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Prova Filosofia da Ciência

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Qual a diferença entre um argumento indutivo e um argumento dedutivo? Explique 
R: Dedução vem do latim de-ducere, que significa "conduzir a partir de", sendo assim, em um argumento dedutivo correto a conclusão é inferida necessariamente das suas premissas. O que está dito na conclusão é extraído das premissas, pois já está implícito nelas, sem exceder o conteúdo das premissas, isto é, a conclusão não diz nada além do que já dito antes, nas premissas. É verdade que a dedução é um modelo de rigor. Mas também é estéril, na medida em que não nos ensina nada de novo, apenas organiza o conhecimento já adquirido. Portanto, ela não inova, o que não significa que a dedução não tenha valor algum.  Condillac, filósofo francês do século XVIII, compara a lógica aos parapeitos das pontes: "impedem-nos de cair, mas não nos fazem ir adiante".
Ex: Todo brasileiro é sul-americano.
Indução é uma argumentação na qual, a partir de dados singulares suficientemente enumerados, chegamos a proposições universais, inferimos uma verdade universal. Enquanto na dedução a conclusão deriva de verdades universais já conhecidas, partindo portanto do plano do inteligível, a indução, ao contrario, chega a uma conclusão a partir da experiência sensível,  dos dados particulares. Diferentemente do argumento dedutivo, o conteúdo da conclusão da indução excede o das premissas. Ou seja, enquanto a conclusão da dedução está contida nas premissas, e retira daí sua validade, a conclusão da indução tem apenas probabilidade de ser correta. Portanto, segundo Wesley Salmon, "podemos afirmar que as premissas de um argumento indutivo correto sustentam ou atribuem certa verossimilhança à sua conclusão". Apesar da aparente fragilidade da indução, que não possui o rigor do raciocínio dedutivo, trata-se de uma forma muito fecunda de pensar, sendo responsável pela fundamentação de grande parte dos nossos conhecimentos na vida diária e de grande valia nas ciências experimentais. Além disso, todas as previsões que fazemos para o futuro têm base na indução, ou seja, no raciocínio que, baseado em alguns casos da experiência presente, nos faz inferir que o mesmo poderá ocorrer mais tarde. Cabe ao lógico examinar as condições favoráveis para considerar se a indução é correta, isto     é, se pertence a um tipo de argumento em que a maioria das premissas são verdadeiras e têm condições de aumentar a probabilidade de acerto. Há vários tipos de indução, e aqui vamos examinar alguns.
Ex: O cobre é condutor de eletricidade, e o ouro, e o ferro, e o zinco, e a prata também...; logo, o metal (isto é, todo metal) é condutor de eletricidade.

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