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Eletrofisiologia neuronal

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Eletrofisiologia neuronal
 As células nervosas quando recebem os estímulos ambientais, elas interpretam essas informações e só conseguem passar pra outras células, devido a mudança (diferença) de potencial elétrico.
 A gênese desse potencial de membrana está associada a mecanismos de transporte de íons, que criam um meio iônico intracelular de composição distinta daquela do meio iônico extracelular. Nesse particular, os processos de difusão (potenciais de difusão) e os transportes ativos (potenciais de bombas eletrogênicas, exemplo, a bomba de sódio e potássio) representam os mecanismos básicos responsáveis pela polarização da membrana plasmática.
 Essa diferença de potencial usualmente varia entre 10 e 100 mV, com o interior da célula sendo eletronegativo em relação ao exterior quando a célula está polarizada, ou seja, em repouso, pois não sofreu o estímulo ainda. Enquanto a concentração de K+ é maior no meio intracelular» a concentração de sódio (Na+ ) é maior no extracelular, onde é mantida em níveis elevados porque a membrana tem um dispositivo metabólico que expulsa ativamente íons Na+ no estado de repouso.
 No estado de despolarização (quando o neurônio é estimulado), há a deformidade abrupta da membrana que é permite a entrada abrupta de Na+ , o NA+ entra e fica positivo dentro e negativo por fora da membrana.
 Duas situações podem então ocorrer: se o estímulo é pouco intenso (sub-limiar), a entrada de Na+ reduz o potencial de membrana; se o estímulo é intenso (limiar ou supralimiar), a entrada de Na+ é maciça e promove a inversão do potencial de membrana, pois a separação dos íons de Na+ causa uma diferença de potencial como para o K+ , agora porém com a frente positiva voltada para dentro. No primeiro caso é possível registrar a ativação como pequenas reduções do potencial de membrana (despolarizações, potenciais locais, graduados ou eletrotônicos). Tais potenciais se propagam a apenas poucos milímetros ou frações de milímetro do ponto estimulado. Aumentando-se ligeiramente a intensidade do estímulo a despolarização aumenta e facilita a ativação completa da membrana por outros estímulos sub-limiares. Quando, porém, o estímulo é forte, a despolarização é grande e atinge um valor, denominado limiar.
 No estado de repolarização, é o retorno do estado de repouso da célula, ou seja, o meio intracelular fica mais negativo que o meio extracelular, ou seja, o potássio sai.
 Essa transmissão de informações, feita pelos impulsos nervosos, só acontece não só por causa dessa diferença de pontencial mas também por causa das sinapses. 
 Sinapse é a região localizada entre neurônios (zona ativa de contato entre uma terminação nervosa com a membrana de algum outro neurônio, glândula ou músculo) onde agem os neurotransmissores (mediadores químicos), transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular.
 Geralmente a sinapse ocorre entre o axônio de um neurônio e o dendrito do neurônio seguinte, mas também pode ocorrer do axônio diretamente para o corpo celular, ou entre do axônio do neurônio para uma célula muscular.
 Os impulsos nervosos são sinais elétricos que afetam os íons da membrana do neurônio. O estímulo ocorrido em algum ponto do neurônio é transmitido através de mudanças bruscas de carga elétrica, fenômeno chamado potencial de ação, que percorre todo o neurônio.
 Ao chegar na terminação do axônio o sinal elétrico é transmitido por meio de vesículas contendo neurotransmissores, substâncias químicas encarregadas de levar esse estímulo à célula vizinha.
 Os neurotransmissores fazem com que íons (partículas com carga elétrica) sejam levados de uma célula a outra, alterando o potencial elétrico e gerando o potencial de ação.
 Existem dois tipos de sinapses: química e elétrica. As sinapses químicas são as mais comuns nos seres humanos e outros mamíferos. As sinapses elétricas são mais comuns em organismos invertebrados, nos humanos geralmente não ocorrem em neurônios, apenas nas células gliais ou musculares.
SINAPSES QUÍMICAS
 Essas sinapses iniciam no terminal do axônio (uma região pouco mais alargada formando um botão) da célula pré-sináptica.
As vesículas contendo neurotransmissores são liberadas na fenda sináptica e reconhecidas por receptores químicos (proteínas específicas) na membrana da célula pós-sináptica. A seguir se fundem com a membrana e liberam o seu conteúdo. A ligação química entre o neurotransmissor e o receptor do neurônio seguinte gera mudanças que irão fazer com que o sinal elétrico seja transmitido.
- Sinapse Excitatória ou Inibitória
 As sinapses químicas podem ser excitatórias ou inibitórias, de acordo com o tipo de sinal que conduzem.
 Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for a despolarização, iniciando o potencial de ação, então será uma sinapse excitatória.
 Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for de hiperpolarização, a ação resultante será inibitória do potencial de ação, portanto nesse caso há uma sinapse inibitória.
SINAPSES ELÉTRICAS
Nessas sinapses não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções comunicantes (gap junctions). Essas junções são canais que conduzem íons, obtendo respostas quase imediatas, isso quer dizer que o potencial de ação é gerado diretamente.
 Plasticidade neural
 É a capacidade que o SNC tem em se organizar e/ou processo de reabilitação, frente ao aprendizado ou devido alguma lesão. A plasticidade nervosa não ocorre apenas em processos patológicos, mas assume também funções extremamente importantes no funcionamento normal do indivíduo. Os processos de modificação pós-natais em consequência da interação com o meio ambiente e as conexões que se formam durante o aprendizado motor consciente (memória) e inconsciente (automatismo) são exemplos de como funciona a neuroplasticidade em indivíduos sem alteração do Sistema Nervoso Central.

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