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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
OSMAR PEIXOTO MENDES JUNIOR
ÉTICA JURÍDICA
ARAGUARI/MG
2018
INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
OSMAR PEIXOTO MENDES JUNIOR
ÉTICA JURÍDICA
Artigo científico apresentado à disciplina Filosofia Jurídica, do curso de Direito, do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos, Araguari/MG.
ARAGUARI/MG
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO 	3
2. AS DIVERSAS CONCEPÇÕES DE JUSTIÇA DENTRO DO DIREITO 	4
3. ÉTICA E DIREITO 	5
4. A PRÁTICA DA ÉTICA PROFISSIONAL 	6
5. A FINALIDADE DA ÉTICA PARA O DIREITO 	9
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 	10
7. REFERÊNCIAS 	13
1. INTRODUÇÃO
	O ideal de justiça, ética, moral, bem, mal, são termos usados corriqueiramente por pessoas que convivem em sociedade. Buscam orientar ou direcionar determinados tipos de condutas para bem viver em paz social, pois a inteligência humana diz que sem determinados valores é impossível a convivência em sociedade. Nalini “dizia o excessivo uso de certas expressões compromete o seu sentido como se o emprego frequente importasse em debilidade semântica. Isso parece ocorrer com os vocábulos justiça, liberdade, igualdade, solidariedade e também a ética”.
	O dicionário da língua portuguesa traz definições do que é justiça, ético etc. No entanto, traz apenas definições segundo a origem ou derivações da própria palavra. Por outro lado, a definição por excelência do ideal de Justiça não existe. O justo é relativo ou subjetivo, o exemplo disso são determinadas civilizações condenarem uma pessoa a morte pelo cometimento de crime de homicídio contra a vida de outra pessoa, já em outros povos não encontramos tal pena. É justo ou não a pena de morte para o cometimento de crime de homicídio contra outra pessoa? É justo que um terceiro condene outra pessoa à morte pelo crime que ela cometeu? Qual a responsabilidade moral e ética de quem cria a lei de pena de morte? Estas respostas nunca foram definidas de fato. Os entendimentos sobre determinados assuntos variam conforme o contexto social, cultural, político, econômico, religioso. Há uma constante mutação de ideias no espaço de tempo entre uma geração e outra. Questões de tamanha complexidade são realidades que o Direito sempre debaterá e nunca encontrará um ideal absoluto.
	Ao definirmos o que é Justo e Ético, por exemplo, o próprio termo carrega em si uma carga valorativa que se relativiza muito num espaço curto de tempo. Primeiro que não fazer uso do sentido emotivo para definir tais termos é impossível, pois não são regras concretas como, por exemplo, uma fórmula matemática que o define. Além de ser impossível, não há porque deixá-las de lado, já que são as próprias emoções que nos fazem dizer hoje o que é justo e num futuro próximo dizer o contrário. Perceba que a filosofia e ou a sociologia estuda o indivíduo que convive em sociedade e essa sociedade é indefinida em sua própria essência, pois são os indivíduos que a compõe, e estes, carregam em si seus próprios ideais de valores que foram solidificados pelo próprio convívio social, ou pelos ensinamentos da religião, ou os estudos, enfim, o ideal de Justiça é relativo e indefinido.
	Determinados tipos de valores, como justiça, liberdade, bem, igualdade, ética, moral são regras de ouro para o convívio social. Sem elas, possivelmente o caos social aconteceria. Não obstante, quando nos deparamos com uma guerra julga-se que determinados tipos de valores foram deixados de lado, pois o contrário destes ideias são a injustiça, maldade, desigualdade, imoralidade, que passaram a tomar conta da realidade de determinada sociedade.
	Pois bem, dentre tantas virtudes que são indispensáveis para a sociedade e para o particular. A justiça é a maior de todas elas. E. Durpréel diz que “a justiça é norma comum de todas as formas de mérito, e os clássicos expressariam sua ideia fundamental dizendo que a ciência moral não tem outro objetivo senão ensinar o que é justo fazer e ao que é justo renunciar”. É a justiça que irá nos direcionar no caminho da ética e moral, é ela que nos dirá sobre a conduta profissional, conduta social, e até mesmo a conduta dentro da própria casa.
2. AS DIVERSAS CONCEPÇÕES DE JUSTIÇA DENTRO DO DIREITO
	Chaim Perelman nos apresenta seis noções básicas de justiça, todas elas, são determinações que variam com a concepção de justiça formal. São elas:
	1º A cada qual a mesma coisa. O autor defendia essa ideia de justiça como que sendo uma das mais justas. Pois, a ninguém é dado nada além do limite que lhe é garantido. Independentemente da hierarquia entre as pessoas, riquezas, religião, todos recebem sua quota parte que lhe é de direito, ou seja, todos são tratados de forma igual. O exemplo usado aqui é a morte, a ninguém é dado um tratamento diferente, ela chega para todos.
	2 º A cada qual segundo seus méritos. O mérito é alcançado segundo o valor moral que cada indivíduo carrega em si. Por meio de tão grande virtude, uns são merecedores e outros não. Aqui o autor não se preocupa com as demais virtudes. O justo é aquele que tem um valor moral elevado e sobrepõe aos outros indivíduos.
	3º A cada qual segundo suas obras. O resultado final da minha ação (trabalho) me garantirá um melhor tratamento às demais pessoas. Eu garanto aquilo que me é justo pelo esforço que eu emprego nas minhas ações. Neste caso, é dado a cada um tratamento proporcional.
	4º A cada qual segundo suas necessidades. É impossível satisfazer as necessidades básicas de todos. Por isso a necessidade de dar a cada um segundo as necessidades que estes estão passando. Ou seja, Rui Barbosa dizia “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam.” Este conceito deve basear-se em critérios formais segundo a necessidade de cada indivíduo.
	5º A cada qual segundo sua opinião. Estabelece regras ou tratamentos diferentes para com membros de diversas classes, desde que tenham tratamentos iguais as pessoas de mesma classe.
	6º A cada qual segundo o que a lei lhe atribui. Todos devem obedecer aquilo que a lei lhe atribui que seja feita. Caso a obrigação imputada seja descumprida, surge aí a ideia de injustiça.
	Chaim Perelman dizia:
	“Querer julgar o direito em nome da justiça só é possível em virtude de uma confusão: julgar-se-á o direito por intermédio, não da justiça formal, mas da justiça concreta, ou seja, de uma concepção particular da justiça que supõe uma determinada escala de valores. De fato, não é em nome da justiça que se vai condenar ou reformar, mas em nome de uma visão do universo, talvez sublime, mas, de todo modo, considerada arbitrariamente como a única justa”. (Chaim Perelman. Ética e direito. 1º ed. 1996 4º tirag. 2002. p. 30).
3. ÉTICA E DIREITO
	A perfeita equalização sobre o ideal e o limite dos comportamentos no plano da ação humana são próprios ao estudo da ética. A ação humana se dá num lapso de tempo e também no espaço e se completa mediante um determinado comportamento, ou seja, é um conjunto de intenções pré-determinadas à obtenção de determinados efeitos práticos. A ação moral como, por exemplo, que é uma virtude que carrega em si o ideal de justiça e ética, não corresponde a um único ato isolado com determinado conteúdo. Estar diante dessa ação não confere a ninguém a característica de ser único e poder governar a si mesmo, pois o conceito de ética, justiça, moral, igualdade dentre tantas outras virtudes, não é algo objetivo, mas sim subjetivo. Ser detentor de tais virtudes não me garante do direito de obedecer aquilo que eu acho que seja conveniente a mim obedecer.
	Ser ético é uma liberdade inerente a cada ser humano, devemos lembrar também que uma única atitude virtuosa não traduz a ética de uma pessoa. Esta apenas fez uma primeira opção pelo comportamento ético diante de uma situação. Talvez aquela situação específica fez com que ele se comportasse de tal forma,por outro lado, isso não significa que o comportamento dele será sempre virtuoso. A virtude, ou o valor moral da ética e da justiça são condutas tomadas pela convicção pessoal de cada um, não podendo ser imposta a ninguém. O seu autoconvencimento sobre o ideal de determinados valores é que lhe garante a transformação de suas ideias, transformando-as em ações concretas no meio social.
	A ética decorre em um primeiro momento da própria natureza do homem. Toda via, são moldadas, aperfeiçoadas pelas convenções sociais e educacionais imposta a todos. Ou seja, é um conjunto de hábitos ou comportamentos próprios de determinadas sociedades que corresponde ou não aos próprios costumes daquele povo. Logo, o ideal de justiça e ética tem diversas definições conforme o que foi solidificado em terminada civilização. A ética busca o estudo da ação humana para entender os fenômenos sociais em suas diferentes vertentes.
4. A PRÁTICA DA ÉTICA PROFISSIONAL
	Todos já ouviram dizer algo do tipo: “A prática é diferente da teoria”. O estudo da ética não é diferente. Há diferenças sim entre a ética teórica e a prática. No entanto, a busca pelo ideal nunca deve ser esquecida, pois é ela que de alguma forma nos diz qual o caminho que devemos seguir.
	A ética estuda a ação humana dentro do contexto social, trata portanto, do ideal de comportamento que cada um deve ter na prática da ação concreta, objetivando o desenvolvimento de determinada profissão em conformidade com os padrões estabelecidos na teoria. A ética trabalha na atuação concreta e conjugada da vontade e da razão, extraindo resultados de diversas formas para a prática profissional.
	O desenvolvimento prático do ideal profissional são construídas em conformidade com as tomas de decisões permanentes de vida. Decisões fundamentadas pela razão, sentidos, aptidões e querer. Ou seja, o ideal ético pode ser desenvolvido segundo o próprio comportamento virtuoso de cada indivíduo ou ser moldado segundo as convicções do próprio Estado, o que nos parece menos aceitável.
	O estudo da ética preocupa-se com as ações humanas; a moral por assim dizer; e não o estudo do bem e do mal. Entender quais as virtudes e vícios inerentes a cada indivíduo faz com que cheguemos num ideal de justiça e ética, e estes, por fim, podem ser postos em prática, pois tendo conhecimento das deficiências encontras no meio social, as próprias pessoas podem dar soluções efetivas a estes defeitos, ou serem impostas pelo Estado na busca ideal de justiça e ética em todas as relações humanos no meio social.
	Há variações de virtudes valorativas no transcurso do tempo. O que era justo para um determinado povo, já não o é mais para outro. A ética, justiça, moral, bem, mal sofre variações conforme o entendimento de determinado povo. O ideal profissional também sofre mudanças constantes durante um lapso temporal. Por isso a necessidade de considerar que a existência de determinados valores como a ética, devem ser parte integrante de uma ciência, pois só a ciência é capaz por si só analisar fatos passados para dar uma maior efetividade na aplicabilidade da teoria desenvolvida por ela mesma e assim, chegar num ideal de justiça no futuro.
As ações realizadas pelo homem têm por objetivo alcançar determinado fim. Digo, toda ação desenvolvida busca-se extrair daquilo que lhe foi imposta pela teoria e transformá-la em prática. Assim deve ser o comportamento de todo profissional do direito. Extrair aquilo que existe de mais virtuoso na teoria e torná-la efetiva na prática. Na ação prática existe em si o fim de toda ética.
A definição de ética profissional dada pelo Dicionário Jurídico (Sidou) diz que: “É o conjunto de regras de conduta que o indivíduo deve observar em sua atividade, no sentido de valorizar a profissão e bem servir aos que dela dependem”. Este conjunto de regras de condutas são estudadas no estudo da ética geral (teórica) que busca dar efetividade na prática profissional por meio da ética específica. Quanto maior a responsabilidade profissional que uma pessoa desempenha, maior o seu compromisso ético com os demais profissionais que de seu trabalho dependa. A moral, virtude capaz de dar ordem social, está por excelência, ligada diretamente com a virtude ética, que por sua vez está ligada ao fim último do ideal de justiça. Contudo, nenhuma destas três virtudes está completamente desligada da carga emocional a ela impostas, nem às influências políticas e sociais. A definição dada acima de ética é uma das inúmeras definições que amoldam ao termo da palavra.
Dar forma ao conceito de ética na prática profissional é um desafio a todos os profissionais, tendo em vista que a ética trata-se de uma crítica conceitual e valorativa. Suas vertentes são tão variadas que uni-las num mesmo ideal é algo inimaginável. Ainda mais pô-la em prática fazendo uso de todas as suas vertentes. Ou o profissional do direito faz uso de alguns conceitos éticos, e por consequência, deixa naturalmente outras vertentes de lado que para diversos outros profissionais do direito são essenciais.
Pergunta-se, portanto, qual das ciências é responsável pela pura e simples definição da ética profissional?! A ciência por excelência que busca defini-la sem a sua carga valorativa, social, moral, religiosa e política é a Filosofia. Está por sua vez busca constantemente o ideal comum que engloba a todos sem distinção de ninguém. Faz com que o ideal ético é definido em sua essência e plicado para todos.
1. Sidou, Dicionário Jurídico: Academia Brasileira de Letra Jurídicas, 1997, p.335.
A Filosofia é a mãe de todas as ciências. Sempre existiu em toda a história da humanidade divergências entre ideais filosóficos. Amplamente debatido por intelectuais como, por exemplo, Tales de Mileto (624/545 a.c.) o pai dos filósofos.
O compromisso primeiro da filosofia é o estudo da ética. São postas de lado tendências moralistas, políticas, coações externas dentre tantas outras coisas. Por excelência, a filosofia trabalha com o ideal ético. Estudiosos da área, desde a época de Tales de Mileto até o presente momento, trabalham com regras ou códigos de conduta que faz com que todos trabalhem para o bem comum tendo por fundamento a conduta ética, fazendo com que o ideal social seja alcançado. Lopes de Sá, diz que “traçar, pois, as linhas mestras de um código, é compor a filosofia que será seguida e que forma a base essencial do mesmo. Sejam quais forem as linhas mestres de um código de ética elas serão sempre linhas de virtude a serem seguidas”.
A ética filosófica é dividida em dois ramos: a chamada ética normativa e a ética matemática. A primeira tem por objetivo o estudo da ideia conceitual, estudo também histórico-social, e estudo das normas morais próprios de cada sociedade. Por outro lado, a ética matemática estuda as condições ou propostas teóricas sobre a ética. Esta por sua vez coloca em prática a ética normativa, extraindo da definição do seu conceito a aplicabilidade no caso concreto.
O tratamento que faz da ética do advogado não se resume apenas à atuação como profissional liberal ou empregado de sociedades advocatícias. Para Eduardo Bittar (2009), o tratamento da matéria alcança também o advogado público que exerce função, cargo ou emprego junto à Administração Pública Direta ou Indireta. Embora existam diferenças quanto ao exercício profissional, a ética desses profissionais, segundo Bittar, “deve ser tratada de modo unificado, tendo-se em vista a estável condição de advogados que mantêm, bem como o conjunto de deveres-base comuns”.
	Por fim, a ética divide-se em dois grandes ramos: a ética geral e a aplicada. Suas divergências e definições já formam mencionadas no presente artigo, mas ainda cabe algumas distinções. A ética geral trata dos interesses coletivos, normas sociais ligadas à moralidade, justiça etc. Por último, a ética aplicada, pelo próprio sentido da palavra depreende-se que ela busca dar efetividade à ética geral. Dar aplicabilidade no caso concreto da ética geral estuda faz com que o ideal filosófico seja alcançadoe posto em prática.
5. A FINALIDADE DA ÉTICA PARA O DIREITO
	O fim último da ética é saber o que é o melhor para o correto comportamento humano perante a sociedade. Independentemente de quais são suas vertentes, definições, proibições, obrigações, etc. Deve-se sempre buscar o ideal que abrange um maior número de indivíduos tornando as relações pessoais o melhor possível.
	Está finalidade não é uma norma coercitiva, muito menos obrigacional. Sua aplicabilidade decorre da liberdade de cada um. Por ser uma virtude subjetiva, nem todos terão os mesmos comportamentos, no entanto, a virtude primeira é as vezes abdicar de si mesma para que o bem comum seja alcançado. 
	Mesmo que determinadas pessoas não concorde com determinado tipo de norma, elas devem sujeitar-se às suas obrigações tento em vista o ideal social que todos pretendem alcançar. Em sendo livre para fazer suas escolhas, cada pessoa carrega em si a responsabilidade dos riscos e resultados. Por isso a necessidade do direcionamento ético, moral estudado pela ciência filosófica.
	Não há como separar a ética, justiça, moral da profissão desempenhada pelos operadores do direito. Uma das finalidades da ética no plano do direito é o direcionamento da conduta ético-moral que cada profissional deve ter. Digo não só na profissão desempenhada pelos profissionais dessa área, mas há uma necessidade constante de aplicá-la em todas as profissões das diversas áreas. Sem estas virtudes básicas damos início ao caos social, pois, não tendo regras, condutas morais e éticas, não há harmonia e organização social.
	Quando recorremos aos primeiros filósofos, encontramos pensamentos que marcaram gerações passadas e que continuam fazendo sentido para nos e continuará fazendo até o fim dos tempos. Thimas Hobbes dizia “O homem é o lobo do próprio homem”. Rosseau: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe”. Por fim Nierzshe dizia: “O homem precisa de freios”. Perceba que estes pensadores clássicos compreendia a natureza humana, mas sobretudo compreendia o meio social que eles viviam. Logo, quais os critérios para bem vivermos em sociedade?! São todos contra um e cada um por si?! Devo ou não seguir normas de conduta impostas pelo Estado?! A ética é capaz de pôr ordem no caos social?! São estes tipos de questionamentos que faz com que cheguemos a supostas verdades e que servem de parâmetro para traçarmos determinadas normas de conduta. A ética geral sempre estará diante do bem e do mal, cabe a cada sua escolha. No entanto, a decisão pelo mal faz com que todos sofram repressão instantânea pela própria sociedade.
	Eduardo Bittar nos apresenta uma definição de Profissão que:
	“Deve ser entendida como uma prática reiterada e lucrativa, da qual extrai o homem os meios para a sua subsistência, para sua qualificação e para seu aperfeiçoamento moral, técnico e intelectual, e da qual decorre, pelo simples fato do seu exercício, um benefício social”. (Eduardo C. B. Bittar. Curso de ética jurídica (ética geral e profissional). 6º ed. 2009. p. 428).
	A definição de profissão dada acima é uma das inúmeras definições encontradas por diversos autores. No entanto, não nos importa qual a melhore definição. A principal preocupação é sabermos se em todas as profissões desemprenhadas na sociedade, sobretudo pelos profissionais do direito, são aplicadas na prática, normas éticas e morais tendo por finalidade o alcance imediato da Justiça?! Podemos nos arriscar em responder que não. E de fato, não estão sendo aplicadas, pelo simples fato do que todos nós presenciamos na prática trabalhista.
	A conduta ético-profissional nada mais falta para a sua aplicabilidade do que a vergonha de cada operador do direito que tenta tergiversar a finalidade do direito que é a busca da justiça.
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Uma boa conduta ética é aquilo que você faz de correto quando ninguém está vendo e o faz da mesma forma quando todos estão vendo. Ser ético é ter a consciência tranquila de que tudo o que foi feito, como por exemplo, no desempenho de uma determinada profissão, o sujeito fez em conformidade com as normas éticas e morais já estabelecidas, e na falta da existência destas, toma decisões que sejam favoráveis à coletividade e não ao próprio interesse.
	Ética deriva do grego “ethos” que significa aquilo que é próprio do caráter, os bons costumes. E é o ramo da filosofia que estuda a moral. Não podemos confundir ética com moral, elas não são sinônimos, tem definições próprias.
	Ética, é a ciência filosófica que estuda a moral. Esta procura com a definição teórica do termo. Tenta dar explicações de como surgiu, para que serve e como deve ser aplicada. Por outro lado, a moral tenta dar explicações de como agir de maneira a que a sua conduta seja boa, ou seja, moralmente valiosa. São normas aceitas por convicção pessoal pertencente a uma determinada cultura moldada pelos diversos agentes sociais. É detentora de uma carga valorativa e emocional muito grande. Reflete os princípios, valores e interesses dominantes na sociedade.
	Quando adentramos na esfera trabalhista de forma expressa ou não fazemos um juramento de nos comportarmos profissionalmente obedecendo a normas e princípios éticos e morais. Normas preestabelecidas que direciona toda e qualquer conduta no meio social e que tem por finalidade lograr o bem comum.
	Concluo, ética e moral discutem o que é certo e errado, bem e mal, princípios e condutas, regras impostas forçadamente por uma cultura dominante ou não, adentra na discussão da teoria e prática, estabelece regras gerais e regras aplicadas.
7. REFERÊNCIAS
BITTAR, Eduardo C. B. Curso de ética jurídica: ética geral e profissional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2ª ed atual. e ampl., 2004
COSTA, Elcias Ferreira da. Deontologia jurídica – ética das profissões jurídicas. Rio de Janeiro: Forense, 1997, 
PERELMAN, Chaïm. Ética e Direito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1996, 
NALINI, José Renato_Ética Geral e Profissional_capítulos 1, 2 e 3

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