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Parvovírus: Estrutura e Classificação

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1 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Parvoviridae 
PARVOVIRIDAE 
 
 Os parvovírus são vírus pequenos, com capsídeo icosaédrico e possuem 
uma fita linear simples de DNA. Para a replicação depende de células em fase 
S, pois apenas nessa fase a célula possui maquinaria para síntese de DNA que 
repliquem o número restrito de genes e proteínas codificadas pelo genoma do 
vírus. Possuem apenas 4 genes, distribuídos em duas regiões codificantes, as 
ORFs, que estão sobrepostas no genoma DNA de fita simples. Alguns vírus 
dessa família dependem da infecção conjunta com outros vírus para 
completarem seu ciclo replicativo. 
 As infecções por esses vírus afetam preferencialmente órgãos que 
apresentam células em multiplicação, como as células da medula óssea, células 
embrionárias e células percursoras do epitélio intestinal. Apresentam grande 
estabilidade no ambiente, podendo manter sua infectividade durante meses, em 
determinadas condições, e são muito restritos quanto à espécie hospedeira. Os 
primeiros relatos são de Panleucopenia Felina, depois Enterite dos Visons, 
posteriormente o Parvovírus Canino. Os sinais clínicos comuns dessas doenças 
são enterite e leucopenia. Podem estar associadas também com mortalidade e 
malformações fetais. O parvovírus bovino encontra-se amplamente disseminado 
na população bovina, no entanto, a sua importância clínico-patológica é 
questionável. 
Classificação 
 Segundo o ICTV, a família Parvoviridae é composta por duas subfamílias: 
Parvovirinae e Densovirinae. A primeira agrupa os parvovírus que infectam 
vertebrados. A segunda infecta insetos. A subfamília Parvovirinae é dividida em 
5 gêneros: Parvovirus, Erythrovirus, Dependovirus, Amdovirus e Bocavirus. A 
maioria dos gêneros abriga vírus que replicam de forma autônoma. Por outro 
lado, os Dependovirus são dependentes de adenovírus para replicar. 
 No gênero Parvovirus, são classificados os agentes associados com 
doenças em animais, como o vírus da panleucopenia felina (FPLV), o CPV e o 
parvovírus suíno (PPV). O parvovírus canino tipo 2 (CPV-2) é denominado 
genericamente CPV, originou-se a partir do FPLV, disseminou-se rapidamente 
 
2 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Parvoviridae 
na população canina e, atualmente, constitui-se em um dos principais patógenos 
da espécie canina. 
Estrutura do vírion e do genoma 
 Os vírions dos parvovírus são pequenos, aproximadamente esféricos, 
com simetria icosaédrica e são desprovidos de envelope. As partículas virais 
estão distribuídas em uma porção proteica (80%) e DNA (20%). Os vírions 
apresentam uma grande resistência à inativação no meio ambiente, que pode 
ser creditada à sua estrutura simples e compacta, desprovida de envelope. 
Estável em pH entre 3 e 9 e temperatura de 56ºC por 1h. Entretanto sua 
infectividade pode ser inativada por desinfetantes à base de formalina, 
hipoclorito de sódio e agentes oxidantes. Possui capacidade de aglutinar 
eritrócitos de suínos, de cobaias e/ou de macacos rhesus. Gama de hospedeiros 
e tropismo muito restritos. Alguns vírus podem sofrer mutação e amplia sua 
gama de hospedeiros. Um exemplo foi a substituição de dois aminoácidos na 
proteína VP2 do FPLV, que permitiu ao vírus utilizar o receptor da transferrina 
(TfR) presente em células de cães e, assim, estabelecer o CPV como um novo 
patógeno canino. 
 As partículas virais são formadas por três classes de proteínas: VP1, VP2 
e VP3. Essas proteínas são codificadas a partir de uma única ORF no genoma 
viral, sendo a VP1 e VP2 originadas por splicing alternativo do mRNA. A VP3 é 
formada por clivagem de 15 a 20 aa’s da região amino-terminal da VP2. 
 Na superfície dos vírions, podem ser observadas estruturas 
características, como protuberâncias (spikes), depressões (dimples) e estruturas 
na forma de cilindros circundados por depressões (canyons). São 
biologicamente importantes, pois atuam no reconhecimento e ligação a 
receptores celulares (depressões) e determinação das características 
imunogênicas (projeções). O genoma dos parvovírus é composto por uma 
molécula de DNA linear de cadeia simples. Em geral, a molécula de DNA que é 
incorporada aos vírions é de polaridade negativa, mas alguns parvovírus podem 
encapsidar qualquer uma das cadeias em proporções variadas. Os vírons do 
BPV, por exemplo, apresentam molécula de DNA de polaridade positiva em 
aproximadamente 20 a 30% das partículas. 
 
3 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Parvoviridae 
 Os genomas dos parvovírus possuem apenas duas ORFs, que codificam 
4 proteínas: duas não estruturais (NS1 e NS2) e duas ou três proteínas 
estruturais (VP1 e VP2/VP3). A NS1 é essencial para a replicação viral, a NS2 
está associada coma formação dos capsídeos, controle da expressão gênica e 
também participa da replicação do genoma. Os mRNAs, produzidos pela 
transcrição do genoma, possuem 5’ cap e são poliadenilados na extremidade 3’. 
 O genoma viral apresenta de 6 a 10 seqüências palindrômicas, que 
possibilitam a formação de estruturas em forma de grampo nas regiões 
terminais. Essas estruturas são essenciais para a replicação do genoma viral e 
para a encapsidação do genoma da progênie viral. 
Replicação 
 
 
4 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Parvoviridae 
 
Pontos Importantes 
 Vírus pequeno 
 Células jovens em divisão na fase S  Por que tem produtos celulares que estão 
presentes nessa fase, que precisa pra replicar 
 Receptor de transferrina 
 Local das células: Intestino, Cerebelo, Medula Óssea 
 Panleucopenia felina  Redução de leucócitos  Vírus replicando na medula 
 Não envelopado  Maior resistência no ambiente 
 Hairpin  Palíndrome 
 Replicação DNA fita simples  DNA fita dupla  Duas positivas e duas negativas

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