) (8) (5) fica: Ceiβa +De−iβa = Γ (9) E (6): Ceiβa −De−iβa = Γ γ (10) Somando (9) com (10): C = Γ(γ + 1) 2γ e−iβa (11) E (9) de (10): D = Γ(γ − 1) 2γ eiβa (12) Substituindo C e D em (3), temos: A+B = Γ(γ + 1) 2γ e−iβa + Γ(γ − 1) 2γ eiβa (13) = Γ [ (γ + 1)e−iβa 2γ + (γ − 1)eiβa 2γ ] (14) = Γ [ �γe iβa + �γe −iβa 2�γ + e−iβa − eiβa 2γ ] (15) = Γ [ eiβa + e−iβa 2 − 1 γ eiβa − e−iβa 2 ] (16) A+B = iΓ [ cos(βa)− 1 γ sin(βa) ] (17) 2 Agora, substituindo C e D em (8), obtemos: A−B = �γ [ Γ(γ + 1) 2�γ e−iβa − Γ(γ − 1) 2�γ eiβa ] (18) = Γ [ γe−iβa + e−iβa 2 − γe iβa − eiβa 2 ] (19) = Γ [ γ e−iβa − eiβa 2 + eiβa + e−iβa 2 ] (20) A−B = iΓ [cos(βa)− γ sin(βa)] (21) Somando (17) com (21), chegamos a: A = iΓ 2 [ 2 cos(βa)− ( γ + 1 γ ) sin(βa) ] (22) E subtraindo (17) de (21), encontramos: B = − iΓ 2 [( γ − 1 γ ) sin(βa) ] (23) De (7) tiramos que: F = Γe−ika (24) A partir de A e F chegamos ao coeficiente de transmissa˜o T 1: T = F ∗F A∗A = 1 + sin2(βa) 4 EV0 ( E V0 − 1 ) −1 (25) (iv) Aplicac¸o˜es interessantes para o estudo quaˆntico das barreiras sa˜o diversas para o caso em que a energia da part´ıcula e´ menor que a do potencial, como o microsco´pio eletroˆnico de tunelamento, o entendimento do decaimento de a´tomos pesados por part´ıculas α, que conseguem transpor o potencial do a´tomo mesmo tendo energia menor do que o mesmo e a fusa˜o nuclear, que tambe´m ocorre apenas pelo fato de o tunelamento ocorrer, ou os pro´tons na˜o conseguiriram chegar ate´ o nu´cleo dos a´tomos para que ocorra a fusa˜o. No entanto, na˜o foram encontradas aplicac¸o˜es diretas para o caso em que a part´ıcula possui menor energia do que o potencial. Entendeu-se, toda- via, que qualquer que seja a barreira de potencial em que uma part´ıcula esteja sendo sujeitada a transpor, mesmo que sua energia seja muito maior que a do potencial, existe ao menos uma pequena probabilidade de que a part´ıcula seja refletida e na˜o atravesse o potencial. Compreender isto e´ muito importante, pois diferentemente de como se pensava classicamente, 1Na˜o consegui fazer passo a passo para chegar na fo´rmula do coeficiente de transmissa˜o; ocorreram algumas inconsisteˆncias na tentativa. Talvez seja suficiente o que fiz. 3 para garantir a transposic¸a˜o de uma part´ıcula num potencial e´ necessa´rio que sua energia total seja muito maior do que o potencial; se sua energia for levemente maior, a probabilidade de reflexa˜o da part´ıcula pode na˜o ser desprez´ıvel e pode causar efeitos indesejados num experimento, por exemplo. 4
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