Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONCEITO: A dissolução é o procedimento de extinção da sociedade, que pode dissolver-se pelas razões previstas nos arts. 1.033 e 1.034, embora esse rol não seja taxativo, pois é possível que o contrato social preveja outras hipóteses de dissolução. 1) Dissolução Extrajudicial: a) Quando expirado o prazo de duração da sociedade sem que seja iniciada a liquidação: Expirado o prazo de duração da sociedade opera-se de pleno direito a sua dissolução. Os sócios podem alterar o contrato e levá-lo ao registro público competente, ampliando o período e vida da sociedade, mas devem fazê-lo até a data nele estabelecida, sob pena de extinção. O prazo determinado do contrato pode ser certo ou incerto, dependendo de haver previsão ou não da data de seu término ou sujeitar-se à realização de um objeto social específico. Existe a possibilidade de prorrogação por tempo indeterminado da duração da sociedade se, vencido o prazo fixado no contrato social, os sócios não se opuserem e deixarem de promoverem a sua liquidação (art. 1033, I, do CC). A liquidação da sociedade se faz através da investidura de um liquidante escolhido na forma do contrato social ou na sua falta, por deliberação dos sócios que se não o fizerem, e se nenhum sócio intentar a liquidação judicial, a sociedade prossegue em sua atividade. b) Consenso unânime ou deliberação por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado: Trata-se de dissolução consensual. Por distrato os sócios consentem na extinção da sociedade. Para a sociedade simples e para as personalíssimas é obrigatório o consenso unânime na hipótese da sociedade ter sido constituída por prazo determinado (CC, arts. 997, II, 999 e 1033, III). Para as sociedades limitadas constituídas por prazo determinado ou indeterminado a dissolução se obtém pelo voto de, no mínimo, ¾ do capital social (CC, arts. 1076, I e 1071, VI). Havendo consenso entre os sócios a única formalidade exigida para efetivar a dissolução é o arquivamento do distrato no órgão de registro público competente, por escritura pública ou particular. Não havendo consenso é possível que a dissolução venha exigir pronunciamento judicial, uma vez que os sócios que dessentiram poderão valer-se do recurso jurisdicional para evitar extinção da empresa ou para discutir a forma de liquidação e apuração se seus haveres. c) Falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180 dias: No intuito de preservar o exercício da empresa, a jurisprudência, há muito, construiu soluções que permitem o prosseguimento das atividades por certo período de tempo, visando a recomposição do numero mínimo de sócios. A solução judicial aplica-se, sobretudo nas hipóteses de perda da pluralidade por ausência ou morte de sócio, sem que o contrato viabilize o ingresso de herdeiros ou legatários. O Código Civil prevê a não dissolução se a sociedade por reconstituída no período de 180 dias, prazo este contado da ocorrência da perda da pluralidade. d) Extinção na forma da lei de autorização para funcionar: A causa de dissolução te origem na Administração Pública. Algumas sociedades, em razão de sua atividade – de maior interesse social, econômico ou em razão de segurança nacional – ou de sua origem dependem de autorização do poder executivo federal. Cassada a autorização ou extinta por decurso de prazo de concessão sem que tenha havido prorrogação essas sociedades deverão ser dissolvidas ou liquidadas. A hipótese, tratada pelo art. 1033, V do CC, pode ser completada pelos casos em que não apenas a autorização se extingue, mas naqueles nos quais o Poder Público determina a liquidação extrajudicial da sociedade, com ocorre, por exemplo, com as instituições financeiras ou as coligadas, que, incidindo em ocorrências que comprometam sua situação financeira e outras violação graves, são liquidadas administrativamente. 2) Dissolução Judicial: Prevê o Código Civil três causas para a dissolução judicial obrigatória: a) Decorrente de decisão de anulação de sua constituição social (art. 1034, I); b) Se exaurido o fim social ou verificada sua inexequibilidade (art. 1034, II); c) Por causas diversas previstas no contrato social que venham a ser contestadas em Juízo (art. 1035), que versam normalmente sobre objeto social, qualidade os sócios, interesses comuns etc; d) Falência – quando se constata a impossibilidade de pagamento de credores em razão de um desequilíbrio entre o ativo e o passivo da empresa. 3) Dissolução de sociedades na Lei de SA. Na sociedade de capitais a dissolução se dá, nos termos do art. 206 da LSA em três casos: Dissolução de pleno direito: ocorre pelo termino de prazo de duração; Dissolução judicial: nos casos previstos nos estatutos da empresa, respeitando-se a vontade dos acionistas; Por ato administrativo: decorrente da deliberação da assembléia geral dos acionistas Existe ainda a possibilidade da dissolução de uma SA caso ocorra a existência de um único acionista, se o mínimo de dois não for reconstituído até a realização da assembléia do ano seguinte e ainda a extinção por falta de autorização do Poder Público para funcionar.
Compartilhar