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Biofísica da circulação Simone Garcia Macambira UFBA 2014 Evolução Seres unicelulares Seres pluricelulares Células isoladas Difusão sem circulação Células reunidas (tecidos) Difusão com circulação Organismos complexos Aparelho cardiovascular Homeortemia Trocas gasosas Arquitetura do sistema cardiovascular – necessidade de trocas rápidas de O2, CO2, nutrientes e metabólitos. ↑↑Volume de sangue / volume de células = composição constante a despeito das trocas ↑↑[O2] = rápida difusão Hemoglobina Evolução Requerimentos • Meio extracelular amplo • Proximidade MExtc-MIntc • Sangue contínuo • Fluxo sanguíneo intenso e lento • Baixa pressão periférica Estabilidde de composição Facilidade de intercâmbio Renovação de nutrientes Tempo adequado a trocas Integridade celular Sistema cardiovscular Organização • Coração bomba central • Artérias – vias centrífugas • Capilares – zonas de trocas • Veias – vias centrípetas • Vasos linfáticos - auxiliares Problemas Sistema cardiovscular Sangue ejetado em pequenos volumes pulsáteis nas artérias. Grande distância: Células - Coração ↑Fluxo ↑Velocidade ↑Pressão Soluções Dicotomização progressiva da árvore vascular ▼ Área de secção transversa ▼ Velocidade do fluxo sanguíneo. Afinamento da parede vascular: Artérias ▼ Capilares Arteríolas: ↑Resitência vascular periférica > Queda de pressão ↑∆P < distância de difusão Difusão rápida ↓ Pulsatilidade →Fluxo contínuo Primeiro desafio Distinguir velocidade e fluxo: • Velocidade = deslocamento/tempo → cm/seg • Fluxo = volume/tempo → cm3/seg Velocidade – V Fluxo - Q Conceitos: Velocidade e Fluxo 1 cm 5 cm (Q) cm3/s = (V)cm/s x (A) cm2 Área de secção transversa Fluxo Velocidade Q constante em todos os segmentos circulatórios. V é o parâmetro variável. Velocidade X Área Fluxo (Q) constante a despeito das variações na área de secção transversa (A). ▼ Ajustes na velocidade linear (V) CAPILARES (GRANDE ÁREA) VELOCIDADE BAIXA V a 1 A AUMENTO TROCA ENTRE SANGUE E TECIDOS. ÁREA DO VASO E VELOCIDADE DO SANGUE ORGANIZAÇÃO MORFO- FUNCIONAL DA CIRCULAÇÃO Velocidade vs Pressão Pressão lateral ou estática Componente dinâmico Pd ρ=1g/cm3 V=100cm/s Pressão total Pd = 5000dynes/cm2 = 3,8mmHg 1330dynes/cm2 = 1mmHg Pd = 20.000dynes/cm2 Pd = 15mmHg - Pd Um dos motivos para isto ser importante na clínica • Orientação da sonda de pressão. • Estenose – componente dinâmico relevante ↑ Velocidade do fluxo ↑Energia cinética ↓Pressão lateral En. Potencial ▼ En. Cinética Alteração no fluxo coronariano ▼ Reversão do fluxo Angina pectoris Esforço físico Registro de pressão na estenose aórtica Conversão de energia potencial em energia cinética. Perda de energia pelo atrito. Circulação Coronariana Apex LV anterior wall Anterior 2/3 V septum LV lalteral wall RV LV postero-basal wall Posterior 1/3 of V septum Fluxo, pressão e resistência Pressão – força sobre unidade de superfície Onda pressórica Flutuação periódica da força da coluna de sangue sobre a superfície vascular. Ciclo: 2 picos de pressão Fluxo pulsátil Leito vascular – propriedades elásticas não lineares Impedância Q = ∆P/R Poiseuille Século XIX – Comportamento dos líquidos em movimento Determinantes físicos do fluxo sanguíneo? • Líquidos newtonianos com fluxos laminares não pulsáteis em tubos rígidos de calibre constante. Ausência de variação do fluxo ao longo do tempo Relação entre Fluxo e Pressão P = h r g Fluxo é diretamente proporcional à diferença de pressão dos dois lados do sistema. Q a Pi- Po Relação entre Fluxo e Comprimento do tubo : Fluxo é inversamente proporcional ao tamanho do tubo. Q a 1 / L Relação entre Fluxo e Raio do tubo : Fluxo é diretamente proporcional ao raio do tubo (à quarta potência). Q a r 4 Relação entre Fluxo e Viscosidade do Líquido : Fluxo é inversamente proporcional à viscosidade do líquido. Q a 1 /h Propriedade do fluido determinante do fluxo h - tensão de cisalhamento/taxa de cisalhamento Fluidos newtonianos e não newtonianos Tensão de cisalhamento: Ƭ=F/A Taxa de cisalhamento:du/dy = U/Y F= força A = área U = velocidade do fluido Y = dsitância total Constante para fluidos newtonianos Não constante para fluidos não newtonianos Taxa de cisalhamento Velocidade que uma camada de líquido em relação às outras adjacentes. Propriedades do Sangue: Policitemia Vera Viscosidade do sangue varia em função do hematócrito e do diâmetro do vaso. Policitemia Vera (PV) Um dos motivos para isto ser importante na clínica Eritrocitose acompanhada de leucocitose e trombocitose 1ária – defeitos nas células tronco – elevação da massa de eritrócitos circulantes (RCM) 1ária – PV 2ária – estímulos fisiológicos ou patológicos - hipóxia, anemia, hemólise , sangramento intenso, inflamação, cirurgia + estado inflamatório), hipoesplenismo e deficiência de ferro. 3:100.000 – juventude e idosos - 65 anos Trombose, cefaléia, transtorno visual, confusão mental prurido pós-banho, função plaquetária normal. Com tratamento – doença crônica e progressiva Quimioterápico - leucocitose e trombocitose Anti-inflamatórios não-esteroidais - Aspirina. Hidroxiuréia LEI DE POISEUILLE Q= π ∆P r4/8 ηl • ∆P = 8ηl Q/πr4 • ∆P = P1- P2 • Q = fluxo • Resistênica hidráulica: R= ∆P /Q R=8ηl Q/πr4 X1/Q R= 8ηl/ πr4 Dimensões do tubo Características do fluido Resistência R = 8 h L p r4 Resistência vascular Grau de constrição do músculo liso vascular Pressão interna vascular Calibre do vaso ↑ Pressão transmural ►↑ calibre vascular ►↓ resistência Alterações na resistência vascular Sítio de maior queda de pressão interna: arteríolas ↓calibre ↑↑ resistência RELAÇÃO VOLUME x PRESSÃO : COMPLACÊNCIA • Volume de sangue: – Artérias: 25% – Capilares: 5% – Veias: 75% Contração cardíaca Pressão nas paredes arteriais Fluxo circulatório Distensibilidade Complacência X Fluxo Laminar Fluxo Turbulento NR = r.D.Vmed h NÚMERO DE REYNOLDS Nr = ρDv/η • ρ = densidade • D = diâmetro do vaso • v = velocidade média • η = viscosidade • Nr< 2000 fluxo laminar • Nr> 3000 fluxo turbilhonar ↑Diâmetro vascular ↑Velocidade ↓Viscosidade Turbulência Variações abruptas de dimensão vascular Irregularidades da parede vascular Fluxo Turbulento Anemias ( h) Estenoses ( calibre) Um dos motivos para isto ser importante na clínica Irregularidades da parede vascular Ruídos ↓Viscosidade ↑Débito cardíaco Trombos Cirurgia de valva cardíaca Prótese valvar Sopro cardíaco funcional Sopro cardíaco estrutural Obrigada
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