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RESUMÃO DE BIO CEL med 02

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RESUMÃO DE BIO CEL – PROVA 1:
BIOMOLÉCULAS: São compostos químicos sintetizados pelos seres vivos
Principais componentes químicos das células: água; sais minerais; carboidratos; lipídeos; proteínas; ácidos nucléicos.
ÁGUA:
A água é fundamental para os seres vivos, atua como solvente orgânico para reações bioquímicas e determina as estruturas das macromoléculas que realizam estas reações. Normalmente, é a substância presente em maior quantidade em um ser vivo.
Encontrada em maior quantidade nos tecidos é solvente natural dos íons; é indispensável para atividade metabólica; absorve calor; está em maior quantidade nos mais novos em um feto de 3 meses: cerca de 94%, no recém-nascido: cerca de 74% e no adulto : cerca de 65%.
SAIS MINERAIS:
São compostos químicos encontrados livres no reino mineral ou nos seres vivos, onde atuam principalmente como reguladores da atividade das células, representando cerca de 1% do total da sua composição. São importantes para manter a pressão osmótica; alguns sais importantes como os cofatores enzimáticos regulam a atividade celular. Podem ser insolúveis ou solúveis em água. 
-Os sais minerais insolúveis em água entram na composição de estruturas esqueléticas e de sustentação, como os ossos, nos vertebrados, ou os pólipos de corais ou carapaças de algas diatomáceas, entre outras. 
-Os sais minerais solúveis quando se encontram dissolvidos em água, formam os íons. É nessa forma que eles desempenham a sua atividade reguladora fundamental. 
CARBOIDRATOS:
Carboidratos ou sacarídeos são as moléculas biológicas mais abundantes. Outras denominações: Hidratos de carbono; Glicídios; Açúcares. Composição: São formados por C, H, O. São amplamente distribuídos nas plantas e nos animais.
Funções: Fontes de reserva energética; Estrutural- importantes para a membrana celular e matriz; Matéria prima para biossíntese de outras biomoléculas.
Classificação:
Monossacarídeos: Açúcares Fundamentais (não necessitam de qualquer alteração para serem absorvidos); Propriedades: solúveis em água e insolúveis em solventes orgânicos e estão ligados à produção energética.
Dissacarídeos: São combinações de açúcares simples que formam duas moléculas de monossacarídeos, iguais ou diferentes. Ligação Glicosídica.
O dissacarídeo mais abundante é a sacarose, a principal forma pela qual os carboidratos são transportados nas plantas.
Oligossacarídeos: São açúcares complexos que têm de 3 a 10 unidades de monossacarídeos.
Polissacarídeos: São açúcares complexos que têm mais de 10 moléculas de monossacarídeos. Polissacarídeos de reserva: amido e glicogênio
	O amido é uma mistura de glicanos que as plantas sintetizam como seu principal alimento de reserva.O amido é um polímero linear de milhares de resíduos de glicose.
 O glicogênio é um polissacarídeo de reserva dos animais. Está presente em todas as células, mas é mais abundante no músculo esquelético e no fígado.
LIPÍDEOS:
Representa um grupo heterogêneo de substâncias, amplamente distribuídas em animais e vegetais, cuja característica comum é ser insolúvel ou pouco solúvel em água e solúvel em solventes orgânicos, apresentando, portanto, escassa polaridade. Estão representados pelas: gorduras, óleos, algumas vitaminas e hormônios, e a maioria dos componentes não-protéicos das membranas; É o quarto grupo principal de moléculas da célula; Não são poliméricos, mas se agregam; Possui grande variedade estrutural.
 Desempenham 3 funções básicas:
1. São componentes essenciais de membranas biológicas (bicamada lipídica).
2. Reserva energética.
3. Eventos de sinalização intra e intercelular.
 Importância biológica:
 * Membranas celulares (fosfolipídios e glicolipídios)
* Reserva energética (Triacilgliceróis)
* Hormonal (esteróides)
* Impermebilizante (ceras)
* Anti-oxidante (Vitaminas A e E)
* Isolante térmico (acilgliceróis)
* Digestiva (sais biliares)
Classificação dos lipídeos:
Compostos com cadeia aberta: Cabeças polares (hidrofílicas) e Longas caudas apolares (hidrofóbicas): ácidos graxos, triacigliceróis, esfingolipídeos.
Ác. Graxos: São ácidos carboxílicos com grupos laterais de longas cadeias de hidrocarbonetos.
Gorduras e óleos de plantas e animais consistem em misturas de triacilgliceróis; Funções dos triacilgliceróis: reserva energética, proteção mecânica e isolamento térmico.
Os esfingolipídeos: A esfingomielina forma a bainha de mielina, que circunda os axônios nas células nervosas. Na Esclerose Múltipla a perda da bainha de mielina leva à lentidão ou à interrupção da transmissão nervosa.
Compostos de cadeia cíclica: esteroides e colesterol.
PROTEÍNAS:
Moléculas mais abundantes e funcionalmente diversas nos sistemas biológicos. Envolvidas em processos vitais; são moléculas que expressam a informação genética; são formados por aa através de lig. Peptídicas;
Funções: enzimática; sustentação; transporte; defesa; comunicação ( do meio extra com o meio intracelular).
Aminoácidos são unidades fundamentais das proteínas, apresenta pelo menos um grupo carboxílico e um grupo amino, é a cadeia lateral que determina o tipo de AA. As propriedades das cadeias laterais dos aminoácidos, principalmente por elas terem afinidade pela água e outras não, são importantes para a conformação das proteínas e portanto para sua função. Até certo nível, forças químicas determinam a forma das moléculas e a forma determina a função. Existem 4 níveis:
 Estrutura primária: É a sequência linear de aminoácidos existentes na molécula de uma proteína. 
Estrutura secundária: É a disposição espacial que adquire a espinha dorsal da cadeia polipeptídica. Inter-relações dos aa que estão próximos na sequência linear: - hélice e folha pregueada. 
Estrutura terciária: Resulta de dobras na estrutura da proteína estabilizadas por interações entre os radicais dos aminoácidos.
Estrutura quartenária: Refere-se ao modo pelo qual duas ou mais cadeias polipeptídicas interagem. Cada uma das cadeias apresenta os três níveis estruturais citados.
 Desnaturação proteica: É a alteração da estrutura da proteína sem ruptura das ligações peptídicas. Agentes desnaturantes: fisícos: Alterações de temperatura; Raio X; Ultra-som; e químicos: Ácidos e bases fortes; detergentes; uréia; mercaptoetanol.
ÁCIDOS NUCLÉICOS:
É a unidade formadora dos ácidos nucléicos: DNA e RNA. É composto por um radical fosfato, uma pentose (ribose RNA e desoxirribose DNA) e uma base nitrogenada (Adenina, Guanina, Citosina, Timina e Uracila).
Funções: Armazenamento e disponibilização da informação biológica; Carreadores de energia. 
DNA: Ácido Desoxirribonucléico; Molécula de fita dupla formando uma dupla hélice; As fitas estão unidas pelas ligações de Hidrogênio.
RNA: Ácido Ribonucléico; Molécula de fita simples É dividido em: RNA mensageiro(RNAm); RNA transportador (RNAt); RNA ribossômico (RNAr).
ORGANIZAÇÃO MOLECULAR E FUNCIONAMENTO DAS MEMBRANAS CELULARES :
Envolvem as células, definem seus limites e mantêm as diferenças entre o citossol e membrana extracelular; formam compratimentos.
Funções das Membranas Celulares:
- Transporte de solutos (ativos e passivos)
- Produzir e transmitir sinais elétricos (SN, S MUSCULAR)
- Receber estímulos externos (receptores- comunicação celular)
- Possibilitar a permeabilidade seletiva (junções)
- Síntese de ATP (na membrana interna da mitocôndria)
- Endocitose (digestão celular)
- Outros
Membrana Plasmática (membrana celular, plasmalema)
Separa o meio intracelular do extracelular, controla a entrada e saída de substâncias da célula.
-Mantém constante o meio intracelular;
-Reconhecimento celular: a membrana possui receptores para hormônios , antígenos e outros sinais químicos;
-Estabelece conexões entre células e com a matriz extracelular. 
Constituição química:
 As membranas celulares são constituídas principalmente por lipídeos e proteínas. A sua proporção varia de acordo com o tipo de membrana.
As membranas celulares possuem duascamadas lipídicas fluídas e contínuas, onde estão inseridas moléculas proteicas, constituindo um mosaico fluido. 
Lipídeos – insolúveis em água – 50% da massa das membranas – são anfipáticos- fosfolipídeos são mais abundantes
Lipídeos das membranas
Fosfolipídios: fosfoglicerídeos (fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina e fosfatidiltreonina) e esfingolípidos.
Glicolípidos:
Colesterol (apenas em células animais; cél. vegetais: outros esteróis).
Natureza anfipática – Formar Micelas ou Bicamadas
Estrutura: A bicamada lipídica
Os componentes da membrana não tem uma posição definida, o que resulta na fluidez de membrana. Uma dupla ligação na constituição da cauda do fosfolipídio tbm é responsável por proporcionar a fluidez da célula.
 Mobilidade dos fosfolipídios: fazem movimentos de rotação, flexão e flip-flop (ocorrem raramente).
Fatores que influenciam a fluidez:
Cadeias insaturadas de hidrocarbonetos tem maior fluidez; quanto maior a temperatura maior a fluidez; cadeiais de hidrocarbonetos curtas ou com dupla ligação são mais dificéis de congelar e aumentam a fluidez , pois maior é o espaçamento e menor é o encaixe entre as moléculas; colesterol aumemtam a rigidez da membrana, diminui a permeabilidade, favorece a fluidez dos fosfolipídeos.
- maior fluidez: cadeias de hidrocarbonetos insaturadas com dupla ligação cis.
- menor fluidez: cadeias retas de hidrocarbonetos saturados.
Obs: as membranas são renovadas, movimento flip –flop possibilita a deposição de uma camada fosfolipídica
Proteínas da membrana:
Realizam funções específicas, são os outros quase 50% da massa das membranas
Proteínas periféricas: estão fora da membrana
Proteínas integrais: atravessam a membrana; podem ser unipasso – atravessam uma vez; ou multipasso- atravessam mais de uma vez. São proteínas transmembranas.
A atividade metabólica da membrana depende das proteínas constituintes.
Proteínas integrais ou intrínsecas ( ~70% das proteínas da membrana plasmática):
Ex. enzimas, glicoproteínas dos grupos sanguíneos M-N, proteínas transportadoras, receptores para hormônios.
•Proteínas periféricas ou extrínsecas
As proteínas periféricas estão concentradas na face citoplasmática da membrana.
Ex: Espectrina: proteína extrínseca, envolvida na forma do disco bicôncavo.
A membrana plasmática é assimétrica
Existe assimetria entre as duas faces da membrana plasmática, tanto na composição de lipídeos como nas proteínas.
As proteínas periféricas estão concentradas na face citoplasmática da membrana.
Assimetria da Bicamada lipídica
Fosfolipídio de carga negativa na camada interna, Glicolipídios na camada externa.
Glicocálice: zona rica em resíduos de açúcares, existente na periferia de praticamente todas as células, particularmente desenvolvido na região apical de algumas células epiteliais.
Glicocálice –constituição: Glícideos dos glicolípideos existentes na face externa; Glícideos das glicoproteínas integrais da membrana plasmática ou glicoproteínas adsorvidas após secreção (ex. fibronectina); Proteoglicanas secretadas e adsorvidas à superfície celular.
Funções: proteção e reconhecimento celular (sinalização). 
Glicoproteínas e glicolípideos das membranas:
As glicoproteínas e os glicolípidos são marcadores responsáveis pelos grupos sanguíneos.
Determinação dos grupos A-B-O: deve-se a pequenas variações na estrutura dos hidratos de carbono presentes nos glicolípideos e glicoproteínas da membrana dos eritrócitos.
Membrana plasmática - reconhecimento celular e sinalização celular.
- A superfície celular é dotada de especificidade que permite às células reconhecerem-se mutuamente.
- As proteínas da membrana atuam como receptores, atuando na sinalização celular.
As proteínas da membrana provocam uma resposta imunitária quando penetram num organismo estranho.
MHC–(Major Histocompatibility Complex) complexo principal de histocompatibilidade: grupo de moléculas glicoproteicas da membrana plasmática envolvidas no reconhecimento celular e resposta imunitária.
Movimentação das proteínas na membrana
Domínios específicos; Restrição das proteínas de membrana. Junções = domínio baso lateral – JO e JA; Proteínas apicais.
Estratégias: auto-agrupar em grandes agregados; presas por interações com agregados de macromoléculas; interagir com proteína na superfície de outra célula.
Especializações de Membranas:
- Microvilosidades: eixos de microfilamentos de actina (para sustentação), na ML é chamada borda em escova tem como função aumentar a superfície de contato de membrana e aumentar a absorção. Ex.: epitélio intestinal e porções no néfron do rim.
- Cílios: projeções celulares móveis, estrutura de microtúbulos; função: movimento ciliar coordenado – corrente em um único sentito. Ex.: traquéia e tuba uterina.
- Esterocílios: projeções digitiformes longas e ramificadas da superfície apical da célula epitelial; apenas no epidídimo; microvilosidades – eixos de actina; não são móveis, são falsos cílios; função: aumentar a superfície celular, participar da maturação dos espermatozoides.
Permeabilidade da Membrana:
Moléculas hidrofóbicas: O2, CO2,N2, hormônio esteroide, atravessam passivamente.
Pequenas moléculas polares sem carga: alguns passam, depende de tempo e outras coisas, uma parte passa passivamente: H20, uréia e glicerol.
Grandes moléculas polares sem carga: glicose e sacarose, podem até passar passivamente
Íons: H+, Na+, HCO3-, não passam; passam ativamente, com gasto energético, carreadores proteicos.
Transporte através da membrana plasmática:
Transporte de pequenas moléculas e íons
Transporte passivo (não há consumo de energia)
		Difusão simples
		Difusão facilitada
Transporte ativo (ocorre o consumo de energia, ATP)
Transporte em massa: Fagocitose; Pinocitose; Exocitose
Transporte passivo: sem gasto de energia, pode ser simples ou facilitado:
Difusão simples: Movimento de moléculas de acordo com o gradiente de concentração, sem consumo de energia (transporte passivo), através dos lipídios da membrana. Ex: Moléculas pequenas não polares: gases (O2 , CO2); Solventes orgânicos: álcool, éter, etc.; substâncias lipossolúveis: esteróides, certos medicamentos, etc.; Pequenas moléculas polares, não carregadas: H2O*, glicerol, uréia, etc.
Difusão facilitada: (passagem através de canais e transportadores da membrana).Transporte de moléculas de acordo com o gradiente de concentração e sem consumo de energia (transporte passivo), envolvendo proteínas da membrana. Ex: Aquaporinas: canais para a água. Proteínas transportadoras: carreadoras e canais iônicos.
Carreadoras: tem sítio específico de ligação, logo tenho várias carreadoras. Tanto carreadores passivos, como carreadores ativos. Tipos: uniporte, simporte e antiporte.
Uniporte: Quando uma única molécula é transportada unidirecionalmente através da membrana;é bastante específica.
Simporte: Quando duas moléculas – diferentes- são transportadas simultaneamente em uma mesma direção;
Antiporte: Quando duas moléculas- diferentes- são transportadas, simultaneamente em direções opostas;
Canais iônicos: íons apresentam seletividade; canais abertos e íons passam passivamente a favor do gradiente para equilibrar a concentração e cargas.
Transporte Ativo: ( canal mediado; transporte mediado) Transporte de moléculas contra o gradiente de concentração, com consumo direto de energia, envolvendo proteínas da membrana (bombas do tipo ATPases) ou proteínas carreadoras com gasto de energia – ATP .Ex. bomba sódio-potássio. Proteínas podem ter o número de sítios variados (especificidade).
Mecanismo operacional da bomba de sódio e potássio: Proteína carreadora uniporte, com mais de um sítio de ligação, mas, só um tipo de molécula. 2 sítios para o sódio e 3 sítios para o potássio.
Canais iônicos: apresentam seletividade a íons, se tiver só aberto é transporte passivo, se estiver fechado precisa de um estímulo.
Controle de canais iônicos:
1.Canais regulados por voltagem: Permanecem fechados quando a membrana plasmática mantém potencial de repouso.A despolarização de um ponto da membrana origina a abertura de canais.
2. Canais regulados por ligantes: São canais receptores que, ao ligarem-se a ligantes específicos, sofrem uma alteração na sua conformação o que determina a sua abertura.
3. Canais regulados mecanicamente: Abrem-se devido a uma tensão transmitida às proteínas da membrana por fibras do citoesqueleto.
Transporte em Quantidade: 
Exocitose: Libertação no meio extracelular do conteúdo de vesículas de secreção, cuja membrana se funde com a membrana plasmática.
Endocitose: Entrada de materiais do meio extracelular para o meio intracelular pela formação de vesículas a partir da membrana plasmática. Fagocitose e pinocitose.
CITOESQUELETO:
Rede intrincada de filamentos protéicos que se estende por todo o citoplasma, auxiliando na sustentação do grande volume citoplasmático das células. É uma estrutura altamente dinâmica -- reorganiza-se continuamente. Responsável tanto pelos movimentos das células sobre superfícies diversas, como pelos movimentos das estruturas/organelas intracelulares.
Função: estrutural, proteção, sustentação, locomoção, armazenamento, outras.
Três tipos de elementos formam o citoesqueleto (responsáveis pela sustentação e movimento dentro da célula): Filamentos intermediários, microtúbulos e filamentos de actina. Eles são constituídos por várias subunidades que vão se unir, polimerizar, para formar 1 filamento. Os filamentos de actina são os menores, vão estar mais na superfície da célula.
Filamentos Intermediários:
São os elementos mais abundantes do citoesqueleto.
São descritas muitas isoformas de proteínas que são altamente específicas para cada tecido: 
Queratina (Células epiteliais); Vimentina (Células mesodérimicas); Desmina (Células musculares); Gliais (Células gliais); Neurofilamentos (Células neurais).
Os Filamentos Intermediários são polímeros formados por proteínas fibrosas. Associam-se formando um filamento, de cadeia longa. É o único que por ser só a subunidade já é filamentosa, os outros dois tipos vão sofrer polimerização.
Função básica: Conferir resistência e manter a integridade das células; importantes em células que estão sujeitas à tensão mecânica. (estão mais relacionados com a conformação- estrutura- da célula).
Distendem- se por toda a célula, distribuindo o efeito de forças aplicadas localmente e tornando as células mais resistentes ao estresse mecânico (tensão e tração).
-Formam rede por todo o citoplasma e circundam o núcleo (lâmina nuclear)
-São estáveis e não participam dos movimentos celulares.
-Ancoram-se à membrana plasmática nas junções desmossomos.
Existem 3 classes de filamentos intermediários citoplasmáticos (aspecto corda)
É o único que está presente no interior do núcleo = Filamento intermediário nuclear (malha bidimensional)- rede de filamentos interm. na membrana interna do núcleo, lâmina formada pela proteína A, B E e C.
 As Células Nervosas possuem filamentos Intermed. Específicos (neurofilamentos) – os filamentos interm. dos axônios (prolongamentos dos neurônios – formam a fibra nervosa- podendo chegar a 1 m de comprimento) possuem ponte citoplasmática para manter sua estrutura- conformação.
Defeitos nos filamentos intermediários : Epidermólise bulhosa simples – doença genética.
Microtúbulos:
São estruturas cilíndricas ocas de diâmetro aproximado de 25nm que estão presentes em todo o citoplasma, ora como estruturas lábeis, ora formando organelas microtubulares- estáveis (cílios, flagelos, centríolos e corpúsculos basais).
Composição e estrutura molecular: Os protofilamentos são formados pela polimerização do dímero (alfa-beta tubulina). São estáveis: 13 protofilamentos paralelos com polaridade-formando a parede do microtúbulo- extremidade “mais” e “menos” = crescimento e retração de microtúbulo, ou seja, adicionar ou retirar (perder) dímeros de tubulina. Ambas as extremidades podem perder ou adicionar dímeros de tubulina, mas na xtremidade “mais” a velocidade de adição é maior , é predominante em relação a velocidade de perda e vice-versa.
Os Microtúbulos nascem no centrossomo ou MTOC ( Microtubule organizing center), sítios primários de nucleação dos microtúbulos. Os centrossomos localizam-se na maioria das células, próximo ao núcleo e apresenta muitas vezes um par de centríolos (célula animal).
Centrossomo: matriz protéica amorfa; possui anéis de tubulina (sítios de nucleação). A extremidade (-) dos microtúbulos ficam próximo ao centríolo (as estruturas dos centríolos são formadas por microtúbulos) e a (+) localiza-se na outra ponta.
O Alongamento de um microtúbulo é rápido e a iniciação de um novo microtúbulo é lenta. As duas extremidades de um microtúbulo são diferentes e crescem em velocidades diferentes (protofilamentos maiores em uma extremidade e menor em outras). A hidrólise de GTP pode explicar a Instabilidade Dinâmica dos microtúbulos. Os microtúbulos despolimerizam e repolimerizam continuamente nas células animais – o citoplasma está em constante movimento.
Proteínas associadas lateralmente aos microtúbulos (MAPs) modificam suas propriedades: MAPs Estabilizadora (Ex:MAP-2) e MAPs Motora ( dineína e cinesina).
Proteínas motoras ligam- se aos microtúbulos e com a energia derivada da hidrólise do ATP, deslocam- se ao longo dos filamentos, transportando organelas e/ou vesículas intracelulares.
Dineínas: Transportam vesículas e organelas em direção da extremidade (-) 
Cinesina: Transportam vesículas e organelas em direção da extremidade (+) 
Cadeia pesada liga-se a ATP, atividade da ATP-ase – hidrolisa ATP em ADP + Pi + energia para transporte. Proteínas motoras ligam-se aos microtúbulos e com a energia derivada da hidrólise do ATP, deslocam-se ao longo de filamentos transportando organelas ou vesículas – analogia a um trem com vagões sobre o trilho! 
Drogas que afetam os microtúbulos: Colchicina bloqueia a polimerização através de sua ligação; Colcemida, nocodazole e as drogas vimblastina e vincristina agem de forma semelhante ás moléculas livres de tubulina; Taxol promove polimerização e estabilização dos microtúbulos. Vimblastina, vincristina e taxol são utilizadas em quimioterapia (anti-cancer). 
Resumo: Microtúbulos lábeis - dispersos pelo citoplasma
 Estruturas microtubulares - estáveis
 Apresentam proteínas estabilizadoras associadas aos microtúbulos (MAPs
 Tipos : Corpúscuos basais; centríolos; cílios; flagelos
 Funções: formação das fibras do fuso mitótico; formação da estutura das organelas; transporte de vesículas e organelas; outras.
Centríolos: Ocorrem em duplas, um perpendicular ao outro; São estruturas estáveis. 9 trincas de microtúbulos associadas as proteínas acessórias que mantém as estruturas.
Cílios e flagelos: Função: movimento ciliar coordenado: corrente em um único sentido. Ex: Traquéia, tuba uterina. Axonema: 9+2 (arranjo de um par central de microtúbulos circundado por nove pares de microtúbulos dispostos concentricamente). Ultra-estrutura : Presença de braços de dineína ( que vai proporcionar o movimento ciliar); As duplas se unem por pontes proteicas de nexina; A base de cada cílio e flagelo é um corpúsculo basal (estrutura de centríolo). Proteína Dineína - movimento de curvatura dos cílios e flagelos.
Síndrome de Kartagener: A dineína ciliar, geradora da força mecânica no movimento ciliar, é deficiente em pacientes com esta síndrome. Afeta homens e causa infertilidade. Pode causar , também graves problemas respiratórios (dificuldade na proteção e excreção do muco).
Filamentos de Actina:
Polímeros da proteína actina (monômeros G que se polimerizam em actina F) instáveis. Apresentam- se sob a forma de 2 colares de contas retorcidos. 
Função estrutural/sustentação e também interagem com proteínas motoras, principalmente a miosina, (movimento celular).
Principais propriedades funcionais: - Conferir a forma celular
- Participar da locomoção celular
- Auxiliar no transporte intracelular (proteínas motoras) 
 - Promover a interaçõescom receptores da membrana 
 - Contração muscular
- Formar o anel contráctil – citocinese (início na telófase)
Crescem por adição de monômeros de actina em ambas as extremidades, sendo mais rápida na extremidade “mais”.
A despolimerização ocorre pela hidrólise do ATP ligado ao monômero de actina (importante na locomoção celular).
As funções dos filamentos de actina são inibidas por drogas estabilizadoras e desestabilizadoras do polímeroDrogas que interagem: Citocalasina: Reveste a extremidade (+) e impede a polimerização; Faloidina: Liga-se e estabiliza os filamentos (deixa polimerizado) e impede a despolimerização.
A manutenção da forma polimerizada da actina depende da associação com outras proteínas acessórias, as quais interagem com os filamentos, modulando assim a função dos microfilamentos. Proteínas acessórias que estabilizam a actina à membrana: Junções celulares: Célula-célula e Célula-Matriz.
Microvilosidades: Projeções digitiformes da superfície apical da célula; Eixo de microfilamentos de de actina; Na ML – borda em escova; Função: Aumentar a superfície de contato – ABSORÇÃO; Ex: Epitélio Intestinal e porções do néfron no rim.
FILAMENTOS DE ACTINA PARTICIPANDO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR: Contração de uma fibra muscular esquelética. Associação actina e miosina. A contração muscular é causada pelo encurtamento simultâneo de todos os sarcômeros, causado pelo deslizamento de actina sobre miosina.
A molécula de miosina II, nas células musculares, podem se agrupar em estruturas complexas chamadas miofilamentos de miosina (miofilamentos grossos).
As outras miosinas, que não a do Tipo II, atuam como motores moleculares, pois possuem a capacidade de moverem-se sobre os filamentos de actina ou sobre os microtúbulos, às custas de energia gerada pela quebra do ATP.
MATRIZ EXTRACELULAR:
Os tecidos não são constituídos apenas por células. Uma parte substancial do seu volume é de espaço extracelular, que por sua vez, é preenchido por uma rede de macromoléculas que constituem a MATRIZ EXTRACELULAR. Variações nas quantidades dos tipos de macromóleculas da MEC e no modo como são organizadas determinam a grande variedade de tecidos conjuntivos. A ME é produzida e orientada principalmente pelas próprias células dentro dela.
Funções: influencia o desenvolvimento, migração, proliferação, forma e função das células e tecidos.
Constituição: Constituída por proteínas fibrosas embebidas em um gel hidrofílico de polissacarídeos e proteínas. As GAGs e proteoglicanas formam uma substância altamente hidratada do tipo gel, onde as proteínas estão inseridas. Este gel é altamente resistente a forças de compressão, enquanto que as proteínas fibrosas (colágeno) dão ao tecido uma resistência à tensão.
Principais constituintes: 
Sistema colágeno (colágeno e reticulares) e Sistemas reticulares (elásticas, oxitalânicas, elaunínicas) formam o arcabouço estrutural e elástico de vários tecidos.
Gel hidrofílico é composto por: proteoglicanas; glicosaminoglicanas; glicoproteínas de adesão; sua função é: circulação de nutrientes, hormônios e outros mensageiros químicos.
Componentes:
1.Substância fundamental “amorfa”: resiste a compressão e força; formada de glicoproteínas e proteoglicanos; ocupa espaços entre as células.	 
2.Proteínas fibrosas:
a)Predominantemente estruturais: Colágeno e Elastina
b)Adesivas: Fibronectina e laminina
3.Plasma Intersticial: Composição semelhante ao plasma Sanguíneo (H2O, Proteínas, íons, aminoácidos, etc.
4.FIBRAS Matriz Extracelular: resistência a forças de tensão e elasticidade
- Fibras colágenas: são flexíveis e resistentes ao estiramento; Proteína mais abundante dos mamíferos; Componente principal da pele e ossosFormado por 3 cadeias enroladas entre si. Organização do colágeno: cadeias polipeptídicas se unem formando as fibrilas ( tropocolágeno); propeptídeo impede que o colágeno se agregue dentro da célula; ele é exportado para fora e há uma clivagem dos propeptídeos; resistente ao estiramento.
Fibra = Feixe de fibrilas de colágeno densamente arranjadas
 Fibrilas= Feixe de moléculas de colágeno do tipo I (predominante)
Colágeno tipo I: Encontrado em quase todos os tec. Conjuntivos. Ex. Pele, tendões e ossos
Colágeno tipo II: Cartilagens
Doenças relacionadas a defeitos em moléculas de colágeno: Osteogênese imperfeita (OI) – fraqueza dos ossos, facilidade de fraturas, mutação afetam genes relacionados ao colágeno tipo I.
Fibras reticulares: formadas por colágeno formam uma “rede” em órgão que tem relação com o sangue.
- Fibras elásticas: Conferem Propriedades Visco-elásticas à MEC; Formam as fibras elásticas; Mais delgadas que a fibras colágenas; Não tem estriações; Componente “amorfo” – Elastina; Fibrilar- microfibrila – fibrilina e glicoproteínas. Organização das fibras elásticas: primeiro a formação de fibras pré-elásticas oxitalânicas, depois de fibras pré –elásticas elaunínicas e por último há formação de fibras elásticas maduras (elastina e fibrilina) que são responsáveis pela elasticidade.
Fibras Pré-elásticas
Oxitalânicas (microfibrilas fibrilina)
Elaunínicas (microfibrilas fibrilina + proteína elastina)
Fibras Elásticas Maduras: muito mais elastina e menos microfibilas
5.Glicosaminoglicanos (GAG): Polímeros lineares não ramificados de dissacarídeos - polissacarídeos longos, (carga negativa pelos radicais sulfato e carboxila), 
Contribuem para a resistência as forças de compressão (água). Divididas em quatro grupos: 1- Hialuronana (ac hialurônico); 2- Sulfato de condroitina e de dermatana; 3- sulfato de heparana; 4- sulfato de queratana.
6.Proteoglicanas: Formadas pelas ligações covalentes entre glicosaminoglicanas e uma molécula de proteína. Podem ter tamanhos variados: moléculas grandes: agrecana; moléculas pequenas: decorina
7.Glicoproteínas de adesão: Permite a adesão das células com os componentes de sua matriz; Glicoproteínas de adesão podem se ligar a proteínas de superfície celular (integrinas), as fibras colágenas e ainda a outras proteoglicanas; Migração celular; Principais Glicoproteínas de adesão: fibronectina; laminina; entactina; tenascina.
Fibronectina: Produzida por fibroblastos no tecido conjuntivo; Importante no desenvolvimento embrionário
Laminina: Glicoproteína grande composta de 3 cadeias polipeptídicas; Localiza-se predominantemente na lâmina basal- ligação com célula epitelial.
Lâmina basal: Tipo de matriz extracelular localizada entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente; Funções: Sustentação (apoio) aos epitélios; Proteção contra material transportado pelo ar pulmões; Induz proliferação, diferenciação e migração celular; Filtro glomerular.
As integrinas: proteínas intramembranosas, são receptores extracelulares da matriz extracelular em animais. São proteínas trans-membrana, São heterodímeros.
Metaloproteases: A degradação de componentes da matriz é altamente controlada. Ex.: Colagenase.

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