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CONTESTAÇÃO e reconvenção do paulo

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA DO TRABALHO DE ________/___
Processo nº:xxxxxxxx
O BANCO CONFIANÇA S.A, pessoa jurídica de direito privado, com registro no cadastro nacional de pessoas jurídicas sob nº........../...., com sede na rua....., n°....., bairro.........., Cidade de ........-..., CEP:....,neste ato representado por......., nacionalidade, profissão, estado civil, portador da cédula de identidade de nº...., inscrito no CPF sob nº......, com endereço eletrônico......., residente e domiciliado na rua...., nº..., CEP:....., Cidade/estado, vem mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada, registrado na OAB sob o nº........, com escritório situado na rua...., nº...., bairro....., Cidade/Estado, onde deverá ser notificado de todos atos provenientes deste feito, OFERECER, com arrimo nos artigos 319,336 a 336, todos do CPC, aplicáveis subsidiariamente no processo trabalhista, nos termos do artigo 769 da CLT, CONTESTAÇÃO, COMULADO COM AÇÃO DE RECONVENÇÃO em face de Paulo, já devidamente qualificado nos autos do presente feito, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNADAMENTOS JURIDICOS QUE SE PASSA A EXPOR
PRELIMINARMENTE
1.1 - DA FALTA DE PROCURAÇÃO DO PATRONO DO RECLAMANTE
A regularidade da representação processual é pressuposto de validade sanável com a juntada e instrumento procuratório e idôneo no qual a parte confira poderes ao patrono para representá-la, em observância ao art.76 do CPC.
A representação processual deve ser comprovada desde o ajuizamento, com a petição inicial.
 
Considerando a irregularidade e o descumprimento da determinação, requer à Vossa Excelência que se digne de extinguir o processo.
2 – DA PRESCRIÇÃO
2.1 – Da prescrição quinquenal 
O Reclamante foi contratado em 2010 a Reclamação Trabalhista em 25/01/2017.
No artigo 7º, inciso XXIX da Constituição Federal, previu juntamente com o artigo 11 da CLT a prescrição quinquenal, ou seja, a discursão processual está restrita aos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.
 Nesse sentido prevê a sumula 308 do TST:
“I – Respeitado o biênio subsequente à cassação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, as anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. (ex.-OJ SDI-1 204) (Res.TST 129/05, DJ 20.04.2005)”
 Diante da omissão do Reclamante, ao não observar o prazo prescricional.
Requer a extinção do processo.
2 - DOS FATOS:
O Reclamante move ação trabalhista contra o Banco Confiança, ora reclamado, alegando que foi gerente geral de uma agencia do Banco por quase 7 (sete) anos completos, sendo nesse período promovido, quando passou a receber o dobro de seu salário anterior.
Vale lembrar que o Reclamante fora gerente do Banco Confiança, sendo que o Banco custeou para Paulo um curso de MBA em finanças, investindo na capacitação de Paulo um valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), como contra partida, fora estipulado contratualmente uma clausula de permanência de 2 (dois) anos após o término do curso, sob pena de ressarcimento integral caso o empregado viesse a pedir seu desligamento antes do período pactuado. Acontece que Paulo, apesar de muito satisfeito com seu trabalho, recebera uma proposta de uma outra instituição irrecusável, por esse motivo Paulo pediu sua demissão seis meses após o termino de sua especialização profissional já concluída. O Banco, por sua vez, lhe pagou corretamente as parcelas decorrentes da extinção do contrato de trabalho, contudo, fora questionado quanto ao pagamento das inúmeras, assim afirma o reclamante, horas extras prestadas desde 2010 até o fim de seu contrato. O Reclamante sustenta não haver direito algum quanto ao pagamento das horas extraordinárias. Ainda assim, Paulo, indignou-se, e ingressou com uma ação trabalhista no dia 25/01/2017, postulando horas extras, com o adicional de 50% e seus reflexos.
Era o que se tinha de mais a relatar, passe-se agora ao confronto das afirmações, em respeito aos princípios da eventualidade e impugnação especifico dos fatos, conforme teor do artigo 341 do CPC/15.
3 - DO MÉRITO
3.2 – DA IMPROCEDENCIA DO PEDIDO DE HORAS EXTRAS
O Reclamante pleiteia o pagamento de duas horas extras diárias com adicional de 50% e mais uma hora extra em virtude de lhe ser permitido tirar o intervalo mínimo de uma hora para descanso e refeição.
Não há razão alguma no pedido de horas extras trazida pelo reclamante, visto que o mesmo exercia função de gerente no banco, ou seja, de extrema confiança, e que com isso sua jornada de trabalho não poderia se igualar aos mandamentos expressos no caput do art. 224 da CLT.
4 – DA RECONVENÇÃO
4.1 – Com o advento do novo código de processo civil, estabeleceu-se a possibilidade de se mover reconvenção dentro da peça contestatória, conforme o artigo 343 da lei 13.105/15, cuja aplicabilidade na justiça trabalhista fora ratificada, podendo-se assim compreender, na instrução normativa nº 39 do TST. Dito isso, visto as pretensões conexas existentes na espécie, o Banco confiança passa a pleitear a seguinte ação reconvitória sob os fundamentos fáticos-juriticos que agora passa a expor.
4.2 – RESSARCIMENTO AO BANCO CONFIANÇA DOS VALORES GASTOS COM A ESPECIALIZAÇÃO DO RECLAMANTE
Conforme já foi relatado na parte fática desta peça, o Banco Confiança, em favor do Reclamante, e como dita a política de aprimoramento profissional da referida instituição financeira, custeou integralmente o curso de especialização MBA para o Senhor Paulo, resultando na promoção de nível e passando a perceber o dobro do seu antigo salário. Deu-se um investimento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), sendo firmada uma clausula de permanência, a qual dizia que o reclamante não poderia, no prazo de dois anos, pedir dispensa do cargo do cargo a qual fora promovido. Com uma garantia de retorno do investimento do Banco, haja vista a quantia considerável despendida.
No entanto, o Senhor Paulo após seis mês da sua especialização, recebeu uma oferta de emprego, a que disse mais vantajosa. Assim o Reclamante sem pensar duas vezes pediu a sua dispensa ao Banco Confiança, este então, só restou a acatar o pedido de demissão e pagar-lhe regularmente todas as verbas rescisórias.
Por tanto Excelência, como o Senhor Paulo passou somente seis meses após sua especialização, está evidenciado a má-fé, o mesmo era sabedor da avença firmada com o Banco Confiança.
Por isso se faz necessário o ressarcimento de todo o valor pago pelo Banco Confiança, corrigido monetariamente, sob pena de se pagar juros e ressarcimento de danos a instituição financeira aqui evidentemente lesada, nos termos do artigo 884 do CC.
5- DOS PEDIDOS
1 - Por todo exposto, com o devido acatamento e respeito, desde logo, passa a requerer preliminarmente, o reconhecimento da ausência de procuração especifica ao patrono.
2 - Seja declarada a improcedência do pedido de horas extras, feita pelo autor.
3 – Seja conhecida a ação reconvitória proposta, com base no artigo 343 do CPC e a instrução normativa nº 39 do TST, dando-lhe assim o seu provimento para que o Reclamante indenize de modo integral e corrigido monetariamente, o valor despendido pelo Banco Confiança, para sua formação no curso de especialização em MBA.
4 – Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente oitiva d e testemunha e depoimento pessoal, nos termos do artigo 369 do CPC/15
5 – Por fim, requer-se a condenação do autor ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais, orçados em 15% sob o valor da causa, nos termos do artigo 82 e ss do CPC/15.
Nestes termos, pede e espera deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº

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