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Apostila metalografia VW

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QGC 
Escola Volkswagen 
 
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E n s a i o s M e t a l o g r á f i c o s 
 
 A metalografia surgiu através do trabalho pioneiro de Henry C. Sorby (1826 – 1908), tido como 
precursor da moderna metalografia, quando em 1863 observou pela primeira vez uma estrutura metálica ao 
microscópio. Desde então pode-se defini-la como o ramo da tecnologia que estuda a estrutura íntima dos metais e ligas 
metálicas, e a sua relação para com a sua composição química e as propriedades físicas e mecânicas. 
 São através deste exame claramente definidas várias características estruturais como sendo: tamanho 
do grão, forma e distribuição de fases secundárias e inclusões não metálicas, segregações e outras condições, todas as 
quais influenciam nas suas propriedades mecânicas e os tipos comportamentos de um metal. Pode-se determinar a 
história quase que completa do tratamento térmico e mecânico de um metal e também é possível predizer-se com 
considerável precisão o comportamento de um metal usado para uma finalidade específica. Um outro exemplo que 
podemos citar é quanto a um material laminado, que deverá ser examinado quanto a presença de segregações. Além 
destes dois exemplos poderíamos citar outros. 
 Pouco porém pode ser determinado observando as características estruturais de um metal sob um 
microscópio se a superfície a ser examinada não estiver preparada de acordo com os procedimentos corretos, para tanto 
apresentamos a seguir, as fases de preparação da amostra as quais dividiremos em: 
1. Análise preliminar 
2. Seccionamento ou corte 
3. Montagem / embutimento 
4. Lixamento 
5. Polimento 
6. Ataque químico 
7. Limpeza 
 
1- Análise preliminar: 
 Em qualquer hipótese é altamente prudente proceder a um exame detido da peça sob diversos pontos 
de vista, como o aspecto da fratura, a existência de marcas de pancadas, gripamentos, vestígios de soldas, azulamento 
por aquecimento, porosidade, rebarbas, trincas, polimentos locais, enferrujamento, corrosões, desgastes, marcas 
puncionadas, entortamentos, etc., antes de determinar cortes ou extração de amostras ou corpos de prova. A verificação 
posterior de fatos que deveriam ter sido notados antes de subdividir a peça, tornando-se às vezes dificílima ou mesmo 
impossível. 
 Quando o material ou peça é entregue a 
um laboratório de ensaios a fim de ser examinado para 
esclarecer alguma questão, o encarregado de estudar o 
assunto precisa, antes de tomar qualquer providência, 
inteirar-se bem do que o interessado deseja e qual o fim 
visado. O encarregado do ensaio não deve dar início a 
qualquer procedimento, sem antes discutir o assunto com o 
remetente, discutindo com o mesmo os métodos utilizados 
para o ensaio. 
QGC 
Escola Volkswagen 
 
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2- Seccionamento: 
 Cortar e realizar uma superfície plana e polida no corpo de prova. 
 A obtenção correta dos corpos de prova das amostras e decisiva para o sucesso de todo o exame. O 
corpo de prova deve traduzir as características do material a examinar. Em material laminado, por exemplo, que deverá 
ser examinado quanto a presença de segregações, não se escolherá uma secção transversal, mas sim uma longitudinal, 
pois apenas esta permitirá reconhecer toda a extensão das segregações. 
 Deve-se observar a possibilidade de uma descarbonetação, cementação, deformação a frio, 
recristalização etc. No caso de exame de defeitos é vantajoso tomar uma amostra de material são, como elemento de 
comparação. 
 A dureza do material determina o método de obtenção do corpo de prova. Materiais moles podem se 
serrados. Os cortes por tesoura são inadequados, devida a deformação a frio que introduzem no material. No caso de 
materiais quebradiços pode-se muitas vezes obter um corpo de prova por uma pancada. Materiais duros devem ser 
cortados no tamanho desejado em cortador de disco abrasivo, recomenda-se extremo cuidado nesta operação, pois 
usando-se velocidade de corte excessiva, sem um resfriamento adequado, o calor gerado pode produzir modificações na 
estrutura a qual se deseja estudar. 
 A tabela abaixo nos dá uma idéia da importância do cuidado com as temperaturas envolvidas no 
processo de preparação do corpo de prova para ensaio metalográfico. 
 
metal Início da 
recristalização oC 
metal Início da 
recristalização oC 
Chumbo 0 Ouro 200 
Estanho 0 Ferro 400 
Cádmio 10 Platina 450 
Zinco 10 Níquel 600 
Magnésio 150 Molibdênio 900 
Alumínio 200 Tântalo 1000 
Cobre 200 tungstênio 1200 
Prata 200 
 
 Um fator importante neste ponto é a escolha e localização da seção a ser estudada e como devemos 
cortar a peça , ou seja, qual a posição relativa em relação a peça deverá estar o corte, longitudinal ou transversalmente. 
 Aqui intervém o critério do operador, que será guiado em sua escolha pela forma da peça, pêlos dados 
que ele quer colher e por outras considerações. 
 
 Far-se-á de preferência um corte transversal, se o objetivo é verificar: 
 A natureza do material: aço, ferro fundido 
 Se a seção é inteiramente homogênea ou não 
 A forma e a intensidade da segregação 
 A posição, forma e dimensões das bolhas 
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Escola Volkswagen 
 
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 A forma e dimensão de vazios 
 Se a peça sofreu cementação, a profundidade e regularidade desta 
 A profundidade de têmpera 
 Se um tubo é inteiriço, caldeado ou soldado 
 Certos detalhes de soldas de chapa 
 No caso de ferramentas de corte, calcadas, a espessura e regularidade das camadas caldeadas 
 A regularidade e a profundidade de partes coquilhadas de ferro fundido 
 
 Um corte longitudinal será preferível quando se quer verificar: 
 Sem a peça é fundida, forjada ou laminada 
 Se a peça foi estampada ou torneada 
 A solda de barras 
 Como se processou um caldeamento de topo 
 Eventuais defeitos nas proximidades de fraturas 
 A extensão de tratamentos superficiais 
 
 
 
 Durante esta fase uma preocupação constante é quanto aos defeitos de operação da cortadeira 
metalográfica. 
 A cortadeira metalográfica de disco abrasivo é o aparelho mais indicado para o corte de peças e/ou 
amostras de pequenas dimensões. Entretanto, o despreparo na escolha do disco de corte pode resultar em danos 
irrecuperáveis na amostra. 
 As ocorrências de maior realce podem ser assim classificadas conforme a tabela abaixo: 
 
ocorrência causa sugestão 
 
Queima da amostra 
 
Super aquecimento 
Utilizar disco com baixa dureza 
Aumentar a refrigeração 
Aliviar a pressão de corte 
 
Resistência ao corte 
 
Desgaste lento do disco 
Oscilar a pressão de corte 
Reduzir a refrigeração 
Utilizar disco com baixa dureza 
 
Rápido consumo do disco 
Aglutinante do disco eliminado muito 
rapidamente 
Utilizar disco mais duro 
Aliviar pressão de corte 
Quebra freqüente do disco Peça mal apertada no suporte Fixar a amostra rigidamente 
Refrigeração intermitente Melhorar a refrigeração 
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Escola Volkswagen 
 
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 As amostras devem ser fixadas de modo rígido e uniforme, para prevenir quebras desnecessárias do 
disco de corte, danos à amostra e, em casos extremos, ferimento no operador. A pressão de corte deverá ser aplicada 
judiciosamente de acordo com as características do material. Um corte leve e oscilante, ajuda a sensibilizar o operador e 
‘da ao meio refrigerante oportunidade de penetrar na área de corte. 
 
3- Montagem / embutimento: 
 Quando os corpos de prova tiverem uma forma tal que permita uma manipulação adequada, e não for 
necessário examinar a superfície até junto dos bordos, podem ser polidos sem montagem. Para evitar que o feltro do 
polimento seja rasgado e queo corpo de prova seja arremessado para fora, é necessário chanfrar os cantos e arestas. 
Processos mecânicos de seccionamento de corpo de prova 
 
 
Procedimento 
 
 
Lubrificante 
 
 
Aplicação 
 
 
Pancada com martelo para fragmentar 
 
Metais e ligas metálicas frágeis 
 
 
Serragem manual com serra de fita 
 
Metais e ligas não ferrosas, aços ao carbono de baixo 
teor não tratadas termicamente e de espessura ou 
diâmetro pequeno 
 
 
Serragem por meio de serra elétrica 
 
Metais e ligas não ferrosas de diâmetro e espessura 
maiores 
 
 
Serragem por meio de serra elétrica 
 
Óleo solúvel 
 
Metais e ligas ferrosas de diâmetro e espessura maiores 
 
 
 
Serragem com arame e abrasivo em pó 
 
 
talco 
 
Metais e ligas não ferrosas de pequenas dimensões que 
são susceptíveis às deformações plásticas 
 
 
 
Torneamento mecânico 
 
 
Óleo solúvel 
 
Metais e ligas metálicas não ferrosas de baixa 
temperatura de fusão tratadas termicamente e de 
diâmetros maiores 
 
 
Degola em cortadeira elétrica com disco 
abrasivo 
 
 
Óleo solúvel 
 
Metais e ligas metálicas duras tratadas termicamente 
 
Degola em cortadeira elétrica de baixa 
velocidade com disco de diamante 
 
Óleo solúvel 
 
Metais e ligas duras irradiadas, vidros, rochas e 
componentes eletrônicos 
 
 
 Os defeitos mais comuns que aparecem durante a operação de corte são esquematizados na tabela 
abaixo, devendo sempre ser corrigidos pelo analista. 
 
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defeitos Causas 
Quebra do disco  Disco de corte indicado para velocidades menores que 3400 rpm. 
 Velocidade de avanço excessiva do disco de corte. 
 Disco de corte pressionado excessivamente contra a amostra. 
 Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte. 
 Fixação inadequada da amostra. 
 Refrigeração irregular causando entupimento das cânulas. 
 Disco de corte muito duro. 
Aquecimento 
excessivo 
 Refrigeração insuficiente. 
 Baixa velocidade do disco de corte. 
 Inadequação do disco de corte. 
Desgaste excessivo 
do disco de corte 
 Disco de corte muito mole. 
 Refrigeração irregular causada pelo entupimento das cânulas. 
 Rolamentos defeituosos. 
 Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte. 
 
Formação de 
rebarbas 
 Disco de corte muito duro. 
 Disco de corte com granulometria muito grossa. 
 Corte efetuado muito rápido. 
 
ocorrência causa sugestão 
Queima da amostra Super aquecimento. Utilizar disco com baixa 
dureza. 
Aumentar a refrigeração. 
Aliviar a pressão de 
corte. 
Resistência ao corte Desgaste lento do disco. Oscilar a pressão de 
corte. 
Reduzir a refrigeração. 
Utilizar disco com baixa 
dureza. 
Rápido consumo do 
disco. 
 
Aglutinante do disco 
eliminado muito 
rapidamente. 
 
Utilizar disco mais duro. 
Aliviar pressão de corte. 
Quebra freqüente do 
disco. 
Peça mal apertada no 
suporte. 
Refrigeração 
intermitente. 
Fixar a amostra 
rigidamente. 
Melhorar a refrigeração. 
 
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 Montagem mecânica dos corpos de prova: 
 Corpos de prova em que interessa a observação dos bordos (descarbonetação, cementação, 
carbonitretação, têmpera superficial), ou que tenham uma forma de difícil manipulação, devem ser montados ou 
embutidos em resina sintética. 
 As figuras abaixo mostram a montagem de corpos de prova por sistemas mecânicos. Neste tipo de 
fixação torna-se difícil manter em boas condições a superfície de polimento do corpo de prova montado, na região 
adjacente aos grampos. Água ou reativo, introduzidos pelas frestas existentes entre o corpo de prova e o grampo, ficam 
ali retidos por efeito da capilaridade e não podem ser removidos complemente pela secagem. 
 Os calços intermediários evitam a ação da capilaridade entre o grampo e o corpo de prova. Além 
disto, deixam-se os mesmos recuados em relação à superfície, de modo que o corpo de prova fica saliente e pode ser 
secado perfeitamente. O material dos grampos e do corpo de prova devem escolhidos de modo a evitar um desgaste 
irregular e formação de células galvánicas no ataque. 
 
 Embutimento em resinas sintéticas: 
 Para copos de prova muito pequenos ou de forma inadequada para montagem em suportes, tem 
aprovado uma resina sintética transparente. Nos pequenos cilindros prensados, transparentes, pode-se reconhecer 
claramente a forma do corpo de prova. 
 Uma pequena tira de papel com a designação do corpo de prova ou outras anotações pode ser 
embutida com ele. Resina sintética em pó, formas de prensagem, sistemas de aquecimento e prensas podem ser 
adquiridos em firmas especializadas. Quando não é importante a transparência do prensado, pode-se também usar 
baquelite preta, que é mais barata. 
 
4- Lixamento 
 Após o corte e também a montagem ou embutimento do corpo de prova devemos prosseguir no 
preparo do corpo de prova, passando-se à operação de polimento do mesmo, a qual deverá ser precedida de uma 
operação de lixamento a qual é feita em diversas lixas, cada qual com granulação mais fina que a anterior. 
 Como cuidado especial que devemos ter nesta operação, inclui-se a necessidade de a cada mudança de 
lixa devemos proceder uma lavagem do corpo de prova em água corrente, afim de que não haja a contaminação da lixa 
posterior com resíduos oriundos da anterior. Devemos também fazer um a mudança de direção de 90* de uma para 
outra lixa a fim de que possamos observar com mais clareza a eliminação dos riscos. 
 Após o processo de lixamento, o corpo de prova deve ser rigorosamente lavado em água. Além disso é 
importante limpar as mãos e unhas, para manter afastado do pano de polimento o pó resultante do lixamento. 
 
Técnicas de Lixamento 
 A técnica do lixamento consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas de granulometria 
cada vez menor, mudando-se de direção (900) em cada lixa subsequente até desaparecerem os traços da lixa anterior. 
 
 
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Escola Volkswagen 
 
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 A prática indica que a seqüência mais adequada para o trabalho metalográfico é 220, 320, 400, 600 ou 
800, sendo o tempo de lixamento o dobro para cada estágio, até que todos os riscos anteriores sejam retirados. 
 De acordo com a natureza da amostra, a pressão de trabalho e a velocidade de lixamento, surgem 
deformações plásticas em toda a superfície, por amassamento e aumento de temperatura. 
Estes fatores devem ser evitados ao máximo, pois podem dar origem a uma imagem falseada. Inclusões duras se 
desgastam menos; após um certo tempo são arrancadas da superfície e a depressão resultante é preenchida com pó ou 
então exageradamente ampliada ao microscópio. Por isso o requerimento primordial da técnica micrográfica de 
lixamento é: 
 
 Escolha adequada do material de lixamento em relação à amostra e ao tipo de exame final, 
 A superfície deve estar sempre rigorosamente limpa e isenta de líquidos e graxas que possam provocar reações 
químicas na superfície, 
 Riscos profundos que surgirão durante o lixamento, de preferência devem ser eliminados por novo lixamento, pois 
um polimento demorado em geral não é aconselhável, 
 Metais diferentes não devem ser lixados com utilização da mesma lixa, 
 Aconselha-se sempre usar lixas do mesmo fabricante, pois a numeração granulométricaidêntica não é garantia 
suficiente para se obterem os mesmos resultados 
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5- Polimento: 
 Para o trabalho com politriz usam-se discos cobertos de feltro ou veludo, sobre o qual coloca-se o 
produto para o polimento (alumina dissolvida em água na proporção de 1:9) 
 A alumina deve então ser esguichada de vez em quanto no centro do disco de polimento. Bisnagas 
simples do tipo usado em tornearia para a aplicação de óleo solúvel em peças se prestam bem a este serviço. O pano de 
polimento deve ser mantido sempre bem úmido, uma vez que a alumina adere rigidamente à superfície quando o 
polimento for por demais seco. 
 O corpo de prova deve ser continuamente deslocado sobre o disco de polimento em movimento, ou 
seja, com melhores resultados em pequenos círculos em sentido contrário ao de giro do disco. 
 As velocidades periféricas dos discos de polimento não são tão importantes no preparo do corpo de 
prova como se pensa. Na maioria dos casos é suficiente deixar girar o disco de feltro com alta velocidade e o disco de 
veludo com baixa velocidade. 
 Especificações rígidas sobre o tempo de polimento não poderão ser feitas. Deve-se polir até que sejam 
removidos não somente todos os vestígios de lixamento, mas também através de polimentos e ataques alternados, as 
deformações superficiais da estrutura originárias do lixamento. 
 Aqueles que ainda não estiverem familiarizados, devem observar mais freqüentemente a superfície ao 
microscópio e continuar o polimento enquanto o resultado ainda não for satisfatório. Em metais moles a duração do 
polimento pode ser encurtada através de um pré - polimento manual sobre feltro com uma pasta pré - polidora ou com 
pasta de diamante (3) sobre um disco de plástico coberto por um pano adequado. 
 
6- Ataque químico: 
 Antes do ataque, mesmo se for somente um ataque intermediário, o corpo de prova deve ser 
rigorosamente limpo em água corrente da alumina nele aderente. Em aço, ferro fundido e metais não ferrosos duros, 
pode-se usar um chumaço de algodão limpo. Em metais moles, não friccionar algodão sobre a superfície polida, e sim 
manter o corpo de prova sob água corrente, até que toda a alumina seja eliminada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método Descrição e notas 
Ataque por imersão A superfície da amostra é imersa na solução de ataque; o método mais 
usado. 
Ataque por gotejamento A solução de ataque é gotejada sobre a superfície da amostra. Método 
usado com soluções reativas dispendiosas. 
Ataque por lavagem A superfície da amostra é enxaguada com a solução do ataque. Usado 
em casos de amostras muito grandes ou quando existe grande 
desprendimento de gás durante o ataque. 
Ataque alternativo por 
imersão 
A amostra é imersa alternadamente em duas soluções. As camadas 
oriundas do ataque com a primeira solução são removidas pela ação do 
segundo reagente. 
Ataque por esfregação A solução de ataque, embebida em um chumaço de algodão ou pano, é 
esfregada sobre a superfície da amostra, o que serve para remover as 
camadas oriundas da reação. 
Ataque – polimento O polimento é efetuado, estando a amostra imersa na solução de ataque, 
a fim de evitar a formação de camadas oriundas da reação química. Este 
processo é usado com o polimento mecano - eletrolítico. 
Ataque múltiplo e duplo A amostra é tratada com dois ou mais meios reativos, onde várias fases 
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 Quando for usado um reagente em solução aquosa, pode-se atacar o corpo de prova molhado, 
imediatamente. Se tratar de uma solução alcóolica deve o corpo de prova ser antes mergulhado no álcool para ficar livre 
de água. 
 A superfície polida do corpo de prova é então mergulhada no reagente e movimentada um pouco, ou o 
reagente é passado sobre a superfície com um chumaço de algodão. Quando o reagente for fraco, com por exemplo o 
nital a 2%, pode-se segurar o corpo de prova com os dedos. No caso de reagentes que manchem ou ataquem a pele, 
devem ser usadas tenazes niqueladas ou de aço inoxidável. 
 
Sumário dos principais reativos existentes: 
 
Designação e composição Aplicação 
Adler 3 g cloreto de cobre 
25 ml água destilada 
15 g cloreto de ferro 
50 ml ácido clorídrico 
Reativo para macrografia de aço, cobre e suas 
ligas, cordões de solda, 
Estruturas macroscópicas, 
Camadas cementadas, zonas temperadas, 
segregações, estruturas primárias 
Fry 100 ml de água destilada 
120 ml ácido clorídrico 
90 g cloreto de cobre 
Reativo para macrografia a fim de tornar 
visível linhas de aço de forças em aços 
sensíveis ao envelhecimento. 
Bauma
nn 
5 ml ácido sulfúrico concentrado 
95 ml água destilada 
Revelação da distribuição do enxofre no aço, 
com auxilio de papel fotográfico para 
ampliações. 
Nital 
2 % 
98 ml álcool etílico 
2 ml ácido nítrico concentrado 
Reativo para micrografia de aço e ferro não 
ligado de baixa liga, metal branco, ligas de 
magnésio. Também para aços de alta liga 
com estrutura martensítica. 
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Nital 
10 % 
90 ml álcool etílico 
10 ml ácido nítrico concentrado 
Em ataques microscópicos de ação profunda 
para tornar visível constituintes especiais da 
estrutura de aços e ferros não ligados e de 
baixa liga. 
Água 
Régia 
8 ml ácido nítrico concentrado 
12 ml ácido clorídrico concentrado 
1000 ml álcool etílico 
Reativo de micrografia de aços inoxidáveis e 
outros aços de alta liga. 
Picral 25 g de hidróxido de sódio 
75 ml água destilada 
2 g ácido pícrico 
Revelação da cementita 
 
7- Limpeza 
 A ação do reagente pode ser observada a olho nu, pois a superfície do corpo de prova vai se tronando 
fosca. O corpo de prova deve então ser imediatamente posto em água corrente até que o reagente seja eliminado, após o 
qual deve-se proceder uma lavagem do mesmo com álcool do tipo comercial e secado com um secador. 
 
8- Armazenamento dos corpos de prova: 
 Superfícies polidas que devem durar por mais tempo, devem ser protegidas contra a umidade do ar. 
Para isto temos um dispositivo, que tem uma tampa esmerilhada que veda complemente o recipiente. Na parte interna 
são colocados os corpos de prova, juntamente com silica – gel fresca, que tem a finalidade de absorver a umidade do ar 
interna ao recipiente, protegendo assim os corpos de provas. 
 
RESUMO 
1- cortar um corpo de prova (com serra ou cut-off – cortador com disco abrasivo ou ainda através de desbaste 
praticado com esmeril ou plaina), se a peça for em forma de barra ou muito grande, e retirar as rebarbas com lixa 
ou esmeril. 
 
Obs.: nesta operação deve-se tomar cuidado para que não ocorra encruamentos locais excessivos e nem aquecimento 
acima de 100 0C em peças temperadas, pois isto perturbaria a interpretação dos resultados. 
 
2- para evitar dificuldades nas operações posteriores, o corpo de prova deve ser embutido em resina plástica na prensa 
hidráulica. 
 
Obs.: se a peça tiver um tamanho e condições suficientes para as próximas operações, permite-se descartar este 
procedimento. 
 
3- o polimento do corpo de prova começa-se passando por uma bateria de lixas com granulações cada vez mais finas 
(200, 360, 400 e 600 respectivamente), sendo que o corpo de prova deve ser movida de 900 quando se passar de 
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uma lixa para outra, alem de a cada passagem para uma nova lixa recomenda-se que se lave o corpo de prova para 
evitar-se a contaminação da mesma. 
 
4- fazer polimento com alumina até que o corpo de prova, adquirauma superfície espelhada e sem riscos. 
 
5- após o polimento, lava-se imediatamente o corpo de prova, em água corrente retirando toda a alumina da peça com 
o auxílio de um algodão limpo sob água corrente. 
Obs.: após o polimento, não se deve mais tocar a superfície da peça. 
 
6- depois de bem limpo, o corpo de prova deve receber um ataque para revelar estrutura (o tipo de ataque e seu 
respectivo reagente, deverá ser estipulado conforme o material da peça). 
 
7- levar ao microscópio e observar. 
 
 
EXERCÍCIOS 
1) Como deve ser o corte da peça para verificarmos se a peça foi cementada? 
 
2) Dê pelo menos três casos em que se prefere um corte longitudinal? Ídem para um corte transversal? 
 
3) Cite três reativos mais utilizados e as suas aplicações. 
 
4) Resuma sucintamente o processo de preparação de um Corpo de Prova para ensaio metalográfico. 
 
5) Num exame metalográfico de um aço, vemos uma faixa periférica clara ou branca indicando que a peça foi 
cementada ou temperada ou ocorreu descarbonetação na mesma. Como saber o que houve com a mesma? 
 
6) Num exame macrográfico, o que pode caracterizar um aço homogêneo? 
 
7) Tendo em mãos três Corpos de Prova de aços ao carbono homogêneos: 
 
a) SAE 1020 
b) SAE 1050 
c) SAE 1070 
 
Se atacarmos estes três com reativo de iodo usando o mesmo tempo para os três, qual deste ficará mais escuro? 
Justifique. 
 
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8) Quanto as heterogeneidades dos aços que ocorrem na solidificação, explique o que vem a ser segregação. 
 
9)Um aço que sofreu tratamento térmico, como a martempera, apresenta estrutura: 
a) martensítica e, homogênea por toda a seção da peça 
b) martensítica e, heterogênea por toda a seção da peça 
c) bainitica e, heterogênea por toda a seção da peça 
d) bainitica e homogênea por toda a seção da peça 
d) n.d.a. 
 
10) Em uma peça estudada macrograficamente, observou-se que após o ataque químico, apresentou núcleo claro e 
pequena camada superficial escura. O que podemos dizer sobre esta peça? 
a) é produzida com aço de baixo carbono, com têmpera 
b) é produzida com aço de baixo carbono, com revestimento 
c) é produzida com aço de baixo carbono, com cementação 
e) é produzida com aço de alto carbono, com cementação 
 
11) Na preparação dos corpos de prova, a seqüência das granas utilizadas no preparo do CP é pela ordem de uso: 
a) 220, 600, 400, 320 
b) 600, 400, 320, 220 
c) 220, 320, 400, 600 
d) 600, 220, 320, 400 
e) n.d.a. 
 
12) No polimento o material abrasivo utilizado é: 
a) alumínio 
b) óxido de zinco 
c) alumina 
d) pasta de carboneto de tungstênio 
e) n.d.a. 
 
13) Para ataque em uma análise macrográfica o reativo apropriado é o: 
a) nital 
b) iodo 
c) ácido fosfórico 
d) picral 
e) n.d.a. 
 
14) Em uma peça estudada macrograficamente, observou-se que após o ataque químico, apresentou núcleo claro e 
pequena camada superficial escura. O que podemos dizer sobre esta peça? 
QGC 
Escola Volkswagen 
 
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a) é produzida com aço de alto carbono, sem tratamento térmico 
b) é produzida com aço de baixo carbono, com têmpera 
c) é produzida com aço de baixo carbono, com revestimento 
d) é produzida com aço de alto carbono, com cementação 
e) é produzida com aço de baixo carbono, com cementação 
 
15) Qual o reativo abaixo é utilizado nas análises micrográficas: 
a) iodo 
b) Heyn 
c) Fry 
d) Nital 
e) n.d.a. 
 
16) Qual dos processos de análise macrográfica utiliza papel fotográfico em contato direto sobre o CP para a impressão: 
a) reativo de ácido nítrico 
b) reativo de ácido clorídrico 
c) reativo de Fry 
d) reativo de Heyn 
e) n.d.a. 
 
17) Quando o reativo de iodo é aplicado sobre a superfície preparada do corpo de prova: 
a) escurece as regiões ricas em níquel 
b) escurece somente a perlita 
c) não reage com a peça 
d) escurece as regiões ricas em carbono 
e) n.d.a. 
 
18) Sobre a alumina: 
a) é utilizada para lixamento de peças 
b) é um reagente químico 
c) é um catalisador no ataque químico 
d) é empregado no embutimento de CP 
e) nda 
 
19) O reativo de iodo é aplicado em: 
a) análises micrográficas 
b) estudo de aços Cr-Ni 
c) verificação de homogeneidade estrutural e química da peça 
d) verificação da presença de tungstênio na peça 
QGC 
Escola Volkswagen 
 
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e) nda 
 
20) Um cuidado que devemos Ter durante a preparação do Corpo de Provas, no momento de passarmos de uma lixa 
para outra é: 
a) fechar a água do lixador manual 
b) secar a peça com álcool 
c) lavar com água a superfície que esta sendo preparada 
d) verificar se o embutimento está perfeito 
e) nda 
 
 
Bibliografia: 
1) COLPAERT, Prof. Hubertus 
Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns 
 
2) KAUCZOR, Egon 
Processos de Trabalho na Metalografia 
 
3) Catálogo de produtos para o procedimento metalográfico 
Panambra Industrial e Técnica SA

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