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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 4ª VARA DO TRABALHO DE PARITINS/AM. Processo nº: 1000002-33.2018.5.11.0004) FABRICA DE PORTAS LTDA., devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, no qual litiga com JAMES SULIVAM, também qualificado, vem por seu advogado com procuração em anexo e endereço profissional …, apresentar perante Vossa Excelência CONTESTAÇÃO, com fulcro no art. 847 CLT, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I- DOS FATOS O Reclamante narra em sua inicial que trabalhou como supervisor de produção para a reclamada durante o período de 23/05/2015 à 16/05/2018. Ocorre que enquanto realizava suas atividades habituais, uma porta despencou e atingiu o pé direito do reclamante. Ao ser levado ao médico, foi recomendado que se afastasse das atividades laborais por 10 dias, enquanto que o reclamante voltou ao trabalho em 24/06/2017, e normalmente até 16/05/2018, ocasião em que foi dispensado sem justa causa. Tendo em vista a dispensa sofrida, o mesmo colocou dolosamente quinze portas da reclamada em um serrador de madeira, de modo que a reclamada sofreu um prejuízo de R$10.000,00. Ademais, ajuizou reclamação trabalhista alegando reintegração e reconhecimento da estabilidade provisória pelo período de 12 meses, com o argumento de ter sofrido acidente de trabalho. II - DO MÉRITO Com o advento da lei 8213/91, artigo 118 c/c súmula 378, II, do TST, o empregado possui direito a estabilidade trabalhista quando é afastado pelo período de 15 (quinze) dias em razão do acidente sofrido, no caso em espeque, o reclamante foi afastado das suas atividades laborais pelo período de 10 dias. Destarte, resta comprovado que não merece proceder o pedido autoral, visto que o caso concreto não possui qualquer amparo legal. Assim sendo, não há o que se falar em reintegração trabalhista, muito menos em estabilidade provisória. Por fim, pugna desde já pela improcedência do pedido V- DA RECONVENÇÃO Mediante as elucidações apresentadas, em observância ao art. 343 do Código de Processo Civil, é lícito ao réu promover a reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Assim sendo, analisando o caso em tela, o reclamante agiu com dolo ao destruir voluntariamente 15 (quinze) portas de madeira, o que acarretou em um prejuízo de cerca de R$10.000,00 (dez mil reais) para a reclamada, ora excelência, o reclamante causou um dano explícito, não sendo justo a reclamada sofrer as consequências decorridas deste ato de má fé. Sendo assim, requer a condenação do reclamante em danos materiais, no valor equivalente ao prejuízo sofrido. VI - DOS HONORÁRIOS Tendo em vista o art. 791-A, requer a condenação na verba honorária de sucumbência concomitantemente com o §5º do referido artigo, com a condenação dos honorários de sucumbência na reconvenção. VII- DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) No mérito, a improcedência dos pedidos conforme impugnação especificada anteriormente. b) Nos termos do art. 791-A, e §5º do referido artigo da CLT, requerendo a condenação do reclamante ao pagamento de honorários advocatícios de sumcubência. c) Procedência da reconvenção - Notificação do reconvindo para apresentar defesa, sob pena de revelia e confissão; - Honorários advocatícios, conforme art. 791-A, §5º da CLT; - Dá-se a presente reconvenção o valor de R$10.000,00 (dez mil reais) Protesta pela produção de todos os meios de provas admitidos Pede deferimento. LOCAL, DATA ADVOGADO/OAB