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P1 EXECUÇÃO CIVIL

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EXECUÇÃO CIVIL 
6º Período: Profº José Nijar
A Constituição Federal foi o grande influenciador da formação\constituição do Novo Código de Processo Civil, até porque nós temos os 11 primeiros artigos do CPC dedicados a CF, aos princípios, aos direitos e garantias fundamentais. 
Se irá observar que no que tange a nova metodologia de cumprimento de sentença o legislador se ateve muito a questão dos princípios, tais como o da cooperação, da boa-fé processual, enfim... de certa forma a CF foi um grande norte para o processo. Isso não acontecia no CPC de 73 (creio eu) por ser anterior a CF de 88, e por tal fato teve esse grande defeito. As legislações em si, elas têm essa previsão, tanto o é que o Código de Processo Penal já traz\ utiliza esses princípios, tal como o do e o dignidade da pessoa humana. 
O processo de execução manteve a bipartição do procedimento: Nós temos a questão de títulos executivos judiciais, onde nós vamos nos ater ao procedimento de cumprimento de sentença; e aos títulos executivos extrajudiciais nós vamos iniciar um novo processo, que é o processo de execução.
Uma grande observação que os doutrinadores fazem, como por exemplo Tereza Arruda Wambier, Leonardo Carneiro Cunha e o próprio Fredie Didier, é que a terminologia “cumprimento de sentença” foi mantida pelo legislador de forma errônea. E manter o termo cumprimento de sentença com esse novo CPC é equivocado, pois, não se irá se ater apenas a sentença, mas sim, a decisões judiciais, que é bem mais amplo, uma vez que engloba as decisões judiciais não transitadas em julgado que são as execuções provisórias, etc..
Efetivamente nós temos uma modificação nas disposições gerais no cumprimento de sentença, remete-se ao art. 513, onde se verá que: “o cumprimento da sentença será feito segundo as regras desse Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código”. Com a transcrição desse artigo observa-se que há menções a outros dispositivos do código onde nós temos a presença da atividade executiva, então o legislador também nos deixou essa questão do intercâmbio entre esses livros, entre esses procedimentos onde existe a presença da atividade executiva, com relação aos poderes do juiz para exigir uma investigação, para exigir uma penhora. 
Então, em todo momento que se depara com essa atividade executiva, se irá observar menções a diversos dispositivos onde estejam presentes o cumprimento de sentença ou o procedimento executivo. 
Nós tivemos uma modificação excepcional com relação a questão do procedimento do cumprimento de sentença quando ele determinou que: a requerimento do exequente nós teremos um procedimento de execução, ou seja, o procedimento de cumprimento de sentença quando nos referimos a obrigação de pagar quantia certa (questão pecuniária efetivamente) nós teremos um procedimento iniciado através do requerimento do exequente, com uma exceção, com a relação a obrigação de fazer, não fazer e dar, que poderá ser iniciada de oficio pelo juiz, art. 536. Então, quando nos referimos a obrigação de pagar quantia certa, só poderá ser a requerimento do exequente, isso nós temos menção no parágrafo 1º do 513: “ O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente”.
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de oficio ou a requerimento, para a efetivação da tutela especifica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
Em relação a título executivo extrajudicial no que tange as obrigações de fazer, não fazer, pagar quantia ou entregar coisa, é por obvio que pode ser a requerimento do exequente, pois, trata-se de novo processo.
Importante e grande novidade se deu em relação a intimação do devedor para cumprimento de sentença, como se verifica a partir parágrafo 2º, onde nós temos uma unificação das regras de cumprimento de sentença e no inciso I nós temos: que na pessoa do advogado nós temos a intimação para cumprimento de sentença, primeiro requisito, quando se dá na pessoa do advogado pelo diário da justiça e isso de certa forma extinguiu, na verdade, deixou em desuso essa súmula 410 do STJ que mencionava que “a prévia intimação pessoal do devedor constituí uma condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação fazer ou não fazer”. 
Segue transcrito o art. 513: O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Liviro II da Parte Especial deste Código. Parágrafo 2º - O devedor será intimado para cumprir a sentença: I – Pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos; II – por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV; III – por meio eletrônico, quando, no caso do parágrafo 1º do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos; IV – por edital, quando, citado na forma do art. 256. Tiver sido revel na fase de conhecimento.
Então, a partir do momento que temos uma hipótese onde o devedor possui advogados constituídos no autos durante todo o percurso do processo de conhecimento, o cumprimento de sentença se dá através da intimação desse advogado constituído nos autos. 
Nós temos um respeito aos princípios da cooperação e da boa-fé processual (art. 5 e 6) quando nós temos um lapso temporal criado legislador para que esse advogado permaneça incumbido de receber essa intimação. Então, esse lapso temporal se dá por um ano (parágrafo 4º), o advogado fica incumbido de receber essa intimação por um ano, pois é um tempo razoável. (que eu digo para vocês que as vezes com 5 meses, 3 meses após uma sentença, nós perdemos o contato com o cliente, então, o legislador não quis deixar esse encargo para o advogado de receber esse cumprimento de sentença, essa intimação para iniciar esse procedimento). Então, na verdade, ele vinculou essa questão da exceção ao princípio da boa-fé, pois, as partes devem manter durante o curso do processo os seus dados atualizados, como por exemplo, o seu endereço. Então, diante disso, quando não há essa modificação mesmo que o devedor fuja vai ser efetivada a sua intimação, em razão dos princípios já mencionados, boa-fé e da cooperação entre as partes.
Segue o parágrafo 4º do art. 513: Se o requerimento a que alude o parágrafo 1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante nos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no parágrafo 3º deste artigo.
Outra hipótese que é novidade, é a descrita no inciso II, que é a hipótese do devedor representado por defensor público (assistido por defensoria pública), aquele assistido por defensoria pública, assistido até acho uma questão polemica que de certa forma atualmente está sendo levantado pela doutrina é relacionado aos escritórios escolas, pois estes escritórios prestam essa assistência, na verdade, eles recebem essas pessoas que são hipossuficientes, então eles fazem a veste da defensoria pública, obviamente que não possuem as mesmas prerrogativas, mas o NCPC (isso também é uma novidade), no artigo 186 parágrafo 3º (salvo engano) menciona que os escritórios escolas, esses núcleos de praticas jurídicas, assim como a defensoria tem o prazo em dobro, então, isso foi uma ausência (?) que o legislador nos deu.
OBS: Seria legal termos também essa previsão, pois as vezes o cliente some e seria bom ter esse prazo a mais. 
Art. 186, A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
Parágrafo 3º: O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidasna forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
Mas o inciso II traz essa novidade com relação a Defensoria Pública e aquele réu revel citado pessoalmente ou por hora certa, esse réu é citado por carta com AR. 
Nós temos a hipótese 3º, do inciso III, que é em relação ao meio eletrônico, onde nós temos a hipótese apenas de pessoa jurídica que deve manter o seu cadastro, seus endereços eletrônicos perante as instituições de justiça. Art. 1051. Isso também é em respeito ao procedimento digital, pois hoje temos praticamente todas as novas ações, ações de família, ações civis, ações da fazenda pública, todas informatizadas, hoje papel zero.
Segue o art. 1.051 transcrito: As empresas públicas e privadas devem cumprir o disposto no art. 246, parágrafo 1º, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de inscrição do ato constitutivo da pessoa jurídica, perante o juízo onde tenham sede ou filial. Parágrafo único – O disposto no caput não se aplica às microempresas e empresas de pequeno porte.
Então, exatamente eles tiveram esse prazo para fazer esse cadastro, não só as pessoas jurídicas, mas estou mencionando aqui com relação a devedor normalmente, a parte ré é pessoa jurídica, então, o legislador teve essa preocupação, de ao tratar de pessoas jurídicas com exceção de microempresas e empresas de pequeno porte, essas pessoas serem intimadas para iniciar um procedimento por meio eletrônico.
E a hipótese do inciso IV é no que tange a intimação por edital, para aquele réu revel intimado por edital.
O que foi mencionado com relação ao inciso II, no caso do réu revel intimado por carta com Aviso de Recebimento que muda de endereço, o parágrafo 3º, o parágrafo 4º, menciona que essa carta será efetivada, se ele manter o endereço desatualizado, será efetivamente intimado.
Parágrafo 3º do art. 513 - Na hipótese do parágrafo 2º, incisos II e II, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274.
Nós temos a hipótese do art. 515 quando nos referimos aos títulos executivos judiciais e nós temos a presença de um sujeito estranho, e isso se dá, porque em um acordo judicial poderíamos incluir uma nova pessoa na relação jurídica e se poderia ampliar o objeto da negociação. Por exemplo, eu faço uma – transação - auto composição extrajudicial, mas caso eu queria transformar esse título executivo extrajudicial em titulo judicial, eu posso apresentar uma pessoa estranha a lide, que não estava presente no acordo, dependendo do fim do acordo, eu posso leva-la a esse novo processo.
Outro exemplo: Eu faço um acordo judicial, e Matheus não estava na relação, que no caso foi a negociação de veículo, e durante esse tramite da negociação do veículo ocorreu vários problemas, documentação, enfim, então, aparece Matheus interessado em comprar aquele carro que eu vendi para João. Então, eu para transformar esse título executivo extrajudicial, eu posso trazer o Matheus. 
Então, nós temos a possibilidade de trazer ao processo uma pessoa estranha, quando nos referimos a auto composição.
Art. 515, parágrafo 2º: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: Parágrafo 2º - A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
O art. 515 em si teve várias modificações no que tange aos seus títulos executivos. Temos o inciso I: As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
II: a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III: a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
Nós temos a questão da transação prevista aqui.
IV: o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V: o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
É uma hipótese nova, uma vez que esse crédito de auxiliar da justiça se refere, por exemplo, aos peritos judiciais, aquele perito que recebe seus honorários através de decisão judicial, ele pode utilizar essa decisão judicial como título executivo e efetivamente fazer essa cobrança. Então, o legislador previu essa hipótese.
VI: a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
Aquela hipótese que os juízes criminais podem incidir indenizações para as vítimas e seus sucessores, então, nós podemos utilizar essa sentença que observou a indenização, como título executivo judicial.
VII: a sentença arbitral;
VIII: a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX: Novidade. A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça.
Decisão interlocutória estrangeira que venha por carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça.
O inciso X foi vetado porque lá previa a possibilidade de Acórdão proveniente de tribunal marítimo. Então, o tribunal marítimo é um órgão administrativo, e a tempos ele foi vetado. Porque queriam dá ao tribunal marítimo essa transformação, para ele ganhar essa função jurisdicional, aí foi vetado pela presidente.
Nós temos que dá enfoque a execução por quantia certa contra a fazenda pública (se verá em um dia específico, por ser uma matéria muito longa). 
Nós temos também a questão da modificação na competência no cumprimento de sentença, que está no artigo 516, onde se tem as competências absolutas e relativas, sendo que a absoluta está prevista no inciso I e II, que são as questões provenientes dos tribunais, de juízos e temos a hipótese do inciso III que é em relação ao juízo cível competente para a questão de competência relativa por ser territorial e com suas exceções. 
Corrigindo o parágrafo anterior na aula 06........ 
Nós temos uma exceção aqui importante com relação aos incisos II e III que é a escolha do juízo para processar essa execução, o parágrafo único menciona que nas hipóteses dos incisos II e III, com relação ao juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição e a hipótese do juízo cível, pode-se optar pelo juízo do atual domicilio do réu, pelo local onde se encontre os bens sujeitos à execução, ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. 
Art. 516 – O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: 
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II – o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicilio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Melhor explicando, por exemplo, eu ajuízo uma ação contra Matheus, Matheus é condenado a fazer uma obrigação, na verdade, cumprir uma obrigação de fazer, e Matheus espertamente vai embora para a cidade de Imperatriz, o processo tramitou todo na 1º vara cível da comarca de São Luís, só que os bens de Matheus estão em Imperatriz, Matheus efetivamente está em Imperatriz, então, eu posso efetivamente iniciar o meu processo de cumprimento lá em Imperatriz.
Então, nós temos essa exceção com relação principalmente a questão de hipótese de competência absoluta.
Com relação a hipótese de acórdãos ou sentenças estrangeiras, obviamente que se deve observar a competência da justiçafederal que está inserida na Constituição Federal. 
OBS: Qualquer tribunal, através desse acórdão do tribunal eu posso iniciar meu procedimento de cumprimento.
Art. 520, CPC – Nós temos a questão da incidência de multa e de honorários para cumprimento provisório da sentença que reconheça a exigibilidade de pagar quantia certa, então, isso na verdade foi uma alteração pelo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, exemplo: RESP Na verdade o legislador foi de certa forma complacente com o advogado, quando ele de certa forma menciona a fixação nessa fase de honorários, porque se vocês tiverem noção do que os juízes faziam, as vezes estes determinavam o pagamento de 500, 300 reais de honorários para o advogado, sendo que as vezes as causas eram milionárias, frise-se, a fixação dos honorários ficava a mercê do Juíz, isto é, ficavam “subordinados” (ele não usou essa palavra) ao livre arbítrio do magistrado, então, o legislador já deixou essa possibilidade pré-determinada de 10% (pela simples leitura do artigo). 
O Art. 521, trata da dispensa de caução para início do cumprimento de sentença provisória, apenas pela questão da execução provisória, então, vai ser necessário só o que está previsto no inciso IV do art. 520, exatamente com relação a levantamento de deposito em dinheiro, então, há a necessidade de fazer essa caução apenas na hipótese referida (Levantamento de deposito em dinheiro). Essa é uma das novidades!
Segue a transcrição dos referidos artigos:
Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
§ 1o No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525.
§ 2o A multa e os honorários a que se refere o § 1o do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
§ 3o Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto.
§ 4o A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos causados ao executado.
§ 5o Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.
Art. 521.  A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042;
III – pender o agravo do art. 1.042;  (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único.  A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Outra novidade apenas atinente aos títulos executivos judiciais é com relação também aos títulos executivos extrajudiciais está lá no art. 784 do CPC, em que se tem as hipóteses dos títulos executivos extrajudiciais, e lá no inciso IV, essa previsão com relação a defensoria pública e o ministério público já era prevista, a novidade é em relação a inserção da advocacia pública e da figura do conciliador e do mediador efetivamente participante e credenciado pelos tribunais. 
E a hipótese do inciso V, qualquer contrato que tenha uma garantia hoje é previsto aqui nessa hipótese. Temos outra hipótese que está prevista no inciso X é aquela atinente a cobrança de condomínio, as taxas de condomínio, antigamente, nós tínhamos que ajuizar uma ação de cobrança, feita no juizado, normalmente, e efetivamente não tínhamos a questão do título executivo, e fundamentávamo-nos (vide áudio no 31:30) apenas nessa ata da assembleia, pegávamos a dívida fazíamos uma tabelinha, pegávamos a ata da assembleia, que havia essa previsão, e juntávamos no processo e iniciávamos a ação de cobrança. Hoje, o inciso X já menciona que qualquer crédito referente as contribuições, referente a essa questão de condomínio edilício estão previstas, e já podem efetivamente serem iniciadas essa execução diretamente, não é mais ação de cobrança, é ação de execução.
Hoje o condomínio pode executar o condômino, questão da execução em si, e não fazer só a cobrança, sendo que execução é mais amplo.
O Inciso XI, aqui se trata daqueles emolumentos que são expedidos e não são pagos, o cidadão tem aquela certidão e não paga, então, a partir desse dispositivo pode sim haver essa cobrança, pode haver essa execução. Grande novidade. Art. 785 – “A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.”. Nós podemos, mesmo tendo um título executivo extrajudicial optar para transformar esse título em título executivo judicial. 
Antigamente existia uma grande celeuma doutrinária falando que nesse dispositivo faltava interesse de agir, tipo: Por que eu vou fazer isso?. Hoje há essa importância e houve o preenchimento dessa lacuna, porque, nós podemos nos valer de mecanismos do cumprimento de sentença. Por exemplo, a questão da multa quando não há o pagamento voluntário, de 10 %, a questão de limitação da defesa do executado, como também a questão dos prazos, enfim, uma série de rols, de mecanismos importantes que estão previstos no parágrafo 1º do artigo 515.
Vocês percebem que nós conseguimos fazer esse intercâmbio pela leitura do que nós vimos até aqui, efetivamente esse intercâmbio existe entre as atividades executivas dentro do nosso procedimento de execução (grande novidade).
Nós temos a questão da penhora onde ela vai observar uma ordem. Art. 835, CPC: “A penhora observará a seguinte ordem”...
O parágrafo 1º fala dessa questão prioritária. Então, só pode haver essa sobreposição ao inciso 1º quando for determinado pelo juiz e quando a circunstância sobrevier essa questão da modificação.
Nós temos o art. 854, que é a questão da penhora online
Novidade: Com relação a um mecanismo de coerção para que o devedor possa pagar efetivamente. Melhor dizendo, quando ele não paga espontaneamente a dívida, poderá ser realizado o protesto, que é um mecanismo barato, art. 517, essa hipótese de protesto só se dará exclusivamente com relação a obrigações de pagar quantia, nós podemos utilizar também na hipótese de execução de alimentos (além de pedir a prisão do devedor, também posso fazer o protesto), e também o pedido de protesto nessa hipótese pode ser feito de oficio pelo juiz, a questão doutrinaria nos fala isso. É um mecanismo barato, e quem vai pagar é o devedor para tirar seu nome, e ele vai ficar com a dificuldade financeira, uma vez que ele não vai conseguir fazer empréstimo,e nem financiamento. 
Basicamente essas são as novidades do Novo Código de Processo Civil, e efetivamente nós vamos passar para a parte de teoria geral da execução.
Sentença: Pronunciamento judicial que põe termo ao processo. Eu (Tharlane) prefiro o conceito de Carlos: Pronunciamento judicial que encerra a fase cognitiva com base nos arts. 485 e 487 (com/sem resolução de mérito).
O que se entende por cumprimento de sentença? Efetivação da decisão homologada pelo juiz (Matheus).
O que efetivamente o CPC deu mais ênfase? Criação de meios alternativos (Matheus). São esses meios judiciais que nós temos para efetivamente cumprir com aquela obrigação, isso é cumprimento de sentença. – com relação a decisões definitivas e provisórias.
Execução: É o meio utilizado pelo exequente para que o devedor insolvente (executado) (aquele que não cumpriu com o que a decisão judicial determinou) cumpra determinada obrigação, muito relacionado ao direito obrigacional, nas obrigações de fazer, não fazer e pagar quantia certa. 
O que se teria de maior valor com o novo CPC? A influência da Constituição Federal.
Marcelo Abelha: O NCPC passou a reconhecer nela, na Constituição Federal de 1988, uma eficácia que antes não era dada. O que a doutrina denominou de superação do modelo positivista para o pós-positivista.
A Constituição Federal, como já falado, constituiu um norte para o processo.
DISPOSIÇÃO TOPOGRÁFICA DO PROCESSO DE EXECUÇÃO NO CPC
Nós temos na parte geral 6 livros que são: Livro I – Das Normas Processuais Civis; Livro II – Da função jurisdicional; Livro III – Dos Sujeitos do Processo; Livro IV – Dos atos Processuais; Livro V – Da Tutela Provisória; Livro VI – Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo.
Nós temos a parte especial dividida em 4 livros, em que o processo de conhecimento foi mantido junto com o cumprimento de sentença, teve críticas já mencionadas, mas “justifico” ou melhor, menciono os motivos para vocês, que foi para manter aquele sentido de que o cumprimento de sentença é uma continuidade do processo de conhecimento, por isso foi mantido no livro I. Livro I – Do Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença; Livro II – Do Processo de Execução, por ser realmente um procedimento diverso; Livro III – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais; Livro Complementar – Disposições finais e transitórias.
E nós temos a parte especial, que efetivamente é o livro II, do título I – Da Execução em Geral, título II – Das diversas espécies de execução, ai nós temos as espécies de execução especificas, para entrega de coisa que vai dos artigos 806 - 813, obrigação de fazer e não fazer vai dos art. 814 – 823, da execução de quantia certa do devedor solvente vai dos art. 824 – 909, as execuções especiais contra a Fazenda Pública, alimentos e a execução de quantia certa contra devedor insolvente. Essa é a disposição topográfica do processo de execução na parte especial, no livro II.
E nós temos também com relação ao livro I – do cumprimento de sentença para pagamento de dívida, do cumprimento provisório da sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa; Do cumprimento definitivo da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa; Do cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos; Do cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública; e Do cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa (É MUITA COISA).
Cerca de 15 min: Perguntas e respostas. Não anotei porque eu fiquei confusa e ele disse que se verá mais à frente. E foi a respeito do que foi comentado acima. 
Jurisdição de Conhecimento e Jurisdição executiva
Conceito de Jurisdição para Galeno Lacerda: “Atividade específica do Poder Judiciário, existe por causa do conflito e para solucioná-lo”.
- Não imposição da própria razão ao adversário – vetada a autotutela – solução efetiva do conflito, demanda ao órgão do Estado – exercício da jurisdição – aplicação da norma jurídica à lide – formação de declaração – formação de um juízo.
Jurisdição de conhecimento: “Outorga de certeza às partes”.
Jurisdição executiva: “Busca de providências capazes de preservar ou reintegrar em termos definitivos a ordem jurídica e o direito subjetivo ameaçado ou lesado”.
Francesco Carnelutti, traz uma metáfora: “O processo de conhecimento transforma o fato em direito, e o processo de execução traduz o direito em fatos”.
Conceito de Execução: Pressupõe uma obrigação sob a qual não pairam dúvidas quanto a sua existência e titularidade, cabendo ao Estado forçar aquele que tem o dever de cumpri-la e fazê-la.
Elementos da Execução: Título executivo, Exequente e Executado.
Aula 02 – 01 de agosto de 2016.
PRINCÍPIOS:
Os 12 primeiros artigos do CPC trazem todos esses princípios que vocês colocaram no quadro. Agora, a doutrina nos traz diversos princípios que são específicos da atividade executiva. 
Princípio da disponibilidade da execução civil ou da autonomia
O processo de execução pode se dá de forma autônoma. A execução do título executivo extrajudicial se inicia por um processo autônomo. A execução pode se manifestar em processo autônomo, bem como se fosse uma fase subsequente a tutela jurisdicional cognitiva, na verdade, ele menciona que, nada mais é, que o cumprimento de sentença, e ademais, o exequente tem a faculdade de desistir da ação executiva, ou seja, a qualquer tempo, por conta que é uma liberalidade do exequente, pode ocorrer essa desistência, inclusive está previsto no art. 775 do CPC.
Art. 775.  O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único.  Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
Princípio do Título
Mencionei na aula passada que nós tínhamos o título executivo, a figura do exequente e a figura do executado. Esse princípio, nada mais é, que a demonstração que a atividade executiva sempre se baseará em um título executivo, quer seja extrajudicial, quer seja judicial. Art. 783 do CPC. “A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação, certa, liquida e exigível”.
Quando iniciamos a fase executiva já temos aquela pretensão judicial, que no caso é uma sentença e tal. Essa decisão judicial é um título executivo. Título executivo, nada mais é, que a decisão judicial corporificada. Essa questão da obrigação liquida, certa e exigível é exatamente a denominação de título executivo. Quando você tem uma decisão judicial ela te dá uma obrigação. Não só a função condenatória da decisão judicial, mas uma função constitutiva, declaratória, podem ser também utilizadas como título executivo. 
Princípio do desfecho único
O princípio do desfecho único, é que uma vez iniciada a execução, qualquer que seja a atividade executiva, há uma sequência ordenada e ininterrupta de vários atos voltados a execução e satisfação do direito do exequente, então, o único objetivo de se iniciar esse processo de execução, na verdade, dessa atividade executiva, é satisfazer a obrigação que foi determinada na decisão judicial.
Princípio da tipicidade dos meios executivos
O juiz pode utilizar durante, na verdade, em cada caso concreto, o meio executivo que lhe parecer mais adequado para garantir, para dar uma justa e efetiva tutela jurisdicional. Então, ele pode se valer de vários meios de coerção que deem concretude a essa obrigação. Art. 139, Inciso IV (dos poderes do juiz), e no art. 536, menciona acerca da iniciativa de cumprimento da sentença, quando se inicia o processo.
Princípio do menor sacrifício possível ou princípiodo resultado
Princípio voltado a proteção do executado. Os nossos doutrinadores dizem que esse princípio prima para que a execução não onere excessivamente o patrimônio do executado, atinja apenas o que for necessário. A atividade executiva visa um fim especifico, não deve de forma alguma onerar de forma excessiva o patrimônio do devedor (executado) de forma que lhe possa trazer prejuízo.
Princípio da especificidade da execução
O Estado deve preocupar-se que o seu resultado seja mais coincidente possível com que esperava originalmente o jurisdicionado caso o adimplemento fosse espontâneo, ou seja, nada mais é que uma justificativa do princípio anterior (menor sacrifício possível). Exatamente a atividade executiva não deve onerar de forma excessiva o executado e deve ser em conjunção com o princípio da especificidade da execução adotar um limite, do que talvez seria feito, caso fosse pago de forma espontânea a obrigação, na verdade, cumprida.
Vide artigo 789 do CPC 
Art. 789.  O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Princípio da responsabilidade patrimonial
A execução civil tem como objetivo atingir o patrimônio do executado. Art. 789, CPC. “O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei”.
Esse princípio está alicerçado no art. 776 do CPC. “O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a execução”. (Princípio da responsabilização do exequente pela execução indevida).
Por exemplo, iniciou-se uma execução devendo fazer a penhora de 3 mil reais, só que foi empenhorado 10 mil reais, então, se terá que ressarcir, se indenizar pelo excesso da execução aquele montante que foi executado indevidamente.
Princípio da subsidiariedade do Livro I da parte especial às regras executivas contidas no livro II da parte especial do CPC e vice-versa
Aqui eu mencionei para vocês, não sei se vocês lembram, quando foi mostrado na ordem cronológica a disposição topográfica lá do processo de execução, onde o processo de conhecimento estava junto com o cumprimento de sentença. Do processo de conhecimento e o cumprimento de sentença ficaram unidos, porque o legislador quis fazer esse intercâmbio entre o processo de execução e o processo de conhecimento, tendo em vista que ele quer fazer valer a presença de meios executivos, de poderes executivos em todo processo, por exemplo temos o 139 – dos poderes do juiz. Então, ele pode se valer de meios executivos para efetivar a tutela jurisdicional. E esse princípio, esse intercâmbio equivale a esse princípio. Exatamente tem essa citação em vários dispositivos do código, tanto em processo de conhecimento, como de execução, mencionando artigos tanto do livro I quanto do livro II, fazendo esse intercâmbio.
O processo de execução não está fixado em apenas uma parte do código. Na disposição topográfica, o cumprimento de sentença (que é uma fase executiva) foi mantida/ fixada no processo de conhecimento. Sendo uma forma do legislador demonstrar que a atividade executiva está presente em todos os momentos do código, e não apenas no processo de execução. Existe essa conexão entre os livros.
Vide arts. 771 e 513.
Art. 771.  Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único.  Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte Especial.
Art. 513.  O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1o O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
§ 2o O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
§ 3o Na hipótese do § 2o, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274.
§ 4o Se o requerimento a que alude o § 1o for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3o deste artigo.
§ 5o O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
Esses são os princípios específicos da execução!
NATUREZA JURIDICA E FINALIDADE DA EXECUÇÃO: 
Essa nova roupagem que o CPC de 2015 trouxe foi exatamente em obediência a Constituição Federal, então, a natureza jurídica e a finalidade da execução, obviamente não poderia ser diferente, ela de certa forma, o devido processo legal deve ser sempre atuante no processo de execução. (Achei sem sentido essa frase :/)
Em uma tutela executiva, o devido processo legal ganha maior e mais importante relevo (de certa forma deve ser observado os ditames legais), pois ele garantirá o justo equilíbrio na relação executiva e a razoabilidade do poder estatal sobre o patrimônio do executado. 
Nada mais é, que em uma ação que se inicia no processo de conhecimento e que deve ser obedecido todos os ditames do devido processo legal, onde o único objetivo é alcançar aquela obrigação por parte do autor. Então, o mesmo ocorre com o processo de execução, deve existir nele essa equivalência com o devido processo legal, uma vez que vai atingir o patrimônio do executado, vão incidir meios de coerção para que aquela obrigação seja garantida, então, o devido processo legal deve estar presente em todo momento, inclusive no processo de execução. 
Atento à regra desse justo equilíbrio o Novo Código de Processo Civil fez questão de fincar como premissas principiológicas de todo o direito processual, e aí compreendida a tutela satisfativa, a necessidade de um contraditório real, de cooperação entre os sujeitos do processo, da busca concreta de uma duração razoável do processo, da ética processual para todos os sujeitos que nele atuam, do incremento dos poderes do juiz na busca da solução justa para o conflito e etc.... Livro I, título único, capítulo I, do NCPC. Sendo que tais princípios dão o justo equilíbrio. 
Muitos desses princípios não estão no CPC de 73, exatamente por ser este código ser anterior a CF.
De certa forma, tomando partido na temática da classificação das ações, nós temos efeitos declaratórios, constitutivos, condenatórios, executivos e mandamentais, quando nós temos as decisões judiciais que põe termo ao processo. A força do efeito que o demandante procura produzir junto ao demandado resulta em 05 classes autônomas:
a) declarativa; 
b) constitutiva; 
c) condenatória; 
d) executiva; 
e) mandamental.
Então, todas essas decisões irão nos interessar para o estudo do processo de execução nessa nova roupagem do CPC, exatamente, as declaratórias negativas, as constitutivas negativas, a condenatória – que incide uma condenação, a executiva – uma forma de executar, utilizar a execução paragarantir a pretensão do exequente, a mandamental – utilização de meios de coerção para garantir efetivamente o cumprimento da sentença. 
Eficácia declarativa ou declaratória:
É o desejo de tornar indiscutível a existência ou inexistência de uma relação jurídica (autenticidade ou a falsidade de documentos, por exemplo);
Pela própria terminologia da palavra, a eficácia declarativa, torna indiscutível apenas a existência ou inexistência de uma relação jurídica, por exemplo, a autenticidade ou falsidade de um documento. Declarar apenas a existência daquele direito, essa é a declaratória positiva. 
Declarar, no sentido do direito processual, é menos e mais do que isso: é não-condenar, não-constituir, não-executar, não-mandar, mas, apenas, enunciar, autoritativamente, que existe, ou que não existe.
Eficácia constitutiva:
A eficácia constitutiva implica uma mudança (criação, modificação ou extinção) na relação jurídica (exemplo: divórcio entre cônjuges (existe uma modificação no status quo, na relação jurídica) ou anulação de um negócio jurídico);
Revela-se na atividade criadora, quer seja no modificar, no extinguir ou no constituir, de situação ou relação jurídica diversa da existente no momento anterior a sua prolação.
O que vai nos interessar é a declaratória negativa e a constitutiva negativa, por exemplo, ajuizar uma ação dizendo que não devo Matheus, este é um exemplo de declaratória negativa. Da sentença (que diz, “deve sim Matheus”), Matheus pode utiliza-la como título executivo.
Sendo que o que realmente nos interessa para iniciar o processo de execução é o termo que não tem fim, na verdade, é o termo que foi determinado na sentença, e que você tem que fazer esse trabalho para que possa garantir essa obrigação.
A própria legislação menciona que existe essa declaratória negativa e essa constitutiva negativa, estando disposto no art. 515, I “São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título. I: As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;”. Ou seja, qualquer que seja a função da sentença, declaratória, constitutiva negativa, mas que enseje uma obrigação, será utilizado como título executivo.
 A redação do artigo 515, I do NCPC, apoiando-se no reconhecimento judicial de exigibilidade de obrigação como elemento capaz de identificar a decisão básica do cumprimento forçado do provimento judicial, evidenciou a possibilidade de incluir-se em tal procedimento, os julgados declaratórios e constitutivos, desde que neles se contenham os dados configuradores de obrigação exigível, que, para tanto, haverá naturalmente de ser certa e líquida.
Eficácia condenatória:
É a exigência do reconhecimento da exigibilidade de uma obrigação a cargo do réu (vide como exemplo o artigo 515, I do CPC), impondo uma prestação ao vencido.
Marcelo Abelha: “O efeito executivo que acompanha a pretensão, originará outra, a pretensão a executar. A falta de cumprimento espontâneo do pronunciamento judicial, caracterizando o inadimplemento, já indica a necessidade de o vitorioso agir perante o vencido”. Ou seja, desde que não haja o cumprimento voluntário/espontâneo daquela obrigação por parte do devedor há a necessidade de se utilizar o efeito executivo da sentença.
Eficácia executiva: 
É a concretização do objetivo da demanda processual onde o exequente visa o patrimônio do devedor como forma de satisfação da dívida.
Eficácia mandamental:
Complementação da executiva e da condenatória. 
É a garantia de concretização da pretensão judicial, o objetivo é a simples segurança do direito litigioso, e garantir a eficácia da decisão judicial. Exemplo: arresto, que apenas assegura a futura realização do crédito em dinheiro.
É a utilização de meios que possam garantir o cumprimento por parte do devedor. (ex. Protesto judicial, aresto, da incidência do nome do devedor aos órgão de proteção do crédito e etc.,). Para se ter a concretude da sentença.
Atinente ao objetivo: Objetiva a execução, através dos atos do órgão jurisdicional, adequar o mundo físico ao projeto sentencial, empregando a força do Estado (artigo 782, §2º, CPC). “Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos e o oficial de justiça os cumprirá (ou seja, é um mecanismo). Parágrafo 2º: sempre que para efetivar a execução seja necessário o emprego de força policial, o juiz a requisitará”. Isto é, os meios utilizados pelo Estado-Juiz. Ou seja, nós temos como utilizar os meios judiciais/ legais para o Estado-Juiz garantir a concretude da obrigação.
Como exemplo, temos a penhora, a prisão, desapossamento, requisição da força pública e outros meios de coerção previstos na legislação processual civil.
Marcelo Abelha: “Diante desse conceito, o Novo Código de Processo Civil, adotando o constitucionalismo democrático como regente do novo sistema jurídico do civil law, tratou de adotar de forma mais racional o respeito aos precedentes dos tribunais superiores, aproximando-se, portanto, da função interpretativa já exercida no common law”.
Nada mais é que, esses precedentes dos tribunais superiores, eles hoje, com esse novo formato da parte de execução do NCPC há uma aproximação muito maior com o common law. Essas lacunas que antes no de 73 existiam, a jurisprudência veio a preenche-las. Por tal motivo acredita-se nessa aproximação.
Tudo que nós tínhamos de lacuna na legislação e existia precedente a respeito, foram preenchidos hoje com essa nova roupagem do CPC.
Utilizou-se várias interpretações da jurisprudência para a elaboração do Novo Código de Processo Civil. 
AUTONOMIA DO PROCESSO EXECUTÓRIO
Módulos processuais executivos:
Hoje, com a nova legislação nós conseguimos fazer essa divisão, entre cumprimento de sentença (execução com título judicial) e a execução por título extrajudicial. Aí menciona-se:
Analisando a tutela jurisdicional executiva, podemos dizer que ela pode ser realizada por via de um processo autônomo (processo de execução fundado em título executivo extrajudicial) – ou sendo apenas um módulo (fase) executiva (continuação do cumprimento de sentença) fundada num título judicial, recebendo a alcunha de cumprimento de sentença.
Assim, podem-se distinguir 03 procedimentos: expropriação, desapossamento e transformação, assim configurados no CPC na simples análise da ordem cronológica do CPC. Onde nós temos esses três procedimentos intrínseco que vão ser estudados a partir da semana que vem, de cada um desses modelos executivos.
Cumprimento de sentença, que se distribui em:
A). Do cumprimento provisório da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa (arts. 520 – 522).
B). Do cumprimento definitivo da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa (arts. 523 – 527).
C). Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos (arts. 528-533); É uma fase interessante de ser estudada, até porque a execução de alimentos pode se dar tanto por cumprimento de sentença como por execução de alimentos efetivamente, de forma autônoma, um processo em especifico.
D). Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela fazenda pública (arts. 534-535); É também um procedimento especial.
E). Do cumprimento da sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa (arts. 536-538);
- Processo de Execução autônomo (fundado em título extrajudicial) que também se divide em:
A) Processo de execução para entrega de coisa (arts. 806-810);
B) Processo de execução das obrigações de fazer e não fazer (arts. 814-823); 
C) Processo de execução das obrigações para pagamento de quantia prevista nos artigos 824 e ss do CPC. Neste, por sua vez, dependendo da solvabilidade do executado (insolvência civil, art. 1053), da obrigação a ser executada (alimentos, art. 911) ou ainda daquele queserá executado (Fazenda Pública – art. 910) existirão subdivisões procedimentais específicas.
São subdivisões que existem nos procedimentos específicos, como o da fazenda pública e de alimentos que serão estudados tanto em relação ao cumprimento de sentença como a execução de título executivo extrajudicial.
É interessante entender as espécies de atividades executivas.
No CPC/2015, o legislador traço um itinerário para as diversas espécies de execução, sugerindo alguns casos o meio executivo a ser tomado pelo juiz. Ou seja, no CPC de 2015 o legislador deu mais oportunidades para que o advogado, o juiz, possam cobrar do devedor, tentar utilizar mecanismo de coerção para efetivamente ter aquela concretude da obrigação.
Penhora e avaliação de bens penhorados (artigo 831, 833, 835, 838, 839, 842, 843, 845, 846) – quando é emitido uma decisão judicial que define uma obrigação, nós efetivamente intimamos o devedor para que ele cumpra espontaneamente com a sua obrigação, não sendo paga essa obrigação no prazo determinado em lei, e nem havendo recursos, você pode se utilizar de meios judiciais para garantir 
- Na execução por quantia certa contra devedor solvente, pinça-se (pega-se, busca-se) o patrimônio do executado com seus bens, em seguida avalia-se os referidos bens que suportarão a expropriação para a satisfação do crédito, isto é, para que se possa extrair do valor de avaliação o que realmente o é de direito do exequente, em respeito ao princípio do menor sacrifício possível (observar se não sacrificar ao extremo o patrimônio do executado). (EXPEDIÇÃO DO AUTO DE PENHORA E AVALIAÇÃO) 
- Se o bem for dinheiro, não existe avaliação, o crédito será pago com a referida quantia (expedição de alvará).
Quando nós atingimos as instituições bancárias, a via utilizada para penhorar as contas é a penhora online, (Pasenjud(?)), onde todas as contas em nome dos executados serão penhoráveis, ficará aquele valor penhorado. Não havendo dinheiro, faz-se a avaliação do bem. 
Isto é, deve existir uma ordem de mecanismos/meios executivos a serem utilizados pelo juiz, o primeiro deles é essa penhora e avaliação de bens penhoráveis, para garantir através de bens do executado, que possam satisfazer a dívida do exequente.
Espécies de Atividades executivas
- Adjudicação – art. 876
- Alienação do bem penhorado – arts. 825, II e 879;
- Apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou estabelecimentos e de outros bens.
Se eu consigo me apropriar de frutos e rendimentos de empresas. Ex. O executado era um grande empresário, ex Matheus supermercados, e o valor da dívida era absurda, e eu não consigo atingir nenhuma daquelas outras formas, daqueles outros tipos de espécie, mas eu consigo apropriar-me de frutos e rendimentos daquele negócio, consigo mês a mês receber um valor (uma poupança) até que se consiga satisfazer a totalidade da obrigação.
Adjudicação: o credor adquire o bem penhorado (bem pode ser móvel ou imóvel); Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o Requerente da adjudicação depositará a diferença, que ficará à disposição do executado (§4º art. 876); Se o valor do crédito for superior ao dos bens, a execução prosseguirá, buscando o saldo remanescente, isto é, até alcançar a totalidade do valor que deveria ser pago; Claro que se passa pela avaliação.
Alienação: primeiro será realizada a expropriação do bem, e, depois, a expropriação do dinheiro do executado que foi obtido com a alienação.
Apropriação: o credor recebe, aos poucos, e durante o período necessário, os rendimentos até a satisfação da dívida
As correções monetárias acompanham essas espécies de atividades executivas.
MEIOS DE COERÇÃO
Que podem ser utilizados para garantir a concretização da obrigação.
- Não somente os atos executivos que atuem sobre o patrimônio do executado, mas também outras atividades executivas que atrapalhem a vida financeira do devedor, como por exemplo: Multa, Protesto, Arresto e outras.
AS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES DAS ATIVIDADES EXECUTIVAS
-Execução definitiva – quando fundada em sentença transitada em julgado ou em título extrajudicial; Quando já não cabe recurso.
-Execução provisória – seria provisória a execução ou o cumprimento da decisão sempre que, estando em curso o processo, a decisão exequenda tivesse sido impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo (artigo 520); Quando ainda não houve o transito em julgado e quando aquela demanda já exige uma satisfação provisória daquela obrigação. 
Quando não existe um recurso que declare o efeito suspensivo àquela decisão, você pode de certa forma já exigir o cumprimento provisório.
OBS.: Por isso nela se exige caução (inciso IV do artigo 520) para os atos que importem o levantamento de dinheiro, transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado. Mas mesmo nesses casos, a caução poderá ser dispensada nas hipóteses previstas no artigo 521.
Nesse inciso IV percebe-se a aproximação com o common law.
Pode haver execução provisória da decisão judicial, desde que, em hipóteses especificas do código haja caução. 
Crédito de natureza alimentar com relação a execução provisória, no caso dos alimentos provisionais, eles têm o intuito de garantir a manutenção da criança durante o curso do processo até que seja definitivamente garantida a pretensão.
-Execução específica – todas as medidas executivas que são praticadas e realizadas com um sentido específico, qual seja, dar ao credor exata e precisamente o bem (a coisa ou o serviço) que por atitude do devedor lhe deveria ter sido ofertado;
-Execução genérica – as medidas executivas incidem sobre qualquer bem (inespecífico) e a rigor, normalmente, para se alcançar o dinheiro, converte-se antes, juridicamente, um bem no valor devido; 
Ou seja, a execução especifica eu vou atrás de um bem determinado. A execução genérica, eu vou atingir aquele bem para que ele seja convertido em outra coisa, na verdade, em dinheiro. Então, a genérica, eu vou tentar atingir qualquer coisa que pode ser convertida e possa gerar uma quantia capaz de pagar a dívida, cumprir a obrigação.
- Execução Direta (Sub-rogação): O Estado substitui o devedor.. Exs.: Penhora de Bens e Alienação; Penhora online; Uma vez que o devedor não entrega o bem que pertence ao credor, o Estado tira do primeiro e entrega ao segundo; ou ainda, se o devedor não cumpre a obrigação de pintar o muro, o Estado autoriza a contratação de outro pintor, que o faça, às expensas do devedor; Estado atua em favor do credor para que ele tenha seu direito satisfeito.
- Execução Indireta (Coerção): Objetiva o cumprimento pelo próprio devedor, através de técnicas de coerção para que a obrigação seja cumprida pelo próprio devedor. Ex: multas diárias, ação de obrigação de fazer (procedimento cirúrgico);
- Execução singular (individual) – beneficia apenas o credor exequente e recai apenas sobre o patrimônio expropriável para satisfação de crédito específico; atinge apenas aquela determinada coisa.
- Execução universal (coletiva) – realizada em benefício de todos os credores do executado e recai sobre todo o patrimônio expropriável do executado (universal). Ex. a despersonalização da pessoa jurídica.
Obs: O exequente pode desistir a qualquer tempo da execução. Na execução, mesmo que você faça o pedido de desistência, você não precisa ficar vinculado àquela necessidade do devedor de adimplir com aquela desistência. Existe essa liberalidade do exequente continuar com a execução dando provimento nela ou não.
Aula 03: 08 de agosto de 2016
Relembrando... 
O que vocês entendem por tutela jurisdicional executiva? Quando a tutela jurisdicional executiva se faz presente? - A partir do momento que há a exigibilidade da obrigação se faz presente a tutela jurisdicional executiva. Diante dessa exigibilidade da obrigação se faz presente o poder judiciário, podendo este, utilizar meios de coerção para que possa exigir que esse devedor cumpra espontaneamente com a sua obrigação.O legislador deixou claro que existe um justo processo no NCPC. O que se entende por processo justo ou justo processo? É quando há a obediência do princípio do menor sacrifício possível ou do resultado. A partir da junção dos princípios constitucionais gera-se o devido processo legal que cria efetivamente esse processo justo ou justo processo. 
Não somente a sentença condenatória pode gerar a exigibilidade da obrigação, mas outros tipos de efeitos da sentença também são perceptíveis a utilização do processo de execução. A exigibilidade de uma obrigação independente da sentença ser somente condenatória, mas que ela seja declaratória e constitutiva, mas desde que o fato dessa exigência da obrigação, ela cria sim, a possibilidade de ter um título executivo.
Tutela jurisdicional executiva: quando o devedor não cumpre com a obrigação fixada, então, se faz necessário que o devedor utilize dos mecanismos de coerção.
Necessidade da Tutela jurisdicional executiva?
A necessidade da tutela jurisdicional executiva se faz presente quando a norma jurídica concreta não é espontaneamente cumprida, sendo necessária a sua realização pratica pelo poder judiciário.
Eficácia executiva a provimentos declaratórios e constitutivos? Artigo 515, I do CPC;
O legislador pode atribuir eficácias declaratórias ou constitutivas, que contenham um dever legal ou uma obrigação, tal como a sua previsão no art. 515, I do CPC de 2015. Nessas hipóteses existe no direito material uma obrigação inadimplida, ou seja, o legislador processual não cria a obrigação, mas permite que o titular da obrigação inadimplida e reconhecida em uma decisão judicial, quer seja declaratória ou constitutiva, possa promover a execução contra o devedor sem precisar de outro processo cognitivo.
O título executivo é um documento e ele possui características para ser utilizado, sendo elas: certeza, liquidez e exigibilidade.
Certeza: quando você sabe que o devedor tem um débito a ser cumprido e que ele possui patrimônio para cumprir com aquela obrigação.
Liquidez: quando nós sabemos a função do título, sabemos o que vai atingir. Reconhecer aquela obrigação, o objeto que vai ser utilizado no processo de execução.
Exigibilidade: se faz presente quando se tem uma decisão judicial favorável.
Para fins da tutela executiva, a palavra título está vinculada a uma noção de documento que representa um direito liquido, certo e exigível. E com a exigibilidade da obrigação (art. 515, I) foi promovida à categoria de requisitos necessários para a realização de qualquer execução (CARNELUTTI).
“O título é o documento que o credor deve apresentar ao órgão judicial para obter a execução, semelhante ao bilhete de passagem que o viajante apresenta na estação de trem” (CARNELUTTI). Ou seja, toda execução tem por base um título executivo, judicial ou extrajudicial.
Art. 783 do CPC de 2015 – Ou seja, não há a execução sem o título. “ Nulla executio sine título”. “A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível”
Características: Liquidez , certeza e exigibilidade – obrigação deverá reunir essas características – propositura da demanda.
Entendimento de certeza: diz respeito a existência do crédito, da obrigação que comprovadamente exista, a certeza é um pré-requisito para os demais atributos do título executivo.
A liquidez diz respeito ao objeto, é liquida uma obrigação que tenha um objeto certo, e também há liquidez quando o título expressamente indica o valor devido. Ausente essa liquidez e sendo judicial o título, deverá ser realizado a liquidação de sentença, para que se possa quantificar o valor devido ou determinar a coisa para se saber sobre qual objeto recairá a execução.
Em alguns casos de execução provisória da sentença deve haver a caução, mas o legislador deixou claro que pode haver essa execução provisória não só na sentença, mas também nas decisões interlocutórias. 
OBS: Apesar de o recebimento do recurso com efeito suspensivo impedir a execução provisória de decisão impugnada, não impede que essa decisão, caso ilíquida, possa ser liquidada antes do julgamento do recurso.
Com o advento do NCPC passou-se a aceitar uma execução provisória completa, com o objetivo da efetiva satisfação do exequente, embora mediante caução, na maior parte das vezes. 
Exigibilidade: é a obrigação quando o credor pode exigir imediatamente do devedor o seu adimplemento. Ex. Execução de apólice de seguro de automóveis. O STJ através do RESP 1416786/PR, diz que a apólice do seguro de carro não pode ser considerado um título executivo judicial. Pois, segundo o STJ se tem um rol de títulos executivos judiciais e extrajudiciais, mas lá nos extrajudiciais art. 784 CPC, VI. Situação corriqueira que acontece com relação a execução de apólice de seguro. A jurisprudência já menciona que através desse Resp e de outros que existem, enquanto a situação envolver apólice de seguro de automóveis não se vai ter título executivo extrajudicial, como faz parecer esse inciso VI que menciona “no caso de seguro de vida em caso de morte”, o que deve ser feito é uma ação inicial no processo de conhecimento para que se possa exigir um título executivo judicial, exigindo daquela operadora do seguro uma obrigação, para que possa indenizar a vítima ou família da vítima. 
Somente os contratos de seguro de vida dotados de liquidez, certeza e exigibilidade, são títulos executivos extrajudiciais, podendo ser utilizada a via da ação executiva.
A execução de apólice de seguro de automóveis não pode ser considerada título executivo extrajudicial. RESP: 1416786/PR.
Somente os contratos de seguro de vida dotados de liquidez, certeza e exigibilidade, são títulos executivos extrajudiciais. Logo, para o seguro de automóveis, na ocorrência de danos causados por acidentes de veículos, a ação a ser proposta é necessariamente a cognitiva/conhecimento pelo rito sumário, já que é destituído de executividade, e as situações nele envolvidas comumente não se enquadram no conceito de execução liquida, certa e exigível, sendo imprescindível, portanto nessa hipótese, a prévia condenação do devedor e a constituição do título judicial. 
Quando se tem uma sentença condenatória em que o juiz estipula apenas o percentual, condenando o réu a pagar a quantia de 20 salários mínimos por danos morais, não se faz necessário a liquidação, pois é um simples cálculo aritmético.
A execução para simples cálculo aritmético traz liquidez a obrigação, podendo ensejar a busca da satisfação da tutela jurisdicional executiva. (STJ –AgRg no RESp 970912/ Pernambuco e AgRg 6888202/Bahia) – posicionamento sedimentado.
O que os vai diferenciar o título executivo judicial do extrajudicial. O CPC de 73 dizia que não havia interesse de agir para se fazer a conversão de título executivo extrajudicial para judicial, o CPC de 2015 permite a conversão. Por que se faz essa conversão? O que vai diferenciar em relação a eficácia é os meios de impugnação, a defesa do devedor em relação ao título executivo judicial é bem mais ampla, e se tem mais possibilidades de arguir questões preliminares e etc.. O título executivo judicial de pronto, se a obrigação não é cumprida espontaneamente, já incide uma multa de 10%. O ponto principal é em relação a defesa do devedor. 
Os títulos executivos se dividem em dois: judiciais e extrajudiciais
Basicamente não haverá diferença entre a execução de títulos judiciais e extrajudiciais. A eficácia executiva é idêntica para todos os títulos, as matérias suscetíveis de defesa do devedor (impugnação do executado) na hipótese de execução baseada em título executivo judicial estão elencadas nos arts. 525 do CPC. Ao passo que a execução baseada em título judicial, o procedimento e os argumentos de defesa (embargos de execução) são bem mais amplos, conforme estabelece o art. 916 e ss do CPC.
 No título executivo judicial a defesa não pode alegar matéria que não conste no rol do parágrafo 1º do art. 525, bem como, caso não haja o cumprimento voluntário incidirá multa de10% sobre o valor da condenação.
A Conversão está prevista no art. 785 do CPC.
Art. 515 – Títulos executivos judiciais:
Temos no 515 o que é título executivo judicial: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I: As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
II: a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III: a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
O inciso II e III o legislador trouxe essa possibilidade da autocomposição como espécie de título executivo judicial. Essa nova roupagem que é trazida pelo CPC de 2015 ela tem essa transação, essas formas de autocomposição judicial, não só no processo de execução, mas se tem a oportunidade de fazer acordos em momentos pré-processuais (antes de se ir ao juiz), de fazer acordos judiciais no transcurso do processo de conhecimento (audiência de instrução e a preliminar), a questão em si do juiz incitar as partes à conciliação, tem-se momento de conciliação não só antes da sentença, mas também após o proferimento dela, na fase executiva também se tem a possibilidade de fazer esse acordo judicial. Então, nada mais justo do que trazer às espécies de títulos executivos judiciais essa autocomposição entre as partes.
Para o Novo CPC são formas de autocomposição que implicam resolução de mérito, as hipóteses previstas no art. 487, III e alinhas.
Nota-se que o título executivo na espécie não é somente a sentença propriamente dita, quando há menção nos incisos II e III do art. 515, mencionando o termo “decisão homologatória de autocomposição” o que se revela é a possibilidade de se forma-lo tanto por meio de sentença quanto por decisão interlocutória. Critica-se o termo cumprimento de sentença, e dentre esses críticos, Teresa Arruda Wambier e Didier, mencionam que tal termo na nova roupagem do CPC é desatualizado, pois se há a possibilidade de exigir esse cumprimento tanto com relação a sentença, bem como a decisão interlocutória, sendo que cumprimento de decisão seria muito mais cabível.
Justifica-se tal fato, que a posição legislativa utilizando a denominação autocomposição, podendo ser total ou parcial, e nessa última hipótese não colocará fim ao processo, mas ao que se definiu negocialmente, o conflito estará findo e a homologação, portanto, configurará decisão interlocutória relativa ao mérito, incluivel na hipótese do inciso II do art. 515.
Como funciona na pratica: A doutrina menciona que essas decisões homologatórias que se tem no processo é uma sentença atípica, porque o juiz exatamente pegará o acordo e não vai adentrar para o que está no mérito da demanda, só irá observar se aquela situação que foi realizado o acordo obedece aos requisitos, e se não há nenhuma ilegalidade, não interferindo no mérito da demanda. Pegará aquele acordo e apenas homologará, não se atentando ao que está nas entrelinhas daquele acordo. Por isso que no parágrafo 2º do art. 515, se tem a possibilidade de pessoas estranhas ao processo possam interferir.
A possibilidade sujeito estranho vir ao processo ou de se arguir situação diversa da que fora descrita na inicial. A visão que se deu a tramitação de um processo, é que se visa um acordo. Objetivo: Independente de como se deu o acordo, o que importa é ele, que ele ocorreu.
A hipótese de vim um sujeito estranho ao processo. 
Ex. Uma ação de obrigação de fazer. Ajuízo uma ação de obrigação de fazer para que você defina a transferência daquele veículo em 10 dias, sob pena de uma indenização, e ai com todo o tramite do processo tu já repassou aquele carro para uma terceira pessoa, ou seja, uma pessoa totalmente estranha ao processo e essa pessoa estranha pode intervir como terceiro interessado e vim para realmente resolver a lide, porque o processo ela não foi realmente iniciado contra essa pessoa (C), e sim contra B. Então, você chama C, ele vem ao processo para que você consiga resolver aquela lide. 
Na mesma situação com relação a um dos pontos do mérito, surge além da transferência do veículo, também o pagamento de multas. Quando se iniciou o processo de execução era para que você fizesse a transferência do veículo, mas no decorrer do processo surgiram multas, então, eu posso incluir naquele processo, também posso pedir para que aquele terceiro ou que aquele réu pague as multas que foram descumpridas no decorrer do processo. 
IV: o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
São documentos expedidos após o transito em julgado da sentença, da ação de inventário, que julga a partilha de bens e define a meação aos seus herdeiros. A doutrina traz esse título executivo judicial, e ele não traz uma eficácia condenatória. Do jeito que ele era no CPC de 73, ele foi mantido pelo CPC de 2015.Sendo que ele é uma justificativa, na verdade não é uma justificativa, é uma prova de que até no CPC de 73 os títulos que tinham uma eficácia declaratória poderiam ser exigidos. 
Formal e certidão de partilha são documentos expedidos após o transito em julgado da sentença, da ação de inventário que julga a partilha de bens e define a meação aos seus herdeiros. Trata-se de um título executivo especial, visto que a sentença que julga a partilha não pode a rigor ser considerada como condenatória, é alias uma comprovação histórica de que mesmo no Código de Processo Civil de 1973, a qualidade de título executivo judicial nunca esteve totalmente vinculado a sentença condenatória.
Hipóteses de que a partilha onde os inventariantes estão definidos, mas pode ocorrer peculiariedades no decorrer do processo, pode ser que estes bens estejam com terceiros, pode ser que esses bens nem existam mais, etc.. Com relação a execução formal da partilha:
Caso o bem herdado se encontre em posse de pessoa estranha sem vínculo com o inventariante, ou os demais sucessores do acervo partilhado, o titular do formal – daquele documento- não poderá se utilizar diretamente da execução forçada. Terá de recorrer primeiro ao processo de conhecimento para obter a condenação daquele terceiro a entrega da coisa. 
Caso o referido bem tenha sido transferido pelo inventariante ou por algum herdeiro, o adquirente ficará sujeito a força executiva do formal, pois terá apenas ocupado o lugar do transmitente na sujeição do título executivo, aplicando a regra do parágrafo 3º do art. 109.
Ex. o irmão de Matheus entrega o carro para a namorada dele. Quando se fizer o formal ou a partilha irá atingi-la uma vez que ela apenas está fazendo as vezes a figura de um de nós, sendo que o bem não é dela, estando apenas na “posse” dela.
A posse não é pacifica quando o bem for objeto de inventário.
Exceção ao formal e a certidão de partilha: 
Se optar em fazer o formal e certidão de partilha (quando se tem o formal e a certidão de partilha é dado uma sentença, essa sentença pode utilizar como título executivo judicial), o inventário extrajudicial, se optar por fazer extrajudicial não vai ter uma sentença pra utilizar como título executivo judicial, vai ter uma escritura pública que é prevista como título executivo extrajudicial, mas pode fazer que essa escritura pública ganha uma efetividade, ganhe uma obrigação de cumprimento e consiga transformar essa escritura pública em decisão judicial. 
Em caso de inventário e partilha extrajudicial (Lei 11.441/2007) realizado por meio de escritura pública, tal documento terá força somente de título executivo extrajudicial. Ai temos a hipótese do art. 784 do CPC. Mas adquirirá qualidade de título judicial se for submetida a homologação do respectivo juiz, caso não haja o cumprimento por parte dos interessados. IV do art. 515 – tem-se hipótese de que o inciso IV, de que a partilha onde os inventariantes estão todos vinculados, mas pode acontecer particularidades. Hipóteses que se pode utilizar na prática com relação ao forma e a certidãode partilha:
V: o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
É uma inovação do CPC com relação a incluir os créditos de auxiliares como títulos executivos judiciais. Aqueles terceiros que trabalham no processo de forma que possamos ter um deslinde na lide. Podem (...)
De certa forma facilitou para que esses personagens possam facilitar mais a nossa vida. Criar esse mecanismo para que eles tenham um animo para trabalhar. 
No regime do CPC de 73, esse credito circulava entre os títulos executivos extrajudiciais. Os auxiliares da justiça permanentes são: os escrivães, os escreventes, contadores, oficiais de justiça, depositários, avaliadores, tabeliães, oficiais de registro e etc.. Já os eventuais são: perito, o interprete e o tradutor. A todos esses personagens, o CPC de 2015 atribuiu legitimidade para propor a execução visando a cobrança dos respectivos créditos durante a tramitação do processo.
Com relação aos emolumentos das serventias notariais e de registro, são cobráveis como títulos executivos extrajudiciais, mas não dependem de aprovação judicial. Tendo em vista que o próprio notário expede certidão relativa aos valores devidos pelos atos por ele praticados. Ex. uma escritura pública não paga. (inciso XI do 784)
Exemplo: escritura pública. Inciso XI, 784 NCPC, o próprio serventuário faz a certidão, junta com aquela escritura pública que não foi paga e executa o devedor e não precisa de aprovação do juiz. 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
VI: a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
Sentença penal condenatória transitada em julgado faz título executivo judicial. O juízo competente pra realizar essas indenizações não é um juízo cível, e sim um juízo penal. 
O réu condenado no crime não escapa do dever de indenizar o prejuízo acarretado a vítima, não havendo necessidade de uma sentença civil a respeito dessa responsabilidade.
Na sentença penal condenatória a eficácia civil da responsabilidade penal somente atinge a pessoa do condenado na justiça criminal, sem alcançar os corresponsáveis pela reparação do ato ilícito, como é o caso de patrões, pais, contra estes a vítima do delito não dispõe de título executivo, e terá de demonstrar a corresponsabilidade em processo civil de conhecimento e obter a sentença condenatória para servir de título executivo.
VII – sentença arbitral é aquela proferida pelos tribunais arbitrais e figuram como são órgãos auxiliares da justiça e tem na espécie um título executivo judicial e nada mais justo do que utilizar esse título executivo proveniente de um tribunal arbitral e levar ao conhecimento de um magistrado pra ser executado, por que essa é a única diferença para a ação nos tribunais arbitrais. Podem dar a procedência daquele título, exigir aquela obrigação só que não pode ser executado o título através dos tribunais arbitrais, somente por u magistrado, por um juizado cível. 
A sentença arbitral é um pronunciamento proferido por um juiz arbitral ou árbitro em processo submetido à arbitragem que não dependem de homologação do poder judiciário exatamente por que temos na espécie um título executivo judicial equiparável plenamente à sentença dos órgãos judiciais (é que dispõe o art. 31 da lei de arbitragem, Lei nº 9307/96). O que podemos notar de importante é que a atual legislação processual civil não atribui à um órgão arbitral competência executiva a qual fica reservada ao Poder Judiciário. 
Quando a sentença arbitral for estrangeira terá de se submeter à homologação do STJ para ser executada no Brasil. Somente terá eficácia quando tiver a positividade do Superior Tribunal de Justiça. Art. 105, inciso I da CF/88. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Inciso IX – decisão interlocutória estrangeira, é exatamente por que o Código traz essa possibilidade de termos essas execuções provisórias, essa decisão interlocutória estrangeira ela traz após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo STJ. Esse exequatur é uma autorização que é dada pelo STJ quando vem a ordem na carta rogatória, no que está prevista nessa carta rogatória e só vai ter concessão dessa obrigatoriedade dessa carta quando for dada concessão pelo STJ
O exequatur consiste em um só tempo numa autorização e numa ordem de cumprimento da obrigatoriedade prevista na carta rogatória, ou seja, nem tudo vai deferido do jeito que vier do país estrangeiro somente aquilo que condiz com a nossa realidade constitucional. 
Uma vez concedido o exequatur a carta rogatória é remetida ao juízo federal de primeiro grau competente para cumprimento que servirá o rito da execução de títulos judiciais.
E uma vez cumprida o juiz de primeiro devolve essa ordem para o STJ e o STJ devolve para o país de origem, nada mais diferente da carta precatória.
	
VII: a sentença arbitral;
VII – sentença arbitral é aquela proferida pelos tribunais arbitrais e figuram como são órgãos auxiliares da justiça e tem na espécie um título executivo judicial e nada mais justo do que utilizar esse título executivo proveniente de um tribunal arbitral e levar ao conhecimento de um magistrado pra ser executado, por que essa é a única diferença para a ação nos tribunais arbitrais. Podem dar a procedência daquele título, exigir aquela obrigação só que não pode ser executado o título através dos tribunais arbitrais, somente por u magistrado, por um juizado cível. 
É aquela proferida pelos tribunais arbitrais.
A sentença arbitral é o pronunciamento proferido pelo conhecido “juiz arbitral ou arbitro” em processo submetido a arbitragem que não dependem de homologação do poder judiciário, exatamente porque temos

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