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Manual - Estratégias de Promoção da Alimentação Saudável na Escola

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CECANE – PR 
Av. Lothário Meissner, nº 632 – Jardim Botânico, 
Curitiba-PR, CEP: 80210-170 
E-mail: centrocolaborador@hotmail.com 
Fone: (41) 3360-4015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO 
DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 NA ESCOLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA, 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SCHMIT, B. DE A. S. et al. A escola promovendo hábitos alimentares 
saudáveis: uma proposta metodológica de capacitação para educadores e 
donos de cantina escolar. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública, v. 24, Sup., 
p. 312-322, 2008 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. DEPARTAMENTO DE 
Nutrologia Manual de orientação: alimentação do lactente, alimentação do 
pré-escolar, alimentação do escolar, alimentação do adolescente, 
alimentação na escola / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento 
de Nutrologia. - São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. 
Departamento de Nutrologia, 2006. 64 p. 
 
IRALA, R. C.; DUARTE D.; COUTINHO, J.; RECINE, P. F. E. Educação 
nutricional para alunos do ensino fundamental. Universidade de Brasília. 
Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de Nutrição. Brasília, 
2001 
 
IRALA, C. H.; FERNANDEZ, P. M.; RECINE, E. Manual para as escolas. A 
escola promovendo hábitos alimentares saudáveis – Horta. Universidade 
de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de Nutrição. 
Brasília, 2001 
 
IRALA, C. H.; FERNANDEZ, P. M.; RECINE, E. Manual para as escolas. A 
escola promovendo hábitos alimentares saudáveis - Peso saudável. 
Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento 
de Nutrição. Brasília, 2001 
 
TEIXEIRA, I.B. DA C.; MORAIS, C. M. M. de. O rótulo do alimento como 
veículo informativo de preceitos sobre alimentação saudável. São Paulo: 
Revista Comunicação & Saúde, v.3, n.5, 2006 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – Campus Baixada Santista. 
Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar - Região Sudeste. 
Idéias para promover a alimentação saudável na escola. 
 
VASCONCELOS, C. do S. Projeto Político Pedagógico – conceito e 
metodologia de elaboração. In: VASCONCELOS, C. DO S. Planejamento – 
Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. Cadernos 
Pedagógicos do Libertad, v.1. São Paulo: Libertad, 2000 
 
 
 
 
 34 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar 
para a população brasileira : Promovendo a alimentação saudável / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral 
da Política de Alimentação e Nutrição – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 
236p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 
 
BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
Rotulagem nutricional obrigatória: Manual de orientação aos consumidores. 
Brasília: Universidade de Brasília, 2005 
 
BRASIL. Ministério Da Saúde E Ministério Da Educação. Portaria 
Interministerial. MS/MEC n. 1010 de 08/05/2006. Institui as diretrizes para a 
Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, 
fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito 
nacional. Disponível em: 
http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-1010.htm. 
Acesso em: 18/10/2010 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE E FUNDO NACIONAL DE 
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE). Relatório da Oficina de 
Estratégias para a Promoção de Alimentação Saudável na Escola. Brasília, 
12 e 13 de dezembro, 2006. 
 
COSTA, E. de Q.; RIBEIRO, V.M. B.; RIBEIRO, E. C. de O. Organización 
Panamericana de la Salud. Componentes educativos de los programas 
para la promoción de la salud escolar. Rev Panam Salud Pública; v. 2, p. 
209-14,1997 
 
COSTA, E.Q.; RIBEIRO, V.M.B.; RIBEIRO, E.C.O. Programa de 
alimentação escolar: espaço de aprendizagem e produção de 
conhecimento. Campinas: Rev. Nutr., v. 14.n. 3, p. 225-229, set./dez., 
2001 
 
DOMENE, S.M.A. A escola como ambiente de promoção da saúde e 
educação nutricional. São Paulo: Psicologia USP, v.19, n. 4, p. 505-517, 
outubro/dezembro, 2008, 
 
PHILIPPI, S. T.; CRUZ, A. T. R.; COLUCCI, A. C. A. Pirâmide alimentar 
para crianças de 2 a 3 anos. Campinas: Rev. 
Nutr. v.16 n.1, Jan./Mar. 2003 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
3 
 Passo a Passo para uma alimentação saudável no ambiente escolar 
 
 
 
 33 
3 - Alimentação saudável: pirâmide dos Alimentos 
 
Objetivo 
 
Definir e explicar o que significa uma alimentação saudável através de 
um instrumento simples e de fácil compreensão como a pirâmide dos 
alimentos. 
 
Desenvolvimento 
 
Atividade prática - Consumo alimentar de 1 dia 
 
Objetivos da atividade 
 
Avaliar o conhecimento dos alunos a respeito do tema alimentação 
saudável antes de serem introduzidos, pelo professor, os conhecimentos 
a respeito desse tema. Introduzir conceitos de alimentação saudável 
através da pirâmide dos alimentos. 
 
Material necessário 
 
Ficha de planejamento alimentar 
Lápis ou caneta 
 
Procedimento 
 
O aluno deverá preencher a ficha de acordo com o que costuma comer 
durante o dia (e não de acordo com o que acha que é certo). Não são 
necessárias as quantidades, apenas os tipos de alimentos. O aluno deverá 
somar o número de vezes que os alimentos de um mesmo grupo aparece e 
colocar o total de cada grupo no espaço correspondente. 
 
Após o aluno fazer o seu planejamento, o professor, baseado nos 
princípios pirâmide dos alimentos e seus grupos irá discutir com a turma 
os resultados obtidos. 
 
 
 
 
CONTEÚDO 
 
Introdução ....................................................................... 6 
 
O Programa Nacional de Alimentação Escolar – 
PNAE ............................................................................... 
 
8 
 
 
Caminhos para uma alimentação saudável ................. 
 
9 
 
 
A importância da escola no processo de aquisição 
de Hábitos alimentares saudáveis ................................ 11 
 
 
Recomendações para concretização de uma 
alimentação saudável para os escolares ..................... 18 
 
 
Aprendendo e ensinando a ler rótulos nutricionais 
dos alimentos ................................................................. 24 
 
 
Ideias para promover a alimentação saudável nas 
escolas.............................................................................. 25 
 
 
Passo a passo para uma alimentação saudável no 
ambiente escolar ............................................................ 33 
 
32 5 
 
Introdução 
 
 Buscando atingir as metas do milênio para a Educação e 
a Saúde, o governo federal, por meio da Portaria 
Interministerial nº 1010, de 08 de maio de 2006, instituiu as 
diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas 
escolas das redes pública e privada, em âmbito nacional, 
favorecendo o desenvolvimento de ações que promovam e 
garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis 
no ambiente escolar. 
 
 Diante do exposto e primando pela qualidade das suas 
ações, o FNDE firmou parcerias com Instituições de Ensino 
Superior, constituindo os CENTROS COLABORADORES EM 
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR (CECANES). 
Dessa forma, da parceria entre a Universidade Federal do 
Paraná e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação surgiu o Centro Colaborador em Alimentação e 
Nutrição do Escolar do Paraná – CECANE PR, 
institucionalizado no Setor de Ciências da Saúde, 
Departamento de Nutrição, com a participação do Setor de 
Educação 
 
 Na gestão 2009/2010, as metas que estão sendo 
desenvolvidas são: Curso de Aperfeiçoamentoem Qualidade 
da Alimentação Escolar (curso de extensão, em nível de 
aperfeiçoamento para formação profissional de nutricionistas 
que atuam na área de alimentação escolar); Assessoria aos 
Municípios (assessoramento aos gestores municipais da 
alimentação escolar) e a Capacitação dos Agricultores 
Familiares em conjunto com os Agentes Sociais responsáveis 
pela gestão, desenvolvimento, fiscalização, controle e 
execução das ações relativas à alimentação escolar, na 
esfera municipal. 
 
As pessoas sofrem transformações com o passar dos anos: os bebês 
crescem, aumentam de peso, aprendem a falar, andar; as crianças 
continuam crescendo, aprendem a ler e escrever, correm, pulam, 
dançam; os adolescentes aumentam de peso e altura, o corpo todo se 
transforma; os adultos já não crescem e por isso devem ter um cuidado 
maior com o peso; os atletas gastam muita energia e precisam de uma 
alimentação que forneça os tipos e quantidades de alimentos 
suficientes; os idosos devem se cuidar para não ficarem doentes, e 
assim por diante. Isto é, para cada fase da vida, a alimentação tem uma 
importância diferente mas é essencial em todas elas. Na infância, os 
objetivos principais da alimentação são: 
Crescimento 
Os ossos, músculos, pele e órgãos (o corpo, por dentro e por fora) 
aumentam de tamanho e os alimentos fornecem as substâncias de que 
nosso organismo precisa para que isso aconteça; 
 
Desenvolvimento 
É durante a infância que aprendemos a ler, a escrever, temos que 
estudar, gostamos de correr, pular, etc. O corpo e a mente têm que se 
desenvolver para conseguir realizar essas mudanças e isso se dá 
através da alimentação. Uma boa alimentação na infância ajuda ter e a 
manter um peso saudável. Mas O que seria o peso saudável? Seria 
aquele que está no “tamanho” certo com a altura, idade e atividade 
física da pessoa. Um corpo bonito ou magro não é o mesmo que 
saudável. O peso saudável é aquele adequado para o seu caso e por isso, 
não tem sentido querer ter o corpo igual ao de uma outra pessoa. Um 
nutricionista e/ou médico são os profissionais de saúde que podem 
avaliar o peso saudável para cada pessoa. A atividade física também 
ajuda a ter um peso saudável. É nessa época que são formados nossos 
hábitos alimentares, ou seja, quando “aprendemos” a gostar ou não 
de certos alimentos, quando criamos o costume de comê-los, etc. 
Devemos, então, provar diferentes tipos de alimentos e adquirir bons 
hábitos para garantir saúde que será útil para a vida toda. Uma 
alimentação saudável evita o aparecimento de doenças, desde uma 
simples gripe até doenças mais sérias como a obesidade (pessoas 
gordas) e a desnutrição (pessoas muito magras e fracas). 
 
6 31 
1 - Rótulo de alimentos 
Objetivo da atividade 
Explicar a importância da leitura dos rótulos dos alimentos. 
 
Desenvolvimento da atividade 
Conhecimentos prévios necessários 
Alimentação saudável; tipos e funções dos alimentos. 
Material necessário 
Embalagem de alimento com sabor de fruta (embalagem de biscoito 
de morango, por exemplo) 
 
Procedimentos 
Converse com seus alunos: 
Quando vocês forem a um supermercado ou padaria, observem a 
quantidade de alimentos com sabor morango (suco, iogurte, 
biscoito...). Será que todos esses alimentos são realmente 
preparados com morango? Ou o seu sabor e sua cor são produzidos 
nos laboratórios químicos das indústrias? 
E os alimentos de chocolate, será que todos são produzidos com o 
cacau, a fruta da qual se faz o chocolate? 
Mostre o rótulo do biscoito e leia a lista de ingredientes. Pergunte: 
tem morango entre os ingredientes? 
Peça para os alunos pesquisarem outros rótulos de alimentos e 
discuta a importância disso. 
 
2 - A importância da alimentação na infância 
Objetivo da atividade 
Informar sobre aspectos específicos da importância da alimentação 
durante a infância, tais como crescimento e desenvolvimento. 
 
 
Desenvolvimento 
Pergunte para a turma “todas as pessoas devem ter a mesma alimentação?”. 
Questione sobre a alimentação que os alunos tinham quando eram recém-
nascidos, bebês, sobre a alimentação dos pais, avós, de pessoas doentes, de 
atletas (jogadores de futebol, por exemplo)... Todos devem se alimentar 
sem diferenças? 
 As ações de educação permanente de Agricultores 
Familiares As ações de educação permanente de Agricultores 
Familiares e Gestores da Alimentação Escolar nos 
municípios, em 2009/2010, foram distribuídas em dois eixos 
temáticos com dois módulos de 10 horas cada: 
Eixo I - Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA, e 
Eixo II - Agricultura Familiar, Tecnologias Sociais e 
Cooperativismo. Os municípios abrangidos pela capacitação 
foram: Campo Bonito, Candói, Guaraniaçu, Honório Serpa, 
Lindoeste e Nova Laranjeiras. 
 
 As capacitações foram desenvolvidas em escolas rurais 
ou Casa Familiar Rural – uma em cada município - e 
envolveu a participação de gestores da alimentação escolar e 
agricultores familiares. 
 
 As ações de educação permanente resultaram no 
entendimento de que: 
 
1) é necessário promover a educação integral de todos 
os atores envolvidos com a escola e a comunidade do 
seu entorno; 
2) a alimentação saudável e ambientalmente 
sustentável deve ser incorporada como eixo gerador 
de práticas pedagógicas. 
 
 Acredita-se que estratégia para garantir o 
desenvolvimento integral do aluno perpassa pela promoção 
de saúde e alimentação saudável no ambiente escolar. Essa 
cartilha foi desenvolvida pela equipe do CECANE-PR a partir 
das experiências de atuação deste e dos anos anteriores e 
tem como objetivo lançar bases e algumas ferramentas para 
reflexão da inserção de ações educativas em alimentação e 
nutrição como tema transversal ao currículo escolar, levando 
em consideração a situação concreta dos municípios. 
7 30 
O Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE 
 
 
 O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 
tem origem na década de 40 e atende atualmente de forma 
gratuita cerca de 47 milhões de alunos matriculados na 
educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental e 
médio e educação de jovens e adultos de escolas públicas e 
filantrópicas do país, tendo por base a perspectiva do direito 
humano à alimentação. 
 
 O objetivo do programa é contribuir para o crescimento e 
o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o 
rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares 
saudáveis dos alunos. 
 
 O programa é gerenciado pelo Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação (FNDE) e se concretiza por 
meio de repasse de recursos financeiros aos estados e 
municípios ou ainda, diretamente as escolas, em caráter 
complementar, cujo objetivo é a aquisição de gêneros 
alimentícios para a alimentação dos escolares. 
 
 É considerado um dos maiores programas na área de 
alimentação escolar no mundo e é o único com atendimento 
universalizado. 
 
 Dentre os avanços na área de alimentação escolar, 
destaca-se a Lei n. 11.947, de 16/6/2009, que determina a 
utilização de no mínimo 30% dos recursos repassados pelo 
FNDE para a compra de produtos da agricultura familiar. 
 
 Essa medida estimula o desenvolvimento econômico das 
comunidades e estão em consonância com as diretrizes do 
PNAE no que se refere ao respeito aos hábitos alimentares 
regionais e o apoio ao desenvolvimento sustentável. 
 Como é o ecossistema da região? Quais as plantas e 
animais que fazem parte da biodiversidade do ecossistema? 
Construção de uma maquete da obra; 
 
Ciências 
Quais são os nutrientes presentes em cada hortaliça e sua 
função no organismo; 
 
Como as minhocas podem contribuir para um solo de melhor 
qualidade; 
 
Construção de uma pirâmide de alimentos para expor próximo ao 
refeitório da escola; 
 
Como a água chega até a escola ou a casa?História 
Como era a alimentação em 1500? O que mudou e por quê? 
 
Qual o país de origem de cada hortaliça? 
 
Qual a influencia da cultura na produção e consumo de 
determinados alimentos? 
 
O arroz, o feijão, a batata e a mandioca fazer parte da 
alimentação da maioria dos brasileiros. Qual é a história desses 
alimentos? 
 
 
Alguns temas para discussão em sala de aula 
 
 Os temas a seguir foram extraídos do material: Educação 
nutricional para alunos do ensino fundamental (IRICA et al, 
2001). 
 
28 8 
Outras ideias que podem ser colocadas em prática em 
sala de aula... 
 
Português 
Redações falando sobre as expectativas de construir uma horta; 
 
Pesquisa sobre os hábitos alimentares da comunidade; 
 
Cartazes de divulgação da horta 
 
Concurso de poesia sobre a horta; 
 
 
Matemática 
Calcular os custos do projeto 
 
Representação percentual dos alimentos mais consumidos na 
região em cada época do ano; 
 
Medir os ingredientes de uma receita e prepará-la na cozinha da 
escola; 
 
Pesquisar os indicadores de subnutrição e obesidade no Brasil e 
realizar gráficos para representar os indicadores; 
 
Geografia 
A influência do clima e do solo na produção de hortaliças; 
 
Que fatores contribuem para o adequado crescimento e 
desenvolvimento de hortaliças? 
 
Como as hortaliças que não são produzidas na região são 
transportadas; 
 
 
Caminhos para uma alimentação saudável 
 
 
 A infância é um período de intenso desenvolvimento 
físico e intelectual, marcado por um gradual crescimento da 
altura, ganho de peso e desenvolvimento psicológico. A 
alimentação inadequada nessa fase pode ocasionar déficits 
no desenvolvimento físico e cerebral. 
 Devido às deficiências crônicas de vitaminas e 
minerais (principalmente ferro, vitamina A e iodo), cerca de 
1/3 das pessoas não atinge seu potencial em 
desenvolvimento intelectual e de crescimento. Quando 
graves, essas deficiências podem resultar em cretinismo, 
cegueira, anemia, comprometimento do desenvolvimento 
imunológico, dentre outras doenças e incapacidades. 
 O que comemos e bebemos não é uma escolha 
individual. A pobreza, a falta de acesso à informação, a falta 
de acesso a alimentos de qualidade - dentre outros fatores - 
restringem a opção por uma alimentação adequada. Os 
hábitos e preferências alimentares são baseados em 
questões sociais e familiares, que se pautam principalmente 
pelo sistema de produção de alimentos. 
 O incentivo a uma alimentação saudável deve ser 
baseada em práticas que remetam à significação social e 
cultural dos alimentos. A ênfase deve ser dada aos alimentos 
e não aos nutrientes, pois, apesar de sua importância, esses 
alimentos não podem ser resumidos a eles. 
 O caminho de uma alimentação saudável passa então 
pelo resgate de práticas e valores alimentares referenciados 
pela comunidade, assim como o estímulo a produção e 
consumo de alimentos regionais. É necessário estabelecer 
um diálogo entre o saber popular e o saber técnico, 
rompendo o modelo de intervenção que visa à transmissão 
de normas. Esse diálogo deve aprofundar o entendimento 
dos processos que determinam os nossos hábitos 
alimentares a fim de possibilitar transformações concretas. 
9 
29 
 As pesquisas comprovam que mais do que o acesso à 
informação, são as vivências de experiências positivas os 
fatores de sucesso para o estabelecimento de hábitos 
saudáveis, quando o acesso ao alimento está garantido. 
 
 A responsabilidade compartilhada entre os diversos 
atores sociais envolvidos com a alimentação escolar é o 
caminho para a construção de modos de vida que tenham 
como objetivo central a promoção da saúde. 
 
 
 
Interações da alimentação saudável 
 
 
Método: FESTIVAL DA COLHEITA 
 
Desenvolvimento 
 
A escola poderá convidar as famílias para participarem do momento 
simbólico da primeira colheita. As crianças serão responsáveis por 
apresentar o projeto, suas etapas e objetivos. Dependendo da 
situação específica pode-se preparar algum prato com os produtos 
colhidos para que todos possam provar ou cada família leva uma 
pequena amostra dos produtos colhidos para sua casa. 
 
Método: PREPARANDO O CARDÁPIO DA MERENDA ESCOLAR 
 
Desenvolvimento 
 
A partir do momento que os produtos cultivados comecem a estar 
prontos para a colheita cada turma pode ficar responsável por 
preparar o cardápio semanal da merenda incluindo os produtos 
disponíveis. Nesta atividade além do resgate de receitas locais, os 
conceitos da Pirâmide Alimentar poderão ser reforçados e 
implementados. 
 
Método: COZINHA EXPERIMENTAL NA ESCOLA 
 
Desenvolvimento 
 
A pesquisa de receitas de preparações de hortaliças é outra atividade feita 
com as crianças para estimular a adoção de hábitos alimentares e estilos de 
vida saudáveis. Após o dia da colheita, as crianças trazem de casa uma 
receita com as hortaliças colhidas neste dia. Em seguida, o professor faz 
um concurso na sala para escolher com as crianças, a melhor receita para 
ser preparada e saboreada pela turma. Nessa atividade, o professor aborda 
todos os passos para o cultivo da hortaliça. 
 
 
10 
27 
Método: PLANEJANDO E ADMINISTRANDO UMA HORTA 
 
Desenvolvimento 
 
Cada turma se responsabiliza por um canteiro da horta. Em seguida, 
o professor orienta as crianças sobre plantio, formação de mudas, 
espaçamento entre as covas, irrigação, além de colheita e 
conservação das hortaliças para o consumo. O professor 
supervisiona os alunos em todos os passos. Tudo isso motiva as 
crianças a cuidar de seu canteiro, administrá-lo para que as 
hortaliças cresçam e estejam apropriadas para o consumo. Além 
disso, essa experiência reforça as qualidades de organização, 
planejamento, responsabilidade e o processo de promoção de saúde 
através da alimentação saudável. 
 
 
Método: APLICANDO CIÊNCIAS E SAÚDE NO DIA-A-DIA DA 
HORTA 
 
Desenvolvimento 
 
Um dos conceitos mais aplicados em ciências é o da cadeia alimentar. 
Por isso, o professor pode utilizar esse conceito e relacionar o papel 
da horta com o fornecimento de nutrientes do solo para as 
hortaliças e, posteriormente, o consumo das hortaliças fundamentais 
para a nutrição do ser humano. O professor divide a turma em 
grupos de trabalhos e determina que cada grupo seja responsável 
por explorar as qualidades nutricionais das hortaliças cultivadas, ao 
mesmo tempo, a criança é motivada a se alimentar da hortaliça para 
garantir os nutrientes ao seu corpo. Outro aspecto importante de 
ser discutido nesta atividade são os conceitos de variedade, 
combinação e moderação contidos na Pirâmide dos Alimentos. 
 
 
 
A importância da escola no processo de aquisição dos 
hábitos alimentares saudáveis 
 
Ah! Ah! – pois o A, com a sua cartolinha bicuda, 
parece o chefe do batalhão. 
Pára na frente de todas as letras 
e grita: A... A... A... A... Atenção! 
 
Atenção! – que digo: Acorda, menino, 
vamos ser Alegre, vamos ser Ativo, 
eu te dou o Ar pra respiração, 
eu te dou a Água, eu te dou as Árvores 
e todas as belas 
frutas Amarelas, 
trago-te Apetite e Alimentação! 
 
Venho dançando na frente do Almoço, 
carregando Alface tão fina e tão fresca 
que todos me pedem: “Quero uma porção!” [...] 
 
Cecília Meireles e Josué de Castro. 
A festa das Letras. Editora Antares, 1996 
 
 A promoção de saúde na escola se divide em três áreas de 
atuação: 
1) Educação em saúde: pode ser efetivado através da 
inclusão do tema ao currículo, o desenvolvimento de 
materiais educativos e a capacitação de docentes; 
 
2) Serviços de saúde e alimentação: serviços de saúde 
baseados nos aspectos preventivos, com execução de 
exames periódicos para os escolares; o fornecimento da 
merenda escolar e a formação de hortas escolares; 
 
3) Ambientessaudáveis: é necessário assegurar 
condições adequadas do espaço físico escolar, a fim de 
promover bem estar às pessoas, buscar assegurar aos 
alunos habilidades para a vida, dotando-os de 
capacidade para analisar os fenômenos comunitários e 
estimular a prática de atividade física na escola. 
26 11 
 
 A escola possui os atributos necessários para promover 
a educação em saúde: o PNAE proporciona uma realidade 
concreta para realizar uma proposta pedagógica em 
educação alimentar e nutricional; pelo ambiente escolar 
transitam inúmeros atores sociais – alunos, familiares, 
funcionários técnico-administrativos, profissionais de saúde – 
o que proporciona uma atuação em conjunto. 
 
 O PNAE e suas potencialidades não têm sido explorados 
amplamente no processo educativo. Muitos o consideram 
apenas na sua dimensão assistencial, com objetivo de 
suplementação alimentar para alunos carentes. Isso 
obscurece as possibilidades educativas e dificulta o pensar e 
executar atividades que permitiriam a produção de 
conhecimentos significativos à realidade do aluno. 
 Os desafios lançados para a escola e os docentes se 
pautam em dois aspectos: 
 
1 - Aprimoramento da formação técnica dos docentes 
sobre o tema; 
 
2 - Construção de um projeto pedagógico que sirva 
como instrumento para o educador formar cidadãos. 
 
 
 
Ideias para promover a alimentação saudável na escola 
 
 Discuta o cardápio do dia da alimentação escolar com os 
alunos quanto à composição e os benefícios para a saúde, 
além da origem daqueles alimentos, formas e tipos de 
produção. Uma forma de mudar a relação do aluno com o 
alimento é convidar a merendeira para falar sobre as formas 
de preparo do alimento, além do nutricionista. Explore as 
possibilidades! 
 
A horta escolar como eixo gerador de dinâmicas 
comunitárias, educação ambiental, alimentação saudável 
e sustentável 
 
 A horta serve como base de referências para inúmeras 
atividades didáticas, além de proporcionar uma grande 
variedade de alimentos a baixo custo para a merenda 
escolar. Com o auxílio da horta, o professor pode relacionar 
diferentes conteúdos e colocar em prática a 
interdisciplinaridade. As atividades também asseguram que a 
criança e a escola resgatem a cultura alimentar brasileira e, 
consequentemente, estilos de vida mais saudáveis. 
 
A horta como recurso pedagógico 
 
 A seguir, estão apresentados exemplos de como a horta 
pode ser utilizada como recurso pedagógico. Para mais 
informações consulte o material: Hortas - manual para as 
escolas (IRALA et al, 2001). 
 
 
25 
12 
A rotulagem nutricional obrigatória pode ser visualizada 
no infográfico seguinte: 
 
 
 A Lei nº 11.974/2009 refere no Art. 2º, parágrafo II - A 
inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de 
ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, 
abordando o tema alimentação e nutrição e o 
desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na 
perspectiva da segurança alimentar e nutricional. 
 
 Porém, como fazer? Para início, é necessário delimitar 
alguns passos. 
 
A educação alimentar e nutricional necessita ser: 
 
· Pedagogicamente estruturada (dialogal, 
significativa, problematizadora, transversal ao 
currículo escolar, lúdica, que cultive a construção 
de cidadania); 
· Adequada à realidade local; 
· Sustentável; 
· Integrada; 
 
 O conjunto de ações formativas devem ter por objetivo 
estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas 
alimentares saudáveis! 
 
 O fluxograma a seguir mostra alguns fatores que levam a 
inadequação de hábitos alimentares dos escolares. É uma 
forma útil de problematizar os principais entraves para o 
asseguramento de bons hábitos alimentares e planejar as 
ações em educação alimentar e nutricional. Pode ser utilizado 
para construir o diagnóstico a nível local, do município ou da 
escola. 
 
 
 
 
 
24 
13 
 
Fluxograma de inadequação de hábitos alimentares nos escolares 
 
Alimentos e porções dos grupos alimentares 
 
 
Aprendendo e ensinando a ler os rótulos nutricionais dos 
alimentos 
 
A Rotulagem Nutricional garante o direito à informação do 
cidadão-consumidor ao auxiliá-lo na escolha e consumo de 
alimentos saudáveis. Os fabricantes devem indicar sempre uma 
porção equivalente ao grupo alimentar ao que o produto 
pertence. 
 
14 23 
 Sugestões de porções para compor a alimentação de 
crianças saudáveis em idade escolar (de 7 a 10 anos) durante 
um dia, baseadas na Pirâmide Alimentar, com 2000 kcal. 
 
 
Grupo de alimentos 
Número 
de 
porções* 
Valor 
energético 
médio por 
porção** 
Pães, cereais, raízes, 
tubérculos e seus 
derivados 
6 150 kcal 
Leguminosas 1 150 kcal 
Verduras, hortaliças e 
conservas vegetais 
4 30 kcal 
Frutas e sucos 3 70 kcal 
Leite e derivados 3 125 kcal 
Carne o ovos 2 125 
Óleos e gorduras e 
sementes oleaginosas 
1 100 
Açúcares e produtos 
que fornecem energia 
provenientes de 
carboidratos e 
gorduras 
2 100 kcal 
FONTE: *SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2006; **BRASIL, 2005 
 
 Para auxiliar na seleção e consumo de alimentos, os 
rótulos dos alimentos indicam a informação nutricional dos 
alimentos, com as porções em medidas caseiras. 
 A Tabela a seguir apresenta alguns exemplos de 
alimentos que representam uma porção de cada grupo da 
Pirâmide. 
 
 
 
 
 
 
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 A Portaria nº 1010 estabelece 10 passos essenciais para promover a 
alimentação saudável nas escolas. A seguir algumas idéias para o alcance 
desses passos: 
 
1º Passo: A escola deve definir estratégias, em conjunto com a 
comunidade escolar, para favorecer escolhas saudáveis. 
· Sensibilizar a comunidade escolar e professores em relação à 
importância da alimentação para a educação; 
· Realizar e divulgar avaliação do estado nutricional dos escolares; 
· Valorizar os profissionais envolvidos com o PNAE, especialmente as 
merendeiras; 
 
2º Passo: Reforçar a abordagem de promoção de saúde e da alimentação 
saudável nas atividades curriculares da escola. 
· Estimular o conhecimento e aplicações do Guia Alimentar para a 
população brasileira; 
· Realizar educação continuada para professores sobre o tema 
alimentação e nutrição; 
 
3º Passo: Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos 
para a alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua co-
responsabilidade e a importância de sua participação neste processo. 
· Inserir o tema alimentação e nutrição na reunião de pais e 
mestres; 
· Fortalecer o Conselho de Alimentação Escolar; 
· Fortalecer parcerias com a Estratégia de Saúde da Família; 
 
4º Passo: Sensibilizar e capacitar profissionais envolvidos com 
alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais 
saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de refeições 
às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de 
água potável. 
· Estimular a elaboração de Manual de Boas Práticas pelo 
nutricionista; 
· Capacitar merendeiras; 
· Estimular a fiscalização das unidades de alimentação e nutrição 
escolares por intermédio do CAE; 
 
5º Passo: Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de 
alimentos ricos em gordura, açúcares e sal. 
· Trabalhar a composição dos alimentos, rotulados ou não, e suas 
conseqüências sobre a saúde; 
 
Pirâmide de alimentos para crianças de 7 a 10 anos 
 
 
FONTE: PHILIPPI, Sonia T., 2000, citado por IRALA et al, 2001 
 
 
 
 
 
15 
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Grupo do Leite e derivados, Carnes e ovos (parte 
intermediária da pirâmide) 
 
Todos os alimentos são ricos no nutriente chamado 
proteína. Ela faz parte da composição dos tecidos celulares, 
sendo fundamental no crescimentoe manutenção da pele, 
dos ossos, do cabelo, das unhas, etc. 
 
Exemplos de alimentos desse grupo são leite, queijo 
(mussarela, prato, ricota, etc.), iogurtes, carne bovina, aves, 
peixes, ovos, feijão, ervilha e amendoim. 
 
Além disso, os leites e derivados também são ricos em 
cálcio, um dos responsáveis pela formação dos ossos. 
 
Grupo dos açúcares e gorduras (topo da pirâmide) 
 
Os alimentos desse grupo como chocolate e sorvetes são 
ricos em açúcar, também chamado de carboidrato simples. 
 
A margarina, óleos vegetais e gordura animal (manteiga, 
banhas) também fazem parte deste grupo alimentar por 
serem ricos em gordura e devem ser consumidos em menor 
quantidade em relação aos outros grupos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6º Passo: Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na 
escola. 
· Estimular a criação de hortas comunitárias; 
· Adequar o tipo de refeição ao horário de distribuição; 
· Realizar oficinas culinárias e concurso de receitas com os escolares 
 
7º Passo: Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e 
verduras, com ênfase nos alimentos regionais. 
· Adequar o cardápio para incluir ampla variedade de frutas, legumes e 
verduras; 
· Trabalhar a origem e composição das frutas, legumes e verduras e 
conseqüências do consumo para a saúde; 
· Estimular formação de hortas; 
· Incentivar o consumo de produtos horti-fruti locais e regionais; 
 
8º Passo: Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação 
de opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas 
escolhas. 
· Elaboração de cartazes feitos pelas crianças; 
· Garantir o conhecimento, pelas crianças, das etapas de produção dos 
alimentos ofertados na alimentação escolar; 
 
9º Passo: Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras 
escolas, trocando informações e vivências. 
· Realizar fóruns de discussão entre as escolas; 
· Divulgar experiências exitosas em sites de órgãos públicos; 
· Aproveitar a semana mundial da alimentação para realizar 
trabalhos e oficinas sobre o tema; 
 
10º Passo: Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos 
alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado 
nutricional dos escolares, com ênfase em ações de diagnóstico, 
prevenção e controle dos distúrbios nutricionais. 
· Avaliar o estado nutricional, consumo dos escolares e da comunidade 
escolar periodicamente; 
· Manter programa de educação nutricional permanente e contínuo; 
· Fomentar projetos de atividade física e alimentação saudável dentro do 
ambiente escolar; 
20 17 
Recomendações para concretização de uma alimentação 
saudável para escolares 
 
 As proibições ou limitações impostas devem ser evitadas, 
a não ser que façam parte de orientações individualizadas e 
particularizadas do aconselhamento nutricional de pessoas 
portadoras de doenças ou distúrbios nutricionais específicos. 
 
 Por outro lado, supervalorizar determinados alimentos em 
função de suas características nutricionais não deve constituir 
a prática da promoção da alimentação saudável. Ou seja, os 
alimentos não devem ser classificados em “saudáveis” ou 
“ruins” para a saúde. Devemos olhar o contexto integral da 
alimentação. 
 
 As pessoas não se alimentam de nutrientes, mas de 
alimentos, com cheiro, cor, textura e sabor; portanto as 
diretrizes da alimentação saudável são baseadas em 
alimentos e, consideradas no seu conjunto, abarcam um plano 
alimentar completo. 
 
 Os guias alimentares são instrumentos informativos sobre 
a seleção, forma e quantidade de alimentos a ser consumidos 
e podem auxiliar na orientação nutricional e alimentar. 
 
 Normalmente são expressos na forma de ícones e a 
pirâmide alimentar é a mais conhecida no Brasil. Ela expressa 
o número de porções de cada grupo alimentar que cada 
pessoa - segundo sua idade, peso e altura - deve ingerir. 
 
 A pirâmide de alimentos deve ser utilizada como uma 
ferramenta de auxílio para a promoção de práticas alimentares 
saudáveis. Pode ser construída com os alimentos produzidos 
localmente e de acordo com sua sazonalidade. 
 
 
A pirâmide alimentar e os grupos de alimentos 
 
 A Pirâmide dos Alimentos ilustra grupos de alimentos. 
Na sua essência estão implícitos os três princípios da 
alimentação saudável: 
 
· Variedade: utilização de diversos tipos de alimentos 
durante as estações do ano, dia e durante cada uma das 
refeições. 
· Moderação: cada grupo de alimento deve ser 
consumido em determinada quantidade, para que se 
evite carências nutricionais por excesso ou deficiência. 
· Equilíbrio: reúne os conceitos de variedade e 
moderação, respeitando a utilização de vários alimentos 
em quantidades adequadas à cada pessoa. 
 
 Abaixo, os grupos das pirâmides são apresentados: 
 
Grupo dos cereais, massas, tubérculos e raízes (base da 
pirâmide) 
 
 Esse grupo se constitui de arroz, milho, mandioca, 
biscoitos salgados, batata, etc. Fornecem um nutriente 
chamado de Carboidrato complexo. 
 
Grupos das hortaliças e frutas (parte intermediária da 
pirâmide) 
 
 Os alimentos que fazem parte desse grupo são todas as 
frutas e hortaliças (verduras e legumes) como, por exemplo, 
cenoura, maçã, banana, mamão, entre outros. É importante 
variar as cores destes alimentos, para assegurar a ingestão 
de ampla variedade de vitaminas e minerais. 
 
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