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PROTEÍNAS: ESTRUTURA E FUNÇÃO FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli PROTEÍNAS Componente mais abundante da maioria das células (não considerando a água). “Protelos”: palavra grega que significa principal. estrutural, regulação e equilíbrio hídrico, tampões para o equilíbrio ácido-base, transporte, troca gasosa, coagulação sanguínea, defesa, movimento, enzimática, nutriente, receptora, hormonal, mediador químico. PROTEÍNAS: FUNÇÃO Proteus, Old Man of the Sea, mosaico do período Romano (Museu Nacional de Arqueologia, Atenas) polímeros lineares de aminoácidos (20 tipos) aminoácido (aa): unidade básica das proteínas. PROTEÍNAS LIGAÇÃO PEPTÍDICA Caráter parcial de dupla ligação CLASSIFICAÇÃO PEPTÍDICA peptídeo: polímeros curtos de aminoácidos (aas) dipeptídeo: dois resíduos de aas tripeptídeo: três resíduos de aas oligopeptídeos: 12 a 20 resíduos de aas. polipeptídeos: mais de 20 resíduos de aas Proteínas: compostos formados por uma ou mais cadeias polipeptídicas NÍVEIS ESTRUTURAIS PROTÉICOS a estrutura tridimensional das proteínas é bastante complexa FORMA PROTEÍNA → DETERMINA FUNÇÃO definida em vários níveis estruturais: estrutura primária estrutura secundária estrutura terciária estrutura quaternária ESTRUTURA PRIMÁRIA corresponde à seqüência de aas na cadeia polipeptídica é determinada geneticamente por convenção, a seqüência de aas é escrita da extremidade amino-terminal para a carboxi-terminal: NH3+-Ala-Gly-Ser-COO- NH3+-Ser-Gly-Ala-COO- ESTRUTURA SECUNDÁRIA corresponde ao primeiro dobramento sofrido pela estrutura primária estruturas regulares tridimensionais são estabelecidas, e duas delas são particularmente estáveis: -hélice folha -pregueada manutenção da estrutura: pontes de hidrogênio entre o C=O e o N-H da ligação peptídica -HÉLICE dobramento da cadeia em torno de um eixo mantida por pontes de hidrogênio entre uma unidade peptídica e a quarta subseqüente -HÉLICE -HÉLICE cadeias laterais dos aas: projetadas para fora da hélice e não participam das pontes de H certas seqüências de aas impedem formação de - hélice: aas adjacentes de mesma carga (ex. polilisina) prolina: não tem H livre no grupo amino, logo não faz ponte de H. FOLHA -PREGUEADA interação lateral de segmentos de uma cadeia polipeptídica conformação em “sanfona” ESTRUTURA TERCIÁRIA Dobramento final da cadeia polipeptídica por interação entre regiões com estrutura regular ou de regiões sem estrutura definida neste nível há participação das cadeias laterais dos aas na manutenção da estrutura por 4 tipos de ligações: pontes de H interação hidrofóbica ligação iônica pontes dissulfeto ESTRUTURA TERCIÁRIA ESTRUTURA QUATERNÁRIA Associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades) para compor uma proteína funcional Mantida por ligações não-covalentes entre as subunidades Subunidades podem ser iguais ou diferentes entre si. Hemoglobina: proteína tetramérica (duas subunidades e duas, ) “FOLDING” PROTÉICO CHAPERONINAS: Proteínas especializadas que auxiliam no enovelamento da cadeia polipeptídica Ribonuclease A (pâncreas bovino) ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS Podem ocorrer 3 tipos básicos de alterações protéicas: Desnaturação Renaturação Substituição de Aminoácidos DESNATURAÇÃO PROTÉICA Dobramento original da proteína: estrutura nativa. Alterações físicas e/ou químicas do meio podem afetar a estrutura espacial, podendo acarretar perda de função. DESNATURAÇÃO = destruição da estrutura nativa perda dos níveis estruturais secundário, terciário e quaternário DESNATURAÇÃO PROTÉICA Fatores que provocam a desnaturação: aquecimento extremos de pH adição de compostos capazes de formar pontes de H (ex. uréia) detergentes e sabões agentes redutores A desnaturação pode ser irreversível RENATURAÇÃO PROTÉICA Após a retirada do agente desnaturante, algumas proteínas reassumem a forma nativa Velocidade de renaturação “in vitro” é menor que “in vivo”. SUBSTITUIÇÃO DE AAS A substituição de um único aminoácido na estrutura primária pode ocasionar perda de função Exemplo: Anemia falciforme cadeia da hemoglobina: alteração de Glu por Val leva à agregação das proteínas por interações hidrofóbicas através dos resíduos de valina. Agregados precipitam nas hemáceas que adquirem formato de foice. Quanto a Composição: Proteínas Simples: hidrólise libera apenas aas Proteínas Conjugadas: hidrólise libera aas mais um radical não peptídico, denominado GRUPO PROSTÉTICO. Ex: Metaloproteínas, hemeproteínas, Lipoproteínas, Glicoproteína, etc. CLASSIFICAÇÃO PROTÉICA Numa aproximação global as proteínas podem ser classificadas de acordo com a forma e solubilidade em 3 classes: Proteínas globulares Proteínas fibrosas Proteínas de membrana CLASSIFICAÇÃO PROTÉICA PROTEÍNAS GLOBULARES estrutura esférica, solúvel em água. desempenham funções dinâmicas na célula: enzimas, proteínas de transporte, de defesa, receptoras, etc PROTEÍNAS FIBROSAS estrutura linear relativamente simples e, geralmente, insolúveis em água. papel basicamente estrutural nos sistemas biológicos. Formadas pela associação de módulos repetitivos. Componente fundamental → cadeias longas com estrutura secundária regular: -hélice: -queratinas folha -pregueada: -queratinas, fibroína hélice tripla: colágeno PROTEÍNAS FIBROSAS: QUERATINAS mecanicamente duráveis e quimicamente pouco reativas principal componente da camada epidérmica (85%) cabelo, unha, chifres, cornos, lã, cascos, penas,fios de seda, etc PROTEÍNAS FIBROSAS: QUERATINAS -queratinas: ocorrem nos mamíferos 2 ou 3 cadeias em -hélice associam-se lateralmente, formando cabos helicoidais que, reunidos, formam fibrilas, e estas, fibras rica em resíduos de cisteína (pontes dissulfeto) grau de ondulação e de sedosidade depende do conteúdo de pontes dissulfeto. PROTEÍNAS FIBROSAS: QUERATINAS e FIBROÍNA -queratinas: produzidas por aves e répteis associação lateral de folhas -pregueadas Fibroína: produzidas por insetos e aracnídeos fios de seda (contém sericina=proteína amorfa) PROTEÍNAS FIBROSAS: COLÁGENO Ocorre em todos os animais pluricelulares Proteína extracelular organizada em fibras de grande força de tensão componente de tecidos conectivos (ossos, dentes, cartilagem, tendões, ligamentos, matriz fibrosa da pele, vasos sanguíneos) mamíferos: 30 cadeias polipeptídicas distintas organizadas em 16 tipos de colágeno PROTEÍNAS FIBROSAS: COLÁGENO Composição de aas: 1/3: glicina 15-30%: prolina 15-30%: hidroxiprolina Hidroxiprolina confere estabilidade. O colágeno “empacotado” e rígido é uma estrutura em hélice tripla, o tropócolágeno. PROTEÍNAS FIBROSAS: COLÁGENO Associação de móleculas de tropocolágeno formam as fibrilas que associadas, dão origem às fibras de colágeno. Ligações covalentes entre as fibrilas estabilizam a estrutura: enzima lisiloxidase liga resíduos de Lys a Hysgrau de ligações covalentes aumenta com o tempo altas temperaturas: desnaturação do colágeno (gelatina) PROTEÍNAS DE MEMBRANA são encontradas em associação com os vários tipos de membrana das células. BIBLIOGRAFIA Lehninger, AL, Nelson, DL & Cox, MM Princípios de Bioquímica. 2000. 3ª Edição. Editora Sarvier, São Paulo, Brasil. Voet, D & Voet, JG Biochemistry.1995. 2nd edition. John Wiley & Sons, Inc. New York, USA. Garret & Grisham. Biochemistry. http://www.web.virginia.edu/Heidi/home.htm
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