Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Feito por Esther Refondini Feito por Esther Refondini Portifólio: desenhos em cada aula + resumos A biologia celular estuda tipos celulares, seus componentes, sua organização estrutural, sua função, considerando a célula como parte de sistemas complexos. O r i g e m 3,5-4,0 bilhões de anos. Terra primitiva Pouco/nada de O2 Vulcanismo Tempestades Sem ozônio Ambiente aquoso Descargas elétricas, rad UV CO2 + NH3 + CH4 + H2… CO2 + NH3 + CH4 + H2… Meio aquoso HCN + HCHO + Ác. Acético + Glicina + Ácido lático Formação de aminoácidos, açúcares, purinas, pirimidinas Origem dos polímeros: proteínas (agentes catalíticos) e ácidos nucleicos (agentes replicativos). Oparin e Haldane Vida iniciou-se de evolução química Compostos inorgânicos > compostos orgânicos Agregados de moléculas = coacervados Coacervados – evolução – células 1a observação 1665 Robert Hooke: microscopia de cortiça “Celas” Teoria celular 1838 Todos os seres vivos são constituídos por células Célula = unidade básica da vida onde existe uma complementariedade entre forma e função Origem das células 1821 – 1902 “Ominis cellula ex cellula” Tipos celulares: procarionte e eucarionte Princípios universais das células vivas: Apresentam DNA, que pode ser duplicado e passado para as células fi lhas (reproduzem- se); DNA codifica RNA, e o RNA traduz proteínas; Suas macromoléculas são formadas de subunidades; São altamente organizadas; Tomam matéria e energia do meio e as transformam; Demonstram adaptação ao ambiente. Organização celular alterada » função celular alterada C o m p o n e n t e s q u í m i c o s d a c é l u l a Principais átomos: CHONPS 70% água 15% proteínas 6% RNA 3% Carbs 3% lipídeos 1% DNA 1% Sais orgânicos 1% outros Homopolímeros (iguais) Heteropolímeros (diferentes) Ligações químicas entre moléculas Fortes: covalentes. Ex ligações peptídicas (proteínas). Fracas: não covalentes Ex: ligações de H (ligação entre bases nitrogenadas), atrações eletrostáticas (entre ácidos e base, NaCl), interações hidrofóbicas (bicamada lipídica). Feito por Esther Refondini • Água: Abundante Assimétrica (estruturalmente e eletricamente) Solvente universal Funções: dissolve substâncias, mantém a turgência, reações enzimáticas, regulação térmica, veículo de transporte. Ligação covalente polar – dipolar Ligações das moléculas de água entre si são ligações de hidrogênio. H está entre 2 átomos que atraem elétrons. Natureza coesiva, fraca e transitórias. Moléculas e sua relação com água ∙ hidrofílica: íons e moléculas com agrupamentos polares. ∙ hidrofóbica: íons e moléculas com agrupamentos apolares. ∙ anfipática/anfifíl icas: hidrofóbicas e hidrofílicas ao mesmo tempo. • Proteínas: Polímeros de aminoácidos (aa) Unidas por ligações peptídicas Dipeptídeos, tri, poli… 20 tipos de aa combinados – número, sequência e tipo. Cada aa= Simples: só aa Conjugada: aa + agrupamento ex: glicoproteína., metalproteína (hemoglobina) e lipoproteína. São moléculas tridimensionais (ativada) – pontes de hidrogênio ou sulfeto, hidrofóbicas (forças de Van der Waals). Ex: rodopsina, canais iônicos, insulina, alfa - milase, ATP sintase. ∙ Estrutura proteica Configuração nativa = forma ativa da proteína. 1a: sequência de aa. 2a arranjo espacial com dobras na estrutura 1a. Pode ser em a-hélice ou b-pregueada. 3a dobras das estruturas secundárias. 4a junção de subunidades proteicas da 3a ∙ Forma e funcionalidade: Proteínas globulares – relação comprimento x largura menor que 10:1 Ex: albumina, histona, hemoglobina, enzima… Proteínas fibrosas – relação comprimento x largura maior que 10:1 Ex: colágeno, elastina, queratina… Proteínas celulares: ∙ Estruturais (proteínas de membrana, colágeno, queratina); ∙ Transporte (carreadoras, formadoras de canal); ∙ Motoras (actina e miosina); ∙ Anticorpos (imunoglobulinas); ∙ Hormônios (adrenalina, acetilcolina); ∙ Enzimas (ECA, lactase, protease); ∙ Chaperonas … • Chaperonas (HSP 60 ou 70) São proteínas especiais, pois são auxiliadoras. Usem-se a cadeias de polipeptídios que estão sendo formadas pelo ribossomo. Assim, as Chaperonas orientam a cadeia para formar o dobramento correto final, isto é, garantem o correto enovelamento das cadeias peptídicas Consequências: Minimizam a formação de agregados proteicos sem função. Ex: proteína miloide Reconhecem configurações proteicas erradas. Hidrolisam moléculas peptídicas defeituosas. No RER auxiliam o correto dobramento d as cadeias polipeptídicas. Mantém as proteínas destinadas às mitocôndrias distendidas no seu trajeto no citoplasma. Feito por Esther Refondini » Por que as Chaperonas falham? • Ácidos nucleicos: Polímeros de nucleotídeos (ác ido fosfórico + pentose + base nitrogenada); Unidos por ligações fosfodiéster (forte); Ácido desoxirribonucleico (DNA) = informacional; Ácido ribonucleico (RNA) = metabolismo; • DNA É o código genético; Presente na cromatina, cromossomos, mitocôndria, DNA vírus, Nucleoide bacteriano. Já em eucariontes são associados às histonas. São grandes polímeros de dupla hélice. Estrutura do DNA: Fitas antiparalelas (contrárias » 5’ -3’) A = T e G ≡ T Púricas: A + G Pirimídicas: T + C Pentose = desoxirribose Entre nucleotídeos a ligação é fosfodiéster (ligação hidrofóbica), já entre a dupla hélice é ligação de Hidrogênio. • RNA Tipos: mensageiro, transportador e o ribossômico. Presente em todos os tipos celulares É um polímero menor que DNA e de fita simples Bases púricas A + G; Pirimídicas: U + C Complementa A > U, G > C Pentose: ribose ∙ de transferência/adaptador Molécula pequena; Transcrito a partir do DNA como heterogêneo nuclear; Sofre splicing; Se dobra em formato de “trevo”; Possui anticódon = 3 bases; Possui sítio de ligação para aa; Transfere aa para a cadeia polipeptídica. ∙ mensageiro Molécula de RNA maior; Transcrito a partir do DNA em forma de RNA heterogêneo nuclear; Sofre splicing; Formado por sequências codificantes; Contém códons – 3 bases; 2 extremidades: uma com cauda de poli adenina e o capuz de nucleotídeos; Determina a sequência de aa da proteína. ∙ r ibossômico Presente em maior quantidade; Transcrito a partir do DNA; RNAr + proteínas ribossomais forma o ribossomo; Ribossomo une RNAr e RNAm e catalisa a união peptídica entre os aa Participa da tradução juntamente com RNAm e RNAt. • Outros RNAs Micro RNAs pareiam suas bases com o RNAm e podem reduzir a tradução da proteína » controle celular » neoplasia. Pequenos RNAs de interferência: eliminam moléculas de RNA estranhas (RNA de fita dupla). Longos RNAs são codificantes ajudam a inativar um dos cromossomos X. RNAs small nuclear: unem-se à proteínas e formam os spliceossomos (auxiliam o splicing de outros RNAs, isto é, retiram os introns). Feito por Esther Refondini • Lipídios Moléculas insolúveis em água. Solúveis e solventes orgânicos Os lipídios celulares são os de reserva, os estruturais (ácidos graxos + glicerol), vitaminas lipossolúveis, hormônios esteroides. » são formados por moléculas diversas. ∙ Lipídios de Reserva Triglicerídeos; Formados por glicerol + ácidos graxos Presentes no citoplasma das células em forma de gotículas lipídicas. Podem ter ácidos graxos saturados (gorduras) – origem animal; ou insaturados (óleos) – origem vegetal. Tem outras funções: isolantes térmicos, proteção física e modelamento superficial. ∙ Lipídios Estruturais Encontrados das membranas Responsáveis pelas propriedades físicas das membranas, como os fosfolipídios. Ácido fosfórico + glicerol + ácidos graxos.Ex: colesterol Núcleo ciclopentanoperhidrofenentreno + cadeia alifática + hidroxila Glicolipídios Glicerol + ácidos graxos + D-galactose • Polissacarídeos Polímeros de monossacarídeos O mais comum é a glicose Homo ou heteropolímeros Tipos: reserva (glicogênio, amigo), estruturais e informacionais (proteoglicanos, parte glicídica das moléculas do glicocálice, hormônios glicoproteicos). ∙ Glicogênio Polímero de D-glicose Presente no citoplasma das células em forma de grânulos Glicose ingerida é absorvida pela célula e adicionada à extremidades da molécula de glicogênio. Molécula ramifica nas 3 dimensões. Reserva energética ∙ Estruturais: na superfície celular (glicocálice), como moléculas de reconhecimento e receptoras; ajudam na ligação citoplasma-matriz. Ex: glicosaminoglicanas, proteoglicanos, porção glicídica das glicoproteínas, fibronectina e laminina. ∙ Informacionais: hormônios glicoproteicos. Ex: TSH, LH e FSH. M é t o d o s d e e s t u d o d a c é l u l a Ferramentas e técnicas para conhecer/investigar a célula. ∙ microscópios ópticos ∙ técnicas para identificar estruturas celulares e moléculas ∙ microscopia eletrônica Microscopia óptica 1- coleta de material 2- fixação 3- desidratação 4- diafanização 5- inclusão em parafina/resina 6- microtomia 7- desparafinização 8- coloração 9- montagem da lâmina Roxa: basofílico » núcleos e matriz extracelular Feito por Esther Refondini Microscopia eletrônica 1 coleta do material 2 fixação 3 desidratação 4 inclusão em resina epóxi 5 ultramicrotomia 6 contrastação Quanto mais escuro, mais eletrodenso. Microscópio de varredura: topografia Poder de resolução: capacidade de uma lente em distinguir dois pontos próximos ou produzir imagem nítida Limite de resolução: distância mínima que deve haver entre dois pontos para que eles sejam vistos individualmente LR=K.λ /AN ∙ K (constante) = 0,61 ∙ Lambda (comprimento de onda empregado) = luz (0,5 micrometros); elétrons (0,005 nanômetros). ∙ AN (abertura numérica da objetiva. Boa lente tem grande poder de resolução e pequeno limite de resolução. Citoquímica – marcador celular. ∙ Estuda a localização intracelular de substância que compõem as células. ∙ Material é preparado e pode ser observado no Microscopia óptica ou Microscopia eletrônica. ∙ Intensidade da cor = proporcional a concentração da substância procurada. ∙ Histofotômetro/citofotômetro: determina a intensidade da cor. DNA: Demonstrado citoquimicamente pela reação de Feulgen. Etapas: 1 hidrólise ácida (Hcl): hidrólise das ligações das purinas com pentoses do DNA, abertura da dupla hélice, extremidades da desoxirribose expõem grupamento aldeído. 2 reativo de Schiff (fucsina básica descorada por anidrido sulfuroso): radical aldeído liga-se ao reativo de Schiff, produzindo a cor vermelha. RNA: Demonstrado por causa da sua basofilia e na propriedade da ribonuclease. Etapas: 1 preparo de 2 lâminas histológicas em corte sequencial 2 lâmina A: ribonuclease » digestão do RNA (usada como controle) 3 lâmina B: azul de toluidina » cora RNA 4 comparação das lâminas Polissacarídeos: Para evidenciar polissacarídeos pode-se usar a técnica do PAS (periodic acid Schiff) Etapas: 1- preparo de 2 lâminas histológicas em corte sequencial 2- lâmina A com amilase » digere glicogênio 3- lâmina B sem amilase (lâmina controle) 4- ambas as lâminas em ácido periódico » oxida agrupamentos OH vizinhos formando gr. Aldeídos 5- gr. aldeídos = vermelhos Feito por Esther Refondini Células caliciformes em vermelho. Imunocitoquímica: Técnica que permite localizar proteínas específicas dentro da célula. Baseia-se na reação antígeno-anticorpo. Utiliza-se de substâncias marcadoras que se ligam (se conjugam) aos anticorpos (que se acoplam aos antígenos). *amplificação do sinal – 4 pontos de marcação. Centrifugação diferencial ∙ Fracionamento celular ∙ Obtém-se frações puras de organelas/estruturas 1 Homogeneizar tecido em solução isotônica, mixer ou via química. 2 Centrifugar 3 Material obtido: MO, ME ou citoquímica Radioautografia ∙ Para achar locais de síntese de macromoléculas. ∙ Usa-se compostos radioativos introduzidos na célula. ∙ Exemplo: para saber quais células estão sintetizando DNA. 1 Injeta-se timidina triciada T3 na cobaia 2 Sacrifica-se cobaia, retira-se o órgão a ser estudado, fabrica-se a lâmina histológica. 3 Apenas núcleos que estão sintetizando DNA é que incorporam a T3 (timina triciada). 4 Mergulha-se lâmina em emulsão fotográfica 5 Núcleos radioativos, impressionam emulsão 6 Revela-se e se faz coloração. Feito por Esther Refondini Cultivo: Estudar o comportamento de uma célula; Líquido com O2, água + pressão favorável; A célula está viva; Acompanha via microscópica. Eletroforese: Para identificar proteínas. A) pelo tamanho da molécula - Amostra com várias proteínas é dissolvida em Dodecil sulfato de sódio (proteínas adquirem carga negativa) - mercaptoetanol: destrói a forma original (4a) das proteínas. » separa os monômeros - Amostra é aplicada em gel de poliacrilamida (poços) - Corrente elétrica é aplicada - Proteínas migram no gel e se distribuem entre os polímeros do gel » as proteínas com maior peso molecular vão para o fundo da placa de gel. - Gel é retirado e corado » azul de Coomasie - Visualização das bandas com proteínas isoladas B) pelo seu perfil isoelétrico - Amostra com várias proteínas - Amostra é aplicada em gel de poliacrilamida (poços) com gradiente de Ph - Corrente elétrica é aplicada - Proteínas migram no gel e param quando chegam no seu ponto isoelétrico - Formam-se bandas com proteínas isoladas. M e m b r a n a p l a s m á t i c a e e s p e c i a l i z a ç õ e s Modelo do mosaico fluido: Singer e Nicholson, 1972 Membrana plasmática - Envoltório celular - Separa seus constituintes do ambiente externo - Muitas funções - Bicamada lipídica - Com proteínas e glicídios - Semipermeável - Fluida - Assimétrica » Membrana de eritrócitos - É fina, frágil, reforçada por um corte - Reforçada por um córtex celular subjacente - Responsável pelo formato bicôncavo do eritrócito - Componente do córtex = espectrina (proteína fibrosa, extrínseca e associada ao citoesqueleto) O córtex celular é uma camada situada abaixo da membrana plasmática, é formada por filamentos de actina e por uma variedade de proteínas que se ligam à actina. Esta camada rica em actina controla a forma e os movimentos de superfície da maioria das células animais. Componentes proteicos dos eritrócitos Proteínas integrais: - Banda 3 é transportadora de membrana. Troca HCO3 por Cl. Através da anquirina, se conecta à espectrina. - Glicoforinas = glicoproteínas. Receptores de membrana e antígenos que atuam no reconhecimento célula-célula. Através da banda 4.1 tem conexão com o citoesqueleto/espectrina. Defeitos genéticos das proteínas de membrana que causam esferocitose e eliptocitose. Feito por Esther Refondini Glicocálice Fica na superfície externa da membrana plasmática. É rica em carboidratos. Faz a extensão da membrana. Em sua composição há: porções glicídicas de proteínas e lipídeos, glicoproteínas integrais ou adsorvidas após secreção, e proteoglicanas secretadas e adsorvidas. *Quando são secretadas as moléculas, essas são absorvidas, assim ficam na parte externa da célula. Funções: Interação célula com a matriz: reconhecimento celular; Proteção contra agressões mecânicas e químicas; Proteção contra vírus e bactérias (pois é “grudento”) Adesão celular; Propriedades enzimáticas;*lactase Mantém a superfície celular hidratada; Tem resposta inflamatória de reconhecimento celular (lecitinas – conexão com os neutrófilos); Determinação do tipo sanguíneo ABO; Reconhecimento molecular de vírus, toxinas e bactérias; ... Fibronectina: glicoproteína secretada e adsorvida >> interação glicocálice e matriz. - Formada por 2 cadeias polipeptídicas - Glicoproteína adesiva (conexões com outras moléculas = domínios) - Apresenta domínios que combinam com moléculas de matriz extracelular (colágenos, glicosaminoglicanos - GAG’S) e região que conecta às proteínas integrais de membrana (integrinas) - “Ponte” de união entre célula e matriz >> fibronexos (adaptina – actina) >> citoesqueleto e matriz extracelular. * o veneno da aranha marrom cliva a fibronectina, logo, os processos regenerativos são prejudicados, havendo a necrose tecidual. Laminina: outra molécula glicoproteína secretada e adsorvida - Componente das lâminas basais de células epiteliais - Célula em forma de cruz - Tem sítios (domínios) para ligação com integrinas, colágeno, e GAG-s de matriz extracelular a laminina se conecta às integrinas da célu la epitelial para integrar-se. Regiões funcionais da membrana - Em células epiteliais pode haver regiões com funções diferentes. Assim, sabe-se que a célula é polarizada, região apical e a basal. - As regiões funcionais podem ser determinadas por domínios (sítios de ligação) . - Os domínios podem ser: mantidos pelo citoesqueleto -a ; por proteínas de matriz -b; pela adesão com proteínas de superfície entre células -c; ou por barreiras de difusão/zônulas de oclusão -d. Feito por Esther Refondini Especializações Em membranas de células epiteliais, a membrana pode sofrer modificações para realizar determinada função. Podem ser: 1- Aumento de superfície : microvilos e esterocilios. 2- Adesão celular: interdigitações, desmossomos, zônula de oclusão, hemidesmossomos, zônula de adesão. 3- Comunicação: junções comunicantes ou junções gap. 4- Movimento: cíl ios e flagelos. Microvilosidades são projeções da membrana plasmática – digitiforme. Os filamentos de actina sustentam os microvilos. Estão associados ao glicocálice. Formam o bordo estriado no intestino, e bordo escovado no néfron quando organizados. Escherichia col i : desestrutura as microvi losidades. Os esterocílios são estáticos e são microvilosidades especializados, além de assumir função sensorial. Expansões do citoplasma, longos, fil iformes e irregulares. Também mantidos por filamentos de actina. Podem se anastomasar. São presentes em células do epidídimo e em células fonorreceptoras do ouvido interno. Aumentam a área de absorção e participam da transdução auditiva. https: //www.ufrgs .br/biologiace lu laratlas/memb2 .htm Interdigitações são dobras contíguas entre duas membranas vizinhas. Apresentam invaginações e evaginações que encaixam nas células vizinhas. Presente em células epiteliais. Zônula de oclusão se apresentam em regiões apicais, aderem-se firmemente as membranas de células contiguas e veda o trânsito entre elas. Mantém a polaridade celular. Moléculas (ocludinas e claudinas) aderem firmemente uma membrana à outra. Logo, os nutrientes não entram intercélulas. Zônula de adesão/Junção aderente fica abaixo da junção oclusiva, portanto está na região apical. Permite a união entre células contíguas. Formada por caderinas que se ligam diretamente a caderinas idênticas da membrana da célula vizinha. Na porção interna da célula, caderinas são conectadas à filamentos de actina por meio de proteínas ligadoras formam um cinturão apical. A leptospirose destrói junções de adesão em células endoteliais (revestem vasos sanguíneos), logo, as células ficam desconectadas. Esse fato causa o vazamento de sangue (hemorragia). Desmosso fica na membrana lateral das células e formam uniões puntiformes entre as células epiteliais contiguas. É comum em células submetidas às trações. São formados por caderinas (da membrana) conectadas por filamentos intermediários (c itoplasmáticos) por meio de densa placa discoidal (placo e desmoglobinas) os quais também estão conectados à queratina (impermeabilizante e rígido), composta por várias proteínas. Caderinas são proteínas integrais! Pênfigos é uma doença de pele que causa bolhas, além de produzir autoanticorpos anticaderinas. Hemidesmossomos aderem-se a célula epitelial na lâmina basal. É “meio” desmossomo. Encontra-se direcionado à região basal da célula. É formado por integrinas conectadas às queratinas citoplasmáticas por meio da placa discoidal. https://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/memb2.htm Feito por Esther Refondini Penfigoide é uma doença que atinge pele e mucosas podendo fazer máculas, bolhas ou erosão. A célula se desconecta da lâmina basal, logo, não há nutrição celular. Junções comunicantes/gap/nexos aparecem em células com necessidade de grande conexão entre si. Ocorre em epitélios, tecidos musculares, fibras nervosas, células embrionárias. Formadas por membranas muito próximas atravessadas por tubos proteicos paralelos. Estes tubos possuem canal hidrofílico, logo, há fluxo de íons e algumas moléculas. 6 unidades de conexinas formam conexons. Cílios e flagelos são projeções de membrana e moveis. São sustentados por microtúbulos (elemento do citoesqueleto) e são responsáveis por mobilidade da célula (flagelo do espermatozoide) ou de elementos extracelulares (cílios que impulsionam muco). Citoesqueleto I É uma estrutura presente em eucariontes. É uma rede proteica presente no citoplasma e altamente dinâmico. Funções: sustentar citoplasma e membrana, movimentos celulares, movimentos de estruturas e organelas, manter posição de estruturas e organelas na célula, contração celular e entre outros. Elementos do citoesqueleto • Microtúbulos • Filamentos de actina • Filamentos intermediários • Proteínas acessórias Os microtúbulos crescem a partir de um centrossomo no núcleo e vão em direção ao citoplasma. São longos, retos, ocos e finos. Formados por polimerização de alfa e beta tubulinas, formando um dímero. Um conjunto de dímeros formam um protofilamento = polimerização. Propriedades: são rígidos como cabos de aço, duros localmente e flexíveis à distancias (pois são longos filamentos), reste à compressão, assim podem suportar estruturas. Dinâmica de microtúbulos: Crescem pela incorporação dos dímeros = polimerização Desmontam pela liberação dos dímeros = despolimerização Polaridade estrutural : os dímeros se alinham na mesma orientação em todos os protofilamentos. A extremidade que incorpora dímeros mais rapidamente é positiva, já a que perde dímeros mais rapidamente é a negativa. Para a polimerização dos microtúbulos é necessário GTP, Mg2 +, Ca2 + , temperatura ideal (20-30oC), pool de dímeros alfa e beta tubulina e proteínas associadas aos microtúbulos (MAP’s). Microtúbulos iniciam sua polimerização, em geral, a partir de um anel de gama tubulina. Proteínas MAP podem se ligar aos dímeros no microtúbulo, estabilizam os microtúbulos evitando que se despolimerizem, mediam ligações entre os microtúbulos e outros componentes celulares. Ex de MAP: proteína TAU, presente em microtúbulos estáveis de axônios e dendritos. >> doença de Alzheimer. A proteína B amiloide hiperfosforila a proteína TAU dos microtúbulos dos axônios dos neurônios. Hiperfosfori lada, a TAU se redistribui na célula nervosa, soltando -se dos microtúbulos se forma emaranhados proteicos insolúveis. Esses emaranhados estão presentes em tecidos nervosos de doentes com Alzheimer. MTOC = centros organizadores de microtúbulos. a- Centrossomo: região citoplasmática que contêm centríolos formados por microtúbulos > todasas células têm. b- Corpúsculo basal : só células que tem cílios ou flagelos tem. É a área da base Feito por Esther Refondini (raiz do cílio), também formada por microtúbulos. Centrossomo 1 par de centríolos, matriz centrossômica (com dímeros de alfa e beta tubulina, gama tubulina etc. ), microtúbulos em polimerização (extremidade negativa voltada para centríolos, e a positiva para o citoplasma). Os microtúbulos crescem partir do anel de gama tubulina. Centríolos são em pares, posicionados no centro do centrossomo (sem função específica, além de estar relacionada à mitose). Um está em posição perpendicular ao outro. Sem duplicam quando a célula vai se dividir. Formados por 9 trincas de microtúbulos curtos unidas por pontes proteicas. Corpúsculo basal Estrutura formada de 9 trincas de microtúbulos (igual o centríolo). Está na base de cílios e flagelos. Os microtúbulos citoplasmáticos transportam organelas e macromoléculas. Como? - Os microtúbulos são como trilhos , onde há proteínas acessórias (cinesinas para positivo e dineínas para negativo) que funcionam como vagões. Transporte axonal via microtúbulos - Há microtúbulos dentro dos axônios e servem para deslocar neurotransmissores do corpo ao terminal sináptico. Chamamos fluxo anterógrado o transporte cargas via cinesinas do interior do neurônio até o terminal sináptico (do polo – para o +), assim o fluxo retrogrado é o transporte via dineínas no sentido contrário. Microtúbulos citoplasmáticos Posicionam organelas em conjunto com outros elementos do citoequeleto. Microtúbulos mitóticos Presentes em células em divisão Partem de 2 centrossomos de polos opostos Formam as fibras do Fuso Mitótico Puxam as cromátides para polos opostos Tipos: 1- Microtúbulos livres do áster/astrais: são fibras livres que não se conectam. 2- Micro. Ligados ao cinetócoro ou cinetocoricos: conectam em uma região cromossômica próxima ao centrômero chamada cinetócoro = tracionam os cromossomos quando despolimerizam ou encurtam 3- Microtúbulos polares: quando polimerizam contribuem para mudar a formada célula, alongá-la, o que facilita a divisão. Drogas que interferem nos microtúbulos = antimitóticas Alguns são quimioterápicos, outros taxol (acelera a polimetização e bloqueia a despolimerização), colchicina (congela na metáfase), vincristina, vimblastina. Microtúbulos de cílios e flagelos Diferenças: Cílios: projeções da membrana plasmática, são curtos, numerosos e tem movimento ordenado. Feito por Esther Refondini Flagelos: projeções da membrana plasmática longas, cada célula contém um único ou poucos, e movimento desordenado. 9 pares periféricos e 1 par central. Contém proteínas de ligação associadas . Sua mobil idade depende da dineína ciliar. Dineína é responsável pelo movimento ciliar. Sindrome de Kartagener: é autossômica recessiva, síndrome da imotilidade ciliar, dineina ciliar deficiente, pacientes com essa síndrome perdem a mobilidade ciliar. Citoesqueleto II Elementos do citoesqueleto ✓ Microtúbulos ✓ Filamentos de actina Filamentos Intermediários Proteínas acessórias Filamentos de actina (microfilamentos) São filamentos proteicos finos, mais curtos que microtúbulos e mais abundantes. Formados pela polimerização da actina G. Tamanho: f. actina > intermediário > microtúbulo Mais abundantes que microtúbulos . Quando polimerizados, geralmente se organizam em feixes ou redes. Feixes conferem resistência. Finos e flexíveis. Os filamentos de actina podem ser divididos em dois grupos: Transelulares: cruzam o citoplasma em todas as direções. Responsáveis pela forma e sustentação da célula. São interligados por proteínas de feixe (fimbrina e alfa -actinina). Corticais: rede de filamentos situados abaixo da membrana plasmática (córtex), conectada a ela por proteínas de ligação (fodrina). Funções dos filamentos de actina: Cruzam o citoplasma de lado a lado – mantém a forma celular e transporte de organelas. Debaixo da membrana celular – em células epiteliais = formam o cinturão de adesão, que faz parte do complexo juncional. Participam da migração celular – emissão de pseudópodes (depende da formação da actina cortical). Intervém na citocinese. Originam microvilosidades. Junto com a miosina, fazem a contração do sarcômero. Actina e proteínas associadas: 5% do total de proteínas de uma célula é actina, metade se associa em filamentos (actina F) e a outra parte são monômeros livres. As actinas F presentes nos filamentos contém diversas proteínas de ligação (associadas): actin ina, fimbrina, filamina, miosinas, distrofina, timosina (proteína regulatória)... Actina no córtex celular (região abaixo da membrana plasmática) ajuda na resistência mecânica à membrana para manter a forma celular. O arranjo e rearranjo de filamentos de actina cortical está relacionado com mudanças de forma celular e locomoção. Feito por Esther Refondini Actina em células epiteliais formam o cinturão apical e sustentam as microvilosidades. A associação com actina + miosina II confere resistência mecânica, além de formar as junções de adesão em associação com caderinas. Cinturão apical em células embrionárias Se a glândula ficar com o ducto ela será exócrina. Actina e movimentos : Actina + miosina; Miosina I: tem cabeça (pesada) e cauda (leve). Interage citoesqueleto + membrana. Miosina V: faz transporte de vesículas. Como dineina ou cinesina. Miosina II: contração muscular, citocinese, movimentos morfogenéticos. Actina, miosina e o transporte vesicular: A actina funciona como um “trilho”. A miosina I ou V é o vagão que se conecta em uma vesícula e se desloca com ela ao longo da actina. Ocorre gasto de ATP. Contração muscular: Sarcômero = unidade de contração dos músculos estriados. Moléculas de miosina II se unem para formar os filamentos espessos do sarcômero. Filamentos de actina F se associam com troponinas e tropomiosinas para formar os filamentos finos do sarcômero. Ao hidrolisar o ATP, as cabeças dos filamentos de miosina se inclinam e tracionam os filamentos finos que deslisam = contração. Actina, miosina e a citocinese : Sobreposição de actina + miosina II no equador celular; os filamentos de actina deslizam contra os de miosina, formando o anel contrátil = sulco de clivagem, o qual estrangula a célula em duas. Este processo é fundamental para a divisão celular. Actina e migração celular: Células que fazem diapedese, como o macrófago se descola. Depende da polimerização de actina, polimeriza frontalmente, descola o contato posterior, e despolariza atras. Exemplos: - Fibroblasto migra para a área lesionada para auxiliar na cicatrização. - Células da crista neural migram para a epiderme. - Célula cancerosa migra para fazer metástases. - Leucócitos migram em direção aos sinais quimiotáticos das bactérias. Feito por Esther Refondini - Leucócitos fazem diapedese, e etc. Drogas que interferem na polimerização dos filamentos de actina: • Citocalasina (é de fungo, faz um calapeamento no tubo e dificulta a polimerização), • Lantroculina (toxina de poríferos e dificulta a despolimerização), • Faliodina (toxina de fungo, não também despolimeriza, diminui o deslocamento celu lar). Actina e microvilos: Cada microvilosidades contém de 20 a 40 filamentos de actina em disposição paralela. Filamentos intermediários Tamanho intermediário entre microtúbulos e filamentos de actina. Formados por proteínas fibrosas de filamentos intermediários. Essas proteínas se arranjam formando o filamento intermediário semelhante a um cabo/corda. São estáveis. Localização e propriedades Envolvem o núcleo e se estendem rumo à periferiacelular e lá podem estar ancorados nos desmossomos. Ex: queratina. Também são encontrados dentro do núcleo. São resistentes e duráveis. Permitem que células resistam ao estresse mecânico ocasionado quando são distendidos. Exemplos: Epidermólise bolhosa simples: Resulta de mutações em gene da queratina das células da pele. Qualquer pressão leva à ruptura das células com formação de bolhas. Filamentos de vimentina e relacionados Neurofilamentos: Presentes em corpo celular, dendritos e axônios de neurônios. São estruturais. Feito por Esther Refondini Lâmina nucleares ou laminofilamentos: Laminofilamentos são formados pela proteína lâmina. Forma rede/malha no interior do núcleo = lâmina nuclear e dão forma e resistência ao envoltório, além de ancorar as alças de cromatina. Progeria: o gene mutante defeituoso chamado LMNA, ativa a produção de uma proteína (Lamina A) que desestabiliza o núcleo celular afetanto todas as células do corpo, exceto as cerebrais. Normalmente o núcleo tem uma estrutura circular certinha, porém por causa desse defeito genético, o núcleo forma bolhas que causam instabilidade e levam à morte das células. Plectina: É uma proteína acessória que conecta os filamentos intermediários em feixes, e os conecta aos microtúbulos e aos filamentos de actina. Patologia: falta de coesão celular, problema muscular e neurodegenaração.
Compartilhar