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ESTRUTURAS DE AÇO E MADEIRA AULA 4 Professor: Emanoel Messias de Oliveira Engenheiro Civil Especialista em Estruturas Engenheiro de Projetos de Tubulações Industriais E-mail: messi194070@gmail.com LIGAÇÕES A CISALHAMENTO EXCÊNTRICO 1. LIGAÇÃO AXIAL POR CORTE 2. LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE • EXERCÍCIO 2 1-LIGAÇÃO AXIAL POR CORTE 3 Numa ligação axial por corte com diversos conectares (rebites ou parafusos), em geral se admite que o esforço transmitido se distribua igualmente entre os conectores. Essa distribuição de esforços é, entretanto, estaticamente indeterminada. Para deformações em regime elástico, os primeiros conectores em carga absorvem as maiores parcelas de esforços. 1-LIGAÇÃO AXIAL POR CORTE 4 Com aumento dos esforços, os conectores mais solicitados sofrem deformações plásticas, transferindo-se os esforços adicionais para os conectores intermediários, resultando distribuição aproximadamente uniforme de esforços entre os conectores. Entretanto, se a ligação for longa, poderá ocorrer ruptura dos conectores de extremidade antes que se atinja a uniformidade dos esforços nos conectores, reduzindo assim a resistência da ligação por conector. De acordo com a NBR 8800, se L > 1270 mm a força F solicitante deve ser multiplicada por 1,25 para levar em conta a distribuição não uniforme de esforços entre os parafusos. A distribuição uniforme de esforços cisalhantes entre conectores permite que o cálculo da resistência à corte de um grupo de n conectores seja obtida multiplicando-se por n a resistência de um conector. Quando ocorre o estado limite de ovalização do furo, altera-se a distribuição elástica de esforços, solicitando-se mais os conectores nas posições de maior rigidez à ovalização do furo. Assim, a resistência do grupo de conectores à pressão de apoio e rasgamento pode ser tomada como a soma das resistências individuais dos conectores. 2-LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE 5 Para o cálculo de ligações a corte excêntrico, considera-se uma figura geométrica, formada pelo alinhamento dos parafusos e um centro de gravidade. Cada parafuso estará sujeito a uma parcela Fv da força Vd e o momento torçor, a partir de Vd e distância “e”. Este momento torçor também provoca cisalhamento nos parafusos, sendo FM nas direções x e y. A resolução é baseada no cálculo pelo modelo vetorial. Tal carga FM depende da distância r dos parafusos mais solicitados até o centroide CG dos parafusos, sendo decomposta nas direções x e y. Na direção x, têm-se parafusos equidistantes y do CG (np) e na direção y, têm- se parafusos equidistantes x do CG (np). A soma vetorial é conforme a expressão: Ʃr2 = np(x)2 + np(y)2 2-LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE 6 2-LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE 7 2-LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE 8 Para a sequência de cálculos: 1. Carga de cisalhamento de cálculo Vd = Vkɣf 2. Momento de cálculo Md = Vd . e 3. Carga de cisalhamento por parafuso Fv = 4. Cisalhamento devido ao momento torçor FMx = మ = మ మ FMy = మ = మ మ 2-LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE 9 5. Força de cisalhamento em cada parafuso Fv, Rd = ଶ ଶ 6. Diâmetro do parafuso db = Vk e ɣf são força cortante característica e coeficientes de ponderação de forças ou segurança, respectivamente. EXERCÍCIO 10 Deseja-se projetar a ligação de um consolo metálico com uma coluna, utilizando parafusos de alta resistência ASTM A325. Determinar o diâmetro necessário dos parafusos para absorverem uma carga de 30 kN em serviço (oriunda de carregamento permanente), com uma excentricidade de 200 mm, relativa ao eixo da coluna. REFERÊNCIAS PFEIL, Professores Walter e Michele. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8a Edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios. Rio de Janeiro, 2008.
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