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Conceitos de Cristalografia – Índices de Miller e Complexidades da estrutura Cristalina Prof. Msc Yuri Ribeiro Cristalografia e Mineralogia Isoestruturalismo Cristais em que os centros dos átomos constituintes ocupam posições geometricamente similares, independentemente do tamanho dos átomos ou das dimensões absolutas da estrutura, pertencem ao mesmo tipo de estrutura. Por exemplo, todos os cristais isométricos em que houver o mesmo número de cátions e de ânions em coordenação 6 pertencem ao tipo de estrutura do NaCI (halita). Alguns deles são: KCl, silvita; MgO, periclásio; PbS, galena; MnS, alabandita; AgCl, clorargirita; e TiN, osbornita. Ex: Enxofres (S) ocorrem com coordenação tetraédricas em esfalerita, ZnS. A calcopirita, CuFeS2, tem uma estrutura que derivada da estrutura da esfalerita, substituindo regularmente os íons de Cu e Fe por Zn na esfalerita. Sistema ortorrômbico (a≠b≠c e α=β=γ=90º). Dureza 3,5 a 4,5. Densidade 3. Brilho vítreo e resinoso. Sistema romboédrico (a=b=c e α=β=γ≠90º). Dureza 3. Densidade 2,8. Brilho vítreo e nacarado. Fonte: rochasmineraisgemasfosseis.blogspot.com Fonte:http://www.climber.org/reports/2004/1313.html Quando dois minerais têm a mesma fórmula química mas diferentes estruturas, são denominados polimorfos. -relação dos raios está próxima a valores-limite, o cátion pode ocorrer em estruturas pertencentes a dois diferentes poliedros de coordenação. Ex:CaC03, Ca:O tem uma relação dos raios de 0,714, próximo ao valor-limite de 0,732 entre coordenação 6 e 8. Consequentemente, o Ca pode ocorrer em dois tipos de estrutura. Polimorfismo Complexidades estruturais e defeitos •Em quase todas as avaliações estruturais de material cristalino, é assumido que existe ordem repetitiva, periódica. Técnicas analíticas: microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia eletrônica de transmissão (MET) e análise por microssonda eletrônica (ME). Análises por difração de raios X (DRX) e fluorescência de raios X (FRX) Entretanto, estudos especializados demonstraram que na escala atômica os defeitos estruturais (ou imperfeições) são comuns em estruturas tridimensionais. Tais imperfeições afetam a taxa de crescimento, a morfologia do cristal e as propriedades básicas dos materiais cristalinos tais como: -resistência, -condutividade, -deformação mecânica -e cor. Defeitos em Cristais Não existe cristal perfeito. Tipos de defeitos: Pontuais (Defeito de Schottky, defeito de Frenkel e Impureza) Lineares (Discordância de Borda e Helicoidal) Planares (Estrutura de linhagem e falha de empilhamento) Cristal Perfeito a) Defeitos pontuais • Estes buracos e lacunas na estrutura cristalina são defeitos que não afetam a estequiometria do mineral. • Impureza são geralmente pequenas (parte por milhão), não modifica a composição (Klein & Dutrow, 2012) Cor pode ser um efeito de impureza em minerais. b) Defeitos lineares: Discordância de borda Planos de deslizamento: a presença de defeitos lineares permite que um cristal deforme-se sob tensão, pelo deslizamento desses efeitos lineares em uma escala atômica ao longo da estrutura. Discordância helicoidal c) Defeitos planares: estruturas de linhagem Essas zonas (ou linhas) são feições planas irregulares ao longo das quais íons (ou átomos) têm um ambiente estrutural irregular. As estruturas no outro lado de tais linhagens são levemente mal orientadas entre si. c) Defeitos planares falha de empilhamento: uma sequência regular de camadas (por exemplo, ao longo de eixo c de uma estrutura) é interrompida por uma camada impropriamente posicionada. Exemplos disso são as sequências de íons (ou átomos) em um empacotamento hexagonal (AB, AB, AB, ... ) interrompido por uma camada de empacotamento cúbico mais denso (ABC, ABC, ABC, .. .) Plano de simetria de cristais gêmeos: Geminação Sob certas condições de crescimento, dois ou mais cristais podem formar um crescimento ordenado e simétrico. Tais intercrescímentos cristalograficamente controlados são chamados de macla. Uma macla é um intercrescimento simétrico de dois ou mais cristais da mesma substância. Estaurolita apresentando cristais bem formados e com a cruz de 90 graus. Fonte: Luiz Menezes http:/ / ciencias-geologia.blogspot.com .br/ 2013/ 05/ cristal.htm l Plano de contorno de grão: Vários núcleos sólidos surgem no interior do líquido, estes núcleos crescem e se juntam, formando nestas "juntas", uma região conhecida como contorno de grão. Direções cristalográficas: São expressos por 3 nos inteiros com a mesma relação de um vetor naquela direção. A direção da diagonal em sistema tipo paralelepípedo tem as componentes 1a, 1b, 1c, ou seja: [111] Definição de Planos e Direções Cristalográficas • Os índices de uma face são sempre atribuídos para que os três números (quatro no sistema hexagonal) refiram-se respectivamente aos eixos a, b e c, e, portanto, as letras que indicam os eixos são omitidas. • Face paralela a um eixo coordenado, o respectivo índice será igual a zero; face que intercepte um eixo coordenado na parte negativa deste, o respectivo índice de Miller receberá um traço sublinhando-o na parte superior. No caso de uma face unitária (ou fundamental) o símbolo será (1,1,1). O índice de Miller para uma face (ou outro plano principal do cristal) é anotado entre parênteses, ou seja: FAMÍLIA DE PLANOS {111} Intercepta os 3 eixos FAMÍLIA DE PLANOS {110} É paralelo à um eixo Exercício: Preencha os índices de Miller para as respectivas faces do poliedro. 011 010 Exercício: Preencha os índices de Miller para as respectivas faces do poliedro. 110 100 101 111 001 Exercício: Preencha os índices de Miller para as respectivas faces do octaedro. Face de trás Face de trás Face de trás Face de trás Exercício: Preencha os índices de Miller para as respectivas faces. Face de trás Face de trás 111 111 111 111 111 - - -- -- Face de trás Face de trás - - 111 111 --- Capítulo 4 ASPECTOS DAS ESTRUTURAS DOS CRISTAIS e Capítulo 6 CRISTALOGRAFIA: A SIMETRIA EXTERNA DOS MINERAIS 135 Livro: KLEIN, C. & DUTROW, B. Manual de Ciência dos Minerais. 23. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. Capítulo – Capítulo – 2 Cristalografia Morfológica e 3 Cristalografia Estrutural Livro: Marek Chvátal. Cristalografia - Mineralogia para Principiantes. 2007. Leitura
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