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ELEMENTOS DE SOCIOLOGIA
RESENHA CRÍTICA
RECIFE/PE 
2018
Andréa Maria de Souza Sencades
Resenha crítica apresentada como requisito parcial da 1ª avaliação da disciplina Sociologia e Antropologia Jurídica, ministrada pelo professor Deyglis Fragoso no primeiro período do curso de Direito desta instituição.
RECIFE
2018
ELEMENTOS DE SOCIOLOGIA
Na obra, “Elementos de Sociologia”, mais especificamente, nos capítulos 1, 2, 3 e 5, objeto desta análise, Samuel Koenig teoriza sobre a Sociologia, buscando, de forma geral definir o que é, de que trata, o que estuda, quais os seus objetivos, como se divide, que métodos ou abordagens emprega, as crenças e práticas que a caracterizam, assim como explicar seu desenvolvimento. Apresenta as teorias dos principais autores, desde a antiguidade, até os dias atuais, assim como estabelece sua visão sobre as origens e desenvolvimento da Sociedade da cultura e da variação cultural.
Nas aproximadas 40 páginas divididas em quatro capítulos, que contém o texto, o autor opta, adequadamente pelo foco narrativo, onisciente, pelos claros e totais conhecimentos e imparcialidade demonstrados em suas observações sobre os temas. 
Segundo o autor, a Sociologia é o estudo do comportamento humano em grupos. Procura compreender a natureza e o propósito da associação humana. A maneira que surgem e se desenvolvem. O principal objetivo é obter e interpretar fatos relativos à associação humana e não resolver problemas sociais e o objetivo final é melhorar o ajustamento do homem à vida. Para embasar sua definição de Sociologia, cita sociólogos como Lester Frankward e William Graham Summer, que definem a Sociologia como “ciência da sociedade”, Franklin Henry Giddings que a define como a “ciência dos fenômenos sociais”, além de Durkheim, Kovalevsky, Simmel, Weber, Smalle e Park. Defende que embora a Sociologia trate dos estudos das relações sociais e dos processos através dos quais é exercida a atividade do grupo humano, a fim de analisar a vida associativa do homem, ela deve, também, estudar o indivíduo em sua composição física e psicológica. Aliás, enfatiza que o tema principal da Sociologia é a própria Sociedade em detrimento do indivíduo. Neste contexto, frisa que, é do entendimento da maioria dos sociólogos, que o estudo do indivíduo é essencial para a compreensão da sociedade e que para conseguir um quadro completo e total do homem, o sociólogo, muitas vezes é obrigado a utilizar descobertas de Biologia, Psicologia, Antropologia, Geografia e História, assim como usar dados fornecidos pela Economia e Ciências Políticas. Adverte, no entanto, que embora a Sociologia trate de problemas que envolvem valores, sentimentos e interesses muito próximos ao homem, ela esforça-se por permanecer à distância, evitar juízo de valor a respeito do bem e do mal. Que não se pode descobrir ou compreender adequadamente a verdadeira natureza de um fenômeno se o pesquisador já tomou uma posição prévia em relação ao assunto investigado. Afirma ser necessária a subdivisão da Sociologia em áreas especializadas de pesquisa, cada uma pregando técnicas próprias, uma vez que seria impossível que alguém torne-se perito em todos os ramos do assunto. Divide a Sociologia em vários campos principais: a Teoria Sociológica, a Sociologia Histórica, a Sociologia Familiar, a Ecologia Humana e Demografia, a Sociologia Comunitária, a Sociologia da Religião, a Sociologia da Educação, a Sociologia Política, a Sociologia do Direito, a Psicologia Social e a Psiquiatria Social. Afirma que embora sejam essas as principais divisões da Sociologia, podem surgir novas áreas e sub-áreas conforme os problemas incluídos no âmbito dessa ciência sejam explorados de maneira mais completa e sistemática e sejam criadas e desenvolvidas novas técnicas de pesquisa. Completa que existem ainda a Sociologia da Cultura, Sociologia “Folk”, Sociologia da Arte, Sociologia Industrial, Sociologia Médica, Sociologia Militar, Sociologia dos Pequenos Grupos e temas especiais com estratificação social, meios de comunicação de massa, opinião pública e burocracia. Quanto ao fato de frequentemente a Sociologia não poder ser considerada uma ciência, explica que, embora a experimentação no sentido de laboratório seja difícil (às vezes impossível), existem técnicas, como a observação e comparação, por exemplo, que quando são aplicadas são comparáveis aos métodos de experimentação. Acrescenta que nem todas as ciências físicas utilizam experimentação de laboratório e que um grupo de especialistas sustenta que o que determina se uma disciplina é ou não ciência é o processo científico que consiste fundamentalmente na observação objetiva, seguida de interpretação cautelosa dos fatos observados. Que enquanto a Sociologia assim procede, ela é uma ciência. Detalha ainda os métodos de investigação utilizados empregados na Sociologia: o Método Histórico, o Método Comparativo, o Método Estatístico e o Método do Estudo de Caso, empregado no estudo de uma condição. Cita duas abordagens ao estudo dos fenômenos sociais, a Verstehen, cujo defensor mais notável é Max Weber, e o Funcionalismo. Em relação ao desenvolvimento da Sociologia, afirma que, inicialmente, na tentativa de compreender as forças remotas e impessoais da natureza e as sociais, o homem peca ao se basear mais na fantasia, imaginação e especulação do que na investigação dos fatos e que somente com o passar do tempo aprendeu a observar cuidadosa e sistematicamente, até atingir um ponto em que foi capaz de analisar cientificamente o que acontecia a seu redor. Indica que o progresso do homem em relação à compreensão dos aspectos físicos ocorreu muito mais rapidamente que em relação aos aspectos sociais, devido a maior possibilidade de observação e controle dos fenômenos físicos, assim como na abordagem impessoal que permitem. Esclarece, no entanto, que embora haja maior dificuldade nas observações dos fenômenos sociais, ela vem ocorrendo a passos mais curtos e os primeiros resultados das observações do homem chegaram até nós através de registros orais e escritos, provérbios, textos sagrados e livros remanescentes de antigos sábios e que, no máximo, eram reflexões profundas de observações sensatas. Explica que os esforços do homem para utilizar a análise e a observação científica resultaram na ascensão das ciências sociais e que a Sociologia como ciência, campo de estudo, surgiu em meados do século XIX. Koenig afirma que as primeiras tentativas de pensamento sistemático sobre a vida social, ao menos quanto a civilização ocidental, começaram com os grandes filósofos gregos, como Platão e Aristóteles, mas que somente no século XVI surgiram escritores que trataram os problemas da vida em nível mais realista. Aponta como o mais “notável”, o italiano Niccolo Machiavelli. Destaca que o principal objetivo das ciências sociais é obter e interpretar fatos relativos à associação humana e não resolver problemas sociais e que o objetivo final é melhorar o ajustamento do homem à vida e que, embora a Sociologia trate de problemas que envolvem valores, sentimentos e interesses muito próximos ao homem, ela esforça-se por permanecer à distância, evitar juízos de valor a respeito do bem e do mal. Afirma que não se pode descobrir ou compreender adequadamente a verdadeira natureza de um fenômeno se o pesquisador já tomou uma posição prévia em relação ao assunto investigado. Quanto ao fato de frequentemente a Sociologia não poder ser considerada uma ciência, explica que, embora a experimentação no sentido de laboratório seja difícil (às vezes impossível), existem técnicas, como a observação, por exemplo, que quando aplicadas são comparáveis aos métodos de experimentação. Analisa que a sociedade precede o indivíduo, no sentido de que o ser humano é um produto da interação social e que não se deve pensar que a vida social é limitada ao homem ou começou com ele e estabelece os significados de sociedade humana, as diferenças entre as sociedadeshumana e animal, citando autores como Spencer, Paul Von Lilienfeld, entre outros. Traz à tona as concepções de filósofos antigos e modernos como Platão, Aristóteles, Lucrécio, Thomas Hobbes, entre outros. De acordo com ele, a cultura tem sido definida de diversas maneiras e que essas definições evidenciam que o significado de cultura para antropólogos e sociólogos é bastante diferente. Afirma que a cultura consiste em duas fases, material e não material. De acordo com ele, Summer contribuiu com uma das mais produtivas e esclarecedoras análises da cultura e suas implicações e seu aluno e discípulo Keller estendeu as doutrinas de seu mestre e fez importantes contribuições pessoais. Completa que Summer concebeu a cultura em termos de “folkways”, “mores” e instituições, que estes surgiriam de maneira inconsciente, mudariam com a transformação das condições sociais, ainda que haja resistência à mudança e se firmam nessa condição quando a inovação iniciada por um indivíduo se revela melhor que o anteriormente praticado. Que nossos conceitos de próprio ou impróprio, certo ou errado, são totalmente determinados pelos Folkways e Mores e que estes podem tornar qualquer ação justa. Finaliza afirmando que a cultura é a herança social do homem e tem caráter cumulativo. Que o ritmo de acumulação depende de vários fatores, mas principalmente do estado existente do conhecimento e do contato com estrangeiros, e que o termo cultura é usado tanto no sentido genérico quanto no específico e que a variedade entre as culturas humanas é tão grande que se encontra entre elas pouca ou nenhuma compreensão e apreciação das maneiras de ser da outra.[1: Significado: Compreensão.][2: Modos costumeiros de comportar-se e agir que surgem automaticamente dentro de um grupo para solucionar problemas da vida.][3: São os Folkways considerados indispensáveis ao bem estar de uma sociedade e cuja violação poria em perigo sua existência.]
Se analisarmos o que significa estudar Direito, chegaremos à conclusão de que não é somente aprender as normas que regem nossa sociedade é também desenvolver habilidades, treinar o pensamento e as ações. O estudante de Direito, bem como os profissionais do Direito, precisam adquirir muitos conhecimentos sobre as relações sociais a fim de desenvolver uma visão que forneça maior amplitude, que os façam ir além da questão jurídica. Uma vez que o Direito é uma ciência que está diretamente relacionada com a sociedade e cujo objeto de estudo é o ser humano e suas relações sociais. O estudo da Sociologia nos permite identificar, isolar e estudar os pontos que afetam o comportamento humano e desta forma contribuir para o melhor entendimento de uma norma e/ou das mudanças necessárias na sociedade em que vivemos e é capaz de aguçar no estudante e no profissional, a habilidade de análise e questionamento crítico.
Embora a primeira vista o texto tenha causado impacto, uma certa dificuldade, sendo necessário ler e reler várias vezes alguns parágrafos até alcançar a compreensão da idéia central, com o avançar da leitura, talvez por familiarização com o tema ou pela maior compreensão da linguagem foi possível estabelecer que, embora apresente os “inevitáveis” termos técnicos, busca manter uma linha de simplicidade e de fácil compreensão o que faz com que tenha uma boa possibilidade de alcance uma vez que buscar entender o conceito e o funcionamento de sociedade é um requisito básico na formação de qualquer ser humano e não um interesse exclusivamente acadêmico. Cumpre bem o seu papel de transmitir conhecimentos. As idéias são expostas com clareza, coerência, de forma lógica, mas em alguns pontos pode tornar-se um tanto repetitivo, o que seria, sem dúvida alguma, um aspecto negativo. Um dos principais aspectos positivos da obra é a forma como o autor dispõe dos temas fazendo com que as ideias sejam continuadas e, portanto, mais palatáveis àqueles que não tenham um conhecimento mais profundo do tema. Tais aspectos tornam a leitura muito adequada para embasar a disciplina de Sociologia do primeiro período do curso de Direito.
BIBLIOGRAFIA
Koenig, Samuel. Elementos de Sociologia. Rio de Janeiro. Editora Zahar.7ª edição.1974
Nader, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro. Editora Forense. 30ª edição.2008
Lemos Filho, Arnaldo, Barsalini, Glauco, Vedovato, Luís Renato, Mellin Filho, Oscar. Sociologia Geral e do Direito. São Paulo. Editora Alínea.3ª edição.2008