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RESUMO DO ARTIGO LIBERDADE DE CONTRATAR

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES
DIREITO CIVIL III
IGOR ALVES DOMINGOS E RICARDO FÁBIO DE RESENDE
DOCENTE: DANIELA
5º PERIODO DIREITO DIURNO
RESUMO DO ARTIGO: EM DEFESA DA LIBERDADE DE CONTRATAR (MESMO EM CONTRATOS DE CONSUMO).
SÃO JOÃO DEL-REI, 11 DE ABRIL DE 2018.
RESUMO DO ARTIGO: EM DEFESA DA LIBERDADE DE CONTRATAR (MESMO EM CONTRATOS DE CONSUMO).
Por volta do século XIX e início do século XX com o pacta sunt servanda a liberdade de contratar era absoluta, os termos ficavam totalmente a cargo dos contratantes, independente de ser justo ou não, porém com o passar do tempo houve se a necessidade de limitar a liberdade e autonomia das partes em contratar, norteado pelos princípios da ordem pública, supremacia do interesse público, boa-fé objetiva, deveres de colaboração, outros deveres laterais e função social do contrato, sob a justificativa de que os pequenos compradores eram prejudicados pelos grandes vendedores, devido a isso acabaram surgindo mecanismos de intervenção na defesa dos consumidores. .
Parte da doutrina e jurisprudência entende que o intervencionismo, e as limitações à liberdade associadas produzem também efeitos nocivos, e propõe que haja um fortalecimento dos princípios da autonomia da vontade e da liberdade de contratar e a mitigação e releitura de outros princípios mais solidaristas.
O autor propõe que seja dada mais importância à liberdade e a autonomia das partes em contratar sob o pretexto de que a própria concorrência se encarregaria de proteger a parte mais fraca de forma muito mais eficiente que a intervenção judicial, com maior autonomia da vontade, o consumidor obtém maior proteção e melhores resultados do que quando privilegiada a intervenção judicial e o dirigismo contratual, o que, por si só, justifica que esta (a intervenção) só ocorra de forma restrita.
O consumidor ainda é o melhor guardião e juiz de seu interesse, portanto a autonomia de sua vontade deve ser preservada desde que ele esteja dotado de informação adequada, as desigualdades contratuais trazem sim prejuízo, mas, essas restrições também acabam trazendo prejuízos, pelo fato de todo contrato haver imperfeições e uma das partes acabam se beneficiando com essas imperfeições, o que acaba gerando um mau funcionamento do mercado. Já que de qualquer forma alguém sairá prejudicado, então que sejam respeitadas suas vontades.
Entende-se também que mesmo nos contratos de adesão os consumidores se sentem mais seguros quando já tem o contrato pronto, mesmo quando não pode negociá-lo, e por isso o assina, se não tivesse essa crença, não assinaria o contrato, este artigo é justifica que, quando não há previsão legal de proibição de cláusula ou condição, a vontade das partes é privilegiada e que a intervenção judicial demasiada, mais prejudica do que ajuda e pode incentivar comportamentos descuidados e oportunistas do consumidor.
O autor acredita que a intervenção judicial exagerada acarretará uma resposta do fornecedor, que tenderá a fazer uma substituição, é mais provável que não haja ‘compensações’ contratuais, aumentará-se o preço de seus produtos e serviços para se proteger preventivamente de eventuais custos imposto provenientes de multas, aumentos esses muitas vezes em um patamar até maior do que o que seriam dos juros e multas que são impostos por decisões judiciais. 
Na visão do autor o importante nos contratos é que haja eficiência, mais importante até do que a busca pela aplicação, na decisão, de outros conceitos mais abertos e que também permeiam a disciplina dos contratos, como justiça social, e o juiz muitas vezes acaba por aplicar o direito posto mesmo que a solução legislativa seja ineficiente ou, mesmo injusta, em vários casos, ainda que se entenda a boa intenção do juiz, as consequências de sua decisão intervencionista podem ser devastadoras.
A liberdade de contrato maximiza utilidade, a qual pode ser geralmente reduzida a termos econômicos, Por meio do contrato, realiza-se o direito das partes determinarem qual direitos e deveres desejam constituir e é por meio dele que as partes conseguem a alocação ótima de recursos, e são senhores de seus destinos. Obviamente, há problemas de assimetria, mas estes problemas não são minimamente suficientes para afetar a validade da premissa de maximização de utilidade.
Portanto, o contrato maximiza utilidade das partes, mesmo que de forma desigual, não é prejudicada pela constatação de que nas relações de massa o contrato não é livremente negociado, mas simplesmente proposto e aceito. Mesmo que este contrato seja proposto pelo fornecedor unilateralmente, isto não significa que não existam fatores externos limitadores do poder de barganha do fornecedor ou que o próprio fornecedor vá propor cláusulas marcadamente unilaterais e abusivas, haja vista o consumidor ter a escolha de aceitar o não.
 O autor acredita que em um mercado competitivo, a própria competição constitui o mecanismo limitador de conteúdo contratual e não o intervencionismo exagerado do estado. Se, por um lado, pode-se dizer que a razão para o Judiciário expurgar cláusulas ilegais e ofensivas à ordem pública dos contratos é também o custo que a observância destas cláusulas imporia à sociedade (e não apenas às partes), por outro, não preservar aquilo que livremente contratado impõe custos não apenas individuais, mas também sociais, podendo eventualmente, para beneficiar um único consumidor, prejudicar todos os demais, em um nível muito maior que o do benefício individual.
Então há de se concluir que, o Judiciário deve evitar um intervencionismo ativo, limitando-se a analisar no contrato apenas aquelas cláusulas (ou parte de cláusulas) que claramente sejam contrárias à lei ou firam a ordem pública, até porque é desta postura que resultará o benefício máximo ao consumidor. Havendo dúvida se determinada cláusula é contrária à lei ou fere a ordem pública, deve sempre ser adotada a interpretação que mais preserve o conteúdo contratual, ainda que a cláusula em análise possa ser considerada prejudicial ao consumidor.

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