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fisica e termodinamica com respostas

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Prévia do material em texto

e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS 
 
 
 
Curso: Licenciatura Plena em Física 
 
 
 
Organizador(es): Anderson Costa da Silva 
 Clebes André da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
QUESTÃO Nº 03 DISCURSIVA 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
QUESTÃO Nº 04 DISCURSIVA 
Autor(a): Clóves Gonçalves Rodrigues 
QUESTÃO Nº 05 DISCURSIVA 
Autor(a): Francisco Manoel B e Rocha 
QUESTÃO Nº 09 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
QUESTÃO Nº 10 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
QUESTÃO Nº 11 
Autor(a): André Luiz Cardoso Silva 
QUESTÃO Nº 12 
Autor(a): José Mauro Bezerra 
QUESTÃO Nº 13 
Autor(a): Francisco Aparecido Pinto Osório 
QUESTÃO Nº 14 
Autor(a): Wanessa David Canedo Melo 
QUESTÃO Nº 15 
Autor(a): Wanessa David Canedo Melo 
QUESTÃO Nº 16 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
QUESTÃO Nº 17 
Autor(a): André Luiz Cardoso Silva 
QUESTÃO Nº 18 
Autor(a): Henrique Oliveira Gontijo 
QUESTÃO Nº 19 
Autor(a): Clebes André da Silva 
QUESTÃO Nº 20 
Autor(a): André Luiz Cardoso Silva 
QUESTÃO Nº 21 
Autor(a): Francisco Aparecido Pinto Osório 
QUESTÃO Nº 22 
Autor(a): Francisco Aparecido Pinto Osório 
QUESTÃO Nº 23 
Autor(a): Henrique Oliveira Gontijo 
QUESTÃO Nº 24 
Autor(a): André Luiz Cardoso Silva 
QUESTÃO Nº 25 
Autor(a): Wanessa David Canedo Melo 
QUESTÃO Nº 26 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
QUESTÃO Nº 27 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
QUESTÃO Nº 28 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
QUESTÃO Nº 29 
Autor(a): Lucimar Moreira Faria 
QUESTÃO Nº 30 
Autor(a): Francisco Manoel B e Rocha 
QUESTÃO Nº 31 
Autor(a): Lucimar Moreira Faria 
QUESTÃO Nº 32 
Autor(a): Iara Pereira de Queiroz 
QUESTÃO Nº 33 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
QUESTÃO Nº 34 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
QUESTÃO Nº 35 
Autor(a): Iara Pereira de Queiroz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 03 
 
O volume específico de um material é função da sua temperatura. Mantida constante a 
pressão, define-se o coeficiente de dilatação térmica volumétrica como o produto do inverso 
do volume específico pela derivada parcial do volume específico em relação à temperatura, 
de acordo com a equação � = �� ������	. Considere duas peças (troncos de cone ocos de 
materiais diferentes) rigidamente presas uma dentro da outra, conforme ilustra a figura 
abaixo. 
 
Nesse contexto, faça o que se pede nos itens a seguir. 
A. Explique uma forma de separar essas duas peças metálicas utilizando o conceito de 
dilatação volumétrica. (valor: 5,0 pontos). 
Indique ao menos duas variáveis (ou condições) das quais o seu método poderá depender. 
(valor: 5,0 pontos). 
 
 
Tipo de questão: fácil 
 
Conteúdo avaliado: Calorimetria 
 
 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
 
Comentário: 
Conforme é possível ver na figura, temos dois troncos de formato cônico, ambos 
ocos, feitos de materiais diferentes e apoiados um sobre o outro de modo que um dos 
cones se encaixe rigidamente (sem deslizar) sobre o outro. 
A dilatação volumétrica ocorre ao variar a temperatura de um corpo, onde o 
volume do mesmo variará seguido a expressão: 
 = 
��1 + �∆��. 
Onde 
 é o volume do corpo, 
� é o volume antes do corpo sofrer a dilatação 
volumétrica e � é o coeficiente de dilatação volumétrica do corpo. O raio da peça 
cônica, por sua vez, variará obedecendo a expressão: 
� = ���1 + �∆��. 
Onde � é o raio (interno ou externo) do corpo cônico após a dilatação, �� é o raio 
(interno ou externo, respectivamente) antes do corpo sofrer a dilatação volumétrica, 
∆� é a variação de temperatura e � é o coeficiente de dilatação linear. 
O coeficiente de dilatação volumétrica é dado pela expressão: 
� = 1� �
��
���	 
onde � é o volume específico do material a qual o cone é feito. A relação entre o 
coeficiente de dilatação volumétrica e o coeficiente de dilatação linear é dada por: 
� = �3. 
 O raio interno da peça superior é igual ao raio externo da peça inferior em todos 
os pontos onde ocorre o contato das mesmas. Para que ocorra a separação das 
peças é necessário que o raio interno da peça superior exceda o raio externo da peça 
inferior, supondo um equilíbrio térmico entre as peças, isso pode ocorrer nas 
seguintes circunstâncias: 
 
i. Se a temperatura aumentar (∆� > 0) e o coeficiente de dilatação volumétrica 
da peça superior ���� for maior que o coeficiente de dilatação volumétrica da 
peça inferior �� !, o raio interno da peça superior aumentará mais rápido que o 
raio externo da peça inferior. Sendo assim, teremos ∆� > 0 e ���� > �� ! o que 
leva a uma redução das forças de contato entre as peças e uma consequente 
redução na força de atrito entre elas. 
ii. Se a temperatura diminuir (∆� < 0) e o coeficiente de dilatação volumétrica da 
peça superior ���� for menor que o coeficiente de dilatação volumétrica da 
peça inferior �� !, o raio interno da peça superior será reduzido mais 
lentamente que o raio externo da peça inferior. Sendo assim, teremos ∆� < 0 
e ���� < �� ! o que leva a uma redução das forças de contato entre as peças e 
uma consequente redução na força de atrito entre elas. 
 
As grandezas (variáveis) que podem influenciar no procedimento são basicamente os 
respectivos coeficientes de dilatação das peças e a temperatura do conjunto. 
Entretanto, se uma das peças for feita de um material mau condutor de calor e a outra 
for feita de um bom condutor é possível variar a temperatura do bom condutor de 
maneira quase que independente, visto que esse responderá melhor à variação de 
temperatura tornando possível aquecê-lo ou resfriá-lo mais rapidamente. Sendo 
assim, se o corpo superior for feito de um material mau condutor e o corpo inferior for 
feito de um material bom condutor, será possível resfriar o corpo inferior para que o 
mesmo se solte. Por outro lado, se o corpo superior for o corpo bom condutor, será 
possível aquecê-lo para que os corpos se soltem. 
Referências: 
HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 2, 8ª Edição, LTC: Rio 
de Janeiro, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 4 
O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com 
o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no 
Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um 
aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica 
abandonada, no centro de Goiânia. O instrumento foi encontrado por catadores de 
um ferro velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e 
repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou 
seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com Césio-137 foi o 
maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas 
nucleares. 
No interior da cápsula do aparelho de radioterapia, havia Cloreto de Césio na 
forma de um pó. Cerca de 19,26g desse pó se espalhou, foi manipulado e até ingerido 
por diversas pessoas. A população de Goiânia foi examinada e, de 112 800 pessoas, 
cerca de 249 foram contaminadas pelo Césio. 
Por precaução, foram coletadas toneladas de material que poderiam ter 
sido contaminadas pelo pó de Césio. Esse material foi separado em dois 
contêineres, o primeiro, de baixa concentração de material radioativo, que pode 
ser considerado lixo comum, e o segundo, que armazena os materiais 
efetivamente radioativos. Este segundo contêiner é revestido de uma camada de 
chumbo de aproximadamente 10cm. 
Com base nessa situação, faça o que se pede nos itens a seguir: 
 
 
a) Explique a diferença entre contaminação e irradiação. 
 
 
b) Sabe-se que a lei de decaimento radioativoestabelece que , em 
que é a vida média. Considerando que o Césio tem uma vida média de 30 
anos, aproximadamente, e decai emitindo partículas beta e gama, estime 
quantos gramas de Césio-137 do acidente de Goiânia seriam radioativos ainda 
hoje. 
 
 
 
 
Gabarito: 
 
Tipo de questão: Discursiva 
 
Conteúdo avaliado: física nuclear e radiação 
 
Autor(a): Clóves Gonçalves Rodrigues 
 
Comentário: 
a) A “contaminação” ocorre quando um corpo entra em contato direto com o material 
radioativo. Assim, por ter absorvido material radioativo, o corpo também se torna uma 
fonte radioativa. Já a “irradiação” é quando uma fonte radioativa faz com que um 
corpo receba uma dose de radiação por estar próximo (mas sem entrar em contato) a 
um material radioativo. Neste caso o corpo não se torna uma fonte radioativa. 
b) Utilizaremos para calcular o número de gramas de Césio-137 ainda radioativos 
hoje, a lei de decaimento radioativo dada pelo enunciado do problema. Como o tempo 
decorrido entre o acidente e a data de aplicação da prova (ano de 2014) é de 27 anos 
temos: 
/ 27/ 30 0,9
0.9 1
0
1 1 1 0, 37
2, 7
tN
e e e
N e e
τ− − −
−
= = = = ≈ ≈ ≈ , 
isto corresponde a 37% do valor inicial do material radioativo (19,26 gramas), ou seja, 
aproximadamente 7 gramas. 
 
c) o item c) da questão discursiva 4 foi anulado pela comissão de física do ENADE. 
 
Referências: Referências: Fundamentos de Física, Halliday, vol. 4. 
 
 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 05 
Um professor de Física da Educação Básica decide utilizar o aparato abaixo 
indicado para desenvolver uma atividade didática baseada em experimento didático-
científico. O assunto a ser tratado é o movimento uniforme. Para tanto, ele 
estabelece um roteiro, mediante o qual os alunos são orientados a seguir uma série 
de passos/itens. Inicialmente, os alunos devem lançar pequenas gotas de água na 
parte aberta do tubo contendo óleo; a seguir devem escolher uma das gotas e 
realizar medidas do espaço percorrido por ela, bem como do tempo decorrido para 
isso. Com base nessas medidas, os alunos devem calcular a velocidade média da 
gota no trecho de descida considerado. Essa sequência deve ser repetida algumas 
vezes para que estejam treinados a operar apropriadamente o conjunto e, assim, 
obter gotas adequadas ao experimento, bem como realizar as medidas necessárias. 
Uma vez atingido esse ponto do treinamento, os alunos devem ser orientados a 
repetir 10 vezes a experimentação, com gotas equivalentes, restringindo as 
observações e as medidas aos trechos das descidas em que as gotas realizam 
movimento uniforme. 
 
 
 
Analisando a situação apresentada acima, e tendo por base as precauções e as 
proposições atuais discutidas e registradas no âmbito da Pesquisa em Educação 
em Ciências, bem como em Ensino de Física, redija um texto dissertativo contendo 
uma crítica sobre a forma de utilização do experimento adotado pelo professor e 
uma sugestão de alternativa de procedimento. 
 
 
Gabarito: 
 
Tipo de questão: DIFÍCIL 
 
Conteúdo avaliado: Movimento Uniforme 
 
 
Autor(a): Francisco Manoel B e Rocha 
 
 
Comentário: 
A questão apresentada solicita a elaboração de um texto dissertativo contendo uma 
crítica a respeito da forma de utilização do experimento adotado pelo professor e uma 
sugestão de alternativa de procedimento. O referido texto descreve um experimento 
pouco adequado ao fim a que se propõe, apresentando um roteiro com muitas 
repetições, com dificuldades técnicas para sua realização e inadequado ao objetivo 
de aprendizagem. Outro problema passível de crítica é a proposta de “roteiro 
fechado” para execução do experimento por parte do aluno. Esse modelo não permite 
desenvolver a criticidade necessária, uma vez que é baseado em passos estanques 
que devem ser executados na sequência que foi sugerida. Destaca-se ainda que a 
experiência proposta no texto apresenta dificuldades conceituais (a construção do 
modelo) e de procedimento (materiais e métodos). 
A despeito dessas questões, para que o experimento possa ser realizado com o 
objetivo de se estudar o movimento uniforme de uma partícula sugerimos algumas 
alterações no procedimento. 
 
1 - Na segunda lei de Newton, para que a gota de água desça com movimento 
uniforme, é preciso que a aceleração seja zero. Assim: 
 
#$ = %. &$ 
 
#$ = 0 
com, 
 
#$ = #$' + ()$ 
onde: 
 
#'))))$ – Força de Empuxo. 
()$ – Peso da gota de água. 
 
No entanto, lançando-se a gota da seringa a certa altura em relação ao tubo, esta 
cairia acelerada (com aceleração *$) até atingir a superfície do óleo. Quando isso 
ocorrer, a gota deverá “vencer” a tensão superficial do óleo e irá desacelerar durante 
um período até que atinja o movimento uniforme pretendido. Além disso, é necessário 
assegurar que não haverá aceleração durante a queda da gota. Para isso, o 
experimento atingiria melhor o seu objetivo se os líquidos em questão tivessem 
densidades semelhantes. 
 
2 - Deve-se fazer com que a gota saia da seringa e, com auxílio da tira de papel 
milimetrado, medir a distância (Δy1) percorrida pela gota do ponto de lançamento até 
a metade do papel milimetrado. Utilizando o cronômetro, meça o tempo de queda 
(Δt1) da gota. A partir da metade da tira de papel milimetrado, meça a distância (Δy2) 
percorrida pela gota até a rolha. Utilizando o cronômetro, meça o tempo de queda 
(Δt2) da gota. 
 
3 - Com cada par de medidas Δy e Δt utilize a equação 
�+ = ,-,. 
para determinar a velocidade média da gota em cada trecho. 
 
4 - Encontre o erro percentual relativo: 
 
/% = |��+22222 − �4+22222|��+22222 . 100% 
O movimento da gota poderá ser considerado uniforme se E% for zero (ou próximo de 
zero). 
 
Referências: 
- ENADE 2014: Relatório de área (Física). 
 
- HALLYDAY, D.; RESNICK, R.; e WALKER, J. Fundamentos de Física, vol. 1, editora 
LTC, Rio de Janeiro, 2003. 
 
 
 
QUESTÃO Nº 09 
A figura abaixo apresenta esquematicamente dois momentos do movimento de um 
corpo rígido na forma de um disco, com massa % e raio, 5, denominado ioiô. Um fio, 
preso ao teto em uma extremidade, é enrolado na borda lateral do disco. A outra 
extremidade do fio está presa na borda lateral do disco, de modo que este não pode 
girar em falso. Na situação (a), o corpo está em repouso em sua altura máxima, com 
o fio enrolado em sua borda, e, na situação (b), o corpo está a uma altura ℎ, tal que 
ℎ%&7 > ℎ > ℎ%89, em que ℎ%89 é a altura na qual o fio estaria completamente 
desenrolado. Considere o momento de inércia do corpo (em relação a um eixo 
perpendicular ao plano da figura e que passa pelo seu centro de massa) igual a 
%54/2. 
 
 Medidas da energia potencial (EP), energia cinética rotacional (ECR) e energia 
cinética translacional (ECT) foram realizadas e graficadas (em unidades arbitrárias) 
ao longo do movimento de descida do ioiô, desde a altura máxima até uma altura ℎ. 
Considerando que houve conservação da energia mecânica total, conclui-se que são 
consistentes com os resultados esperados teoricamente aqueles apresentados no 
gráfico: 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: C 
 
Tipo de questão: Questão objetiva. 
 
Conteúdo avaliado: 
 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
 
Comentário: 
Como não há nenhuma menção à forças externas atuando no ioiô, podemos 
concluir que a energia mecânica total EM se conserva e será a soma das energias 
potencial gravitacional EP, energia cinética de translação ECT e energia cinética de 
rotação ECR, conforme a expressão: 
/< = /( + /=� + /=� = >?9@.&9.A 
Como o ioiô é liberado a partir do repouso a uma altura ℎ%&7, então as energias 
cinéticas iniciais de rotação ECR0 e translação ECT0 iniciais são nulas ao passo que 
a energia potencial inicial EP0 é máxima. Dessa forma, a energiamecânica do ioiô 
será igual a energia potencial inicial (EM = EP0). A energia potencial varia em função 
da altura ℎ obedecendo a expressão: 
/( = %*ℎ, 
onde * é a aceleração da gravidade no local. A energia cinética de translação 
obedece a expressão: 
/=� = 12 %�4, 
onde � é a velocidade de translação do ioiô. A energia cinética de rotação depende 
da frequência angular do ioiô C e do momento de inércia D do ioiô. Como � = 5C e 
D = �4 %54, a energia cinética de rotação será dada por: 
/=� = 12 DC4 =
1
2 ∙
1
2 %54C4 =
1
4 %�4. 
A velocidade varia em função da altura entretanto para qualquer ponto da trajetória 
do ioiô a energia cinética de translação ECT será o dobro da energia cinética de 
rotação ECR. Partindo dessas informações, podemos analisar cada um dos gráficos 
propostos para descrever a energia do ioiô. 
No item A a energia cinética de translação inicial ECT0 é nula mas a energia 
cinética de rotação ECR0 (que são representadas na posição ℎ%&7) é diferente de 
zero. Dessa forma esse gráfico não representa o ioiô. 
No item B as energias cinéticas iniciais de translação ECT0 e rotação ECR0 são 
nulas, entretanto a energia cinética de translação ECT e energia cinética de rotação 
ECR são idênticas para qualquer valor de ℎ. Como a energia cinética de translação é 
o dobro da energia cinética de rotação para qualquer valor de ℎ este gráfico também 
não representa o comportamento do ioiô. 
No item C as energias cinéticas iniciais de translação ECT0 e rotação ECR0 são 
nulas e as energias cinéticas de translação ECT e rotação ECR formam duas retas 
onde a inclinação da reta com os valores da energia cinética de translação é o dobro 
da inclinação da reta com os valores da energia cinética de rotação, mantendo assim 
a relação de ECT ser o dobro de ECR para qualquer valor de ℎ. Além disso, para 
qualquer valor de ℎ a soma das energias EP, ECT e ECR são iguais a energia 
potencial inicial EP0, ou seja, iguais a energia mecânica total do sistema EM. Sendo 
assim, esse gráfico representa bem o comportamento do ioiô. 
No item D as energias cinéticas iniciais de translação ECT0 e rotação ECR0 são 
aproximadamente iguais e diferentes de zero,o que contradiz a condição de inicial de 
repouso do ioiô. Além disso, as energias cinéticas de translação ECT e rotação ECR 
formam duas retas quase que perfeitamente coincidentes e assim violam a condição 
de que ECT seja o dobro de ECR. Outro ponto que pode ser observado, é o fato de a 
EP aumentar à medida que ℎ diminui e ECT e ECR diminuir em função de ℎ. Sendo 
assim esse gráfico não representa o ioiô. 
No item E a energia potencial um comportamento curvo o que contradiz a 
expressão /( = %*ℎ, que representa um comportamento linear em relação à variável 
ℎ. E assim como no item B os gráficos de ECT e ECR são praticamente coincidentes, 
o que violam a condição de ECT ser o dobro de ECR. Dessa forma, esse gráfico não 
representa o ioiô. 
Sendo assim, podemos concluir após essa análise que a alternativa C é a correta. 
Referências: 
HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 1, 8ª Edição, LTC: Rio 
de Janeiro, 2009. 
BARCELOS NETO, João . Mecânica Newtoniana, Lagrangiana e Hamiltoniana. São 
Paulo: Editora Livraria da Física, 2004 
 
QUESTÃO Nº 10 
A interação entre dois corpos foi historicamente concebida como uma ação 
instantânea à distância. Por outro lado, ela pode ser pensada como uma ação 
intermediada por um campo. Considerando que a noção de força está associada à 
concepção de ação instantânea, avalie as afirmações a seguir. 
 
I. A existência de ondas eletromagnéticas pode ser definida a partir das 
concepções de campo eletromagnético e de ação instantânea à distância. 
II. O campo eletromagnético e a força eletromagnética não necessitam de 
meios materiais entre cargas de uma distribuição para existir. 
III. O campo elétrico depende da posição, enquanto a força eletrostática 
depende da distância entre a carga-fonte e a carga-teste. 
 
É correto o que se afirma em 
 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III, apenas. 
 
 
Gabarito: D 
 
Tipo de questão: 
 
Conteúdo avaliado: 
 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
 
Comentário: 
A sentença I está incorreta pois as ondas eletromagnéticas são definidas a partir das 
equações de onda eletromagnética: 
�4/)$
�74 =
1
�4
�4/)$
�.4 A 
�4H)$
�74 =
1
�4
�4H)$
�.4 , 
que são respectivamente as equações de onda para uma onda eletromagnética 
unidimensional. Estas equações de onda para os campos elétrico e magnético são 
obtidas a partir das equações de Maxwell. A existência da onda está atrelada ao 
atraso entre a produção do campo pela fonte e a percepção não instantânea do 
mesmo por um observador à distância, ou seja, se o campo sofrer uma variação em 
sua intensidade ou deformação, essas mudanças só serão percebidas por um 
observador à distância depois de um certo tempo, que exatamente o tempo 
necessário para mudança se propagar da fonte até o observador com velocidade 
igual a 299792458 m/s (no vácuo). 
A sentença II está correta, pois as interações eletromagnéticas não necessitam de 
meio materiais para ocorrerem. Pode-se observar isso no fato de a luz (que é uma 
radiação eletromagnética) de diversas estrelas chegar até nós através do vácuo ou na 
comunicação via satélites que se encontram fora da atmosfera recebendo e emitindo 
ondas de rádio. 
A sentença III está correta, A força elétrica entre duas cargas depende do valor das 
duas cargas e da distância entre as mesmas, conforme podemos observar pela 
expressão: 
#$ = 14IJ�
KL
54 5̂ 
de acordo com a expressão, a força é um campo vetorial que depende de ambas as 
cargas. Para descrever o campo gerado por apenas uma das cargas, como a carga K 
por exemplo, podemos dividir a força pela carga de teste L e assim teremos uma 
expressão que depende apenas da carga K e do vetor posição de onde se deseja 
calcular o valor do campo gerado pela carga K. Dessa forma: 
/)$ = #$L. 
O que leva a expressão: 
/)$ = 14IJ�
K
54 5̂. 
A expressão #$ = L/)$ sugere que existe um campo elétrico /)$ gerado pela carga K e ao 
colocarmos a carga de teste L na posição 5$ medida a partir da carga K, surgirá uma 
força #$ entre elas. 
 
Referências: 
REITZ, J.R.; MILFORD, F.J.;CHRISTY,R.W. Fundamentos da Teoria 
Eletromagnética. Rio de Janeiro: Elsevier, 1982. 
 
QUESTÃO Nº 11 
 
QUESTÃO 11 
A norma reguladora 15 (NR-15), que dispõe sobre atividades e operações insalubres, 
indica que o limite do nível de intensidade sonora para um trabalhador não deve 
ultrapassar 120 dB. Suponha que, em uma fábrica, uma máquina (que pode ser 
considerada uma fonte esférica) emite um som uniforme e isotrópico. 
A 100 metros da fonte, o nível de intensidade sonora é de 80 decibéis. Até que 
distância um trabalhador pode se aproximar dessa máquina sem ultrapassar o limite 
do nível de intensidade sonora estabelecido pela NR-15? 
(A) 81,6 m 
(B) 66,7 m 
(C) 44,4 
(D) 1,00 m 
(E) 0,78 m 
 
 
Gabarito: D 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
Conteúdo avaliado: Intensidade e Nível sonoro 
 
Autor(a): André Luiz Cardoso Silva 
 
Comentário: A intensidade da onda esférica isotrópica a uma distância r de uma fonte 
de potência P é obtida da relação 24I P rπ= (em W/m2). A partir da Intensidade, 
define-se nível sonoro em decibéis por ( )010dBlog I I=β , onde 12 20 10I W/m−= é 
a intensidade de referência. O nível sonoro para a norma reguladora NR-15 não deve 
ultrapassar 120 dB e sua intensidade correspondente é, 
10 12 120 10
010 10 10 1
/I I β −= = = W/m2 
e para 80dB, 
12 80 10 410 10 10/I − −′ = = W/m2. 
A razão entre as intensidades sonoras é dada por: 
 
22
2
4
4
I P r r
I rP rπ
π
′ ′  
= =  
′ 
 
logo, 
4
2 2 21010 10 10 1 00
1
I
r r ,
I
−
−
′
′ = = = = m. 
Portando o item (D) é o correto. 
 
Referências: 
Jearl Walker, Fundamentos de Física – Gravitação Ondas e Termodinâmica, vol.2 
Editora LTC, Rio de Janeiro 2009. 
 
QUESTÃO Nº 12 
Com o objetivo de estudar algumas características de uma bateria, realizaram-se alguns 
experimentos (a, b e c) de medidas de variáveis elétricas, utilizando-se uma lâmpada e um 
multímetro digital, no modo amperímetro ou no modo voltímetro. 
 
Ao utilizar o multímetro no modo adequado para cada experimento, foi possível 
construir, com as suas indicações, o seguinte gráfico de voltagem (V) versus 
intensidade de corrente elétrica (i) para a bateria em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base nos experimentos descritos e usando as informações do 
gráfico, avalie as afirmações a seguir. 
 
 
I. A resistência interna da bateria é de 0,5Ω. 
 
II. A bateria pode fornecer uma potência máxima de 10 W. 
 
III. Nos experimentos A e C, o multímetro foi utilizado no modo voltímetro. 
 
É correto o que se afirma em 
 
A. I, apenas. 
 
B. II, apenas. 
 
C. I e III, apenas. 
 
D. II e III, apenas. 
 
E. I, II e III, apenas. 
 
 
 
 
Gabarito: A 
 
Tipo de questão: Médio 
 
Conteúdo avaliado: 
 
Autor(a): José Mauro Bezerra 
 
Comentário: 
Quando a bateria não está ligada a lâmpada, ou seja, não circula a corrente elétrica, 
indicando que não tem carga sua tensão é de 12,5V. Quando insere a lâmpada e a 
corrente circula, a tensão cai para 12,0V, indicando que há perdas internas na fonte, 
onde aplica-se lei de ohm R= (12,5 – 12,0) / 1,0 = 0,5 Ω. 
Em relação ao circuitos montados: 1º - a bateria esta paralela com o multímetro 
(Voltimetro); 2º - a bateria está ligada em paralelo com a lâmpada e o multímetro 
(Voltímetro); 3º - a lâmpada está em série com o multímetro (Amperímetro) 
Referências: 
 
QUESTÃO Nº 13 
 
A equação de Schroedinger dependente do tempo para uma partícula livre em uma caixa 
unidimensional de largura a (-a/2<x<a/2) é dada por: 
 
−ℏ4
2%
�4Ψ�x, t�
�74 = iℏ
∂Ψ�x, t�
∂t �1� 
 
A função de onda pode ser escrita como um produto de funções da forma, 
 
�7, .� = S�7���.� �2� 
 
Onde T(t) é encontrada substituindo a equação ( 2) na equação (1), assim obtemos que ��.� =
AT� UℏV. E a equação (2) se torna a equação de Schroedinger independente do tempo, 
 
−ℏ4
2%
WS�x�
W74 = ES�x� �3� 
 
Cuja solução é do tipo: S�7� = H@A9�Y7� + Z cos �Y7� com Y4 = 2%/ ℏ4⁄ . Impondo as 
condições de contorno sobre a função de onda: S�− & 2� =⁄ S�& 2� =⁄ 0. Teremos duas 
soluções aceitáveis: 
 
B = 0 e A ≠ 0 assim cos �Y e4� = 0; g?*?; he4 = 9I/2 para n=1,3,5..... e / = ℏ
i iji
4+ei 
Ou, 
A = 0 e B ≠ 0 assim sen �Y e4� = 0; g?*?; he4 = 9I para n=2,4,6..... e / = ℏ
i iji
4+ei 
 
 
Veja que a diferença entre os autovalores da energia é /+� = ℏiji4+ei = l
i
m+ei então a afirmação 
I é correta e a II falsa. A afirmativa III é sem sentido (Falsa) não há relação entre o princípio da 
Incerteza e a relação /+� = /�. Resta-nos a afirmação IV, que necessita de um cálculo para 
ser definida, lembrando que o valor médio de x é nulo neste caso, ou seja, 〈7〉 = 0, então 
∆7 = p〈74〉 e ∆q = p〈q4〉 e o produto das incertezas será, 
 
∆7∆q = reiji j
iTs
�4 × ℏ
iji
ei = rj
iTs
�4 ℏ . 
 
Assim afirmativas I e IV são corretas resposta certo item C. 
 
 
 
Gabarito: C 
 
Tipo de questão: Dificuldade Média 
 
Conteúdo avaliado: Física Moderna 1. 
 
Autor(a):Francisco Aparecido Pinto Osório 
 
Comentário: 
 
Referências: Eisberg e Resnick,Física Quântica,Cap.5; pag 196. 
 
QUESTÃO Nº 14 
 
Embora a radiação eletromagnética proveniente do Sol seja importante para a vida 
humana em vários aspectos, a exposição exagerada à radiação eletromagnética pode 
ser danosa, especialmente na faixa de radiação ultravioleta (UV), pois o 
bombardeamento da pele pelos fótons provenientes dessa radiação pode gerar 
lesões de intensidades variáveis. Nesse contexto, conclui-se que 
 
a) a exposição aos raios ultravioleta (UV) vai gradativamente cedendo energia 
para os tecidos, gerando aquecimento, queimaduras de pele e, até mesmo 
câncer. 
b) o UV, absorvido pelas moléculas do tecido, gera excitação eletrônica, 
provocando mudanças na configuração das moléculas, causando sua quebra 
ou gerando novas ligações moleculares. 
c) o UV tem energia para gerar vibrações moleculares, que são responsáveis 
pela agitação térmica, causando queimaduras e outros danos aos tecidos, 
inclusive, câncer de pele. 
d) o bombardeamento fotônico UV pode provocar a fissão dos núcleos atômicos 
nas moléculas do tecido, alterando a sua configuração e gerando câncer de 
pele. 
e) os raios UV são potencialmente danosos por possuírem alto poder de 
polarização eletrônica (PE), gerando desde vermelhidões na pele (baixa PE) 
até câncer de pele (alta PE). 
 
Gabarito: B 
 
Tipo de questão: objetiva 
 
Conteúdo avaliado: Ondas Eletromagnéticas, Fótons e Ondas de Matéria 
 
Autor(a): Wanessa David Canedo Melo 
 
Comentário: 
A radiação eletromagnética do ponto de vista clássico é vista como uma onda, a qual 
transporta energia sem necessidade de um meio material para se propagar. O 
espectro eletromagnético Fig.14.1, é apresentado em ordem crescente de frequência, 
a qual abrange desde as ondas de rádio até os raios gama. 
 
 
 
Essa energia transportada pela radiação eletromagnética segundo à abordagem 
quântica é quantizada, cuja quantidade elementar é denominada quantum, a qual 
possui uma relação direta com a frequência: 
 
/ = ℎu, 
 
assim, quanto maior a intensidade da faixa de frequência, maior a energia 
transportada pela radiação. 
A quantização da energia se estende as energias associadas aos estados energéticos 
que os elétrons dos átomos ou moléculas podem ocupar. Dessa forma, quando uma 
onda eletromagnética incidir em um material, sua energia será absorvida, somente se 
a mesma for da ordem requerida pela molécula para que se promova seus elétrons a 
um estado de maior energia. 
Essa passagem dos elétrons entre os estados energéticos é denominada transição, 
sendo que para que ocorra uma transição eletrônica, a energia da radiação ultravioleta 
é suficiente para que se observe tal fenômeno, entretanto, as transições vibracionais 
requerem energias da ordem da radiação infravermelha. 
Assim, pode se concluir que os itens "a" e "c" estão incorretos e o item "b" está 
correto. 
O item "d" está incorreto porque para desencadear o processo de fissão são 
necessárias energias da ordem de mega-elétron-volt (MeV), energia essa que não se 
aplica a energia transportada na radiação ultravioleta e sim à radiações do tipo gama. 
 A polarização diz respeito à orientação do vetor campo elétrico de uma onda 
eletromagnética, e no caso da radiação proveniente do Sol, a mesma é não 
polarizada, isto é, o vetor campo elétrico estão orientados em direções aleatórias. 
Sendo que classicamente, a intensidade da radiação de uma onda polarizada a 
metade de uma radiação não polarizada transmitida (D = �4 D�) e tal intensidade tendo 
uma relação direta com o quadrado do módulo do valor médio do vetor campo 
(D = �vwx /y+�4 ) e a densidade de energia transportada pela radiação sendo dá por 
z' = �4 J�/4. Contudo, a interação da radiação a nível atômico, seguirá o 
comportamento quântico, e como foi discutido acima, a energia de um fóton é uma 
função da constante de Planck e da frequência característica da radiação, logo a 
argumentação sobre a relação direta entre polarização e dano ao tecido não possui 
consistência, portanto, o item "e" está incorreto. 
 
Figura 14.1: Espectro Eletromagnético (Fonte: Fund. da Física Vol. 4, Halliday) 
 
 
Referências: 
• HALLIDAY, David, RESNICK, Robert, e Walker, Jearl, Fundamentos de Física: 
ÓTICA E FÍSICA MODERNA , 6ª edição, vol. 4, Rio de Janeiro:LTC 2001; 
• SEARS, ZEMANSKY & YOUNG, Física IV: ÓTICA E FÍSICA MODERNA, 12ª 
EDIÇÃO, SÃO PAULO, Pearson, 2009. 
 
 
QUESTÃO Nº 15 
 
A descoberta da energia nuclear foi de crucial importância para países em que o 
potencial hidrelétrico ou termelétrico não acompanhou as demandas crescentes por 
energia, muito embora a problemática do lixo nuclear e a possibilidade de desastres 
ainda sejam os principais fatores para a mobilização mundial contra o uso dessa 
forma de energia. Por outro lado, não é de conhecimento do público geral os 
mecanismos que geram a alta periculosidade por trás da utilização e descarte do 
material radiativo usado nas usinas nucleares. A respeito dos riscos do uso e do 
descarte desse material radiativo, é correto afirmar que 
a) os riscos provenientes do uso da energia nuclear e a presença de seus 
dejetos decorrem da incapacidade de frenar um processo de reação em 
cadeia. 
b) a fusão nuclear proveniente de uma usina nuclear pode ser minimizada com a 
utilização de placas de grafite e seus dejetos podem ser controlados com o 
uso de reservatórios subterrâneos. 
c) os dejetos radiativos provenientes da produção de energia nuclear podem 
continuar a emitir raios ultravioletas com alto poder de penetração e precisa 
ser isolado em reservatório subterrâneo. 
d) os dejetos radiativos contaminantes são mais bem isolados quando 
armazenados em recipientes de chumbo e alocados em altas profundidades 
devido ao poder de frenagem da água. 
e) os dejetos radiativos não apresentam risco de gerar reação em cadeia, porém 
podem continuar emitir alta taxa de partículas radiativas por décadas ou até 
mesmo séculos, razão pela qual precisam ser isolados adequadamente. 
 
 
Gabarito: E 
 
Tipo de questão: 
 
Conteúdo avaliado: Energia Nuclear 
 
Autor(a): Wanessa David Canedo Melo 
 
Comentário: 
Os riscos associados à produção da energia nuclear são devido as altíssimas 
temperaturas que um reator nuclear pode atingir, pois mesmo após a finalização da 
reação em cadeia a geração de calor não é interrompida como consequência dos 
decaimentos β que não cessam. Dessa forma, se o sistema de refrigeração falhar 
pode acontecer um acidente, como o ocorrido em 1979 na usina nuclear de Three 
Mile Island na Pensilvânia, em que o reator fundiu porque houve uma perda total da 
água de refrigeração. 
Os dejetos representam outro risco, porque os produtos da fissão são radioisótopos 
muito perigosos com tempo de meias-vida longos. Assim, esses são os riscos 
inerentes ao uso da energia nuclear, pois a reação em cadeia é um processo 
seguramente controlável por barras de controle de boro ou de cádmio, cuja função é 
controlar a quantidade de nêutrons contidos no reator. Desse modo, a alternativa "a" 
é incorreta. 
As alternativas para a produção de uma fusão controlada estão sendo investigadas, 
dentre as estudadas estão, o confinamento magnético, cujo um plasma é aprisionado 
em uma câmara sob a ação de um campo magnético e o confinamento inercial, em 
que uma esfera sólida de combustível tem sua temperatura elevada devido a 
incidência de um laser em todos os lados da mesma, levando o material a evaporar e 
através da onda de choque produzida por tal evaporação ocorre um compressão da 
região central da esfera, confinando o plasma nessa região. Placas de grafite ou água 
são utilizados como moderadores em um processo de fissão nuclear, cuja função é 
remover energia dos nêutrons sem absorvê-los através de colisão elásticas. Portanto, 
a alternativa "b" também é incorreta. 
O item "c" está incorreto, pois o processo de produção de energia nuclear envolve o 
decaimento de nuclídeos instáveis que podem emitir raios gama ou partículas alfa ou 
beta. 
É fato que as substâncias do lixo nuclear possuem um decaimento radioativo longo e 
com isso as temperatura desses dejetos podem se manter bastante elevadas em um 
tempo considerável, por isso duas precauções devem ser tomadas em seu 
armazenamento, que com o intuito de evitar a contaminação radioativa, confina-se o 
lixo nuclear em recipientes com paredes grossas de chumbo e em relação à 
problemática da temperatura, tais recipientes são imersos em águas profundas. Como 
discutimos acima, a frenagem tem relação como o controle da quantidade de 
nêutrons no reator e é feita pelas barras de controle de boro ou de cádmio. Dessa 
forma, a função da água é de resfriamento e não de frenagem nesse contexto, 
tornando a alternativa "d" incorreta. 
A alternativa "e" está correta, pois a produção de energia nuclear a energia é liberada 
de forma controlada e mesmo após o fim da reação em cadeia ainda há presença de 
elementos que emitem radioatividade por um tempo considerável, sendo essas 
afirmações já discutidas acima quando se foi analisado os demais itens. 
 
Referências: 
• HALLIDAY, David, RESNICK, Robert, e Walker, Jearl, Fundamentos de Física: 
ÓTICA E FÍSICA MODERNA , 6ª edição, vol. 4, Rio de Janeiro:LTC 2001; 
• SEARS, ZEMANSKY & YOUNG, Física IV: ÓTICA E FÍSICA MODERNA, 12ª 
EDIÇÃO, SÃO PAULO, Pearson, 2009. 
 
 
QUESTÃO Nº 16 
Após uma maré alta que atingiu vários carros parados nas proximidades de uma 
praia, um grupo de estudantes procurou estudar o fenômeno com o objetivo de 
estabelecer algumas previsões. Cientes de que o fenômeno é causado pelas forças 
de atração gravitacional diferenciais da Lua sobre a Terra, os estudantes 
acompanharam as variações da altura da maré em determinado ponto apenas nos 
dias de passagem de fase da Lua. A tabela a seguir mostra os valores máximos e 
mínimos obtidos. 
 
Dia 03 
Lua Crescente 
Dia 10 
Lua Cheia 
Dia 17 
Lua Minguante 
Dia 25 
Lua Nova 
02h22min 0,72 m 01h29min 1,26 m 02h22min 0,62 m 02h56min 1,23 m 
07h05min 0,96 m 08h21min 0,37 m 07h18min 1,09 m 09h12min 0,21 m 
14h05min 0,34 m 14h44min 1,37 m 14h13min 0,45 m 15h17min 1,42 m 
19h56min 1,03 m 20h58min 0,44 m 21h15min 1,07 m 22h11min 0,50 m 
 
Ao pesquisar sobre o tema, os estudantes concluíram que a força diferencial 
gravitacional, obtida pela derivada da equação da força da gravitação universal, é 
diretamente proporcional à massa do corpo que provoca a maré e inversamente 
proporcional ao cubo da distância entre os corpos. Eles utilizaram os seguintes dados 
referentes às massas e às distâncias envolvidas: distância Terra-Lua = 3,8x105 km, 
distância Sol-Terra = 1,5x108 km, massa do Sol = 2,0x1030 kg e massa da Lua = 
7,3x1022 kg. 
Nesse contexto, avalie as seguintes afirmações feitas pelos estudantes. 
 
I. As marés de maior amplitude ocorrem nas proximidades das luas cheia e 
nova, constatação que evidencia a não dependência da atração gravitacional 
do Sol na ocorrência do fenômeno. 
II. Embora a massa do Sol seja muito maior que a massa da Lua, o fato de ele 
estar muito mais distante da Terra do que a Lua faz com que a maré 
provocada por ele tenha 1/10 da maré provocada pela Lua. 
III. Durante o intervalo de tempo de um dia, ocorrem, em um mesmo local, duas 
marés altas e duas marés baixas, de forma que, quando ocorre a maré alta 
em dado lugar da Terra, simultaneamente ocorre maré alta no lado da Terra 
diametralmente oposto. 
 
É correto o que se afirma em 
 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
 
Gabarito: B 
 
Tipo de questão: 
 
Conteúdo avaliado: 
 
Autor(a): Raffael Costa de Figueiredo Pinto 
 
Comentário: 
As marés são causadas basicamente por dois fatores. O primeiro deles é a atração 
gravitacional exercida pelo Sol e pela Lua diretamente sobre as águas, formando uma 
elevação na faceda Terra voltada diretamente para os corpos celestes causadores 
da maré. O segundo fator é o efeito inercial da translação da Terra em torno do centro 
de massa do sistema, ou seja, do ponto de vista da Terra (que é um referencial não 
inercial) surge uma força centrífuga do lado oposto de onde o corpo se encontra e por 
essa razão surge uma maré diametralmente oposta à maré causada pela atração 
gravitacional direta. O efeito das duas marés são praticamente idênticos (BARCELOS 
NETO). Sendo assim, podemos focar nossa análise na maré referente à atração 
gravitacional direta. 
Quanto maior for o gradiente de campo gravitacional (que é a variação do campo 
em função da posição radial), maior será a maré produzida. Para testar a veracidade 
dos itens I e II é necessário primeiro calcular o gradiente dos campos gravitacionais 
produzidos pelo Sol e pela Lua. 
A força gravitacional entre dois corpos é calculada a partir da Lei da Gravitação 
Universal, dada (em módulo) por: 
# = { <%54 , 
onde < e % são as massas dos corpos, r é a distância entre os centros gravidades 
dos corpos e G é a constante de gravitação universal, sendo seu valor igual a: 
{ = 6,67408 × 10T�� . %4/€*4 
O gradiente de campo é dado por: 
∇# = W#W5 = −2{
<%
5‚ 
Dessa forma pode-se escrever os gradientes de campo para o Sol e para a Lua, 
em função das massas <ƒ„…, <†�e e <�‡yye; bem como das distâncias da Terra ao Sol �ƒ„… e Terra à Lua �†�e, logo: 
�W#W5�ƒ„… = −2{
<ƒ„…<�‡yye
�ƒ„…‚ 
e 
�W#W5�†�e = −2{
<†�e<�‡yye
�†�e‚ . 
A razão entre os gradientes de campo gravitacional do Sol e da Lua é: 
�W#W5�ƒ„…
�W#W5�†�e
= −2{
<ƒ„…<�‡yye5‚
−2{ <†�e<�‡yye5‚
= <ƒ„…<†�e ∙
�†�e‚
�ƒ„…‚ =
2 × 10‚�
7,3 × 1044 ∙
�3,8 × 10ˆ�‚
�1,5 × 10m�‚ 
logo 
�W#W5�ƒ„…
�W#W5�†�e
≅ 0,4454. 
A diferença de força entre dois pontos da superfície (ao longo da linha radial) será 
dada pela a expressão: ∆#
∆5 ≅ �
W#
W5� ⇒ ∆# ≅ �
W#
W5� ∙ ∆5 
Sendo assim, a razão entre as diferenças de forças do Sol e da Lua entre dois 
pontos radiais é 
∆#ƒ„…
∆#†�e =
�W#W5�ƒ„… ∆5
�W#W5�†�e ∆5
=
�W#W5�ƒ„…
�W#W5�†�e
 
O que leva a : ∆#ƒ„…
∆#†�e = 0,4454 ou ainda 
∆#†�e
∆#ƒ„… = 2,245 
O item I afirma que o fato de as marés de maior amplitude ocorrerem nas luas 
cheia e nova seria uma evidência da não influência da gravidade do Sol nas marés. 
Entretanto, é possível ver que o gradiente de campo gravitacional causado pelo Sol 
corresponde a aproximadamente 0,4454 vezes o gradiente de campo causado pela 
Lua, ou seja, quase metade do efeito (44,54% da intensidade exercida pela Lua). 
Sendo assim, o efeito da maré causado pelo campo gravitacional do Sol é menor, 
devido ao fato de o mesmo estar a um distância da Terra maior que a da Lua, mas 
está bem longe de ser desprezível. Dessa forma, a afirmação do item I está incorreta. 
O item II afirma que o efeito da maré causado pelo Sol é cerca de 1/10 do efeito 
causado pela Lua. A altura da maré é diretamente proporcional ao gradiente do 
campo gravitacional e vimos que o gradiente do campo gravitacional do Sol na 
superfície da Terra é 0,4454 e não 0,1 vezes o gradiente da Lua. Sendo assim, a 
afirmação do item II também está incorreta. 
O item III afirma que durante o intervalo de tempo de 1 dia ocorrem duas marés 
altas e duas marés baixas. Isso procede e pode ser facilmente verificado através da 
tabela. As duas marés altas se devem aos dois efeitos discutidos no início desse texto 
e as duas marés baixas ocorrem entre as marés altas. Basicamente, uma maré baixa 
ocorre por causa do deslocamento de água direcionado para outra região onde está 
ocorrendo uma maré alta. Sendo assim, o item III está correto. 
A alternativa correta então é a alternativa B. 
 
Referências: 
BARCELOS NETO, João . Mecânica Newtoniana, Lagrangiana e Hamiltoniana. São 
Paulo: Editora Livraria da Física, 2004. 
 
 
QUESTÃO Nº 17 
 
QUESTÃO 17 
Pelas leis de Faraday e Ampère, combinadas, é possível transmitir e captar 
informações entre duas espiras. Um circuito RLC, constituído por uma fonte, um 
resistor, um solenoide e um capacitor, têm em seu funcionamento os aspectos 
fundamentais do processo de captação desses sinais. Esse sistema, circuito RLC, é 
um oscilador elétrico onde ora a energia magnética armazenada no campo magnético 
do solenoide é convertida em energia elétrica armazenada no campo elétrico do 
capacitor, ora ocorre o inverso, com uma frequência natural de oscilação. Quando o 
circuito é forçado a oscilar com essa frequência, a resposta acontece em fase com a 
excitação, como ocorre em qualquer oscilador forçado. Nessas condições, o sistema 
encontra-se em ressonância. Observe o circuito representado na figura abaixo. 
 
 
Considerando que o circuito da figura encontra-se em ressonância, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. A frequência da fonte de 100V é de 1000 kHz. 
II. Quando menor o valor da resistência R, maior a resposta em termos de 
corrente elétrica, que, nesse caso, tem amplitude igual a 1,25 A. 
III. De acordo com a lei de Ampère, quando o capacitor se descarrega, surge uma 
força contra-eletromotriz nos terminais do solenoide, que tende a se contrapor 
à variação da corrente, e a corrente passa a fluir no sentido contrário, de modo 
a carregar novamente o capacitor. 
É correto o que se afirma em 
a) II, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
 
 
Gabarito: C 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
Conteúdo avaliado: Intensidade e Nível sonoro 
 
Autor(a): Andre Luiz Cardoso Silva 
 
Comentário: No item (I) a frequência a cada intervalo de 2 1f LCω π= = , logo 
substituindo os valores de L e C, teremos 4 8 61 10 10 10ω − −= = rad/s ou 1000 (103) 
rad/s. Portanto no item (I) a unidade deve ser em 103 rad/s e não kHz. No item (II), a 
corrente elétrica em um circuito RLC é 2 2( )m L CI R X Xξ= + − , onde L dX Lω=
e 1C dX Lω= são chamadas reatâncias. Portanto o circuito possuir maior corrente 
com a diminuição da resistência. Além disso, no nosso problema a reatâncias são 
iguais 210L CX X= = , logo 100 80 1,25mI R Aξ= = = . No item (III), deve ser de 
acordo com a lei de Faraday de indução. Portando o item (D) é o mais correto. 
 
Referências: 
Jearl Walker, Fundamentos de Física – Gravitação Ondas e Termodinâmica, vol.2 
Editora LTC, Rio de Janeiro 2009. 
 
QUESTÃO Nº 18 
A afirmação I está correta. 
De acordo com o enunciado, a diferença de potencial entre os terminais do resistor é 
representado pela função, 
�8� = = ���Ž��i. Nesta função observa – que V(i) não é 
diretamente proporcional a i (corrente elétrica). 
Quanto ao valor de sua resistência elétrica, pode ser calculado, com base na lei de 
ohm, que é a razão entre ddp (V) e a corrente elétrica (i). 
 
A afirmação II é falsa. 
O comportamento da tensão em função da corrente descrito no enunciado não se 
aplica, por exemplo, a resistores que seguem a lei de Ohm, para os quais , sendo R o 
valor constante da resistência. 
A afirmação III é falsa 
 A tensão verificada entre os terminais do resistor, neste enunciado, não é 
diretamente proporcional a corrente elétrica, através disso percebe – se a relação não 
é linear. 
 
 Diante do que foi apresentado, apenas a alternativa I esta correta 
Portanto, a alternativa correta é a letra A 
 
 
 
Gabarito: A 
 
Tipo de questão: Avaliar itens e marcar a combinação correta 
 
Conteúdo avaliado: Resistência, diferença de potencial e corrente elétrica 
 
Autor(a): Henrique de Oliveira Gontijo 
 
Comentário: 
 
 
Referências: HALLIDAY, HESNICK, WALKER. FUNDAMENTOS DE FÍSICA. VOL. 
02. EDITORA LTC. 4ª EDIÇÃO. 
 
 
QUESTÃO Nº 19 
No Brasil, as microcentrais hidrelétricas podem ser uma alternativa viável 
para comunidades isoladas,onde o denominado Sistema Interligado Nacional (SIN) 
ainda não atende de forma eficaz à demanda por energia elétrica. Essas centrais de 
pequeno porte trazem benefícios como a diminuição de perdas de transmissão, redução 
de investimentos para construção de novas linhas e maior confiabilidade ao sistema. 
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), uma microcentral 
hidrelétrica possui potência instalada de até 100 kW e eficiência global da ordem de 
50%. 
Suponha que esse limite de potência se encaixe na geração de energia 
elétrica em um curso d’água situado em um pequeno povoado de 150 habitantes. O 
curso d’água possui um desnível de 9m de altura e vazão média de 600 litros/s, 
estimada pelo método experimental do flutuador, que utiliza flutuadores (garrafa 
plástica, boia, etc.) para determinar a velocidade superficial do escoamento e, a 
partir do produto dessa velocidade pela área da seção transversal por onde ocorre 
o escoamento, determina-se a vazão. 
Considerando as informações acima, a aceleração da gravidade igual a 10 
m/s2 e a densidade da água igual a 1 000 kg/m³, avalie as afirmações a seguir. 
 
 
I. A potência elétrica média gerada pela usina será inferior a 30 kW. 
 
II. Se a tensão na linha de transmissão for de 69 kV, a energia seria 
transmitida por essa linha em corrente elétrica de magnitude inferior a 2 A. 
III. Para um consumo per capita mensal igual a 120 kWh, seria possível 
atender com essa geração de energia todo o povoado. 
 
É correto o que se afirma em 
 
 
A. I, apenas. 
 
B. III, apenas. 
 
C. I e II, apenas. 
 
D. II e III, apenas. 
 
E. I, II e III. 
 
 
 
Gabarito: E 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
Conteúdo avaliado: Potencia, consumo de energia e intensidade de corrente 
 
Autor(a): Clebes André da Silva 
 
Comentário: 
A afirmação I está correta. 
 
 
Para quer calcular a potência de uma queda d’água, pode-se utilizar a 
relação: 
 
 
( =  ∙ 
. *. ℎ∆. 
 ( = 1000 €*/%³ × 10%/@4 × 9% × 0,6%‚/@ 
 ( = 54000 = 54€’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como o rendimento da usina é de 50%. 
(� = 54 × 0,5 = 27€’ 
 
 
 
Portanto, a potência útil da usina será menor que 30kW. 
 
A afirmação II está correta. 
( = 
 ∙ 8 
8 = (
 
8 = 27€’69€
 = 0,39Z 
 
 
A afirmação III, a está correta. 
/ = 27€’ × 30 × 24ℎ = 199440€’ℎ 
 
 
 
 
 
Referências: 
Halliday Resnick, Fundamentos da Física, vol. 3 
 
QUESTÃO Nº 20 
 
 
O gráfico a seguir apresenta o diagrama PV (pressão-volume) de uma máquina 
térmica que opera com um gás ideal monoatômico. Os trechos BC e DA representam 
processos adiabáticos. 
 
 
Com base no diagrama PV e nas leis da termodinâmica, avalie as afirmações a 
seguir. 
I. A variação da energia interna no trecho AB é dada por ∆Eint,BC = (3/2) nRTA 
(PB/PA – 1), em que n é número de moles do gás, R é a constante dos gases 
ideais e TA é a temperatura no ponto A. 
II. No trecho BC, a variação da energia interna é dada por ∆Eint,BC = - WBC, em 
que WBC é o trabalho executado pela expansão adiabática do gás 
III. No trecho BA , o trabalho é executado pelo gás, o que produz a variação da 
energia interna. 
IV. No trecho CD, há aumento de energia interna do gás. 
V. O ciclo ABCDA tem variação de energia interna nula. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
a) I, II e III 
b) I, II e III 
c) I, II e V 
d) I, IV e V 
e) II, III e IV 
 
 
Gabarito: B 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
Conteúdo avaliado: Termodinâmica e Teoria Cinética 
 
Autor(a): Andre Luiz Cardoso Silva 
 
Comentário: 
 
Item (I): a variação da energia interna no trecho AB (processo isovolumétrico ou 
volume constante) é determinada por: ∆Eint = Q = ncV (TB – TA ) (WAB = 0). Para um 
gás ideal monoatômico cV = (3/2)R, PAVA/TA = PBVB/TB (VA = VB). Isolando a 
temperatura TB = TA (PB/PA) e substituindo da equação da energia interna obtém-se: 
∆Eint,BC = (3/2) nRTA (PB/PA – 1) e portanto está correta. 
 
Item (II), o trecho BC é uma adiabática (Q=0) e portanto ∆Eint = - WBC. 
 
Item (III): No trecho DA a variação da energia interna é dada por ∆Eint = - WDA (Q=0), 
onde WDA é o trabalho executado sobre gás e, não pelo gás. 
 
Item (IV): No trecho CD a variação de energia interna é dada por ∆Eint = QCD (WCD = 
0), e portando de acordo com o item (I) há uma diminuição de energia interna. 
 
Item (V): Em qualquer ciclo fechado tem a variação de energia interna é nula, ela é 
uma diferencial exata e não depende da trajetória. 
 
Portanto, somente o item B está corrento. 
 
Referências: 
Jearl Walker, Fundamentos de Física – Gravitação Ondas e Termodinâmica, vol.2 
Editora LTC, Rio de Janeiro 2009. 
KNGHT, R. D. Física 2: Uma abordagem estratégica, Porto Alegre: Bookman, 2009, 
p. 580. 
 
QUESTÃO Nº 21 
O decaimento de um nêutron em repouso deixa rastros em uma câmara de bolhas, 
que possui um campo magnético de B=0,05T, perpendicular ao movimento das 
partículas. 
 
9 → q + AT + ”̅ 
 
Como o anti-neutrino não deixa rastro o enunciado pede para desprezá-lo e 
considerarmos apenas o próton e o elétron no decaimento. Dados as energias de 
repouso das partículas do nêutron (939,6MeV), do próton (938,3MeV), do elétron 
(0,511MeV) e do neutrino (10-7MeV). Abaixo a figura mostra a trajetória das partículas 
carregadas no campo magnético. As afirmações que se seguem para serem testadas 
faz com que as grandezas citadas sejam calculadas. Notemos primeiro que: 
 
(i) No decaimento o momento linear é conservado, como o nêutron estava 
em repouso no início do processo, então o momento do próton (Pp) e 
Momento do elétron (Pe) quando somados se anulam. Ou seja, –(�– = |(‡|. 
(ii) A conservação da Energia exige que: < >4 = <�>4 + %‡>4 + K, onde Q é 
a energia liberada no processo e transformada nas energias cinéticas (K) 
das partículas. Logo K = 0,7899<A
. Assim Y� + Y‡ = K. 
(iii) Como a massa do próton é 1800 vezes maior que a massa do elétron, a 
energia cinética do elétron deve ser bem maior que a do próton, de tal 
modo que podemos supor que Y� ≈ 0 e seu movimento seja clássico. 
(iv) Logo Y‡ ≈ 0.7899<A
 e sua energia total /‡ = Y‡ + %‡>4 = 1,3<A
. 
Usando a expressão dada: /‡ = r(‡4>4 − �%‡>4�2 teremos que |(‡| =
1,19<A
/> . 
(v) Em um campo magnético uniforme o raio da órbita de uma partícula é 
dado por: 5 = +�˜™ 
 
Feitas essas considerações e aproximações iniciais podemos agora calcular a 
velocidade do próton usando física clássica para testar a afirmação A. Assim, 
–(�– = 1,19 <A
/> = %�� = š‚m,‚›‡œvi �; logo � >⁄ = 1,27 × 10T‚ e como vemos da 
figura o raio da órbita diminui logo v também diminui e a alternativa A é correta. 
 
Analisando as outras afirmativas vemos que estão erradas pelas considerações e 
cálculos realizados acima. 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: A 
 
Tipo de questão: Difícil 
 
Conteúdo avaliado: Física Moderna 1 e Física Nuclear. 
 
Autor(a): Francisco Aparecido Pinto Osório 
 
Comentário: 
Dificuldade grande, devido ao grande número de aproximações necessárias. 
Referências: Eisberg e Resnick, Física Quântica, Cap.2 
Halliday Resnick, Fundamentos da Física, vol. 4 
 
 
QUESTÃO Nº 22 
Análise das alternativas; 
 
Realmente a Teoria geral da relatividade teve como um dos seus grandes trunfos a 
explicação para a órbita de Mercúrio e outro fato relevante foi a demonstração 
experimental da validade da teoria pela observação do desvio da luz das estrelas ao 
passar perto do Sol, a observação se deu em um eclipse solar. E como sabido a 
teoria da relatividade une espaço e tempo em um só elemento o espaço-tempo que 
forma um tecido que é deformado pela presença de massas. Assim os três itens são 
verdadeiros e a alternativa E é a correta. 
 
 
Gabarito:E 
 
Tipo de questão: Fácil. De análise direta das afirmações 
 
Conteúdo avaliado: Teoria da Relatividade 
 
Autor(a): Francisco Aparecido Pinto Osório 
 
Comentário: 
 
 
Referências: Halliday e Resnick, Fundamentos da Física Vol.4 
 
QUESTÃO Nº 23 
O modo mais simples de vibração é o modo fundamental, onde tem – se o meio comprimento 
de onda. A imagem desse modo é descrito a seguir: 
 
Observa – se que a corda tem um comprimento de 60 cm, e, que neste harmônico é 
representado por meio comprimento de onda, logo um comprimento de onda será 120 cm. 
O som emite uma freqüência de 222 Hz. Para calcular a velocidade da onda transversal 
multiplicando a freqüência (em Hetz, Hz) pelo comprimento de onda em (metro, m), Logo 
temos que: 
� = �1,2%�7�222ž� 
� = 264 %/@. 
 
Diante das alternativas apresentadas, a correta é a letra C 
 
 
Gabarito: C 
 
Tipo de questão: Escolher a alternativa correta 
 
Conteúdo avaliado: Ondas Estacionárias e Ressonância 
 
Autor(a): Henrique de Oliveira Gontijo 
 
Comentário: 
 
Referências: Referências: HALLIDAY, HESNICK, WALKER. FUNDAMENTOS DE 
FÍSICA. VOL. 02. EDITORA LTC. 4ª EDIÇÃO. 
 
QUESTÃO Nº 24 
 
O cotidiano é repleto de máquinas térmicas: automóveis com motor de combustão 
interna, aparelhos de ar condicionado e refrigeradores. A figura abaixo representa o 
diagrama pV de uma máquina que opera segundo o ciclo de Brayton. 
 
Considerando o diagrama pV representado na figura avalie as afirmações abaixo. 
I. A área da região delimitada pela curva da figura é igual ao trabalho realizado 
sobre o gás para extrair calor (QF) de um reservatório frio para rejeitar uma 
quantidade maior de calor (QQ) para o reservatório quente. 
II. O gás deve sofrer uma expansão adiabática no processo de 2 para 1 para que 
sua temperatura fique abaixo da temperatura do reservatório frio. 
III. O gás deve sofrer uma compressão adiabática no processo de 4 para 3 para 
que sua temperatura fique acima da temperatura do reservatório quente. 
É correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas 
(E) I, II e III. 
 
 
Gabarito: E 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
Conteúdo avaliado: Termodinâmica de processos cíclicos e máquinas térmicas. 
 
Autor(a): KNGHT, R. D. Física 2: Uma abordagem estratégica, Porto Alegre: 
Bookman, 2009, p. 580. 
 
 
Comentário: 
 
Item (I): O trabalho realizado em qualquer ciclo fechado é numericamente igual a área 
delimitado pelo ciclo e portanto: W1234 = ΣQ = QF – QQ. 
 
Item (II): O gás sofre uma expansão adiabática (Q=0) no processo de 2 para 1 para 
que o sistema fique com temperatura abaixo de TQ (ou até mesmo frio se o processo 
continuar). 
 
Item (III): O gás sofre uma compressão adiabática no processo de 4 para 3 para que 
sua temperatura fique acima da temperatura do reservatório frio (ou até mesmo 
quente se o processo continuar). 
 
Portanto os três itens estão corretos. 
 
Referências: 
Jearl Walker, Fundamentos de Física – Gravitação Ondas e Termodinâmica, vol.2 
Editora LTC, Rio de Janeiro 2009. 
 
 
QUESTÃO Nº 25 
Em geral, o efeito estufa é entendido como o processo pelo qual parte da energia 
infravermelha – emitida pela superfície do planeta e absorvida por determinados 
gases atmosféricos – é irradiada de volta, o que torna a temperatura da superfície da 
Terra mais elevada do que seria sem a presença da atmosfera. Porém, para a 
termodinâmica, a transferência de calor via condução e convecção é mais efetiva 
para o aquecimento da atmosfera e, portanto, a radiação infravermelha emitida pela 
superfície é capaz de aquecer apenas uma fração dos gases atmosféricos 
radiativamente ativos. 
Considerando os aspectos termodinâmicos, avalie as afirmações a seguir. 
 
I. A radiação térmica da atmosfera é resultado da sua temperatura e não a causa. 
II. Uma grande quantidade de radiação superior à energia solar absorvida pela 
superfície do planeta causa aquecimento adicional da Terra. 
III. A radiação infravermelha resultante da temperatura da superfície do planeta não 
pode induzir aquecimento adicional sobre a sua fonte. 
É correto o que se afirma em 
 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Gabarito: c 
 
Tipo de questão: objetiva 
 
Conteúdo avaliado: Ondas Eletromagnéticas; Mecanismos de Transferência de Calor 
 
Autor(a): Wanessa David Canedo Melo 
 
Comentário 
A radiação é um dos mecanismos de transferência de calor por meio de emissão de 
ondas eletromagnéticas, cuja taxa de emissão de energia é proporcional à quarta 
potência da temperatura (( = ŸZA� ), assim, um corpo em temperatura ambiente 
emitirá radiação eletromagnética, a qual é do tipo infravermelha, logo, a radiação 
térmica é um consequência da temperatura, fazendo que a afirmação feita do item "I" 
seja correto. 
A radiação infravermelha transporta energia consigo, portanto, sua potencialidade 
para transferir essa energia para o meio é real, contudo, as moléculas absorverão 
essa energia for suficiente para permitir a passagem de um estado menos energético 
para um estado mais energético, e se caso isso ocorra o nível de agitação das 
moléculas aumentará e consequentemente sua temperatura também, logo, condiz 
com a afirmação do enunciado que a radiação infravermelha emitida pela superfície é 
capaz de aquecer apenas uma fração dos gases atmosféricos radiativamente ativos, 
desse modo, isso limita a absorção de calor pelo meio, e o item "II" é incorreto, pois 
suas afirmações não representam o que realmente ocorre na prática. 
Um corpo não possui a capacidade de alterar sua própria energia interna (/� V =�
4 €™�) e consequentemente sua temperatura, ou seja, um corpo não pode se "auto-
aquecer", assim, o item "III" está correto. 
 
Referências: 
• HALLIDAY, David, RESNICK, Robert, e Walker, Jearl, Fundamentos de Física, 
7ª edição, vol. 4, Rio de Janeiro:LTC 1996; 
• SEARS, ZEMANSKY & YOUNG, Termodinâmica e Ondas. Vol II. Rio de 
Janeiro: LTC, 1999. 
• Jewett Jr., John W., Serway, Raymond, Física para Cientistas e Engenheiros, 
8ª edição, vol.2, São Paulo, Cengage,2011 
• Jewett Jr., John W., Serway, Raymond, Física para Cientistas e Engenheiros, 
8ª edição, vol.3, São Paulo, Cengage,2011. 
 
QUESTÃO Nº 26 
 Nas escolas públicas de educação básica, é frequente que conteúdos, sobretudo 
do campo conceitual da Física, sejam indicados na Programação Curricular Anual 
(PCA) ou Proposta Pedagógico Curricular (PPC) da escola, mas que não sejam 
trabalhados no período letivo correspondente. Um dos argumentos mais recorrentes é 
“falta de tempo” para ensiná-los. Como essa situação é bastante comum, urge a 
necessidade de se discutir e de se especificar melhor as bases de uma PCA (ou 
PPC) que possa ser efetivamente orientadora de todo o desenvolvimento das aulas 
de Física, considerando - se os aspectos mais relevantes da comunidade escolar. 
 Com relação a essa questão, as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino 
Médio (DCNEM) orientam, em seu art. 5º, incisos VI e VII, para um processo de 
ensino-aprendizagem que considere: 
• A integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-
profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da 
contextualização; 
• A integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da 
tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento 
curricular. 
 Considerando as orientações apontadas no texto acima e a necessidade da PCA 
(ou PPC) ser efetivamente um instrumento orientador do trabalho docente, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. O projeto Político-Pedagógico deve proporcionar subsídios ao professor 
para a elaboração de uma PCA(ou PPC) que reflita a realidade escolar e 
que seja realizável no âmbito do calendário escolar. 
II. Uma forma adequada de enfrentar a situação apresentada é discutir a 
relevância dos conteúdos conceituais a serem ensinados a partir das 
tendências e indicações programáticas para a disciplina, principalmente, 
oriundas dos exames vestibulares e das avaliações externas. 
III. III. Uma concepção que compreenda a construção do conhecimento 
científico como um processo infalível, que ocorre de forma linear, sem 
rupturas, cumulativa e, principalmente, embasada em descobertas 
experimentais, possibilita melhor integração entre educação escolar e o 
ensino das ciências. 
 É correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
Gabarito: A 
 
Tipo de questão: escolha combinada com indicação da alternativa correta 
 
Conteúdo avaliado: Planejamento escola e Projeto Político Pedagógico 
 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
 
Comentário: 
 
A Questão nº 26 apresenta três afirmações que devem ser avaliadas pelo estudante 
para que, em seguida, faça a indicação da alternativa correta. 
Afirmação I: O projeto Político-Pedagógico deve proporcionar subsídios ao professor 
para a elaboração de uma PCA (ou PPC) que reflita a realidade escolar e que seja 
realizável no âmbito do calendário escolar. 
A afirmação I é Verdadeira. Segundo Lopes (2010) o Projeto Político Pedagógico é 
projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado 
período de tempo (no caso das escolas públicas o período é anual); é político por 
considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, 
responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, 
modificando os rumos que ela vai seguir e, é pedagógico porque define e organiza as 
atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e 
aprendizagem (aqui há uma articulação do PPP com o PCA, pois os objetivos e 
estratégias de ensino serão definidas e colocadas em prática por meio do currículo). 
Afirmação II: Uma forma adequada de enfrentar a situação apresentada é discutir a 
relevância dos conteúdos conceituais a serem ensinados a partir das tendências e 
indicações programáticas para a disciplina, principalmente, oriundas dos exames 
vestibulares e das avaliações externas. 
A afirmação II é Falsa. Nas escolas públicas, na elaboração do PCA, a construção 
dos os objetivos, conteúdos, abordagens metodológicas e critérios de avaliação 
deverão levar em consideração, além dos PCNs, os Referenciais Curriculares 
disponibilizados pelas secretarias de educação dos estados e municípios. 
Afirmação III: Uma concepção que compreenda a construção do conhecimento 
científico como um processo infalível, que ocorre de forma linear, sem rupturas, 
cumulativa e, principalmente, embasada em descobertas experimentais, possibilita 
melhor integração entre educação escolar e o ensino das ciências. 
A afirmação III é Falsa. Nas aulas de Física, os conteúdos ensinados não podem ser 
restritos à lógica interna das disciplinas científicas que valorizam somente o 
conhecimento de teorias e fatos científicos. Para que o Ensino de Física esteja 
comprometido com uma alfabetização científica e tecnológica dos estudantes, é 
necessário trabalhar com a fundamentação de uma visão adequada da natureza da 
ciência (que não é neutra, não é linear e nem infalível), com a compreensão de como 
ocorre uma pesquisa científica, suas implicações sociais, políticas, sua dinâmica e 
possíveis consequências. 
Referências: 
LOPES, Noêmia. O que é o projeto político-pedagógico (PPP). Revista Nova Escola. 
2010. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/560/o-que-e-o-projeto-
politico-pedagogico-ppp. Acesso em: 29/05/2017. 
 
QUESTÃO Nº 27 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) têm apontado, em decorrência das 
exigências atuais da vida contemporânea, para a importância da inserção de 
elementos de História e Filosofia da Ciência nas aulas de Física do Ensino Médio. 
Segundo esse documento, a Física deve vir a ser reconhecida como um processo 
cuja construção ocorreu ao longo da história da humanidade, impregnado de 
contribuições culturais, econômicas e sociais, que vem resultando no 
desenvolvimento de diferentes tecnologias e, por sua vez, por elas sendo 
impulsionado. 
 Com base nessas orientações, avalie as afirmações a seguir sobre uma 
programação curricular para o ensino de Física embasado na perspectiva de 
contextualização histórico-filosófica. 
I. Essa programação deve propiciar aos estudantes o reconhecimento da 
Física como uma construção humana e o estabelecimento de suas 
relações com os contextos cultural, social, político e econômico de sua 
produção. 
II. Essa programação deve orientar os professores a apresentarem o 
conhecimento físico estabelecido como fruto do trabalho de cientistas, 
elaborado a partir de observações e experimentações. 
III. Essa programação deve possibilitar que os estudantes tenham uma 
melhor compreensão de aspectos como falibilidade dos cientistas e a 
construção do conhecimento físico, de forma não linear e não neutra. 
 É correto o que se afirma em 
(A) II, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
Gabarito: D 
 
Tipo de questão: escolha combinada com indicação da alternativa correta 
 
Conteúdo avaliado: Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio (Física)/ 
Concepções de Ciência. 
 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
 
Comentário: 
 
A Questão nº 27 apresenta três afirmações, (sobre uma programação curricular para 
o ensino de Física embasado na perspectiva de contextualização histórico-filosófica) 
que devem ser avaliadas pelo estudante para que, em seguida, faça a indicação da 
alternativa correta. 
Afirmação I: Essa programação deve propiciar aos estudantes o reconhecimento da 
Física como uma construção humana e o estabelecimento de suas relações com os 
contextos cultural, social, político e econômico de sua produção. 
Afirmação II: Essa programação deve orientar os professores a apresentarem o 
conhecimento físico estabelecido como fruto do trabalho de cientistas, elaborado a 
partir de observações e experimentações. 
Afirmação III: Essa programação deve possibilitar que os estudantes tenham uma 
melhor compreensão de aspectos como falibilidade dos cientistas e a construção do 
conhecimento físico, de forma não linear e não neutra. 
A respeito da Filosofia e História da Ciência, atualmente, no Ensino de Física, se 
entende que para o desenvolvimento de estudantes capazes de lerem o mundo onde 
se inserem, criticamente, é preciso superar a tradição no qual esse ensino se 
desenvolveu: a-histórica e dogmática. Nesse sentido, nas aulas de Física na 
Educação Básica, faz-se necessário: recusar a ideia de método científico como um 
conjunto de receitas infalíveis; recusar o empirismo que concebe o conhecimento 
como resultado da inferência indutiva a partir de “dados puros”; evidenciar o papel do 
pensamento divergente na investigação, que se concretiza em aspectos fundamentais 
e erradamente afastados nas abordagens empiristas; chamar a atenção para as 
interpretações simplistas de resultados de experiências e compreender o caráter 
social do desenvolvimento científico (PRAIA et al, 2007). 
Assim, somente as afirmações I e III são verdadeiras. 
Referências: 
 
PRAIA, João; GIL-PÉREZ, Daniel; VILCHES, Amparo. O papel da natureza da ciência 
na educação para a cidadania. Ciência e Educação, Vol.13(2), pp. 141-156, 2007. 
 
QUESTÃO Nº 28 
 O lixo eletrônico é produzido pelos descartes de equipamentos ultrapassados 
(televisores, rádios e celulares com tecnologia analógica, por exemplo) ao serem 
substituídos por tecnologias digitaiscomo televisores de plasma, de LCD (Liquid 
Crystal Display) ou de LED (Light Emitting Diode), mas também por smartphones, 
tablets ou celulares de modo geral. 
 Para realizar uma prática educativa que desenvolva uma proposta onde a 
organização didático-curricular possibilite uma articulação entre os sujeitos que 
adquirem esses produtos eletrônicos e as empresas responsáveis por produzi-los, 
deve-se considerar as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino 
Médio (DCNEM). 
 Em relação à prática educativa a ser desenvolvida, avalie as afirmações a seguir. 
I. O embasamento teórico-metodológico da proposta deverá privilegiar o 
envolvimento dos sujeitos de forma crítica e participativa e com articulação 
entre eles e as empresas fabricantes dos produtos a serem descartados. 
II. Um modo de socializar e difundir as informações e que pode auxiliar a 
ação educativa é o uso de blogs e redes sociais que promovam 
discussões, divulguem o problema, tragam informações pertinentes que 
levem à ação como, por exemplo, os locais de coleta de lixo eletrônico. 
III. Introduzir, nos programas escolares, noções e conceitos associados às 
tecnologias que instrumentalizem o cidadão para fazer um julgamento 
crítico mais fundamentado sobre o descarte dos produtos da tecnologia. 
 É correto o que se afirma em 
(A) II, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
Gabarito: E 
 
Tipo de questão: escolha combinada com indicação da alternativa correta 
 
Conteúdo avaliado: Lixo Eletrônico e Abordagem CTSA (Ciência – Tecnologia – 
Sociedade – Ambiente) e Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica 
 
Autor(a): Lilian Rodrigues Rios 
 
Comentário 
 
A Questão nº 28 apresenta uma proposta de desenvolvimento de uma prática 
educativa e três afirmações, a respeito da mesma, que os estudantes deverão avaliar 
para que, em seguida, façam a indicação da alternativa correta. 
Afirmativa I: O embasamento teórico-metodológico da proposta deverá privilegiar o 
envolvimento dos sujeitos de forma crítica e participativa e com articulação entre eles 
e as empresas fabricantes dos produtos a serem descartados. 
Afirmativa II: Um modo de socializar e difundir as informações e que pode auxiliar a 
ação educativa é o uso de blogs e redes sociais que promovam discussões, 
divulguem o problema, tragam informações pertinentes que levem à ação como, por 
exemplo, os locais de coleta de lixo eletrônico. 
Afirmativa III: Introduzir, nos programas escolares, noções e conceitos associados às 
tecnologias que instrumentalizem o cidadão para fazer um julgamento crítico mais 
fundamentado sobre o descarte dos produtos da tecnologia. 
Todas as afirmações são verdadeiras. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2013) contém 
um capítulo denominado Diretrizes Nacionais para a Educação Ambiental que 
objetiva incluir no currículo “o estudo e as propostas para enfrentamento dos desafios 
socioambientais” e que o indivíduo e a coletividade construam conhecimentos, 
habilidades, atitudes e valores sociais, voltados para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua 
sustentabilidade (p. 529). Nessa perspectiva, o tema lixo eletrônico relaciona-se tanto 
às discussões sobre Ciência e Tecnologia, quanto às discussões ambientais, éticas e 
morais. Assim, as Afirmações I e III são verdadeiras, pois a articulação entre os 
estudantes e empresas fabricantes dos produtos a serem descartados são “ações 
pedagógicas que permitem aos sujeitos a compreensão crítica da dimensão ética e 
política das questões socioambientais, situadas tanto na esfera individual como na 
esfera pública” (idem, p. 533) podendo ser desenvolvidas por meio de pesquisas e 
observações a respeito de recursos naturais extraídos, mão de obra explorada, 
modelo de desenvolvimento capitalista e gestão do lixo eletrônico para a preservação 
dos recursos naturais. 
Com relação ao PPP das escolas que ofertam o Ensino Médio, as Diretrizes 
destacam que é necessário que eles considerem a “utilização de diferentes mídias 
como processo de dinamização dos ambientes de aprendizagem e construção de 
novos saberes” (idem, p. 178). Assim, a Afirmação II é verdadeira, pois uso de blogs 
e redes sociais que promovam discussões, divulguem o problema do lixo eletrônico, 
tragam informações pertinentes que levem à ação como, por exemplo, os locais de 
coleta de lixo eletrônico; é utilização de diferentes mídias como processo de 
dinamização dos ambientes de aprendizagem e construção de novos saberes, como 
proposto nas Diretrizes. 
 
Referências: 
 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: 
MECSEB-DICEI, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-
pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/file. Acesso em: 30/05/2017. 
 
 
QUESTÃO Nº 29 
No ensino de Física, as tecnologias de informação e comunicação (TICs) têm sido 
muito utilizadas com o intuito de promover a aprendizagem. Ao usar simulações 
computacionais, o estudante é colocado diante de situações e cenários que modelam 
um aspecto da realidade, permitindo modificar parâmetros, executar o modelo e 
observar resultados. 
Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir. 
I. A utilização de simulações pelos alunos permite que eles levantem e testem 
hipóteses, explorando os limites dos modelos físicos. 
II. O processo ensino-aprendizagem ganha novos contornos com a utilização das 
simulações, se elas forem incorporadas à atividade docente como uma estratégia 
didática. 
III. A simulação pode dar significado a objetos abstratos, ou seja, torná-los reais, 
constituindo-se como recurso sem limitações, uma vez que é a representação real e 
completa de um fenômeno. 
IV. A utilização das simulações como recurso didático cria expectativas no campo do 
ensino de Física, porque elas têm o potencial de transformar a escola atual, em razão 
do seu potencial de substituir as atividades de laboratório. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I. 
B. IV. 
C. I e II. 
D. II e III. 
E. III e IV. 
 
 
Gabarito: C 
 
 
Tipo de questão: Específica da Licenciatura – Escolha combinada com indicação da 
alternativa correta 
 
Conteúdo avaliado: Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no 
Ensino de Física. 
 
Autor(a): Lucimar Moreira Faria 
 
Comentário: A questão 29 faz referência a utilização de tecnologias de informação e 
comunicação (TICs), no Ensino de Física. As simulações computacionais são 
utilizadas com o intuito de promover a aprendizagem, colocando o estudante diante 
de situações e cenários que modela um aspecto da realidade, permitindo modificar 
parâmetros, executar o modelo e observar resultados. 
Nesse contexto, vamos analisar as afirmações: 
A afirmação I diz que o uso de simulações pelos alunos permite que eles levantem e 
testem hipóteses, explorando os limites dos modelos físicos. Essa afirmação está 
coerente com a proposta de utilização das TICs no Ensino de Física, pois o aluno 
pode observar o fenômeno de diversas maneiras, criando seus próprios modelos ou 
explorando modelos criados pelo professor. Portanto, a afirmação está CORRETA. 
A afirmação II destaca que o processo de ensino-aprendizagem ganha novos 
contornos com a utilização das simulações, se elas forem incorporadas à atividade 
docente como uma estratégia didática. A utilização das TICs no processo de ensino-
aprendizagem possibilita uma participação mais ativa dos alunos, favorecendo a 
associação de conceitos teóricos com situações práticas, enriquecendo outras 
atividades pedagógicas. Portanto, a afirmação está CORRETA. 
A afirmação II diz que a simulação pode dar significado a objetos abstratos, ou seja, 
torná-los reais, constituindo-se como recurso

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